Você está na página 1de 27

UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
DESENVOLVIMENTO HUMANO

Elieuda Maria de Oliveira

Desproteção de crianças em acolhimento institucional

Taubaté – SP
2023
Elieuda Maria de Oliveira

Desproteção de crianças em acolhimento


institucional

Projeto de pesquisa apresentado ao Comitê de Ética


em Pesquisa da Universidade de Taubaté, requisito
parcial para obtenção do Título de Mestre pelo
Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento
Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais, da
Universidade de Taubaté.
Área de Concentração: Desenvolvimento Humano,
Políticas Sociais e Formação
Linha Pesquisa:
Orientador(a):Profª Dra. Angela Michele Suave

Taubaté – SP
2023
RESUMO

O termo criança é definido pelo estatuto, como uma pessoa de até 12 anos, a infância também
pode ser considerada uma fase da vida vulnerável, desta forma, o governo, estado e parentes
devem garantir a proteção e qualidade de vida da mesma até a juventude. Desde o início do
século XXI, o Brasil vem enfrentando aumento nos casos de negligência (maus tratos, falta de
provisão, abrigo, nutrição, condição de segurança, saúde e educação), esta negligência muitas
era vista pelo governo e pela sociedade como, descuido por maldade ou falta de afeto, não
entendendo as questões de vida que pais, tutores ou parentes estão inseridos, como questões
socioeconômica, de saúde (mental e psicológica) e até mesmo dependência química. Desta
forma, o presente estudo tem como intuito entender a história das crianças e famílias que se
encontram em casa de acolhimento institucional. Assim, nosso objetivo é definir quais sãos os
motivos da desproteção materna, dos filhos que estão em casa de acolhimento localizado no
município de Jacareí, por meio de visitas e pesquisas literárias (nos bancos de dados Google
acadêmico, BVS, PUBMED, SCIELO) e exploratórias em casa de acolhimento institucional
na região do estudo, nosso grupo de estudo serão as crianças abrigadas e os colaboradores do
abrigo, assim, faremos um estudo de caso e pesquisa exploratória para entender a raiz das
causas de negligência infantil na região. Por meio da nossa pesquisa esperamos encontrar
respostas para estes casos, sendo capaz de propor estratégia para diminuir o índice de casos na
região.

PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento humano. Desproteção em infância. Acolhimento


infantil.
ABSTRACT

The term child is defined by the statute, as a person up to 12 years old, childhood can also be
considered a vulnerable phase of life, in this way, the government, state and relatives must
guarantee the protection and quality of life of the same until the youth. Since the beginning of
the 21st century, Brazil has been facing an increase in cases of negligence (mistreatment, lack
of provision, shelter, nutrition, safety, health and education), this negligence was often seen
by the government and society as carelessness for malice or lack of affection, not
understanding the life issues that parents, guardians or relatives are inserted, such as
socioeconomic issues, health (mental and psychological) and even chemical dependency. In
this way, the present study aims to understand the history of children and families who are in
institutional shelter. Thus, our objective is to define what are the reasons for maternal lack of
protection, of the children who are in foster care located in the municipality of Jacareí,
through visits and literary research (in Google academic databases, BVS, PUBMED,
SCIELO) and exploratory activities in institutional foster care in the study region, our study
group will be the sheltered children and shelter employees, thus, we will do a case study and
exploratory research to understand the root causes of child neglect in the region. Through our
research we hope to find answers to these cases, being able to propose a strategy to reduce the
rate of cases in the region.

KEYWORDS: Human development. Childhood deprivation. Child care.


LISTA DE FIGURAS

Imagem 1 – Parâmetros estabelecidos pela Constituição Federal para proteção integral para
criança.........................................................................................................................................6
Imagem 2 – Delimitação da área de
estudo................................................................................9
Imagem 3- Pesquisa de Evolução % de população de 0 a 14 anos vulneral a pobreza (1991-
2010) .......................................................................................................................................10
Imagem 4- Notificações de casos de violência contra crianças de 0 a 4 anos (2010 -
2018) ............................................................................................................................................
.......10
Imagem 5 – Linha de tempo de ações e movimentos que impactaram na criação do
ECA...........................................................................................................................................15
Imagem 6- Três esferas de responsabilidade estabelecidas pelo ECA para familiares, parentes
e tutores de crianças e adolescente no Brasil............................................................................16
Imagem 7- Três eixos temáticos de garantia da integral proteção infantojuvenil...................17
Imagem 8- Fases de acolhimento da criança até a adoção ou reintegração a família..............18
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

ECA - Estatuto da criança e adolescente


FUNABEM - Fundação Nacional do Bem Estar do Menor
LACRI - Laboratório de Estudo da Criança
OMS- Organização Mundial da Saúde
SAM - Serviço de assistência do menor
SGD - Sistema de Garantia do Direito
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 6
1.1 Problema........................................................................................................... 8
1.2 Objetivos........................................................................................................... 9
1.2.1 Objetivo Geral......................................................................................... 9
1.2.2 Objetivos Específicos.............................................................................. 9
1.3 Delimitação do Estudo...................................................................................... 9
1.4 Relevância do Estudo / Justificativa................................................................. 11
1.5 Organização do Projeto.................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................. 12
2.1. Referencial teórico........................................................................................ 13
2.1.1 Tipos de violência.................................................................................. 13
2.1.2. Eca......................................................................................................... 14
2.1.3. Serviço de acolhimento......................................................................... 17
3 METODOLOGIA.................................................................................................. 20
3.1 Delineamento da pesquisa.............................................................................. 20
3.2 Tipo de Pesquisa............................................................................................. 20
3.3 Participantes .................................................................................................. 20
4 RESULTADOS ESPERADOS E DIVULGAÇÃO............................................. 21
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 22
1 INTRODUÇÃO

O termo criança é definido pelo dicionário Aurelio como ser humano de pouca idade,
já o estatuto da criança á define como uma pessoa de até 12 anos (FONCESA et al., 2013). A
infância também pode ser considerada uma fase da vida vulnerável (ROCHA, 2016), assim, o
desenvolvimento infantil ganhou atenção no meio psicológico, médico, social e pedagógico
(SARMENTO, 2002), essa visão de cuidado com a sociedade infantil impactou na
necessidade de dar atenção a negligencia infantil e juvenil (DE PONTES et al., 2017)
A negligência infantojuvenil tem aumentado no XXI no Brasil (OLIVEIRA,2021),
assim, o tema se tornou emergente e relevante. Desta forma, o presente estudo visa, levantar
informações para entender, quais fatores que desencadeiam o descuido e negligência materna
e familiar para crianças que se encontram em instituições de acolhimento.
A negligência abrange as formas de maus tratos, falta de provisão, de apoio no
desenvolvimento emocional, abrigo, nutrição, condição de segurança, saúde e educação, por
parte dos parentes, pais e responsáveis, muitas das vezes esta negligência, era vista pelo
governo e pela sociedade como um problema econômico (MAGALHÃES, 2002;
DUBOWITZ, 2007; BAZON et al., 2010). Desta maneira, entende se a gravidade e os
impactos negativo que a negligência infantil trás sobre a vida e resultando em futuros
problemas físicos e ou emocionais (PASIAN et al., 2013), em decorrência a esses casos,
houve um aumento de atenção nos serviços de proteção, assim, nos últimos 80 anos no Brasil,
a negligencia se tornou um problema de constituição federal (imagem 1).

6
Imagem 1 – Parâmetros estabelecidos pela Constituição Federal para proteção integral para
criança

Fonte: Desenvolvido pelo autor, com base na Constituição Federal, art. 277, 1988

A Constituição Federal, tem como principal objetivo, prover o bem de todo cidadão
sem discriminação, garantindo a dignidade e cidadania do indivíduo na fase infantojuvenil
(ADRIÃO; CAMARGO, 2001), a criança merece e tem direito a receber cuidado e caso haja
negligência os responsáveis devem ser punidos (VIERA; TRAMONTINA; ANGOTTI, 2020)
desta forma o ECA apresenta todas as diretrizes para garantir o cuidado com a criança e
adolescente.
Sancionado em 1990 o ECA (Estatuto da criança e adolescente), concretizou o artigo 227
da Constituição Federal, determinando o suporte e a proteção integral que é de direito da
criança, uma vez, considerando está uma fase de fragilidade. Afirmando também a
responsabilidade da sociedade, estado e família em garantir o desenvolvimento da criança, e
proteção de toda violência e descriminação (FEDERAL GOVERNO, 1990).

7
Para essa garantia o governo civil em parceria com os conselhos municipais, estaduais e
distritais, além do ministério da mulher e da família, se responsabilizam pelo controle político
garantindo o cumprimento dessas normativas, dentre elas, destacamos as de maior impacto
(SANTOS et al., 2009):
 Lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo SINASE (lei n°12.594):
Define os deveres socioeducativo atribuído a adolescentes;
 Lei Menino Bernardo (lei n°13.010): Estabelece o direito de educação da criança e
adolescente, sem o uso do castigo físico;
 Lei da primeira infância (lei n° 13.257): Suscita o dever do Estado em garantir,
serviços, programas e planos visando o desenvolvimento integral na primeira infância;
 Lei da Escuta especializada (lei n° 13.431): Constitui pelo Estatuto da criança e
adolescente, a mesma sanciona o direito garantido da criança ou adolescente
testemunha ou vítima de abuso ou violência.
Pensando na importância destas leis e do cumprimento as mesmas, foi criada as casas de
acolhimento, visando o cuidado e garantia dos direitos sociais e de qualidade de vida na fase
infanto-juvenil até a fase de maior idade, no presente estudo, vamos concentrar a pesquisa em
casas de acolhimento institucionais. Segundo o Ministério da Saúde (BVS, 2008), o
acolhimento, implica no atendimento das queixas da vítima, entendendo a responsabilidade e
as causas que levaram a criança a ser negligenciada, sanando os impactos da negligência na
vida da mesma e estabelecendo a qualidade de vida que é de direito (MAGALHÃES, 2002;
NUNES, 2021).

1.1 Problema

Muitos cidadãos, incluindo até mesmo profissionais que trabalham com o cuidado
infantil, seja na saúde ou educação, visam a negligência infantil acreditando que o negligente
apresenta este descuido por maldade ou falta de afeto, não entendendo as questões
socioeconômica, de saúde (mental e psicológica) uma vez que muitos responsáveis
negligentes são dependentes químicos. Desta forma, o presente estudo tem como intuito
entender a história de crianças e família que se encontram em casa de acolhimento
institucional.

8
1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral


Definir quais são os motivos da desproteção materna, dos filhos que estão em casa de
acolhimento localizado no município de Jacareí.

1.2.2 Objetivos Específicos


 Identificar questões socioeconômica de mulheres que tem filhos em situação de
acolhimento institucional;
 Identificar motivos que levam as crianças a estas instituições;
 Quais as perspectivas para o retorno das crianças a convivência familiar, parental ou
adoção.

1.3 Delimitação do Estudo


O presente estudo, será desenvolvido nas casas de acolhimento institucional a região
de Jacareí, SP (imagem 2). Após o levantamento das casas de acolhimento na região,
quantificaremos as condições dessas casas, além das situações das crianças presentes nas
mesmas, entendendo, quais motivos levaram as próprias a serem negligenciadas e quais
cuidados, as mesmas estão recebendo.

Imagem 2 – Delimitação da área de estudo.

Fonte: Adaptado pelo autor, google imagens

9
Uma pesquisa realizada pelo grupo de primeira infância do município (FUNDAÇÃO
MARIA CECILIA SOUTO VIDIGAL), levanta os seguintes dados; índices de crianças em
situação de pobreza na região de Jacareí a Pesquisa foi realizada com base no censo de 2010,
e apesar do índice mostrar um regresso na pobreza de crianças até os 14 anos (imagem 3), o
estudo aponta que devido a pandemia do Covid-19, essas condições de pobreza podem ter
aumentado, sendo necessário uma rápida atenção para este público no município.

Imagem 3- Pesquisa de Evolução % de população de 0 a 14 anos vulneral a pobreza (1991-


2010).

Fonte: Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

A pesquisa também mensurou casos de violência de crianças entre 0 – 4 anos,


levantando informação entre os anos de 2010-2018, a pesquisa refere a laudos médicos que
apontam violência infantil (imagem 4), o que é preocupante uma vez que ao chegar à
necessidade de atendimento médico essas crianças passaram por grande trauma de violência.

Imagem 4- Notificações de casos de violência contra crianças de 0 a 4 anos (2010 - 2018)

Fonte: Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

10
1.4 Relevância do Estudo / Justificativa

Em todo o Brasil, a negligência infantil se apresenta, como uma grande problemática


(BAZIN, 2008) chamando atenção do campo cientifico, devido a complexidade do tema e sua
dificuldade de pesquisa, uma vez que, as causas de negligência se apresentam amplas, assim,
essa linha de pesquisa se tornou um desafio.
Alguns pesquisadores relatam, que uma vez entendido o meio social, familiar,
ambiental, econômico, pedagógico, e psicológico, em que a criança está inserida, se facilita o
entendimento da conduta de negligências, por parte de pais, parente e mentores
(SCHUMACHER et al., 2001; WHO; ISPCAN 2006; PASIAN et al., 2013).
Desta forma, se faz relevante o tema de pesquisa apresentada, visto que, para reduzir
os casos de negligência e minimizar os impactos que estes geram, como, casos de abandono,
marginalidade ou até mesmo de dependência química na fase infantojuvenil, é necessário
entender e solucionar a raiz do problema. Assim nesta pesquisa, visamos entender os motivos
da desproteção materna de crianças e adolescentes em casa de acolhimento na região de
Jacareí, propondo avanço no conhecimento de casos para população e município.

1.5 Organização do Projeto

O presente trabalho foi organizado em introdução onde apresentamos o tema,


justificativa do trabalho, sua problemática no meio de pesquisa e nosso objetivo,
posteriormente apresentamos uma revisão literária, expondo todas as questões de negligência
infantojuvenil e violência, ações de cuidados que é direito da criança receber, apresentamos
também questões e informações sobre a Constituição Federal e o ECA e exploramos as casas
de acolhimento.
Mediante a isso apresentamos a metodologia que usaremos para alcançar nossos
objetivos e o resultados que esperamos levantar, também apresentamos as referências que
utilizamos na pesquisa.

11
2 REVISÃO DE LITERATURA

Existe uma dificuldade na pesquisa de negligência infantil no Brasil, uma vez que, existe
uma dificuldade na caracterização, devido a diversidade de casos e situações associada aos
maus tratos e negligência (DUBOWITZ, 2007; MCSHERRY, 2007; PASIAN et al., 2013), a
Universidade de São Paulo USP, tem um laboratório de pesquisadores LACRI Laboratório de
Estudo da Criança, que mostra que a negligência infantil tem várias vertentes, causas e por
isso deve ser mensurada (LACRI, 2004).
A desproteção infantil sofreu grande impacto no Brasil, durante a história, trazendo três
grandes marcos do meio jurídico e social de modelo de proteção à criança (Santos et al.,
2009):
Período de soberania paterna associada a criatismo religioso: Neste tempo de 1500 a 1800,
os pais apresentavam total soberania sobre seus filhos, assim, era cabível a eles decidirem
toda a trajetória da criança, como casamento e estudo, o período também era marcado pela
escravidão, neste caso, filhos de escravos tinham seu futuro traçado pelos senhores de seus
pais.
Período do estado de bem estar social a ação filantrópica: Marcado pela primeira proteção
judicial voltada a crianças e adolescentes, ocorreu no período de 1850-1970, onde o estado se
assegurou do bem estar infanto juvenil, garantindo a saúde e educação.
Neste, ocorreu o surgimento das primeiras leis de cuidado infantil, trazendo a obrigação
dos pais com a educação, proteção de abusos e trabalho infantil, porém, foi retirado o poder
familiar como nos anos e períodos que antecederam. Essas ações foram impactadas pela
normatização da criança que ocorreu em Nova York no século XX, que visou cuidado de
crianças com baixa renda e problemas socioeconômicos, essa ação foi fundamentada no
aumento de menor abandono e menor delinquente que aconteceu entre os séculos XIX e XX.
No Brasil, entre 1940 e 1970, dois órgãos se vincularam para garantir o bem estar da
criança, o Departamento Nacional da criança e o Ministério da Saúde, passaram a garantir a
proteção de todas as fases desde a maternidade, a infância e juventude, visando que nesta fase
é necessário proteção e cuidados. Para garantir estes cuidados foi criado o SAM Serviço de
assistência do menor, e a FUNABEM Fundação Nacional do Bem Estar do Menor, assim com
uma visão filantrópica o estado passou a ser responsável pela justiça do menor.
O terceiro período foi marcado pelo direito da criança associado a ação emancipatória
cidadã (a partir de 1980), neste período o estado passou não só olhar para saúde e educação da

12
criança, mas passou a se pensar em todo bem estar que não só os pais, mas a sociedade e
educadores deviam garantir a criança.
Este período foi marcado ainda, pelo aumento de crianças de rua e dependentes químicos,
percebendo que os sistemas de proteção estavam falhando em relação as crianças socialmente
desprovidas. Transformando a causa filantrópica em uma gestão pedagógica e política,
entendendo que a criança tem direito e voz, garantindo, a proteção da criança e do adolescente
em escala nacional, assim surge o ECA.

2.1. Referencial teórico

2.1.1 Tipos de violência infantil


A OMS Organização Mundial de Saúde, em 2022 definiu violência como “uso
intencional da força ou poder em uma forma de ameaça ou efetivamente, contra si mesmo,
outra pessoa ou grupo ou comunidade, que ocasiona ou tem grandes probabilidades de
ocasionar lesão, morte, dano psíquico, alterações do desenvolvimento ou privações”.
A OMS também clássica a violência e abusos com base na gravidade (OMS, 1998;
BRASIL, 2006; DE TARTARI; REZENDE, 2006; COELHO et al., 2018):
1. Moderado: Não está relacionado a nenhum ato de violência ou abuso sexual ou
agressivo;
2. Severo: Relacionada a ameaças ou agressões físicas que causam danos sejam eles
temporários ou permanente, neste caso, pode envolver violência doméstica e coletiva
esta pode ser influenciada por questões econômicas, políticas ou econômica.
3. Abuso psicológico: Classifica as agressões verbais, que tem como objetivo, humilhar,
rejeitar ou aterrorizar a vítima, nesta classificação ainda se encaixa a negligência de
isolar a criança do convívio social retirando a liberdade da mesma.
4. Abuso sexual: Ato sexual que ocorre através de violência, seja ela com práticas
eróticas ou sexual, envolve também pornografia infantil
5. Abandono ou negligência: Recusa de cuidados necessários para a criança.

Para garantir a proteção não apenas da criança, mas do ser humano que tem direito a
qualidade de vida, existe a Lei Henry Borel (Lei n° 14.344/2022) - (CAMPINHO; FERRAZ,
2022):

13
Art. 26. Deixar de comunicar à autoridade pública a prática de violência, de tratamento
cruel ou degradante ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina contra
criança ou adolescente ou o abandono de incapaz:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
1º A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave,
e triplicada, se resulta morte.
2º Aplica-se a pena em dobro se o crime é praticado por ascendente, parente consanguíneo
até terceiro grau, responsável legal, tutor, guardião, padrasto ou madrasta da vítima.

2.1.2 ECA
Criado em meados de 1980, pela Sociedade Brasileira, após a democratização do país.
A emenda foi apresentada em um congresso em abril de 1987, com 250 mil assinaturas em
conjunto com um abaixo assinado de jovens, adolescentes e crianças com o objetivo de
organizar a assembleia constituinte e desenvolver estratégias para combater a violência contra
a criança pobre, criando assim a causa do menor (SANTOS, 1996; SANTOS et al., 2009).
Até a criação do ECA, aconteceram inúmeros movimentos (imagem 5) que
impactaram na defesa dos direitos da criança e adolescente, estabelecendo ações, leis e
projetos para garantir esses direitos (CASTRO; MACEDO, 2019).

14
Imagem 5 – Linha de tempo de ações e movimentos que impactaram na criação do ECA

Fonte: Desenvolvido pelo autor com base DA SILVA, 2011.

O estabelecimento do ECA no Brasil, gerou um grande impacto na defesa da criança e do


adolescente no país, fundamentando leis já existentes e criando novas políticas e projetos do
direito da criança (BRASIL, 1988; BRASIL 1990; DA SILVA, 2011):
 Constituição do direito da criança (Constituição federal 1988): Estabeleceu que
toda criança tem o direito a saúde, educação, dignidade, respeito, esportes, cultura,
convívio em família e profissionalização (OLIVEIRA, 1999; MENEZES, 2008;
SANTOS et al., 2009);

15
 Concepção jurídica, política e social: Garantindo a proteção integral a comunidade
de crianças e adolescentes mais sensível e desprovida, cuidando e protegendo a
criança de toda negligência, abuso, violência, crueldade, opressão, discriminação e
abandono (DA SILVA, 2011; BRAGA, 2019);
 Visão social da infância: Garante o direito de proteção, reconhecendo que cada
criança e adolescente, tem sua particularidade e desenvolvimento (SANTOS et al.,
2009; DA SILVA; ALBERTO, 2022);
 Políticas sociais municipalizadas: Estabelece as diretrizes do direito da criança e
adolescente, determinando o conjunto de ações das instituições governamentais e não
governamentais ONGs (DA SILVA, 2011; ASSIS et al., 2009).

Assim, o ECA estabelece que não apenas o governo, estado, comunidade, mas, também a
família, seja biológica ou adotiva, devem garantir o direito da criança, apresentando três
esferas de responsabilidade (imagem 6), para que a criança apresente bom desenvolvimento,
social e de saúde (DA SILVA, 2011).

Imagem 6- Três esferas de responsabilidade estabelecidas pelo ECA para familiares, parentes
e tutores de crianças e adolescente no Brasil.

Fonte: Desenvolvido pelo autor

16
Outra ação de impacto do ECA, foi a criação da instância de defesa SGD Sistema de
Garantia do Direito, o mesmo promove, ações de prevenção e defesa do direito da criança e
adolescente, articulando a sociedade e o poder público, proporcionando o controle do direito
humano da criança e adolescente (DA SILVA, 2011; FARINELLI; PIERINI, 2016). O SGD
também apresenta três eixos temáticos (imagem 7), que deve garantir a proteção integral da
criança.

Imagem 7- Três eixos temáticos de garantia da integral proteção infantojuvenil.

Fonte: Desenvolvido pelo autor

O ECA e o SGD impactaram ainda na criação dos conselhos tutelares, com o objetivo
de atender o público de crianças e adolescentes de 0 – 18 anos, em situação de risco social e
pessoal, garantindo o cuidado estabelecido pelo ECA para este público (FÁVERO; PINI; DE
OLIVEIRA, 2020; FERREIRA, 2022). Assim, o Conselho Tutelar ao ser acionado com casos
de negligência, direciona essas crianças e adolescentes ao cumprimento de seus direitos
(FRIZZO; SARRIERA, 2005).
Curry e colaboradores 1992, determina que o maior objetivo do ECA é resgatar
dignidade da justiça da infância e juventude e garantir em todas suas instâncias e
determinação a segurança da criança e adolescente.

17
2.1.3 Serviço de acolhimento institucional

Dirigidas pelo Estado e responsável pelo acolhimento de crianças e adolescentes,


segundo as determinações da Constituição de 1988 e ao ECA, abrigando crianças em situação
de negligência por abandono, violência, abuso ou impossibilidade de proteção familiar,
garantindo assim o direito da criança e adolescente á saúde física e mental e educação entre
outros já apresentado (STEFANON, 2017; RIBEIRO; ILÁRIO, 2020). A instituição garante
também o retorno ou estabelecimento da criança com segurança por meio de guarda, tutela ou
adoção (MACHADO, 2011).
Para garantir o acolhimento devido à criança e ao adolescente com base nas
determinações do ECA e da lei federal de adoção n°12010/09 (ALVES, 2018), o serviço de
acolhimento familiar busca criar a melhor forma de abrigar o menor, praticando a recondução
para a família, assim, a criança passa por lares provisórios com acompanhamento profissional
garantindo o bem estar do menor de 0 á 17 anos e 11 meses (RIBEIRO; ILÁRIO, 2020). O
encaminhamento da criança no serviço de acolhimento infantil, passa por quatro fases
(imagem 8) antes da recolocação na família ou adoção (RAMOS, 2011).

Imagem 8- Fases de acolhimento da criança até a adoção ou reintegração a família

Fonte: Desenvolvido pelo autor com base nos trabalhos de MARTINS;


COSTAL, 2010; RAMOS, 2011; SILVA; ARPIRI, 2013, PREFEITURA DE SÃO PAULO,
2022; Art. 93 do ECA.
18
Segundo a prefeitura de São Paulo, essas instituições de acolhimento abrigam cerca de
10 a 20 crianças ou adolescentes, estão localizadas em bairros comuns e são como casas para
que os abrigados se sintam bem e confortáveis (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2022; Art.
93 do ECA), a mesma deve atender as medidas de protetivas judiciais da criança ou
adolescente.

19
3 METODOLOGIA

3.1 Delineamento da pesquisa

Será realizada uma revisão sistemática da literatura, a partir de pesquisa bibliográfica


descritiva e exploratória, no período maio a dezembro de 2023, nas seguintes bases de dados
PUBMED, SCIELO, Google acadêmico e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Serão
selecionados os artigos que contemplaram as seguintes informações: negligência infantil
(apresentando a principal causa das mesmas), instituições de acolhimento integral e normas
estabelecidas pelo ECA, usando como palavra chave para pesquisa: Negligência infantil, casa
de acolhimento institucional infantojuvenil, situação social de crianças negligenciadas,
selecionaremos artigos dos últimos 30, visando em periódicos de revisão e estudo de caso.
Realizaremos também uma pesquisa literária (busca de trabalhos feitos na região) e
exploratória do tema na região de Jacareí, buscando pesquisas feitas na região e levantando
também a quantidade de casas de acolhimento na região, a partir destas informações,
entraremos em contato com as casas para dar início a pesquisa exploratória, antes de iniciar a
pesquisas submeteremos o projeto de pesquisa ao CEP e assim entraremos em contato com
essas casas para apresentar a proposta de pesquisa.

3.2. Tipo de Pesquisa


Para responder os nossos objetivos, faremos uma pesquisa qualitativa, com as crianças
acolhidas nas casas de abrigo na região de Jacareí, nosso intuito será entender quais motivos
levaram essa criança até essas causas, compreendendo assim, qual é a raiz do problema da
negligência infantil na região de Jacareí.
Realizaremos observação para entender o dia a dia da criança e estudo de caso,
também ofereceremos atividades lúdicas para conseguir entender a situação educacional da
criança, além disso, faremos uma pesquisa técnica com colaboradores da casa de acolhimento
que conhecem melhor a realidade das crianças que ali estão abrigadas.

3.3. Participantes
Nosso grupo de pesquisa será composto pelo público infantojuvenil de 0 a 18 anos,
abrigado nas casas de acolhimento institucionais na região de Jacareí, além dos colaboradores
destas casas.

20
4 RESULTADOS ESPERADOS E DIVULGAÇÃO

Por meio de nossa pesquisa, pretendemos levantar dados que nos faça entender a real
causa da negligência infantil, se ela se deve por problemas socioeconômicos, por abandono,
agressão, abuso, dentre outras razões, assim respondendo nosso objetivo.
Por meio deste esperamos também, entender e levantar quais são as perspectivas para
o retorno das crianças a convivência familiar, parental ou adoção. E como este processo
acontece entendendo o caso de cada criança.
Nossos dados serão divulgados por meio da dissertação de mestrado no curso de
programa de pós-graduação em desenvolvimento humano, além disso, publicaremos artigos
em periódicos que possa impactar a comunidade cientifica resultando em impacto positivo
para as crianças que é o foco do nosso trabalho.

21
REFERÊNCIAS

ADRIÃO, Theresa; CAMARGO, Rubem Barbosa de. A gestão democrática na Constituição


Federal de 1988.  São Gestão, financiamento e direito à educação: análise da LDB e da
Constituição Federal. Paulo: Xamã, p. 69-78, 2001.

ALVES, Jalber Francisco. Os aspectos jurídicos da colocação da criança e adolescente em


família substituta na modalidade acolhimento institucional. 2018.

ASSIS, Marluce Maria Araújo; SILVEIRA, Liane Maria Braga da; BARCINSKI, Marina;
SANTOS, Benedito Rodrigues dos. Teoria e prática dos conselhos tutelares e conselhos dos
direitos da criança e do adolescente. Editora Fiocruz, 2009.

BAZON, Mariana Rezende. Violências contra crianças e adolescentes: Análise de quatro anos
de notificações feitas no Conselho Tutelar na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.
Cadernos de Saúde Pública, v. 24, n.2, p. 323-332, 2008.

BAZON, Marina Rezende; DE MELLO, Ida Leyda Martínez; AVILA, Lílian Paula D.;
FALEIROS, Juliana Martins. Negligência infantil: estudo comparativo do nível
socioeconômico, estresse parental e apoio social. Temas em psicologia, v.18, n.1, p. 71-84,
2010.

BRAGA, Ana Carolina de Paula. DEPOIMENTO SEM DANO EM CRIMES


ENQUADRADOS NA LEI Nº 13.431, DE 4 DE ABRIL DE 2017. 2019.

BRASIL. Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil [Internet].


Brasília; 1988 [citado 2015 fev. 10]. Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

BRASIL. Lei n° 11.340 de 7 de agosto de 2006. Lei Maria d Penha: cria mecanismos para
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher... Diário Oficial da União. Brasília,
DF, 8 ago. 2006.

BRASIL. Lei No 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do


Adolescente e dá outras providências [Internet]. Brasília; 1990 [citado 2015 fev. 10].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm

BVS, o acolhimento disponível em


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/167acolhimento.html#:~:text=O%20acolhimento
%20%C3%A9%20uma%20postura,redes%20de%20compartilhamento%20de%20saberes.
Acesso 14.06.2023

CAMPINHO, Bernardo Picanço Bensi; FERRAZ, Hamilton Gonçalves. A LEI HENRY


BOREL (LEI 14.344/2022) E O DIREITO PENAL SIMBÓLICO: UMA ANÁLISE
CRÍTICA. Boletim, v. 18, 2022.

CASTRO, Elisa Guaraná de; MACEDO, Severine Carmem. Estatuto da Criança e


Adolescente e Estatuto da Juventude: interfaces, complementariedade, desafios e
diferenças. Revista Direito e Práxis, v. 10, p. 1214-1238, 2019.
22
COELHO, Elza Berger Salema; SILVA, Anne Caroline Luz Grüdtner; LINDNER, Sheila
Rubia. Violência por parceiro íntimo: definições e tipologias. Universidade Federal de Santa
Catarina, 2018.

COSIJ-PR, Risco e Violência, Paraná, 2012.

DAHLBERG, Linda L.; KRUG, Etienne G. Violência: um problema global de saúde


pública. Ciência & Saúde Coletiva, v. 11, p. 1163-1178, 2006.

DA SILVA, Joyce Aragão. O recolhimento compulsório de menores dependentes químicos


frente à doutrina da proteção integral à criança e ao adolescente. Revista de Direito da
UNIGRANRIO, v. 4, n. 2, p. 44, 2011.

DA SILVA, Ana Cristina Serafim; ALBERTO, Maria de Fátima Pereira. A Garantia dos
Direitos Infantojuvenis a partir da Concepção de Infância e Adolescência. Estudos e
Pesquisas em Psicologia, v. 22, n. 2, p. 687-708, 2022.

DE PONTES, Jhaina Aryce; SOBRINHO, Roberto Sanches Mubarac; HERRAN, Vallace


Chriciano Souza. Ressignificando os conceitos de criança e infância. Revista Amazônida:
Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do
Amazonas [e-ISSN: 2527-0141], v. 2, n.1, p. 113-129, 2017.

DE TARTARI Lívia e Sacramento; REZENDE Manual Morgado. Violências: lembrando


alguns conceitos. Aletheia, n. 24, p. 95-104, 2006.

DUBOWITZ, Howard. Understanding and addressing the" neglect of neglect:" digging into
the molehill. 2007.

FÁVERO, Eunise Terezinha; PINI, Francisca Rodrigues Oliveira; DE OLIVEIRA, Maria


Lidiuna.  ECA e a proteção integral de crianças e adolescentes. Cortez Editora, 2020.

FARINELLI, Carmen Cecilia; PIERINI, Alexandre José. O Sistema de Garantia de Direitos e


a Proteção Integral à criança e ao adolescente: uma revisão bibliográfica. O Social em
Questão, v. 19, n. 35, p. 63-86, 2016.

FEDERAL, Governo et al. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei federal, v. 8, 1990.

FERREIRA, Dalglish Barbosa. Conselho tutelar e proteção integral: impressões acerca da


efetividade de atuação para defesa dos direitos da criança e do adolescente em situação de
rua no Município de Natal/RN.Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, 2022.

FONSECA, Franciele Fagundes, SENA, Ramony Kris R., SANTOS, Rocky Lane A. dos.,
DIAS, Orlene Veloso; COSTA, Simone de Melo. As vulnerabilidades na infância e
adolescência e as políticas públicas brasileiras de intervenção. Revista Paulista de
Pediatria, 31, 258-264, 2013.

23
FRIZZO, Kátia Regina; SARRIERA, Jorge Castellá. O Conselho Tutelar e a rede social na
infância. Psicologia USP, v. 16, p. 175-196, 2005

Hildyard, Katheryn. L.; Wolf, David A. Child neglect: Developmental issues and outcomes.
Child Abuse & Neglect, n. 26, p.679-695, 2002.

Laboratório de Estudos da Criança, LACRI (2004). A Ponta do iceberg: Dados de incidência


e prevalência. Disponível em: http://www.usp.br/ip/laboratórios/lacri.

MACHADO, Vanessa Rombola. A atual política de acolhimento institucional à luz do


estatuto da criança e do adolescente. Serv. Soc. Rev, Londrina, v. 13, n. 2, p. 143-169, 2011.

MAGALHÃES, Teresa. Maus Tratos em Crianças e Jovens – Guia prático para


profissionais. Saúde e Sociedade nº13. Coimbra. Quarteto. 2002.

MARTINS, Lara Barros; COSTA, Nina Rosa do Amaral; ROSSETTI-FERREIRA, Maria


Clotilde. Acolhimento familiar: caracterização de um programa. Paidéia (Ribeirão Preto), v.
20, p. 359-370, 2010.

MCSHERRY, Dominic. Understanding and addressing the “neglect of neglect”: Why are we
making a mole-hill out of a mountain?. Child abuse & neglect, v. 31, n. 6, p. 607-614, 2007.

MENEZES, Joyceane Bezerra. A família na Constituição Federal de 1988–uma instituição


plural e atenta aos direitos de personalidade. 2008.

NUNES, Paloma. Negligência infantil e seu impacto no desenvolvimento psicossocial. 2021.

OLIVEIRA, Carolina Rodrigues de. A exploração de mão de obra infantil no Brasil: uma
questão de gênero e raça. 2021.

OLIVEIRA, Romualdo Portela de. O Direito à Educação na Constituição Federal de 1988 e


seu restabelecimento pelo sistema de Justiça. Revista brasileira de educação, n. 11, p. 61-74,
1999.

PASIAN, Mara Silvia; FALEIROS, Juliana Martins; BAZON, Marina Rezende; Lacharité,
Carl. Negligência infantil: a modalidade mais recorrente de maus-tratos. Pensando
famílias, v.17, n.2, p. 61-70, 2013.

RIBEIRO, Arielle; ILÁRIO, Camila. O processo de desligamento por maioridade do


acolhimento institucional. Revista Científica Multidisciplinar do CEAP, v. 2, n. 1, p. 9-9,
2020.

RAMOS, Ana Luiza Canêdo. A reintegração familiar de crianças e adolescentes em


acolhimento institucional e a Rede de Proteção Social em Brasília. 2011.

ROCHA, Naruna Pereira; MILAGRES, Luana Cupertino; NOVAES, Juliana Farias de;
FRANCESCHINI, Sylvia do Carmo Castro. Associação de insegurança alimentar e
24
nutricional com fatores de risco cardiometabólicos na infância e adolescência: uma revisão
sistemática. Revista Paulista de Pediatria, v.34, p.225-233, 2016.

SANTOS, Benedito Rodrigues dos. A emergência da concepção moderna de infância e


adolescência: mapeamento, documentação e reflexão sobre as principais teorias. Dissertação
(Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 1996.

SANTOS, Benedito Rodrigues Dos; TORRES, Abigail Silvestre; NICODEMOS, Carlos;


DESLANDES, Suely Ferreira. Desenvolvimento de paradigmas de proteção para crianças e
adolescentes brasileiros. Assis SG, organizadora. Teoria e prática dos Conselhos Tutelares e
Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente Rio de Janeiro: Fiocruz, p.19-66, 2009.

SARMENTO, Manuel. “Infância, exclusão social e educação como utopia realizável”, in


Educação, Sociedade & Culturas, n.17, p. 13-32, 2002.

SCHUMACHER, Julie A.; SLEP, Amy M. Smith; HEYMAN, Richard E. Risk factors for
child neglect. Aggression and violent behavior, v. 6, n. 2-3, p. 231-254, 2001.

SILVA, Milena Leite; ARPINI, Dorian Mônica. A nova lei nacional de adoção: desafios para
a reinserção familiar. Psicologia em Estudo, v. 18, p. 125-135, 2013.

STEFANON, Márcia Emma de Freitas. Desafios da proteção integral à infância e juventude:


o papel do Conselho Tutelar em Macaé no acolhimento institucional de crianças e
adolescentes. 2017.

VIEIRA, Regina Stela Corrêa; TRAMONTINA, Robison; ANGOTTI, Bruna. Cuidado e


direitos fundamentais: o caso do habeas corpus coletivo para pais e responsáveis por crianças
e pessoas com deficiência. Espaço Jurídico: Journal of Law, v. 21, n. 2, p. 563-576, 2020.

25

Você também pode gostar