Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Feira de Santana – Ba
OUT/2008
DANILO DE OLIVEIRA SIMÕES
E
JANICE MACÊDO DA MATTA SIMÕES
Feira de Santana – Ba
OUT/2008
“ O maior desafio que temos é aprender a transformar-nos em pessoas cada
vez mais humanas, sensíveis, afetivas e realizadas. De nada adianta, saber
muito, se não o aplicamos nas nossas vidas”. (MORAN)”
“Todo conhecimento procura por ordem e unidade num universo de
fenômenos que se apresentam com encadeamentos, multiplicidades,
singularidades, invertezas, desordem” (MORIN)
1. INTRODUÇÃO:
3. OBJETIVO GERAL:
Alunos do 1º. Ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Dr. Jair Santos Silva,
unidade escolar: médio porte, com aproximadamente 1.000 alunos (total nos 3 turnos); 36
professores. Público atendido pela escola: zona urbana, periferia, classe média, baixo
poder aquisitivo.
4. JUSTIFICATIVA
Moran nos diz que “...podemos transformar a nossa vida num processo de aprendizagem
paciente, afetuoso e emocionante”, podendo este aprendizado ocorrer em todos os momentos,
espaços, tempos, situações, dependendo da atitude profunda em relação à nossa motivação.
Da mesma forma, podemos transformar a nossa vida.
Schaff “transformações sociais, política e econômicas têm ocorrido em larga escala nas
últimas décadas, gerando profundas alterações, tanto nas organizações quanto nos
indivíduos.” Urge que se implantem métodos atualizados, contextualizados e mais atrativos,
que ofereçam alternativas que amenizem essa falha. A implantação do laboratório de
informática atende muito bem a este propósito através do estímulo à criatividade, ao acesso
diversificado à comunicação e a facilidade de manuseio do hardware e softwares disponíveis.
Bauer de Oliveira nos alerta para a necessidade de nos comprometermos com uma educação
humana, fraterna e solidária e com a construção de conhecimentos específicos sobre direitos e
deveres do cidadão. Toro acrescenta que para Jean Piaget “... a lógica, a moral, a linguagem e a
compreensão de regras sociais não são inatas, mas construídas pelos indivíduos ao longo de seu
desenvolvimento...”. E que, “... as capacidades e competências mínimas para a participação
eficiente na sociedade, no século XXI, também dizem respeito à participação produtiva, através
do domínio da leitura e da escrita; capacidade de fazer cálculos e resolver problemas; capacidade
de analisar, de sintetizar e interpretar dados, fatos e situações; capacidade de compreender e atuar
em seu entorno social...”. Além destas capacidades e competências descritas por Toro, o
exercício da cidadania requer um individuo capaz de converter problemas em oportunidades;
Organizar-se para defender os interesses da coletividade e solucionar problemas por meio do
diálogo e da negociação, respeitando as regras, as leis e as normas estabelecidas; Criar unidade de
propósito a partir da diversidade e das diferenças, sem jamais confundir unidade com
uniformidade; Atuar para fazer da nação um estado social de direito, isto é, trabalhar para tornar
possível o respeito aos direitos humanos; Ser crítico com a informação que lhe chega; Ter
capacidade para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada; Ter capacidade de
planejar, trabalhar e decidir em grupo.
Com o pressuposto da Educação Fiscal, que permeiam direitos e deveres, controle democrático e
função social democrática. Se, de um lado, é dever da população participar da gestão pública e da
gestão escolar, por outro lado, ela tem direito de ser informada. Assim é de fundamental
importância possibilitar a inclusão social e acesso a todas as tecnologias. Lembrando, que é
dentro do espaço escolar cidadão, o qual reflete diretamente na vida das pessoas e da sociedade,
no exercício diário dos princípios e dos valores culturais locais, regionais ou nacionais,
possibilitando o resgate da dignidade humana.
E é dentro deste contexto educacional em que a intervenção pedagógica tem como um de seus
fundamentos a atividade de aprendizagem significativa, onde o professor provoca no aluno o
interesse em associar frente a sua realidade, que diz respeito a sua atividade de aprendizagem e
sua atividade humana na busca e concretização de seus objetivos. Objetivos estes, focados na
Educação Fiscal dentro do contexto escolar através da efetivação de projetos voltados ao
Programa onde o professor estará provocando no aluno o interesse em aprender e assim a
assimilação destes conhecimentos em busca de novas metas.
6. METODOLOGIA:
a. Tipo de Metodologia
A metodologia escolhida é bibliográfica e pesquisação, acreditamos que estes métodos
serão os recursos apropriado para evidências de comprovação e elucidação.
6.1.1 Estratégias
Dois facilitadores;
No mínimo dois monitores de apoio - sugerimos alunos do 3º. ano da própria escola.
9. CRONOGRAMA
9. RESULTADOS ESPERADOS:
10. AVALIAÇÃO:
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, Fernando José de & JÚNIOR, Fernando Moraes Fonseca. ProInfo: Projetos e
Ambientes Inovadores. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação,
Brasília, Seed, 2000.
BONTEMPO, Luiza & BORDONI, Thereza Cristina. Pedagogia de Projetos. Caderno Amae.
Belo Horizonte, ed. especial. out. 2000
PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais, Secretária da Educação Fundamental - Brasília,
MEC/SEF, 1997.
LDB. Lei 9394/96, art.80 – regulamenta a Educação a Distância, DECRETO Nº 2.494, DE 10
DE FEVEREIRO DE 1998..
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência; o futuro do pensamento na era da informática. Rio
de Janeiro: Ed 34, 1993.
MORAN, José Manuel. Internet no ensino. Comunicação & Educação. V (14): janeiro/abril 1999,
p. 17-26. NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MORIN, Edgar. Ciência com Consciência, 3ª.ed. RJ: Bertrand Brasil, 1999
Schaff SHAFF, Adam. A Sociedade Informática. São Paulo: Brasiliense-UNESP,1992.
SHERRY, L. The nature and purpose of online discourse: a brief synthesis of current research as
related to the WEB Project. International Journal of Educational Telecommunications, 1998.
Viva a lei de Gérson!
Sem resumo
O meio-campista Gérson ficou célebre não apenas por ter sido uma das maiores estrelas do
tricampeonato brasileiro em 1970, mas por ter formulado, na propaganda do cigarro Vila Rica
veiculada anos depois, aquela que viria a ser conhecida como lei de Gérson: "O importante é
levar vantagem em tudo, certo?" - frase dita num carregado sotaque carioca, forçando os erres até
o palato ficar encharcado. Gérson tentou por muito tempo se desvencilhar da fama de
patrocinador dos espertalhões, patrono dos corruptos e propagandista dos canalhas, mas não teve
jeito. A lei de Gérson pegou. Sociólogos, antropólogos e a nata da intelectualidade brasileira já
gastaram horas e mais horas, tinta e mais tinta, neurônios e mais neurônios para condenar nossa
brasileira condição gersoniana. Somos mesmo uma nação de egoístas, corruptos e sacanas, que só
pensam em si e só querem saber de levar vantagem. Certo?
Errado. No fundo, Gérson deveria ter é orgulho. Só a lei de Gérson nos salva nesta era
politicamente correta, em que anão virou "verticalmente prejudicado", pobre virou "excluído
social", débil mental virou "diferentemente capacitado" e em que nem propaganda de cigarro é
mais possível fazer sem pedir desculpas em letras garrafais. O enunciado da lei de Gérson põe a
nu a essência do nosso caráter sem pudor: somos um povo que gosta de levar vantagem. E daí?
Alguém aí teria orgulho de fazer parte de uma nação de trouxas e otários?
Ninguém aqui vai defender um comportamento antiético ou ilegal com base no enunciado da lei
de Gérson. Se ela existe, é em primeiro lugar reflexo da nossa realidade. Veja o caso das nossas
empresas. Na hora de dar entrevista e aparecer na mídia, todas querem loas a sua
responsabilidade social corporativa e boa cidadania. Na hora de declarar imposto, de desempatar
alguma pendenga judicial ou de conseguir autorização para obras, estão todas atrás do primeiro
Rocha Mattos de plantão para livrar-lhes a cara, já que, em meio à nossa barafunda legal, a
propina é questão de sobrevivência e só ela faz a economia andar.
Parece que o povo brasileiro vive uma tensão entre duas forças. Por fora, a força da imagem. Em
público, todos têm de ser como que sacerdotes, com comportamento impecável, retidão moral
absoluta, espinha dorsal inflexível. Os políticos corruptos são condenados com virulência,
qualquer deslize de executivos tem de ser punido de forma exemplar, damos a nossos filhos a
impressão de que a ira divina se abaterá sobre suas menores falhas. Esse sentimento faz a fortuna
e a desgraça de prefeitos, governadores e presidentes. Por dentro, porém, irrompe a força de
Gérson. Ninguém agüenta essa pressão hipócrita. Todos querem o melhor para si - e que mal há
de haver nisso? De posse da menor fímbria de poder, de uma tênue nesga de oportunidade, não
raro transgredimos as mesmíssimas regras cuja transgressão acabamos de condenar nos outros.
Julgamos, condenamos, enforcamos e esquartejamos Gérson. Mas Gérson somos nós. Eis nosso
dilema.
Para que tanta hipocrisia? Nada disso precisa ser assim. A lei de Gérson muito deveria nos
honrar. Basta despi-la da hipocrisia para perceber que é a esperteza nacional que faz o Brasil se
destacar em meio à mediocridade reinante no planeta politicamente correto, em que tudo tem de
ser igual e insosso, em que todos acham que têm direito a tudo, em que a criatividade - e a
verdadeira diferença - foram banidas. Na América Latina, os argentinos choram suas tristezas
frustradas num tango melancólico, enquanto nós brasileiros damos risadas de nossas sacanagens
num alegre sambinha. Qual o problema se podemos ser espertos e felizes? Quem disse que ser
esperto é ruim ou necessariamente antiético? Por que ter vergonha disso em vez de usar a
esperteza a nosso favor?
O empreendedorismo e a criatividade do brasileiro nada mais são que expressões dessa faceta
mais nobre da lei de Gérson. Afinal, empreender não é saber aproveitar oportunidades? Criar não
é violar regras estabelecidas e preconcebidas? Tudo isso não é, no fundo, saber levar vantagem?
Vamos largar a mão de ser bestas e incorporar com orgulho nosso lado Macunaíma. Vamos dar
um basta à histeria politicamente correta que infesta a humanidade e usar nosso próprio antídoto:
a boa e velha lei de Gérson. Viva Macunaíma! Viva Gérson! Ziriguidum. Telecoteco.
Balacobaco, esquindô, esquindô.