Você está na página 1de 2

Aula 01: FENOMENOLOGIA - Contextualização e Contribuições

- Fenomenologia contextualização
 Fundamentou-se em correntes de pensamento e teorias filosóficas,
 Sua raiz: primeiras matrizes mecanicistas,
 E avanço do pensamento científico: evoluem-se visões de mundo e de homem.
(p. 28/29, B.F.Lima)

 A fenomenologia é uma corrente de pensamento filosófico.


 Propõe uma quebra/ruptura de Paradigma tanto:
 Filosófico/epistemológico: visão de homem e de mundo;
 Científico: novo método investigativo. (p. 29, B.F.Lima)

 Ruptura: porquê? Romper: com o quê?


 Contexto científico e filosófico; o paradigma da época; o Zeigest dos sécs. XVII/XVIII/XIX
 Ideias racionalistas de Descartes;
 Pensamento mecanicista;
 Conhecimento objetivo;
 Positivismo. (p. 29, B.F.Lima)

 Esse paradigma fundamentou quase toda a construção do conhecimento ocidental;


 Embasou a ciência clássica tradicional (física, química, biologia, astronomia, matemática, etc);
 Inclusive a Psicologia, que para ser reconhecida como Ciência, submeteu-se a essa maneira de pensar
(p. 29, B.F.Lima)

 O desenvolvimento da ciência e o progresso na forma de perceber o mundo,


 Permite o surgimento de novas matrizes de pensamento. (p. 29, B.F.Lima)

 FRANZ BRENTANO
- Contribuições de F. Brentano à Fenomenologia
 Franz Clemens Brentano / 1838 – 1917 / Alemão
 Família de origem italiana
 Lecionou filosofia em Viena em 1866 / Padre até 1873
 Foi professor de Edmund Husserl, Franz Kafka, Carl Stumpf, Sigmund Freud

 Postura oposicionista:
 Como padre: opôs-se ao princípio da infalibilidade do papa;
 Como filósofo: discordou do empirismo, do racionalismo e do criticismo;
 Como psicólogo: rejeitou a tese associacionista, criticou Wundt.

 Oposição aos naturalistas que:


 Consideravam o objeto natural, real e exterior,
 Independente às pessoas.
 Defende que:
 A realidade está na consciência de cada um;
 Na maneira como cada um vive o mundo;
 Como se vê, sente, toca, ouve e percebe. (p.30, B.F. L.)
- Contribuições de F. Brentano à Fenomenologia
 Surge a Psicologia do Ato:
 Que vai distinguir os atos físicos dos
 atos psíquicos (o qual deveria ser o foco da psicologia) (p.30,B.F.L.)

 Psicologia do Ato:
 Passa a considerar mais o ato do que o objeto em questão.
 Importa mais o ato de ver do que a coisa vista;
 mais o ato de sentir do que a aquilo que se sente. (p.30,B.F.L.)
 Psicologia do Ato:
 Dessa maneira, consciência e objeto são unificados.
 A mente está sempre em relação.
 Nega-se a pura objetividade e a pura subjetividade.
 Uma não existe sem a outra. (p.30,B.F.L.)

 Psicologia do Ato
 Fenômeno psíquico constitui-se como atividade e não como conteúdo;
 Defende uso do método empírico nos estudos dos fenômenos psíquicos, porém não experimental;
 Psicologia parte da percepção e da experiência;
experiência

 Seu principal recurso metodológico: percepção interna;


 Propôs a sistematização da psicologia do ponto de vista empírico:
empírico possui fundamentação filosófica;
filosófica
 Pressupostos diferentes da psicologia fisiológica e comportamental;

 Psicologia do Ato:
 Nega a possibilidade de levar para o laboratório o psiquismo;
 Propõe que este seja abordado empiricamente, mas não experimentalmente;
 Propõe abandono da introspecção como método já que esta implica em observação interna;

 Psicologia do Ato:
 Dá-se início ao estudo da Intencionalidade.
 O ato de dar sentido.
 (Vide Figueiredo, 2002,p.177, in B.F.L., p.30) (p.30,B.F.L.)

 Contribuições de F. Brentano à Fenomenologia


 Intenção: constitui-se a propriedade essencial da vida consciente.
- Indica uma direção, uma tensão da CS para o objeto.

intencionalidade
CS
(espírito) OBJETOS

desperta

Referências:
 RAMÓN,S.P., A importância da act-psychology de Franz Brentano; in: Psicol. Reflex. Crit. v.19 n.2
Porto Alegre 2006
ISSN 0102-7972 versão impressa; doi: 10.1590/S0102-79722006000200021
 FEIJOO,A.M.L.C., A influência das idéias de Brentano na Psicologia Fenomenológico-Existencial,
Ano 2, número 1, Março 1997
 LIMA,B.F., Alguns apontamentos sobre a origem das psicoterapias fenomenológico-existenciais; in:
Revista da Abordagem Gestáltica – XIV(1):28-38,jan-jun,2008

Você também pode gostar