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• SOCIEDADE DISCIPLINAR
- O poder disciplinar se estabelece, entre outros, a partir do controle dos corpos dos indivíduos
- As técnicas de disciplina buscam separar os espaços de modo a estabelecer mecanismos de vigilância e controle por
meio da divisão minuciosa de subespaços, passando a controlar as pessoas que neles transitam, operam ou trabalham.
- O modelo PANÓPTICO é dominante, implica o observador estar de corpo presente e em tempo real a observar-nos e
a vigiar-nos.
- Não percebemos as formas de controle no nosso dia a dia por conta de formas naturais inseridas que
automaticamente obedecemos, como em escolas, trabalhos, religiões, prisões.
- Deixa de ser um único poder e então vários locais em nossa vida criam esse poder.
• SOCIEDADE DISCIPLINAR
- A chamada Sociedade de Controle é um passo à frente da Sociedade Disciplinar (não que tenha deixado de existir,
mas foi expandida para o campo social de produção).
- A disciplina é interiorizada.
- Ela é exercida fundamentalmente por três meios globais absolutos: o medo, o julgamento e a destruição.
- Essa transição para a Sociedade de Controle envolve uma subjetividade que não está fixada na individualidade.
- A gente está sob vigilância de todos por conta das redes sociais. Você posta por pensar que é livre, mas internamente
tem o medo de críticas e avaliações naqueles locais.
- Todas as informações obtidas de você (algoritmos, compras, registro de CPF em locais) são formas de controle.
• SOCIEDADE DO ESPETÁCULO
- A própria expressão “Sociedade do Espetáculo” pode dar margem a interpretações equivocadas, se for entendida
como o poder que as imagens exercem na sociedade contemporânea.
- Guy Debord definiu o espetáculo como o conjunto das relações sociais mediadas pelas imagens (as imagens se
tornam elementos de mediação social).
- Mas ele também deixou claro que é impossível a separação entre essas relações sociais e as relações de produção e
consumo de mercadorias.
- A Sociedade do Espetáculo corresponde a uma fase específica da sociedade capitalista, quando há uma
interdependência entre o processo de acúmulo de capital e o processo de acúmulo de imagens.
- Um exemplo é que, se te ocorre um acidente hoje, a mais comum reação das pessoas é pegar câmera para
fotos/vídeos (gravando ao invés de socorrer).
- O ponto negativo é a dependência da imagem, nos tornando expectadores, eliminando nossa capacidade de reflexão e
intervenção.
• SOCIEDADE DE CONSUMO
- Para Baudrillard, o consumo é, pelo que representa socialmente, uma ordem de manipulação de signos, ao ponto de
converter-se na negação da realidade sobre a base de uma apreensão ávida e multiplicada de seus signos.
- O objeto de consumo é antes de tudo um signo que cumpre uma função de representação social que configura o
status de pessoa e que, de alguma maneira, alheia da realidade.
- Bem-estar social: quem é feliz é quem compra tais roupas, viaja para tantos lugares etc.
- Surgindo a automação do processo de consumo.
- Valor simbólico = valor signo.
- Valor signo é ter sempre do melhor, do mais recente, do que te gera status e satisfação de conquista (mas isso é uma
satisfação ilusória).
- Obsolescência programada: pela indústria só quer vender incessantemente, não vai te deixar satisfeito apenas com o
que você comprou. É um envelhecimento do que você já tem, produtos produzidos para serem descartados, te fazendo
constantemente consumir. Uma lógica onde “você é aquilo que você tem”.
Cidadania
• SOBRE A CIDADANIA
- A Cidadania é o conjunto de direitos e deveres exercidos por um indivíduo que vive em sociedade, no que se refere
ao seu poder e grau de intervenção no usufruto de seus espaços e na sua posição em poder nele intervir e transformá-
lo.
- Essa expressão vem do latim civitas, que quer dizer cidade.
- Antigamente, cidadão era aquele que fazia parte da cidade, tendo direitos e deveres por nela habitar; atualmente, esse
conceito extrapola os limites urbanos, podendo ser compreendido no espaço rural.
- A Cidadania lá, antigamente, não era plena. Se aplicava a determinadas pessoas consideradas cidadãos por serem
especiais: homens com posses que não eram escravos.
- Atualmente serve para ocorrer uma organização social com finalidade de um bem comum, cumprindo seus deveres
sem ultrapassar os direitos do próximo.
- Direitos civis (liberdades individuais), direitos políticos (participar da vida política com votação livre e candidaturas)
e direitos sociais (básicos, garantindo questões de sobrevivência).
• CIDADANIA BRASILEIRA
- República Velha: participação política restrita e sob forte controle dos “coronéis”, detentores do poder econômico.
- Era Vargas: durante o período ditatorial de 1937, as liberdades de expressão e de organização foram suspensas.
- Ditadura Militar: atos institucionais limitaram as liberdades individuais, os direitos civis e políticos.
- Redemocratização: processo de reabertura política e do início de garantias presentes na Constituição de 1988.