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3. A competência territorial, segundo as regras do território, tem como Regra geral o Artº.
85 do CPC e que no caso de Pessoas Singulares, tem como competência o Tribunal do
domicílio do réu, pelo que se fosse aqui instaurada, este tribunal seria incompetente em
razão do território – Incompetência Relativa - Artº. 108 do CPC.
No entanto, aqui, não se aplica a regra geral mas a regra especial porque se trata de uma
acção de divórcio, conforme o disposto no Artº. 75 do CPC que refere ser competente o
tribunal do domicílio ou da residência do autor, local onde deve ser instaurada a acção
O Divórcio nos termos do Artº 1773, nº. 1, do CC pode ser por mútuo consentimento ou
litigioso, no caso de ser por mútuo consentimento e segundo o nº. 2 Artº. 1773 do CC- a
acção pode ser requerida por ambos os cônjuges de comum acordo e interposta no tribunal
ou na conservatória do registo civil.
O processo de jurisdição voluntária está previsto nos Artº 1409 ao 1510 do CPC.
O divórcio litigioso é requerido no tribunal por um dos cônjuges contra o outro, com
algum dos fundamentos previstos nos artigos 1779.º a 1781.º do CC., pelo que o Sr. A, tem
legitimidade para o requer conforme o Artº. 1785 do CC.
O processo de jurisdição contenciosa está previsto nos Artº 460 a 1408 do CPC.
ARTIGO 1773.º
Modalidades de divórcio
ARTIGO 1779.º
Violação culposa dos deveres conjugais
1. Qualquer dos cônjuges pode requerer o divórcio se o outro violar culposamente os deveres conjugais,
quando a violação, pela sua gravidade ou reiteração, comprometa a possibilidade da vida em comum.
2. Na apreciação da gravidade dos factos invocados, deve o tribunal tomar em conta, nomeadamente, a culpa
que possa ser imputada ao requerente e o grau de educação e sensibilidade moral dos cônjuges.
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O art. 1779.º tem redacção do Dec.-Lei n.º 496/77, de 25-11.
ARTIGO 1780.º
Exclusão do direito de requerer o divórcio
a) Se tiver instigado o outro a praticar o facto invocado como fundamento do pedido ou tiver intencionalmente
criado condições propícias à sua verificação;
b) Se houver revelado pelo seu comportamento posterior, designadamente por perdão, expresso ou tácito, não
considerar o acto praticado como impeditivo da vida em comum.
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ARTIGO 1781.º
Ruptura da vida em comum
5. Em razão do valor, a acção de divórcio tem de ter um valor de 30.001€, que é o valor da
Relação, mais um cêntimo conforme resulta da conjugação do Artº. 312 do CPC (Valor das
acções sobre o Estado das Pessoas) com o Artº. 24 da LOFTJ (Valor das Alçadas – Alçada -
montante até ao qual o tribunal julga soberanamente sem a possibilidade de recurso
ordinário). O valor atribuído ao divórcio (30.001€) serve para que as acções possam ser
passíveis de recurso conforme o Princípio do Duplo Grau de Jurisdição para um Tribunal
hierarquicamente superior. Deste modo, em princípio, toda a causa pode ser apreciada por
tribunais de grau hierárquico diferente, pelo menos dois. A incompetência em razão do
valor é Relativa.
As formas do processo são Especiais e Comuns – Artº. 460 do CPC e estas revestem a
forma de processo ordinário, sumário e sumaríssimo.
O processo de divórcio e separação litigioso reveste a forma de processo especial e nos
termos do Artº. 1407 do CPC exige uma tentativa de conciliação, conforme o nº. 1 do
mesmo artigo – Caso não revista esta forma (especial) estamos perante uma incompetência
Relativa – artº. 108 CPC
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