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OBJEÇÕES IRRAZOÁVEIS
"Fim" da Lei
Cita também Rom. 10:4: "o fim da lei é Cristo para a justiça de todo
aquele que crê." E o seu raciocínio tacanho conclui que se "é o fim não é
continuação."
Outro crasso engano. Concordamos que o texto se refere ao
Decálogo, mas não concordamos que signifique que Cristo tenha posto
um fim àquela lei, Notemos a palavra "fim". Nem sempre significa
término. E no texto em lide não tem este sentido. Vem do grego telos e
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significa também "propósito", "alvo." "objetivo", "conseqüência",
"resultado", etc. Muito freqüentemente é assim empregada. Por exemplo:
I Tim. 1:5 – "Ora o fim do mandamento é a caridade."
I S. Ped. 1:9 – "Alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma."
Ver também S. Tia. 5:11. Veja o leitor se, nesses textos, "fim" pode
significar "cessação". Absurdo!
Seria inadmissível que, quando alcançamos Jesus, possamos lançar
fora a lei que é norma de conduta dada Por Deus. Tal ensino não é
cristão. Cristo, na verdade, é o FIM da lei, é o objetivo dela. É o fim, não
para nos livrar da obediência da lei, mas – e o próprio texto elucida
–"para a justiça de todo a aquele que crê." Justiça no melhor sentido
teológico, é o perfeito cumprimento da lei que Cristo nos imputa e que
nos livra da condenação. Portanto, a lei subsiste. A lei conduz-nos a
Cristo, porque nEle encontramos a justiça que a lei exige. A justiça que
temos através de Cristo é declarada perfeita pela lei. O homem que, por
Cristo se torna justo, sem dúvida guarda a lei justa Não a vive
transgredindo.
O comentador metodista Adam Clarke considerando Rom. 10:4,
entende que se refira à lei cerimonial, mas afirma que a palavra "fim"
certamente significa "objetivo".
Vê o leitor como se desfaz o esquema pré-fabricado da ab-rogação
da lei. Analisaremos todos os "argumentos" antinomistas apresentados,
com a segurança que a verdade nos assegura.
Referências:
(1) Works of Wesley (New York: Waugh & Mason, 1833), Vol. 1,
pág. 226.
(2) D. L. Moody, Weighed and Wanting págs. 11 e 16
(3) A. H. Strong, Systematic Theology, págs. 875 e 876.
(4) Thomas Paul Simmons. Um Estudo sistemático de Doutrina
Bíblica, trad. de E. Kerr (Gráfica Batista), págs. 338 e 198.
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(5) C. H. Spurgeon, The Perpetuity of the Law of God, pág. 5.
(6) Thomas Paul Simmons, op. cit., pág. 190.
(7) Broadus. Comentário ao Evangelho de Mateus, Vol. 2, pág.
202.
(8) M. C. Wilcox, Questions Answered, pág. 101
(9) W. J. Conybeare and J. J. Howson, The Life and Epistles of
Saint Paul, edição completa de 1892, pág. 530.