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Natália Nichols
Coordenadora de Ensino
TEIAR Nos anos de 1978 e 1979, em colaboração com os
artistas que eram seus alunos, Lygia Pape – professo-
ra da Escola de Artes Visuais do Parque Lage na déca-
da de 1970 – realizou, na Floresta Nacional da Tijuca,
maior floresta urbana do mundo, na qual a EAV se
encontra, o projeto Teteia. Se, quando vista nas fo-
tografias que a documentam, o Teteia se comporta
como uma espécie de instalação em meio à mata, é
necessário frisar que, para a artista e seus colabora-
dores, importava menos sua dimensão escultórica do
que o processo de sua criação.
Dia de baile, da série Traficando arte, 2021 Transfer sobre algodão cru, tecido acetinado e fibra
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Bruno Magliari
alumínio 13.27u1, 2021
alumínio s/ pedra sabão, dimensões variáveis
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Bruno Magliari
alumínio 13.27u2, 2021
impressão fotográfica s/papel, 43x29cm (cada)
Coleção do artista
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Abertura Exposição REBU
Cavalariças da EAV Parque Lage
ALLAN
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Allan Weber
Uma oportunidade e tudo seria diferente, da série
Traficando arte, 2021
Impressão fotográfica sobre papel Hahnemühle
PhotoRag 308g, 42x29cm
Coleção do artista
WEBER
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Abertura Exposição REBU
Cavalariças da EAV Parque Lage
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Abertura Exposição REBU
Cavalariças da EAV Parque Lage
Allan Nascido no Rio de Janeiro (1992), na comunidade das Allan Weber
Sem título, da série Traficando arte, 2021
5 bocas em Brás de Pina, atual complexo de Israel. Paredão de som, dimensões variáveis
Weber
Coleção do artista
Allan Weber
Nada de tão diferente pra nós, 2021
Bala de 762 sobre vidro, 120x60cm
Acervo Galeria 5 Bocas
ALMEIDA
DA SILVA
Almeida Para além da plástica e o uso da presença, Almeida da Almeida da Silva
Foto de Alice Loureiro, 2021
Silva busca por resquícios, fragmentos através de esca-
da Silva vações-memoriais situadas para além do contexto colo-
Almeida da Silva
Linha de luz, 2021
Fio de cobre, pigmento de cor-luz,
nial e da ideia de modernidade ruptural. Reconstruir ou dimensões variáveis
Coleção da artista
ao menos movimentar pontes de diálogo entre as coisas
e os significados para então desenvolver estratégias de
inversão, ao tornar visíveis os mais velhos e o invisível,
por meio das relações de fartura, do sensível e do bem
viver em diálogo com o território que os atravessam.
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Ingrid Pimenta
Fotografia analógica, 2021
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Ingrid Pimenta
Fotografia analógica, 2022
ANA
HORTIDES
“A minha poética fala da casa, a partir dela e por ela. Experi-
mento e desenvolvo o meu trabalho muito intuitivamente e a
partir do encontro com os materiais, tanto os de uso cotidiano
da casa – como o sal, o saquinho de chá, a banha de porco,
o açúcar, o sabão de coco, o saco de lixo, o cabo de vassoura
velha –, quanto os de utilidade mais estrutural da formação
desse espaço – como a madeira, o pó de tijolo, o concreto, o
piso vermelhão e de cimento queimado, o chão de caquinhos
cerâmicos e a parede de chapiscos.
Ana Hortides
teressa investigar e trabalhar a ideia da potência política que
Abertura na Galeria 5 bocas
nasce do âmbito doméstico, tensionando e questionando, por
2021
meio da plasticidade e do conceito, essas relações políticas e
Ana Hortides
Escada, 2018/2021 também sociais implicadas no íntimo, no convívio, na mora-
Sal rosa, 40x125x70cm
Coleção da artista dia, no habitar e nas áreas periféricas e suburbanas.”
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Legenda da imagem
ao lado , 2022
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Legenda da imagem
ao lado , 2022
03
Legenda da imagem
abaixo , 2022
ANIS
YAGUAR
Anis Artista, performer e mediadora. Graduanda em Artes
Visuais pela Universidade do Estado do Rio de Janei-
Yaguar ro (UERJ), tendo passado por formações artísticas na
EAV Parque Lage, na Casa França-Brasil e no espaço
Saracvra. Desenvolve seu trabalho transitando entre a
performance, o audiovisual e a construção de objetos
e próteses. Seu campo de pesquisa gira em torno de
questionamentos dos discursos de gênero e suas condi-
ções cárnicas, através da subversão de simbologias im-
positivas, buscando por formas de manipulação e trans-
mutação da carne. Adentrando no mistério, entre seus
processos transicionais, astrais e autogestativos.
Anis Yaguar
Nébula, 2021
Látex e negatoscópio,
48x37x14cm
Coleção da artista
BRUNO
MAGLIARI
Bruno Artista carioca com formação em Relações Internacio-
nais (PUC-RJ). Formado pela EAV Parque Lage, no Cur-
Magliari so de Formação: Exercício Experimental da Liberdade
(2019); período de residência, organização e curadoria
no Espaço Apis (RJ-2018/2019); processo de residência
na Galeria Refresco no Santo Cristo (RJ-2019). Residen-
te bolsista na Kaaysá - Residência de Arte (SP-2021).
Residente convidado na Residência Fonte (SP-2021).
Atualmente é integrante do Programa de Formação e
Deformação - Teteia (EAV Parque Lage) (RJ-2021).
Bruno Magliari
Campos de carcaças: ao dia seguinte da escaramuça, 2021
Cimento, gesso, alumínio e aço, dimensões variáveis
Coleção do artista
Bruno Magliari
fracionamentos em paisagens virtuais nº4 e nº5, 2020
impressão digital s/papel, 62x36cm
Coleção do artista
IMAGENS ANTERIORES
01
Foto de Alice Loureiro
2021
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Foto de Alice Loureiro
2021
03
Foto de Alice Loureiro
2021
CARLA
SANTANA
Carla Nascida no Rio de Janeiro (1995), graduanda em
Artes na Universidade Federal Fluminense. Adentrou no
Santana universo artístico a partir do teatro, onde atuou em duas
companhias: Terraço Artes Integradas e Mundé. Co-fun-
dadora e articuladora do movimento nacional Trovoa. Foi
monitora do curso “Cenas para outras linguagens”, mi-
nistrado pela Camilla Rocha na EAV Parque Lage. Parti-
cipou de diversas exposições coletivas em: Valongo Fes-
tival Internacional da Imagem; Galeria Auroras, Museu
da República; Bela Maré; Centro de Artes UFF; e Cen-
tro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Fez a sua primeira
exposição individual, “Vou ao redor de mim”, no Centro
Cultural Paschoal Carlos Magno, em 2019.
Carla Santana
Fotografia
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o suburbano da cidade carioca, traz o conceito de transição
Derrete do corpo social, do ‘rústico’ ao ‘sofisticado’. O ambiente ru-
Pivete de brondo, 2021
Bordado sobre camisa de ral proporciona uma gama de produção de fundamento, pen-
algodão peruano e estampa
de marca francesa (Lacoste), sando na ideia de surgimento de patrimônio cultural do país,
89x104cm
Coleção do artista
com base em culturas de matriz africanas e indígenas. Já na
02
cidade grande, exploro a subjetividade de lugares esquecidos
Derrete pelo âmbito social, onde moram os espíritos das imagens que
Da série amarela, 2021
Tinta acrílica sobre tela, aparecem dentro dos meus processos de produção, fazendo
60x50cm
Coleção do artista visíveis os seres invisíveis.”
ELISA
MACIEL
Elisa Nascida no Rio de Janeiro (1996), é artista visual e
têxtil e fotógrafa. Designer de moda por formação
“Por meio de incursões artísticas pelo vasto mundo co-
dificado das imagens de satélite, busco compreender e
Maciel (SENAI CETIQT), em 2017, passa a dedicar seus tra- refletir acerca da paisagem terrestre e os rastros que,
balhos e estudos às artes visuais, fotografia e fazeres em imagem, são deixados como evidências das ações
manuais. Elisa pesquisa imagens de satélite em suas destrutivas provocadas por nós humanos. ‘Processos An-
diferentes escalas e dimensões, investigando de que trópicos’ foi, dentro dessa pesquisa, meu primeiro tra-
modo as ações antrópicas interferem na paisagem- balho. Bordo, num ato humano, mas zeloso, em cima
-imagem do planeta. São trabalhos que refletem es- de paisagens também meio-humanas, pois remexidas e
tética, imagética e politicamente as fissuras e feridas machucadas por nós. Em ‘Cerco’ investigo cromática e
que abrimos em terra. Em paralelo, a artista também geometricamente sedes de fazendas num centro-oeste
se dedica a suturar, remendar, bordar e costurar ras- brasileiro que, apesar de abrigar importantes reservas
gos e fissuras nos mais diferentes objetos: de peças indígenas, mostra-se já bastante desmatado e à serviço
de roupa a papéis de bala. Numa tentativa simbólica do agronegócio. O que resta de vegetação nessas pai-
de cura, busca reverter a efemeridade e a descarta- sagens do ‘agro é pop’ são poucas árvores que cercam,
bilidade que atribuímos às coisas. Por meio da EAV, ironicamente, as sedes das fazendas que transformaram
participa de sua primeira mostra coletiva, “Ainda Fa- o que era nativo em campos de criação de gado e mo-
zemos as Coisas em Grupo”, no Centro Municipal de nocultura. Seguindo a pesquisa, chego em ‘Contorno |
Arte Hélio Oiticica, e retorna, em 2021, para o Pro- Entorn’, em que traço paralelo entre as geometrias do
grama de Formação e Deformação - Teteia. desmatamento brasileiro. Na região central do país, a
vegetação por vezes existe apenas para contornar fa-
zendas. No norte, ela resiste no entorno dos vãos des-
matados na floresta amazônica. Por enquanto.”
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Legenda da imagem
ao lado , 2022
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Legenda da imagem
ao lado , 2022
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Legenda da imagem
abaixo , 2022
ESTHER
BLAY
Esther Nascida no Rio de Janeiro (1997), é artista visual e cursa
a graduação em Pintura pela Escola de Belas Artes (EBA)
Blay da UFRJ desde 2018. Tem se aprofundado na linguagem
da pintura e desenvolvido trabalhos em outras mídias,
como fotoperformance e vídeo. Participa do programa de
Deformação na EAV Parque Lage.
Esther Blay que vêm da intimidade dos diários e dos sonhos, uso a
Ranço, 2021
Aquarela sobre papel Canson, têmpera, que favorece um trabalho leve e com toques de
2,5x2,2cm
Coleção da artista cor em poucas camadas. Além disso, a forma de misturar
Esther Blay os pigmentos e de fazer a minha própria tinta ao longo
Sem título, 2021
Têmpera ovo sobre papel,
da pintura contribuem para um sentido poético. Também
42x59cm me interessam o preparo de meus próprios suportes e
Coleção da artista
o uso de formatos irregulares. Assim, seja na forma de
expor, no tipo de suporte utilizado (formatos pequenos,
às vezes até minúsculos), no conteúdo semântico ou na
escolha técnica para as pinturas, acredito caminhar no
avesso da tradição pictórica, brincando com a expec-
tativa de grandiosidade associada à ideia de Pintura.”
LOREN
MINZÚ
Loren Nascide no território São Gonçalo (1999), atua no cam-
po das artes visuais, performance e cinema, ficcionando
Minzú junto de elementos existentes outras imaginações que
impliquem as percepções de tempo-corpo-espaço.
Loren Minzú
Da série Abismo/Abissal, 2021
Espelhos, 20x750cm
Coleção do artista
Luiz Camaleão
O que é da terra (RE)torna,
da série Filhos de Nanã, 2021
Estrutura de madeira, pau a pique, corrente,
couro de boi, palha, e tinta acrílica sobre
Luiz Camaleão carcaça de gado, 20x43x72cm
Fotografia Coleção do artista
MAYARA
VELOSO
Mayara Veloso
Fotografia
Mayara Veloso
Da série Co-construções de um
Imaginário Possível de Sentir, 2020-21
Costura em tecido de estofaria,
2x2,5m aproximadamente
Coleção da artista
Patfudyda
“Coreografo ações de esquivas, traçando linhas de Abertura Galeria 5 bocas, 2021
Patfudyda
Não há nenhum lugar de permanência
absoluta (tríptico), 2021-
Fotografia: Gabe Arnaudin
Fotografias analógicas 35mm em impressão
fine art sobre papel Hahnemüle Hemp -
Cânhamo 290g, 42x59,4cm
Coleção do artista
TAINAN
CABRAL
“Tudo começa pela contemplação de onde estou.
Meu ambiente de convívio é o que dá sentido às
realizações artísticas. E dentro desse olhar exis-
te especificamente uma junção de ideias sobre o
cotidiano periférico, que permite explorar mais a
criatividade como ferramenta essencial de sobre-
vivência e vivência.
Tainan Cabral
Tempo, 2021
Tinta látex, acrílica e spray sobre
madeira, 3x5m
Coleção do artista
Tainan Cabral
Sem título, 2021
Intervenção em tinta spray sobre
barricadas, dimensões variáveis
Acervo Galeria 5 Bocas
O Programa de Formação e Deformação
foi concebido em 2018 com dois objetivos:
retomar a formação gratuita para artistas
nesta escola pública, que pertence ao Estado,
mirando um compromisso com a contempora-
neidade, intimamente ligado à história colonial
de nosso país, fraturado pela desigualdade so-
cial: gerar acesso e presença.
Ingrid Pimenta
Fotografia analógica, 2021
Governo do Estado Rebu Escola de Artes Visuais do Gerente de Patrimônio e AMEAV Publicação
do Rio de Janeiro Cavalariças, Galeria 1, Parque Lage Compras
Galeria 5 Bocas Fabio Augusto Lopes Presidente Organizadores
Governador do Estado Diretora Marcelo Viveiros de Moura Clarissa Diniz e Ulisses Carrilho
do Rio de Janeiro Curadoria Yole Mendonça Supervisor Financeiro
Cláudio Castro Clarissa Diniz e Ulisses Carrilho Contábil Vice-presidente Coordenadora de Design
Curador de Ensino e Hércules da Costa Souza Eugênio Pacelli de Oliveira Pires dos Alice Loureiro
Secretária de Estado Coordenação de Produção Programas Públicos Santos
Renan Lima Ulisses Carrilho Analista de Planejamento Design Livreto
de Cultura e Economia
Financeiro Conselheiros Ingrid Pimenta
Criativa do Estado do
Assistentes de produção Comissão de Ensino Leiliane Silva Alvaro Piquet
Rio de Janeiro Marcos Pinheiro Camilla Rocha Campos Gustavo Martins Fotografia
Danielle Christian Ribeiro
Charles Watson Supervisora de Carlos Roberto de Figueiredo Osorio Marina S. Alves
Barros
Assessoria de Imprensa Clarissa Diniz Administração e Finanças | Luiz Eduardo Lopes Gonçalves
Mônica Villela Marcelo Campos Secretaria Revisora
Juca Fiis Camila Oliveira Isadora Coutinho
Coordenação de
Comunicação e Design Coordenadora de Ensino Analista de Suporte de TI
Alice Loureiro Natália Nichols Talles Moreira Delgado
Assessora de Imprensa
Mônica Villela
Gerente Administrativo e
Financeiro
Celina Martins
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Vários autores.
ISBN 978-85-455105-4-3
22-107235 CDD-7017.1
Índices para catálogo sistemático: