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Fernando M. Longhini¹, Heloisa C. Santo André¹, Fabiana B. Benatti¹ ¹ Medline (Pubmed), Embase, Cochrane CENTRAL
Faculdade de Ciências Aplicadas - UNICAMP e Sport Discus. MEDLINE e Embase foram
acessados usando a plataforma OVID. Também
OBJETIVOS DA PESQUISA
Essa revisão tem como objetivo investigar a eficácia da suplementação de ômega 3 no foram consultadas citações de referências e outras
ganho de massa, força e função musculares em adultos saudáveis. revisões sistemáticas [13, 15, 18, 19, 20, 21].
Foram utilizados termos de Texto Livre e
METODOLOGIA DA PESQUISA termos MeSH, sendo: (n-3PUFA OR Omega3 OR
O protocolo para essa revisão adere a diretrizes previamente publicadas (Kelley e
EPA OR DHA OR fish oil*) AND (supplementation)
Kelley, 2019) e inclui todos os itens descritos na lista do Itens Preferidos de Relatório para
AND (muscle strength OR muscle mass OR protein
Protocolos de Revisão Sistemática e Meta Análise (PRISMA-P) [16] .
synthesis OR performance OR hypertrophy). As
A abordagem PICOS (População, Intervenção, Comparador, Resultados e Desenho de
pesquisas foram limitadas a estudos com Imagem 1. Processo
estudo) foi usada para guiar a determinação de critérios de elegibilidade para essa revisão.
humanos, sem restrições para data e linguagem. de seleção de artigos
População: Adultos saudáveis e idosos de qualquer sexo, que não possuem doenças crônicas;
Os resultados encontrados nas pesquisas foram
Intervenção: Suplementação de ácidos graxos ômega 3 por, no mínimo, 4 semanas, com dose
carregados em um software de gerenciamento de revisão sistemática (rayyan.ai).
mínima de 2 gramas por dia. A intervenção poderia ser conduzida simultaneamente a uma
A seleção dos artigos foi realizada de forma independente por 2 membros da equipe de
intervenção de treinamento de exercícios. Não foram considerados estudos com suplementação
pesquisa de acordo com os critérios de elegibilidade, e ocorreu em 3 estágios: Triagem de Títulos,
de n-3 PUFA junto a outros suplementos, a menos que incluíssem uma condição de
triagem de resumos e triagem de textos completos. O processo de seleção é descrito na Imagem 1.
suplementação com apenas n-3 PUFA; Comparador: Administração de placebo inativo que não
Cornish et. al. (2018) conduziram um estudo duplo-cego com homens idosos, sedentários e
saudáveis, dividindo-os em dois grupos: Ômega 3, fornecendo 3g de EPA e DHA, e Placebo,
fornecendo uma mistura de ácidos graxos, durante 12 semanas. Também com intervenção de
exercícios resistidos em 4 blocos. Não encontraram diferenças entre os grupos para composição
corporal, força muscular e habilidade funcional (medida através de testes cronometrados:
timed-up-and-go e teste de 6 minutos de caminhada).
Da Boit et. al. (2017) realizaram um estudo duplo-cego com homens e mulheres idosos
destreinados e saudáveis, dividindo-os em dois grupos: Ômega 3, fornecendo 3g de EPA e DHA, e
Placebo, fornecendo óleo de cártamo, que participaram de treinos de membros inferiores 2x por
semana ao longo de 18 semanas. Não encontraram alterações na síntese proteica muscular nem
na sinalização de p70s6k, também não viram alteração na área de secção transversa muscular.
Porém observaram aumento no desempenho do treinamento físico resistido e a qualidade
muscular em mulheres idosas, mas não em homens, sem influenciar a função muscular.
Dalle et. al. (2020) conduziram um estudo duplo-cego com homens e mulheres idosos
destreinados e saudáveis, dividindo-os em dois grupos: Ômega 3, fornecendo 3g de EPA e DHA,
intervenção, o grupo óleo de peixe mostrou melhora em força isométrica e velocidade de marcha, composição corporal [3,4,6,19], enquanto apenas um [12] mostrou melhora significativa. Da Boit
comparado ao placebo. Não encontraram diferenças para força muscular isocinética e tempo de et al (2017), assim como Dalle et. al. (2020), não observaram aumento na área de secção
subida da cadeira. transversa muscular, porém, Smith et. al (2015) observaram aumento no volume muscular da
coxa em idosos. Como Da Boit et. al. (2017) descrevem em seu estudo, é possível que mulheres
Logan e Spriet (2015) realizaram um estudo simples-cego com mulheres idosas não doentes e
idosas tenham maiores benefícios com a suplementação de ômega 3, pela menor responsividade
com boa cognição, dividindo-as em dois grupos: Óleo de peixe, fornecendo 3g de ômega 3, e
a treinos resistidos. Paralelamente, o estudo de Logan e Spriet (2015) corrobora para tal
Placebo, fornecendo azeite de oliva, ao longo de 12 semanas. Não relataram intervenção de
suposição,pela melhora da massa magra e função muscular em mulheres idosas. Em