Você está na página 1de 17

OTEIRO DE ENTREVISTA - PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO

Dados sociodemográficos

Nome: Ligia Murrer

Codinome: Ligia Murrer

Cargo (júnior, pleno, seniôr, gestão): Gerente de RH

Quantos anos de experiência na área de Psicologia Organizacional e do Trabalho:


24 anos contando com os estágios.

Ano de formação em Psicologia: 2001

Universidade: graduação: Celso Lisboa / Pós graduação Gestão de RH Candido


Mendes 2003 / complemento chamado de docencia para o ensino superior Candido
Mendes 2009 / mba – gestão empresarial na FGB

Empresa/Instituição: iBlue Consulting

Segmento no mercado: Tecnologia voltada para a inovação e transformação digital.

Tamanho da empresa(pequena, média ou grande porte):

Equipe de RH (quantos e cargos): Remuneração e Desenvolvimento humano.


Duas analistas de RH.
ROTEIRO

1.
Vamos começar com você me contando um pouquinho da sua
história. Sua trajetória profissional, desde a formação em Psicologia e a
escolha da área de Psicologia Organizacional.

Vamos lá, eu terminei o ensino médio muito novinha Carlos, eu tinha dezesseis
anos quando eu terminei. E aí eu fiquei um ano naquela dúvida porque tinham os
testes vocacionais e todos me direcionavam pro lado da química, da biologia que eu
era boa aluna.

Mas, pra você ter ideia eu fiz vestibular de química industrial no primeiro dia que eu
tive aula só de matemática eu falei não volto! Não voltei, desisti. E hoje mexo muito
com matemática, mas, assim a gente tem que até manipular uma HP, mas não ao
ponto de querer viver disso, né?! Então assim de fato não me identifiquei, e aí
comecei a buscar outras profissões, e no ano seguinte eu entrei pra psicologia.
Quando eu fui, na minha época, tinha lido estudante, a gente não tinha essas
informações na internet. Então você comprava na banca do jornal, guia. E aí você
tinha lá as profissões e as frentes que você poderia tomar, né? Então você não tinha
isso a psicologia organizacional sempre existiu mas as pessoas associavam
psicologia, à área clínica. E quando você fala da parte de comportamento, e é uma
das coisas que eu falo com muito prazer até hoje eu gosto de pegar um profissional
uma pessoa e ver ela crescer e ir embora na carreira, sabe? Mesmo que depois,
uma hora ela não vai trabalhar mais comigo, mas você tem LinkedIn, você tem hoje
como acompanhar mais fácil e você vê que a pessoa você vai puxa “Cê” fala, poxa,
eu participei de um pouquinho da carreira dela e ela voou, né? Então assim, isso foi
o que me chamou atenção quando eu comecei a entender que a psicologia podia
me dar essa frente por conta do comportamento como é que as pessoas se colocam
no ambiente de trabalho e aí eu fui pro curso de psicologia e era a ovelha negra da
turma porque todo mundo falava da clínica e eu falava não eu parei pro RH então
assim RH você só via no nome no décimo pelo menos na Celso (universidade Celso
Lisboa) há vinte e poucos anos atrás. Então era assim: eu percebi dentro do meu
ambiente uma certa resistência. No quinto período eu comecei a estagiar que é
muito prazerroso contar com os testes e tudo e começar mesmo né?! A vida
profissional. Eu nunca tinha trabalhado antes. Então assim, minha primeira
oportunidade já foi dentro da área de RH fazendo estágio e consegui se efetivada
também. Na minha época não tinha nem estágio. Meu “estágio” era de sete da
manhã às dezessete e eu ganhava cem reais na minha bolsa auxílios.

Lucimar também foi dessa se bobear viajava trabalho. Na faculdade às vezes, e me


formei graças a meu bom ciclo de amizade que eu tenho até hoje porque eu era
daquelas que assim, “não consigo fazer trabalho vocês fazem que eu apresento e
eu vou lendo dentro do avião” impresso, Por que a gente não tinha facilidade de
e-mail essas coisas assim né? Pra estar pra online. Então eu fui conseguir me
formar antes no oitavo período eu me formei. Não me formei não desculpa! eu fui
efetivada no meu estágio. E aí eu passei a ser analista júnior e também não tinha
essa essa visão de trainee ainda né? Era uma empresa de tecnologia mas o foco
naquela época era a segurança da informação. Então eu participei do primeiro
processo das urnas eletrônicas. Então quandoO Brasil entrou com as urnas
eletrônicas né? No TRE eh eu fiz a contratação dos técnicos que iam fazer
instalação dessas urnas. Foram quatrocentos profissionais que a gente recrutou em
dois, três então pra poder ficar nove meses. eles entravam em janeiro pra ficar até o
final do segundo turno. Então foi muito bacana.
Era um mundo novo, veio boom da internet. Então assim naquele caos do ano
2000, dois mil e pouquinho, de lá depois eu fui tendo a oportunidade em outros
seguimentos então assim a medida que ou tentava um convite ou tinha alguma
situação específica na empresa, não dava pra continuar mais o contrato de trabalho,
eu partia pra uma oportunidade. Nisso, passei pelo segmento de tecnologia, que
dos meus vinte e quatro anos treze são em tecnologia onde eu tenho mais tempo de
atuação. Mas passei por transporte, passei por energia, passei por consultoria,
então assim me abriu também um leque muito grande Mas a base está ali né? Você
depois vai adaptando os processos enfim aí é saber fazer essa transição de acordo
com o segmento. Enfim ,depois fui crescendo eu nunca tive pressa de subir.
Particularmente acho que uma característica boa que eu tenho sou muito ponderada
então eu não assumo responsabilidades que eu não vou dar conta. E isso foi pra
minha carreira então não preciso ter pressa, não preciso ser diretora amanhã.
Sabe? Sou Júnior, sou Júnior e daqui a pouquinho vai vir oportunidade pleno. Eu
vou me preparar pra isso e assim foi até que eu assumi uma posição de gestão que
de fato eu assumi a a cadeira como gerente mesmo. Já tinha sido coordenadora
antes e tudo, mas como gerente foi em 2015. Então já tem oito anos né? Que eu
estou até como gerente de RH. Eh e aí vem o desafio novo com a equipe né?
Porque agora você tem pessoas pra você cuidar. Não que enquanto RH a gente não
cuide de um universo todo mas as pessoas que estão diretamente vem esse outro
desafio porque enfim tem problemas como todo mundo né? Cada um funciona de
um jeito a fala que você usa pra um não fala pra outro

o que acabou sendo um motivador pra mim porque eh a gente tem que se
reinventar dentro da profissão né? Então quando você está numa profissão mais de
analista é aquela questão muito operacional. Não que isso fuja. Eu acho que
também é muita ilusão achar que “ah vou virar” Assim, semana passada eu estava
fazendo curso de Excel porque eu queria fazer um mega power, tudo automatizado.
Eu até estava brincando com a minha mãe, mas eu quero chegar num nível de VTA.
Não quero virar desenvolvedora. Mas, eu quero ganhar tempo na minha atividade.
Então você vai estudando, né? Operacional? É operacional, mas eu tenho que sair
do outro lado. Né? E eu tenho horror a depender de alguém ou alguém da minha
equipe. O que o mundo tem de seguir e no final enquanto gestora que é o ônus
você tem que entregar. Se alguém da sua equipe não fizer responsabilidade é um
tempo que é cem por cento no rolo porque eu não orientei ou porque eu não
acompanhei. Enfim mas comigo combinou está combinado dia e hora eu vou estar
lá pra entregar então indiferente de eu ter hoje pessoas que podem fazer até um
trabalho operacional pra mim, eu entendo que eu preciso até pra poder ajudar caso
elas entendam né? Às vezes a gente vai negociar um prazo pra um plano de ação.
Se eu não sei realmente como faz aquela atividade como é que eu vou ajudar a
mensurar o tempo que a gente vai precisar naquele projeto dentro da área de RH.
Então consigo. Mas eu entendo que também na posição de gestão não dá mais pra
gastar tempo com detalhes assim. Né? Então tem que ter um olhar mais macro.
Você tem que estar negociando com outras áreas. Você tem que pensar no negócio
da empresa. Então e aí veio esse novo desafio né? Na carreira, há oito anos e aí
mudando de segmento. O desafio grande aí é administrar uma galera mais nova,
mais superficial, desenvolvimento mudou muito, então hoje você tem por segmento,
garantir um tournúve. Eu tenho profissionais que já pediram a demissão com um dia
de casa. Ele entra vai pro cliente e “não gostei da reunião”. Ele não volta. “Sua
primeira você não precisou nem dar um oi”. “Ah não mas eu não gostei disso”. E vai
embora. E aí então assim é um desafio você conseguir garantir que que essa turma
permaneça e aí você tem questão dos indicadores pra você aferir isso né? Se o que
você está fazendo de fato está sendo eficaz. Então eu acho que assim é bom, o
bacana é que mesmo depois de vinte e tantos anos, né? Eu ainda tenho prazer no
que eu faço, porque você vai se reinventando. assim, você é desafiado o tempo
todo. Então, “ah, eu sei tudo de pesquisa de clima”. OK, até vir uma novidade você
fala assim, isso aqui eu não tinha pensado. e aí tem que se reinventar. Então isso é
o que eu vejo um caminho sem fim assim no RH. Eu falo que não tive a crise da da
carreira e as pessoas às vezes tem perto do quarenta anos “vou fazer uma
transição”, eu estou muito segura do que eu gosto.

2.
Em que setores já trabalhou ao longo da sua carreira? Quais os
investimentos na área de Psicologia Organizacional e do Trabalho precisou
fazer até hoje?

Era um mundo novo, veio boom da internet. Então assim naquele caos do ano 2000,
dois mil e pouquinho, de lá depois eu fui tendo a oportunidade em outros
seguimentos então assim a medida que ou tentava um convite ou tinha alguma
situação específica na empresa, não dava pra continuar mais o contrato de trabalho,
eu partia pra uma oportunidade. Nisso, passei pelo segmento de tecnologia, que
dos meus vinte e quatro anos treze são em tecnologia onde eu tenho mais tempo de
atuação. Mas passei por transporte, passei por energia, passei por consultoria,
então assim me abriu também um leque muito grande Mas a base está ali né? Você
depois vai adaptando os processos enfim aí é saber fazer essa transição de acordo
com o segmento. Enfim ,depois fui crescendo eu nunca tive pressa de subir.
Particularmente acho que uma característica boa que eu tenho sou muito ponderada
então eu não assumo responsabilidades que eu não vou dar conta. E isso foi pra
minha carreira então não preciso ter pressa, não preciso ser diretora amanhã.
Sabe? Sou Júnior, sou Júnior e daqui a pouquinho vai vir oportunidade pleno. Eu
vou me preparar pra isso e assim foi até que eu assumi uma posição de gestão que
de fato eu assumi a a cadeira como gerente mesmo. Já tinha sido coordenadora
antes e tudo, mas como gerente foi em 2015. Então já tem oito anos né? Que eu
estou até como gerente de RH. Eh e aí vem o desafio novo com a equipe né?
Porque agora você tem pessoas pra você cuidar. Não que enquanto RH a gente não
cuide de um universo todo mas as pessoas que estão diretamente vem esse outro
desafio porque enfim tem problemas como todo mundo né? Cada um funciona de
um jeito a fala que você usa pra um não fala pra outro

o que acabou sendo um motivador pra mim porque eh a gente tem que se
reinventar dentro da profissão né? Então quando você está numa profissão mais de
analista é aquela questão muito operacional. Não que isso fuja. Eu acho que
também é muita ilusão achar que “ah vou virar” Assim, semana passada eu estava
fazendo curso de Excel porque eu queria fazer um mega power, tudo automatizado.
Eu até estava brincando com a minha mãe, mas eu quero chegar num nível de VTA.
Não quero virar desenvolvedora. Mas, eu quero ganhar tempo na minha atividade.
Então você vai estudando, né? Operacional? É operacional, mas eu tenho que sair
do outro lado. Né? E eu tenho horror a depender de alguém ou alguém da minha
equipe. O que o mundo tem de seguir e no final enquanto gestora que é o ônus
você tem que entregar. Se alguém da sua equipe não fizer responsabilidade é um
tempo que é cem por cento no rolo porque eu não orientei ou porque eu não
acompanhei. Enfim mas comigo combinou está combinado dia e hora eu vou estar
lá pra entregar então indiferente de eu ter hoje pessoas que podem fazer até um
trabalho operacional pra mim, eu entendo que eu preciso até pra poder ajudar caso
elas entendam né? Às vezes a gente vai negociar um prazo pra um plano de ação.
Se eu não sei realmente como faz aquela atividade como é que eu vou ajudar a
mensurar o tempo que a gente vai precisar naquele projeto dentro da área de RH.
Então consigo. Mas eu entendo que também na posição de gestão não dá mais pra
gastar tempo com detalhes assim. Né? Então tem que ter um olhar mais macro.
Você tem que estar negociando com outras áreas. Você tem que pensar no negócio
da empresa. Então e aí veio esse novo desafio né? Na carreira, há oito anos e aí
mudando de segmento. O desafio grande aí é administrar uma galera mais nova,
mais superficial, desenvolvimento mudou muito, então hoje você tem por segmento,
garantir um tournúve. Eu tenho profissionais que já pediram a demissão com um dia
de casa. Ele entra vai pro cliente e “não gostei da reunião”. Ele não volta. “Sua
primeira você não precisou nem dar um oi”. “Ah não mas eu não gostei disso”. E vai
embora. E aí então assim é um desafio você conseguir garantir que que essa turma
permaneça e aí você tem questão dos indicadores pra você aferir isso né? Se o que
você está fazendo de fato está sendo eficaz. Então eu acho que assim é bom, o
bacana é que mesmo depois de vinte e tantos anos, né? Eu ainda tenho prazer no
que eu faço, porque você vai se reinventando. assim, você é desafiado o tempo
todo. Então, “ah, eu sei tudo de pesquisa de clima”. OK, até vir uma novidade você
fala assim, isso aqui eu não tinha pensado. e aí tem que se reinventar. Então isso é
o que eu vejo um caminho sem fim assim no RH. Eu falo que não tive a crise da da
carreira e as pessoas às vezes tem perto do quarenta anos “vou fazer uma
transição”, eu estou muito segura do que eu gosto.
3.
Hoje como funciona a área da POT na organização. Quais os
sub-sistemas de Recursos Humanos que foram adotados pela
empresa? Existe algum sub-sistema de Recursos Humanos que precisa
ser aprimorado com novas técnicas ou ferramentas de gestão?

Evoluiu muito. A gente tinha antes, um RH muito com o olhar só pra DP né? E que é
importante porque você mexer com o salário somente um erro e o holofote vem todo
em cima né? Tomara que tem que funcionar redonda eh eu acho que assim de
subsistemas a gente vou te falar do que a gente tem aqui mas a iBlue é uma
empresa que tem sete anos. Então tem muita coisa que a gente ainda está
implementando. Mas a gente tem a pesquisa de clima interna e a externa que é da
Grade Place. Eu uso muito como referência também na avaliação do Blaze door
(apesar de ter as minhas considerações que quando a pessoa não se identifica que
por um lado é muito bom eh e a gente sendo consultoria às vezes a pessoa está ali
escrevendo com base na no cliente que ele estava atuando não na prestadora
né?)mas eu paro pra ler com carinho porque eu acho que se a pessoa gastou uma
energia pra ir lá e escrever, de alguma forma estava incomodando, e a gente tem
que parar e analisar internamente o que pode fazer. Mas tem aí a parte de clima, eh
a parte da avaliação de que assim pode parecer um processo simples, mas eu
entendo que pra cada empresa é extremamente complexo e tem que ser
customizado. Então, às vezes você aplica em uma, não vai se aplicar na outra você
vai ter que buscar uma outra metodologia ou uma outra adaptação. Então pra você
ter uma ideia a gente adquiriu um sistema foi a primeira rodada no final do ano eu
peguei erro e não foi de parametrização, foi alguma falha do sistema, que até hoje
não sabem explicar, eu estou indo pra segunda rodada e eu não estou confiando no
sistema porque eu não vou fazer tudo na mão. Ainda bem que aqui tem cem
pessoas, porque eu já trabalhei em empresa com mil e trezentas, e empresas com
três mil pessoas se eu tivesse que fazer na mão não ia fazer mais nada né? Então
você precisa também ter esses sistemas né? A parte de tecnologia pra te dar
suporte.
4.
Após a descrição acima, você consegue me descrever um
“problema/desafio” que você e a área de RH passam no momento?
Nesta pergunta, gostaríamos que você nos apresentasse um “dilema”
ou algo que precisa de uma solução e você não conseguiu
elaborar.

A parte de remuneração, de recrutamento e seleção na parte de carreira, né?


Porque também hoje a pessoa que entra ela entende o que ela consegue evoluir
dentro da empresa, o que ela precisa fazer dessa trajetória, como que funciona ela
é um ponto que é importante também dentro da empresa. E a parte de medicina e
segurança do trabalho hoje não fica comigo aqui mas né? Dentro do Escopa de RH
muita das vezes está junto porque vem DP. Vem a parte de medicina e segurança
do trabalho e entendo, Carlos que assim dentro da área você vai precisar talvez ter
profissionais que sejam especializados naquele subsistema. Sim. Mas entendo que
você enquanto gestor você ter a visão generalista. É importante. Durante a parte
operacional da carreira. Poder mergulhar mesmo um pouquinho em cada uma
dessas eu acho que contribui muito lá na frente. Na hora que você vai assumir uma
posição de gestão porque você entende a dor que o teu colaborador anda tua
equipe vai trazer, e que você “já meteu a mão na massa” você sabe aonde pode
“dar ruim” digamos assim. Apoiar ele melhor e fazer com que os processos se
falem. Uma das reclamações que é constante e a gente aqui está nesse processo
de melhoria é a questão dos processos se falarem. Às vezes o colaborador não
enxerga isso. Então ele chega pra você e fala, “mas pra que eu tenho que fazer
avaliação de desempenho? “ Ele não vê o reflexo disso na carreira. “Não mas eu
vou ter um PDM, mas eu não posso estudar não” “você está me arrumando
trabalho” .Então assim enquanto ele não vê valor e a gente não trabalhar nessa
comunicação com eles dificulta e aí é o é outro desafio.
5.
Para você, quais foram as principais mudanças históricas que
marcaram a psicologia organizacional e do trabalho nos últimos tempos?

Eu vou te falar que a chegada da internet foi um facilitador. Vou te falar porquê. Eu
fiz seleção

onde eu ligava pra um orelhão que as pessoas não tinham o telefone em casa. E aí
você tinha que torcer pra alguém pra eu assinar orelhão atender. E aí você falava
assim, poxa, aqui a Lígia da empresa XPTO

E eu estou com o currículo do Carlos eh ele colocou que ele mora na casa tal. O
senhor pode tocar lá e pedir pra chamá-lo? Porque você tinha que contar e ela
acabou a vontade de alguém atender alguém querer fazer isso

Sim. E e vou te falar, era sofrido. Uh hm. Eh quando eu tinha que fazer
quando as crianças atendiam era pior. Nossa gente falou o quê? Você pode
chamar o adulto por favor ? Ele ouve parar e eu tinha que entrar em contato com a
prefeitura pra pedir o telefone do Fusquinha que saia com uma caixinha de som pra
poder divulgar a vaga ali. E aí tinha caixa postal, então assim, o cara ia mandar o
currículo lá pela caixa postal, eu só ia receber esse currículo daqui a uma semana.
Então assim, a tecnologia aflitou muito esse trabalho porque eu consigo falar com o
candidato no dia. Eu abro a vaga hoje, daqui a pouco eu tô com 20, 30, 50 inscrições,
dependendo do perfil do outro, às vezes até mais, às vezes menos. Quando eu tenho
que procurar uma música branca em Java, o cara não vai. Ele não procura emprego, o
emprego que procura é ele. Então, dependendo do cargo, a mão é invertida. Mas,
assim, essa tecnologia no processo de seleção, eu vou te falar que eu acho que tem um
impacto e a questão dos sistemas internos para você poder fazer gestão. Então, assim,
a avaliação antes era toda manual, se imprimia, a pesquisa de clima primeiro que eu
apliquei era impressa. Então, depois você tinha que tabular tudo na mão, aí você joga
lá no Excel. Então, acho que a tecnologia de forma geral facilitou muito a vida do
profissional de RH, justamente por conta de uma papelada. Hoje a minha mesa não
tem papel, porque eu sou da turma que eu gosto de um caderninho. Mas, assim, as
pessoas... A gente não tem papel aqui na empresa. Eu coloco no dedo e a gente
comprime o que eu precisa. E antes eu trabalhava em filhos e filhos de currículo
impresso pra poder fazer uma entrevista, entendeu? Porque queria ficar em casa, então
ainda tinha isso. Dependendo, você tinha que... ou eu me deslocava, tinha que ir pra
Brasília, tinha que ir pra São Paulo pra poder marcar um dia inteiro de entrevista. E as
pessoas iam presencialmente para a gente poder conversar. Então, acho que a
tecnologia... A gente viu muito tempo e economizou muito dinheiro, toner, papel. Foi
um facilitador.

6.
Qual o diferencial ou impacto da atuação do Psicólogo
Organizacional e do Trabalho nas organizações? Ou seja, benefícios e
desafios?

Eu vejo o seguinte, Carlos, eu sou super a favor de uma equipe multidisciplinar. O


melhor dos mundos, eu brinco, é você ter um profissional de cada área dentro do RH.
Se puder ter um pedagogo, um psicólogo, um administrador. Hoje a gente tem um
curso de gestão de RH, que me saem mais técnicos, que é o tecnólogo, eu acho que
agrega muito, mas o psicólogo, a vantagem que particularmente eu vejo, vejo muito
isso assim, refletido na iBlue, nesses quase dois anos que eu tenho de empresa. A
gente tem um olhar comportamental que os outros profissionais não têm. Então, acho
que naturalmente, assim, por exemplo, quando eu entrei aqui, a gente não tinha um
olhar para uma entrevista por competências, porque tinha uma dificuldade, até porque
não tinha profissionais na área, eram todos administradores, não conhecia soft skill,
sabe que tem, ok, mas como é que você faz uma entrevista por competência? Que
comportamento, né, que afirmações você vai conversar ali, você vai questionar numa
entrevista, você pode até seguir um livro, né? Tem um curso de competência, de
entrevista com competências que outro não pode fazer. Mas, essa subjetividade, fazer
as conexões que um psicólogo consegue fazer, desculpa, não vai ter administrador que
vai fazer igual. Esse olhar em movimento, né Elisa? É, a gente tem uma outra
dinâmica pra isso. Não é à toa que depois que a gente começou a implementar as
competências e a gente contratou dois psicólogos pra serem profissionais de
recrutamento de seleção TEC, porque eles estudam pra entender o que é Java, o que é
Python, o que é ser mais mágico, o que a gente percebe é o seguinte, você... E aí eu
acho que não se aplica só para desenvolvedores não, tá? Você traz profissional muito
bom, tecnicamente, mas hoje as gerações, assim, estão mais superficiais. Eu ontem
estava ouvindo, não sei se vocês conhecem Pedro Calabrez?, ele é um neurocientista e
esse curso de inteligência emocional que eu estou acompanhando pela sua semana, ele
tem um vídeo no youtube, depois eu posso até compartilhar com vocês e dividir com
eles. É bem legal que eles estão fazendo através de um estudo mostrando que o QI
dessa geração, pela primeira vez a gente vai ter uma geração, desculpa o termo, mas é
o que tem se usado, mais burra que a nossa. Por quê? Eu falo que eu tenho um filho
de 12 anos em casa, que é assim, que aí você quando ela lê um texto maior, não quer
ler. Não quer ler. E aí se frustra com qualquer coisa, com certeza tem a minha parcela
de culpa aí nessa nova geração, mas eu conto esses profissionais de agora que tem
uma facilidade em formação, você tem acesso, mas e essa parte comportamental?
Como é que trabalha nisso? Como é que você lida com frustração? Você vai para um
ambiente de trabalho, você vai ter pressão sim, você tem prazo sim, você tem que
entregar sim. Ah, mas eu não gosto de trabalhar sob pressão. E aí? Então não pode
trabalhar em prazo privado, porque tem prazo e aqui falta dinheiro, é resultado. Você
não precisa fazer um rastro de destruição numa floresta para chegar do outro lado. Eu
quero as pessoas bem do outro lado, até para produzirem mais. Sim, tenho
recompensas em cima disso tudo, mas eu percebo hoje um descontrole emocional de
alguns profissionais, ainda mais por conta desse conflito de gerações. Eu não gosto do
termo conflito, não, porque eu acho que não é pra bater de frente. Você tem que, da
mesma forma numa equipe multidisciplinar, que é legal você ter um tem um
administrador, um pedagogo, um psicólogo, você também tem profissionais jovens
porque eles me dão um banho em algumas coisas aqui. Elas me ensinam algumas
coisas, porque postam no Instagram da empresa e tal, e a gente não sabia fazer isso. E
elas fazem em três segundos. A gente tá ali pegando um café, já fiz. E cara, quando
você vai fazer esse trabalho celular... Eu não tô nesse grupo não. Eu tenho essa
deficiência, assim, extremamente acentuada. Eu sou ignorante cibernético. É, eu
também tô no processo. É, abri a mente. A faculdade tem me ajudado, né? Porque te
obriga a usar a tecnologia a seu favor. Mas antes disso, a primeira vez que eu passei
um e-mail foi meu avô que me ensinou. Então, assim, pra você ter noção que eu não
sou uma referência. Não, mas o legal é isso, porque ao mesmo tempo você vai
aprendendo o que em algumas coisas você pode ensinar, outras você aprende, né?
Sim, perfeitamente. assim, dia. Eu acho que ter um psicólogo dentro da empresa, até
porque numa posição de RH, você acaba sendo o link, tá? Sendo muito transparente
com você, Carlos. A gente tem uma ideia de que na faculdade, posso falar por mim,
Eu me adapto muito fácil em qualquer ambiente. Isso assim, pra vida. Mas, você sai
da faculdade com uma mentalidade de que você vai consertar o mundo. Que você vai
pegar um livro, né, do Xavier Nath, e você vai falar assim, nossa, eu vou fazer essa
descrição aqui. Você vai lá, aí você chega na hora, você fala assim, nem o gestor sabe
direito o que o cara faz na epidemia. Aí você vai observar como ele tá escrevendo
tudo em código, você não tem noção do que o código é. Então, assim, nem tudo está
tão claro assim. E aí você começa a ter uma noção de que o RH, ele depende do
patrocínio dos diretores, do CEO da empresa. E que nem sempre a gente acaba sendo
um link entre o desejo do colaborador E as diretrizes que a empresa coloca, atrelado à
convenção coletiva, sindicato, você tem esse olhar também que vão sair fazendo, não
é bem assim, você tem lei, você tem jurisdições, você tem vários aspectos, várias
frentes, você tá ali no meio, conectando isso tudo. Então, eu falo que no início eu saí
assim, ai, que legal, vou fazer isso, vou fazer aquilo, mas não, não. Espera aí, isso
aqui vai impactar no lado do orçamento, agora não pode frear aqui. Então, isso tudo é
um cuidado e que o psicólogo, modéstia à parte, eu acho que consegue administrar
bem. Por quê? Eu sei que eu entendo o comportamento. Então se eu preciso levar algo
pra cima, eu estudo meus stakeholders, né, peraí, como é que funciona esse kit,
porque não adianta eu ir com o pé na porta com o Carlos. Se eu for com o Carlos, não
funciona o pé na porta. Aí eu uso a minha estratégia pra falar com o Carlos. Análise
do comportamento, né? Não vou ficar dando um encontro de paz. Às vezes eu estou
indo para tratar de um assunto e vou tentar levar o outro. Se eu ver que está num bom
dia, eu já aproveito e dou uma introduzida e a gente já sai até com o papel aprovado.

Dependendo do dia não

tinha marcado para falar comigo então poxa um candidato me disse que eu estava com
horário aqui disponível agora você se incomoda de remarcar? Mentira porque eu sei
que eu vou gastar meu cartucho, né? Então assim é uma mentirinha do bem mas

essa. É assim mesmo. Essa sagacidade que a gente vai criando e com base no que a
gente estudou de comportamento você tem que aprender a jogar a seu favor. Que tem
outros profissionais que não batem um pouquinho de cabeça. E aí é óbvio a gente
tenta

e ajuda outro digamos assim né? Porque a gente quer que resolva pra sair do outro
lado. Mas faz muita diferença assim eu acho que ter uma bagaça e um um psicólogo
não é que não vá funcionar mas poderia funcionar melhor. Melhor. Com a ajuda desse
outro profissional

7.
Como está sendo a atuação dos psicólogos organizacionais nesse pós
pandemia, momento atípico de pandemia do Covid-19 que estamos
vivenciando? Haja visto que toda a estrutura de trabalho que
estávamos acostumados precisou ser modificada e adaptada às pressas
devido às restrições e ao distanciamento social.

Eu eu vi como uma grande vantagem porque assim não vamos generalizar porque tem muita
empresa que valoriza sim a área de RH tanto que muitas das vezes a área de RH. Ela é
estratégica e ela está colada lá em cima no CEO da empresa, né? Eh mas muitas passaram a
dar valor. E aí justamente eu acho que esses profissionais né? Ele falou aos colegas de
trabalho que psicólogos conseguiram por conta dessa questão de comportamento, né? Eu
acho que acaba naturalmente a gente tem uma empatia maior, uma preocupação, a gente
consegue entender que não é um mimimi não. Ninguém está fazendo pouco caso. A gente
consegue ter um filtro melhor e poder tentar pensar numa solução correta. É fácil que muitas
empresas e atuaram muito numa linha “ também vou botar isso aqui na convenção coletiva.”
Como é que eu vou? Porque tem uma parte jurídica sim que a gente não não está de fingir
que não existe “ai não vou vou colocar todo mundo de casa mas você acatou esse acidente no
horário comercial na cozinha da sua casa? É um acidente de trabalho? “Tem então que fingir
que não tem esse outro cuidado que a gente não não pode negligenciar. Mas, eu entendo que a
área de RH passou a ter uma visibilidade bacana né? Que não não davam tanta importância e
tanto que eu não via muita oportunidade dá pras empresas também desacelerarem um pouco
né? Com medo aí de como as coisas ficariam e quanto tempo duraria. Mas eu percebi que em
algumas empresas você não mexeu com o RH você podia mexer com todas as outras áreas de
uma redução de quadro a turma do RH precisou se manter para sustentar o restante do
negócio.

8.
Qual a preocupação da organização para a questão da saúde
mental (ações preventivas) e o seu manejo /ações com os seus
colaboradores? Como funciona? Qual a mobilização com os gestores
dos colaboradores?

Existem treinamentos ou informações para os colaboradores e


gestores? Quais as práticas de acolhimento. Qual a proposta para
redução de danos/redução de estressores?

Quais as barreiras(gestores, diretores) que você encontra para


implementar proposta de saúde mental?

Os desenvolvedores eu vou te falar que noventa por cento da empresa todos eles trabalham de
home office. A empresa é aberta pros que ficam no Rio então assim se quiser vim trabalhar
hoje eu estou aqui no escritório. Se quiser vir trabalhar no escritório não tem problema
nenhum. Tem estação de trabalho

Até por causa da cultura, né? Você ficar mais próximo, fica um ambiente mais amistoso.
Então eu entendo que isso facilita muito até pra essa questão da saúde mental. A gente teve
alguns casos de colaboradores

não foram do Rio se eu não me engano acho que te dizer que foram dois ou três eh e uma eu
tratei direto com ela que ela ela ficou muito preocupada no período pós-pandemia e já em
dois mil e vinte e um

A gente já tinha retomado pro presencial. Eu particularmente adoro presencial. Eu faço


alguns dias de home office. Mas assim vim pro escritório pra mim é um prazer. Eu adoro. Ah!
Vou pegar mas

estar dentro do escritório com as pessoas, eu acho que eu pego questões que na minha casa eu
não conseguiria pegar inclusive de ajuda com o colaborador. Eh a gente vê que a pessoa está
mais cabisbaixa, pode ser porque né? A gente teve um caso aqui que a um pet

Acabou adoecendo, a pessoa perdeu, ficou super mal. Eu talvez em casa não não saberia. De
um olhar, né? Do tom da voz. E aí assim, pra ela foi tão difícil aquele dia que ela chegou aqui
eu falei

Não está tudo bem. Ela não. Aí ela desabou. Eu falei cara vai pra casa. Sim. Pra casa amanhã
a gente pensa o que que a gente vai fazer se tiver alguma coisa urgente. Né? Enfim então
eh acho que a gente ter esse cuidado e a empatia. Aqui na a gente tem um um plano de saúde
Carlos muito bom. Muito bom mesmo. A gente tem um desconto de um real. A gente tem o
suporte né? Eh

pra pra terapia com reembolso se precisar porque o que que eu também percebi isso em
conversa com outras empresas e nos fóruns que eu participo de remuneração de benefícios
flexíveis e tudo quando o profissional ele não quer

Quando a pessoa não quer fazer terapia não adianta às vezes você fazer um né? Tem várias
plataformas hoje você fazer um convênio uma parceria ela não quer ela não quer

quiser a gente por exemplo é o que eu costumo fazer né? Eu faço terapia. Então eu procurei
uma psicóloga né? Enfim deu lá está tudo certo pra ela. Eu pego o recibo no final do mês e
dou entrada no reembolso. Né? Então assim, o plano cobre. Então hoje pelo menos aqui
dentro da Globo só não faz quem não quer. Como que é uma empresa

né? Digo assim de cem pessoas aproximadamente o bom é que a gente se conhece pelo nome.
Mas eu já trabalhei numa multinacional onde éramos cento e dez mil mundo. É. Era. Isso é
uma matrícula. Sim. As pessoas que estão mais próximas do que o núcleo

Você vai conhecer o carro, você vai saber da vida, você vai saber né? Das questões da Lígia.
Aqui eu brinco que está no meu filho está na semana de prova e o RH inteiro torce por ele.
Na semana seguinte, e aí como é que foi a morte ao seu boletim

virada aqui com as minhas brigas com o estudo com ele. Então as pessoas aí está na semana
de prova, né? Tá gente. Então essa proximidade é muito legal e eu acho que é mais do que
tudo é a relação com o gestor. Se o

é uma pessoa porque as pessoas tem o costume de jogar tudo pro RH. Ah é gente RH. Coloca
lá na conta do RH. Desculpa é gestor. Cada área tem o seu RH, cada área tem seu financeiro
seu orçamento. Cada área tem a sua questão de comunicação

o gestor é a pessoa que faz diferença. Faz a diferença. Não, tem um programa que a gente
chama de PDL, né? Um programa de desenvolvimento de liderança onde a gente já trouxe
uma consultora externa

onde a gente faz acompanhamento com os líderes, a gente tem a reunião lá na UAM que é
uma vez por mês, vinte minutos e aí pode tanto eu, Ligia, tanto gestora, sugerir um tema ou a
pessoa da minha equipe também

ela simplesmente desabafar. Porque às vezes você não tem eh privacidade nele dentro do mas
também pra uma sala de reuniãos e o RH está conversando com o Carlos. Sim. Eh aí já acha
que
Eita mandando embora. Você passa com uma caneta na mão e o papel já acha que está pra
assinar o o pedido. E às vezes não é nada disso, né? Assim. Então esse clima que fica, esse
cuidado com a cultura

eu entendo que se o gestor tem uma participação muito grande também nessa questão da
saúde mental sabe? Se eu vejo que eu estou com alguém na minha equipe eh em alguma
situação delica

ou por questão pessoal ou por conta até de fora mesmo no trabalho né? Eu tive uma vez uma
colaboradora que ela mandou e-mail pra colaboradores arroba empresa de um processo
trabalhista. Já era. Mas o que ela mandou ela mandou ela

Sabe? Ela ia escrever Carlos. Já botou C o jornalista. Nossa, mas no que ela mandou ela já foi
lá no pessoal de TI. Gente, pelo amor de Deus, tenta cancelar, tentar cancelar, me ajuda, me
ajuda

Enfim, não não estava falando nesse documento específico de valores, tinha quem era o nome
do colaborador, então assim dois colaboradores já era uma exposição de qualquer forma.
Cara, e assim, ela é uma pessoa tão comprometida

Estava na ela não fez de propósito. Ela não fez de vacilo. Aconteceu. Aconteceu. E eu falei
quatro vamos fazer o seguinte? E ela ela ficou muito mal por ela mesma. Eu não precisei né?
Diferente da situação quando a pessoa está fazendo você começa a perceber que não está
legal e tal

Ela ficou mal. Eu falei olha vamos fazer o seguinte? A gente manda um em cima. Eu vou
mandar o nome do RH pras pessoas desconsiderarem e vamos em frente. E é isso. O dono da
empresa eu me resolvo com o dono da empresa

eu ainda desde que eu resolvo com ele. Porque assim a sua falha é minha Fábia, né? Então eu
vou resolver com ele. E seguimos juntas por cinco anos cinco anos trabalhando juntos, né?
Ah que legal. Então

Talvez se eu tivesse tido uma postura ali aguerrida com ela de porra que mole que você deu.
Você é uma séria. Como é que você faz isso? Todo mundo vai fazer o erro. Eu erro. Né?
Então assim

quem está em cima se te conhece e sabe como você funciona vai te apoiar e aí você isso te dá
tranquilidade pra trabalhar né? Você não fica naquele movimento tenso de posso mandar um
e-mail

e mas né? Se eu copiar alguém errado será que eu posso divulgar isso aqui? Então esse clima
pesado que eu acho que dificulta que felizmente a gente aqui não a gente tem pressão com a
questão de prazo porque eu tenho cliente lado
faz diferença no meu negócio se eu não colocar o cara no dia lá eu estou perdendo dinheiro
mas é vamos negociar aqui e nunca deixar pra avisar em cima da hora também tá? Está vendo
que vai dar ruim

Levanta a mão e pede ajuda. Sim. Porque aí depois que também o leite estiver derramado
nenhum problema começa grande, né? Pressão vai vim maior e aí realmente às vezes o

o sangue esquenta aqui vai mas é acho que a pessoa se você é parceira e aí eu falo muito na
questão gestão sabe? É. Sabe o que a empresa te dá altas? Então na pirâmide de mais novo
né? Você

suas eh necessidades básicas atendidas para o resto é relação ao gestor colaborar do RH poli e

e a gente ir desenvolvendo esses leaves pra que eles consigam a pessoa está bem está bem pra
trabalhar

9.
O que você pode dizer para as pessoas que estão cursando
Psicologia e pretendem seguir na sua área POT?

Cuide do seu CPF, do seu nome. Pedidos indevidos. Só um mês pra ir lá no consulado porque
eu preciso tirar um risco lá na e já falei não pra dono de empresa então assim é se já é tipo né
seus valores em primeiro lugar sabe ?! Acho que isso assim vai fazer teu nome e com o
tempo você vai construindo que as pessoas lembram de você. Sabe? Então assim é você ser
parceira da empresa, você ser leal com o que você está fazendo com o teu time né? De assim
jogar junto. Eu sou super transparente. Tudo passava na lei de eu não guardo informação até
porque informação da empresa. Eu não quero esse peso né? Eu quero tirar férias e o mundo
seguir e ninguém me ligar nas últimas férias. Quero poder estar doente e a empresa seguir e
eu também doente como recuperar daqui a pouco eu volto. Né? Sem aquele peso. Então eu
acho que priorize o CPF de vocês e não se negocie a ética, não é não e pronto e acabou e
segure né? Porque às vezes vai vim ameaça em cima e se você está seguro dos seus valores,
da sua questão ética, aguente hoje já porque uma porta fecha, a outra abre e a vida segue.
Respeitar as pessoas indiferente do cargo, isso pode ser da pessoa da faxina que limpa o
lixinho do seu banheiro pra você poder trabalhar num ambiente livre, organizado e falo
porque assim ao longo desses vinte e dois anos eu já entrevistei estagiário que hoje é dono de
empresa e o mundo dá muita volta. Eu já tive gestoras foram meus pais. Sabe? Então assim
eu estagiário tive uma situação onde a minha gestora não me deu nem tchau. Eu fiz a minha
demissão. Gente minha demissão várias vezes fui trabalhar com DP também não tenho
problema nenhum com isso. Desde ter mandado ir embora e também pedir demissão e que eu
sei o processo que é pra quem carimba e vamos em frente. E onze anos depois que ela entrou
na minha empresa e ela me reconheceu não reconheci ela porque o clima foi tão grande que
eu acho que a naturalmente eu bloqueei ela da da minha cabeça e hoje é minha amiga de
frequentar minha casa. E aí então assim o tempo passou, ela amadureceu, ela também
reconheceu que foi desnecessária lá atrás mas OK né? Somos grandes amigos de RH que a
gente troca muito e frequenta mercado também frequenta a casa dela. Então eu acho que
assim eh esse respeito indiferente do cargo né? De um um descaso vangloriando o que você
está você não é. Você é psicólogo título ninguém vai te tirar. Você está gerente. Isso. Mas hoje
eu estou gerente, amanhã posso estar coordenadora, posso estar, posso estar seguindo carreira
solo. Lucimar virou professora que é meu sonho de consumo, porque eu quero também sou
professora dos processos internos aqui nos cursos internos onde eu amo também uma sala
amo essa parte de treinamento de desenvolvimento esse mundo dá muita volta fazer bons
networks. E network é dar mais do que receber. As pessoas têm uma mania muito feia no não
sei se isso já acontece com vocês mas comigo com frequência acha que você trabalha com
RH que você consegue arrumar emprego pra todo mundo é verdade. Sabe de uma vaga? Você
olha o meu currículo. Cara, você só me procura pra pedir. Né? Então assim, tem relações que
você cria. Falo eu com a Lucimar e virou pra vida. Fala assim, é troca, uma precisa “pô”
gente alguém pode me ajudar e também se não puder tudo bem sem cobrança mas é é você ir
construindo seu nome com esses cuidado aí eu acho e conhecer um pouquinho de tudo quanto
é ferramenta

Gostaríamos de agradecer sua disponibilidade para entrevista e suas


contribuições para nosso conhecimento da Psicologia Organizacional e do
trabalho. Em breve, vamos encaminhar um relatório sobre a pergunta 4 com
sugestões para o desafio que foi apresentado na entrevista. Atenciosamente,
Grupo de estudantes xxxx

Controle interno:

Equipe de entrevistadores:

Tempo de entrevista:

Você também pode gostar