Você está na página 1de 6

E-commerce

WGSN | Varejo no
metaverso
Da evolução dos NFTs a experiências de compra imersivas,
programas de fidelidade com criptomoedas e comércio
D2A (direct-to-avatar), esta matéria analisa como o
metaverso está criando novas fontes de receita e
oportunidades para o mercado de varejo.

WGSN Insight Team


11.22.21 · 4 minutos

Republic Realm

Métrica de impacto

Track Explore Test Invest

A tendência se encontra em estágio A tendência tem sido observada em Caso para investimento moderado. As Caso para forte investimento. As
inicial – vale a pena monitorar para diversas áreas. Caso seja aplicável ao evidências sugerem que essa análises sugerem que essa tendência
investimento futuro. seu negócio, pense em como alinhar tendência impactará a sociedade e a apresentará longevidade de consumo,
o orçamento. indústria de forma geral. o que impactará diversas indústrias.

5
4
3
2
1
Resumo
A evolução do metaverso apresentará uma série de oportunidades comerciais
para o setor de varejo. Nos próximos anos, a "metaconomia" dará abertura a
um mundo de novos produtos, recursos de venda e canais de distribuição.

Embora um terço da população dos EUA ainda não conheça o termo 'metaverso', ele
vem se popularizando graças ao Facebook. Em outubro de 2021, a rede social
dominou as manchetes após mudar seu nome para Meta, parte do seu plano de
abandonar o mercado das redes sociais e se tornar uma empresa do metaverso. Em
novembro, a Microsoft anunciou o lançamento de seu próprio metaverso: batizado
como Mesh, a plataforma interativa é voltada para o público corporativo.
Grandes nomes de outras indústrias já estão se preparando para a vida digital. A Nike
já registrou patentes de algumas das suas criações digitais, entre elas o "cryptokicks",
sistema de lançamento de tênis digitais, e uma série de modelos virtuais que serão
vendidos como NFTs. A empresa também inaugurou o Metaverse Studio, e está
recrutando "meta-funcionários" para sua equipe.
A WGSN vem acompanhando o crescimento do metaverso ao longo dos últimos três
anos, apontando oportunidades de investimento em segmentos como mundos
virtuais, realidade aumentada (RA) e virtual (RV), NFTs, jogos e blockchain. Em
agosto, nós estreamos uma série de matérias sobre o metaverso que analisam as
oportunidades de negócio dentro do cenário virtual. Na matéria Marketing no
metaverso, exploramos como marcas estão usando esses mundos virtuais como um
canal de comunicação e engajamento. Nesta matéria, a segunda da nossa série, nós
analisamos o potencial do metaverso como ferramenta de varejo, partindo de estudos Ready Player Me x Dior
de caso para apontar oportunidades de venda e explorar estratégias que vão do
comércio descentralizado a shoppings no metaverso.
O mercado de NFTs
Além de provar que os NFTs não são apenas imagens
colecionáveis, novas estratégias mostram como as
marcas podem usar esses tokens digitais para
aumentar suas vendas, incentivar a fidelização e
impulsionar o engajamento do público.

Os NFTs, imagens digitais colecionáveis que carregam


características únicas e costumam ser comercializadas
através da plataforma Ethereum, cimentaram a presença
das criptomoedas no imaginário popular. Após um breve
período de queda na segunda metade de 2021, a venda de
NFTs cresceu 704% (US$ 10,67 bilhões) no terceiro
trimestre em comparação com o trimestre anterior.
Conforme destacamos na matéria Cultura jovem 2021, o
poder do NFT vem causando um impacto enorme no
cenário cultural. Hoje, tudo pode ser tokenizado e
vendido: de nomes de domínios descentralizados e itens
de jogos a tweets e memes. À medida que o blockchain
(que verifica a autenticidade dos NFTs) e os tokens
digitais passam a fazer parte da cultura de massa,
surgem novas formas de combater a falsificação e
garantir o engajamento do público, como souvenirs Alex Castro for The Verge
digitais, brindes tokenizados e itens digitais
colecionáveis.
Souvenirs digitais
Com a popularização dos tokens de participação, conhecidos na sigla original
como POAPs, o antigo lema "se não tem foto, não aconteceu" será em breve
atualizado para "se não virou token, não aconteceu".

Cada vez mais usados por organizadores de eventos e nas comunidades Web3
(também conhecida como Web 3.0), os POAPs são souvenirs digitais em formato NFT
hospedados no xDai, uma sidechain sustentável compatível com a criptomoeda
Ethereum. Embora outras versões dessa tecnologia já existam, o POAP é o protocolo
mais difundido dentro das comunidades Web3.
Criados inicialmente para registrar eventos importantes (como uma agenda do
Facebook para o blockchain), os POAPs também podem ser utilizados no segmento
empresarial. Essa tecnologia já foi usada por marcas como a ATARI, em shows
virtuais (como o Decentraland Metaverse Music Festival) e em conferências como o
NFT NYC, onde empresas e vendedores locais organizaram uma 'caça ao tesouro' de
POAPs que culminou numa rifa e aumentou o movimento de uma série de lojas
físicas e digitais.
Como os POAPs podem ser usados no varejo? Esses tokens se adaptam muito bem a
estratégias de venda clássicas. Eles podem ser usados como brindes na compra de
produtos exclusivos ou como souvenirs de eventos físicos, como liquidações,
conferências, shows, palestras, ativações e campanhas em lojas físicas. Quando uma
marca ou organizador cria um POAP, ele tem a opção de anunciar seu evento no
calendário do sistema, que é aberto ao público e à comunidade POAP.
Decentraland
Entre outras funções, os tokens digitais podem facilitar o acesso a bases de dados,
aumentar a fidelização e coletar informações. Os POAPs também são uma ótima
ferramenta de engajamento, visto que eles oferecem uma série de serviços
integrados, como chats privados, rifas e competições.
Comércio descentralizado
Uma resposta aos problemas enfrentados por empresas e vendedores nos
sistemas de e-commerce tradicionais, o comércio descentralizado
(dCommerce) se vale da transparência do blockchain e dos contratos
inteligentes para dar mais poder aos pequenos negócios.

Se as finanças descentralizadas se popularizaram graças à demanda dos


consumidores por alternativas mais justas e colaborativas ao tradicional sistema
financeiro, o comércio descentralizado aplica essa mesma ideia ao varejo.
No e-commerce tradicional, compradores e vendedores costumam pagar
intermediários para legitimizar transações e arcar com possíveis riscos. Em geral, os
vendedores acabam presos a esses intermediários, que podem ser o eBay, Amazon,
Etsy, Meta (Facebook), Stripe, PayPal, Shopify ou qualquer outro gigante do e-
commerce que media vendas e oferece uma garantia de segurança.
Esses intermediários têm suas desvantagens. Os maiores deles controlam os preços
do mercado, as redes de distribuição, as opções de pagamento e as cadeias de
abastecimento. Além disso, os vendedores sofrem com restrições, taxas e perda de
autonomia e visibilidade. Questões éticas também são um possível problema.
Embora novo, o comércio descentralizado oferece uma solução para as questões
acima. No entanto, ele inspira uma nova pergunta: 'como posso confiar em você se
você não tem uma identidade?' A resposta é através de várias camadas de
responsabilidade, stakes e compromissos: o dCommerce usa tecnologias de
rastreamento via blockchain, inteligência artificial, compartilhamento opcional de
@umby for Unsplash
dados e contratos inteligentes que firmam uma relação de segurança entre vendedor e
comprador (que não serão vistos pelo usuário final).
Obrigado por ler um trecho dessa matéria!
Para ver a versão completa agende uma demonstração aqui.

Já é assinante? Faça o login. Ainda não é assinante? Solicite uma demo.

Mais matérias da WGSN

WGSN Insider (em Imprensa: WGSN na O consumidor do futuro


inglês) mídia 2023

Você também pode gostar