Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Desafios da Avaliação
Características da avaliação
Palloff e Pratt, autores que trabalham no desenvolvimento e aplicação de programas
eficazes de educação a distância, a partir do trabalho com professores nos Estados
Unidos, escreveram um capítulo destinado à avaliação do desempenho do aluno.
Sendo assim, parte deste material foi elaborado a partir da produção de tais autores
disponível no livro O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line¹.
Em seu texto, Palloff e Pratt (2004) utilizam os estudos de Angelo e Cross (1993)².
No decorrer deste material, outras reflexões serão incorporadas buscando ajudá-
los(as) a compreender este referencial na prática.
¹ A referência completa pode ser encontrada nas referências bibliográficas deste material.
² ANGELO, T. and CROSS, K. P. Classroom Assessment Techniques. San Francisco: Jossey-Bass, 1993.
De acordo com Angelo e Cross (1993 apud Pallof e
Pratt, 2004), para a avaliação ser eficaz, ela deve
fazer parte do projeto do curso. Na sequência,
apresentam algumas características essenciais da
avaliação: centrada no estudante, dirigida pelo
professor, mutuamente benéfica, formativa, Entendemos que essas características
específica ao contexto e contínua . podem ser aplicadas tanto para os cursos
presenciais como a distância. É importante
destacar que o nosso enfoque são as
particularidades avaliativas empregadas em
um ambiente virtual de aprendizagem
(AVA).
Centrada no
estudante
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/aprendizagem-
sugest%C3%A3o-escola-3245793/
Durante o processo de ensino e aprendizagem de uma disciplina o professor deve
redigir os objetivos a serem alcançados pelo estudante a cada unidade temática,
e/ou módulo e ao final da disciplina.
Ensaio e Revisão
retorno³ da ação
Nessa proposta, o professor incorpora a autorreflexão ao projeto e Processo
reflexivo*
às expectativas do curso e o tutor virtual utiliza estratégias que
possibilitam essa ação durante as interações com o estudante.
Criação
Tomada de
de consciência¹
métodos²
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/setas-
dire%C3%A7%C3%A3o-1577983/
Dirigida pelo professor
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/mundo-dos-
neg%C3%B3cios-coopera%C3%A7%C3%A3o-puzzle-2207747/
Mutuamente benéfica Estarão não só engajados em um
processo de aprendizagem, mas
também terão a capacidade de
melhorá-lo para si próprios e para os
Segundo Ângelo e Cross (1993, p. 4-5 outros, dando um retorno ao
apud Palloff e Pratt, 2004, p. 112), a professor e ao tutor virtual.
cooperação do estudante na avaliação
reforça sua capacidade de entender o
conteúdo do curso e de fortalecer suas
habilidades de autoavaliação.
Ao fazê-lo, podem
aumentar a sua
Se os estudantes avaliarem de forma capacidade de refletir e
colaborativa o seu próprio processo e o dar um bom feedback.
processo do curso, passarão a confiar nos
princípios básicos da comunidade de
(PALLOFF PRATT, 2004, p. 112-114)
aprendizagem.
Formativa
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/gr%C3%A1fico-
layout-de-design-%C3%ADcone-3704717/
Formativa
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/engrenagens-
engrenagem-relacionados-1258790/
Contínua
Este material propõe uma discussão sobre avaliação inserida no contexto de uma aprendizagem
participativa, centrada no estudante e concebida como recurso de construção de um diálogo contínuo entre
o professor e/ou tutor e o estudante num processo de formação plena do sujeito.
A prática avaliativa deve ser considerada uma ação necessária durante todo o processo de aprendizagem,
planejada no desenvolvimento da disciplina como ato de reflexão para o estudante. Essa prática permite ao
estudante a comprovação daquilo que aprendeu e das necessidades de apoio e estudo para a construção das
novas aprendizagens, bem como a reflexão para o professor a respeito dos procedimentos didáticos da
disciplina, de modo a corresponder às reais necessidades formativas dos estudantes.
Nesta concepção, o professor, deve elaborar a disciplina com diretrizes e objetivos claros, propondo
atividades relevantes, concebidas como ação integrada à disciplina, composta de momentos de produção
individual e coletiva. Para tanto, há vários recursos que, associados aos instrumentos de avaliação, podem
viabilizar bons resultados.
Considerações sobre o tema
Espera-se, assim, que este material ofereça subsídios que possam contribuir para aprofundar reflexões sobre
os elementos que compõem o processo de ensino e aprendizagem (planejamento, metodologia, estratégias
de ensino etc.).
Da mesma maneira, a escolha dos conteúdos pelo professor também deve ser definida de forma criteriosa,
considerando as características pessoais dos estudantes.
A partir daí, deve-se caminhar rumo a uma avaliação que seja mais significativa, menos burocratizada, para
que assim se constitua, de fato, em um elemento a favor da aprendizagem como parte integrante do
processo educacional.
Referências bibliográficas
BIANCHI, P. C. F. Avaliação da Aprendizagem na Educação a Distância: algumas concepções e práticas avaliativas desenvolvidas no curso de
Licenciatura em Pedagogia, Modalidade EaD, da UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado), São Carlos: UFSCar, 2013.
BYERS, C. “Interactive Assessment and Course Transformation Using Web-Based Tools” In The Technology Source, maio-junho de 2002.
http://technologysource.org/article/interactive_assessment_and_course_transformation_using_webbased_tools/
HELMER, E. A. A construção de instrumentos avaliativos para compreensão do processo de aquisição da língua materna em crianças do 1º
ano de ensino fundamental. 139 p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Centro de Educação e Ciências Humanas, UFSCar, São Carlos, 2009.
HOFFMANN, J. Avaliação: mito & desafio. Porto Alegre, RS: educação Є realidade, 10ª edição, 1993.
KORTHAGEN, F. A. J. La práctica, la teoria y la persona em la formación del professora. In: Revista Interuniversitaria de Formación del
Profesorado, Zaragoza, v.24 (2), n.68, p. 83- 101, 2010. ISSN 0213-8646.
MORGAN, C., and BERGE, Z. L. Assessing Open and Distance Learners. London, England: Kogan Page, 1999.
PALLOF, R. M. e PRATT, K. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line. Trad. Vinícius Figueira. Porto Alegre: Artmed,
2004.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.
Como citar este material: