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São
materiais
inorgânicos
não
metálicos
constituídos
por
elementos
metálicos
e
não
metálicos,
ligados
entre
si
por
ligações
que
variam
desde
puramente
iônicas
a
totalmente
covalente,
sendo
que
muitas
cerâmicas
apresentam
ligações
mistas.
3-‐ De que depende o nível do caráter iônico das ligações mistas?
A
ligação
iônica
resulta
da
atração
mútua
entre
os
íons
positivos
e
negativos.
Os
átomos
de
um
elemento
metálico
perdem
com
facilidade
seus
elétrons
de
valência
para
os
átomos
não
metálicos.
Nesse
processo,
todos
os
átomos
adquirem
configurações
estáveis
e
uma
carga
elétrica.
Nos
materiais
cerâmicos
a
ligação
covalente
é
caracterizada
por
ligação
interatômica
relativamente
intensa,
que
tem
origem
na
partilha
de
elétrons
formando
uma
ligação
de
direção
localizada.
Ocorre
entre
átomos
com
pequenas
diferenças
na
eletronegatividade
e
que
estão
próximos
uns
dos
outros
na
tabela
periódica.
Nessa
ligação,
os
átomos
compartilham
elétrons
dos
orbitais
mais
externos,
formando
pares
de
elétrons
que
pertencem
aos
dois
átomos,
pertencendo
ora
a
um,
ora
a
outro,
gera
uma
atração
eletrostática,
pois
momentaneamente
os
átomos
tornam-‐se
ionizados.
Simples:
é
feita
pelo
compartilhamento
de
elétrons
com
spins
contrários.
O
par
eletrônico
é
formado
por
um
elétron
de
cada
átomo
e
pertence
simultaneamente
aos
dois
átomos.
Coordenada:
ocorre
quando
um
dos
átomos
apresenta
seu
octeto
completo
e
o
outro
necessita
adquirir
dois
elétrons
para
completa-‐lo.
Sendo
assim,
um
átomo
que
atingir
a
estabilidade
eletrônica
se
une
a
outro
que
necessite
de
elétrons
para
completar
a
camada
de
valência.
8-‐ Qual
diferença
entre
as
ligações
iônicas
e
covalentes
nas
cerâmicas?
Na
ligação
iônica,
os
átomos
estão
ligados
pela
atração
de
íons
com
cargas
opostas,
a
ligação
não
é
direcional
e
apresenta
grande
diferença
de
eletronegatividade
entre
os
elementos.
Na
ligação
covalente,
os
átomos
estão
ligados
por
compartilhar
elétrons,
a
ligação
é
altamente
direcional
e
apresenta
menor
diferença
de
eletronegatividade
entre
os
elementos.
Direcional
significa
que
ocorre
entre
átomos
específicos
e
pode
existir
apenas
na
direção
entre
um
átomo
e
outro
que
participe
do
compartilhamento
de
elétrons.
Não
direcional
significa
que
a
magnitude
da
ligação
é
igual
em
todas
as
direções
ao
redor
de
um
íon
como
consequência
disso,
para
que
os
materiais
iônicos
sejam
estáveis
em
um
arranjo
tridimensional,
todos
os
íons
positivos
devem
possuir
íons
negativos
como
vizinhos
mais
próximos.
É
determinado
pelo
número
de
elétrons
de
valência.
Para
um
número
n
de
elétrons
de
valência,
um
átomo
pode
se
ligar
covalentemente
com,
no
máximo,
n-‐8
outros
átomos.
São
sólidos
compostos
por
átomos,
moléculas
ou
íons
arranjados
de
uma
forma
periódica
em
três
dimensões.
As
posições
ocupadas
seguem
uma
ordenação
de
longo
alcance.
São
sólidos
compostos
por
átomos,
moléculas
ou
íons
que
não
apresentam
uma
ordenação
de
longo
alcance,
podem
apresentar
ordenação
de
curto
alcance.
13-‐ Por
que
materiais
com
ligações
covalentes
têm
mais
tendência
a
formar
sólidos
amorfos
do
que
materiais
com
ligações
metálicas
ou
iônicas?
Pois as ligações covalentes são altamente direcionais e as ligações iônicas são não direcionais.
É o modelo onde os átomos ou íons são representados como esferas de diâmetro fixo.
É
um
conjunto
de
pontos
que
podem
corresponder
a
átomos
ou
grupos
de
átomos
que
se
repetem
no
espaço
tridimensional
com
uma
dada
periodicidade.
É
o
agrupamento
de
átomos
representativo
de
uma
determinada
estrutura
cristalina
específica,
não
existe
em
sólidos
amorfos.
17-‐ Como
se
dá
a
formação
de
um
cristal?
Os
átomos
se
agregam
através
das
forças
de
ligação
formando
as
moléculas.
Esse
agrupamento
de
átomos
representativo
de
uma
determinada
estrutura
cristalina
forma
a
cela
unitária,
que
unindo-‐se
a
outras,
forma
um
conjunto
de
celas
que,
por
sua
vez,
compõe
o
cristal.
É a rede tridimensional de pontos que coincidem com a posição dos átomos.
Uma
estrutura
cristalina
é
descrita
tanto
como
a
geometria
da
célula
unitária,
como
pelos
arranjos
dos
átomos
no
interior
da
célula
unitária.
Já
um
sistema
cristalino
é
descrito
apenas
em
termos
da
geometria
da
célula.
A
realização
da
ligação
iônica
entre
átomos
no
estado
sólido,
devido
a
formação
de
íons,
e
a
sua
ligação
química
em
um
sólido
iônico.
A
tendência
do
sólido
iônico
de
ter
seus
íons
empilhados
o
mais
densamente
possível.
22-‐ Quais fatores influenciam o empilhamento dos íons que compõe a estrutura de um cristal?
Magnitude
da
carga
elétrica
de
cada
íon:
o
cristal
deve
ser
eletricamente
neutro,
ou
seja,
todas
as
cargas
positivas
dos
cátions
devem
ser
contrabalanceadas
por
um
número
igual
de
cargas
negativas
dos
ânions.
É
necessário
equilibrar
as
cargas
eletrostáticas
de
modo
a
manter
a
neutralidade
elétrica.
Os
tamanhos
relativos
dos
cátions
e
ânions:
estruturas
cerâmicas
cristalinas
são
formadas
quando
ânions
que
estão
ao
redor
de
um
cátion,
estão
todos
em
contato
com
esse
cátion.
23-‐ Qual é o tamanho referencial para o íon menor? Por que esse tamanho deve ser respeitado?
O
tamanho
referencial
é
aquele
em
que
o
íon
menor
se
encaixa
perfeitamente
no
interstício.
Deve
ser
respeitado
pois
íons
maiores
afastam
os
demais
íons
de
suas
posições,
até
que
a
deformação
da
rede
cristalina
se
torne
instável.
Íons
menores
podem
ficar
soltos
no
interior
de
sua
gaiola
de
ânions,
tronando
a
estrutura
instável.
É
o
numero
de
vizinhos
mais
próximos
para
um
dado
átomo.
Esta
relacionado
com
a
razão
rc/ra.
Para
um
número
de
coordenação
específico,
existe
uma
razão
mínima
para
a
qual
o
contato
cátion-‐ânion
é
estabelecido,
formando
uma
estrutura
cristalina
cerâmica
estável.
Quanto
maior
for
o
número
de
coordenação,
maior
a
estabilidade.
25-‐ Quais
são
os
tipos
de
estruturas
cristalinas
dos
materiais
cerâmicos?
Tipo AX: número de cátion é igual o numero de ânions. (NaCl, ZnS)
Tipo AmXp: as cargas do cátion e do ânion são diferentes. (ZrO2)
Tipo
AmBnXp:
a
estrutura
cerâmica
possui
3
íons
diferentes,
mais
de
um
tipo
de
cátion,
cerâmicas
ternárias.
É
o
resultado
de
um
arranjo
periódico
e
repetido
dos
átomos
de
forma
perfeita
ou
se
estendendo
ao
longo
da
amostra,
sem
interrupções.
Todas
as
células
unitárias
se
interligam
da
mesma
maneira
e
possuem
a
mesma
orientação.
São
sólidos
cristalinos
compostos
por
um
conjunto
de
grãos.
Esses
cristais
possuem
mais
de
uma
orientação
cristalográfica.
Existe
desalinhamento
no
contorno
de
grão.
É
o
contorno
que
separa
2
cristais
que
possuem
diferentes
orientações
cristalográficas
em
materiais
policristalinos.
Porque
os
átomos
estão
ligados
de
uma
maneira
menos
regular
ao
longo
de
um
contorno
de
grão.
Os
contornos
de
grãos
são
quimicamente
mais
reativos
do
que
os
grãos,
como
consequência
dessa
energia.
Devido
aos
seus
estados
mais
elevados
de
energia,
com
frequência
os
átomos
de
impurezas
se
segregam
perfeitamente
ao
longo
desses
cortornos.
São
espaços
vazios
da
cela
unitária
nos
quais
se
podem
colocar
átomos
diferentes
daqueles
que
constituem
a
rede
mãe.
São
formados
no
empilhamento
de
planos
atômicos,
formando
a
rede
cristalina.
Tetraédrico: no qual 4 átomos são equidistantes do centro do interstício.
Octaédrico: no qual 6 átomos são equidistantes do centro do interstício.
32-‐ Qual é o bloco construtor básico dos silicatos? Como são classificados?
O
bloco
construtor
é
o
SiO4-‐4,
ligação
Si-‐O
50%
iônica
e
50%
covalente.
São
classificados
pelo
grau
de
polimerização
em:
Nesosilicatos
(blocos
isolados);
Sorosilicatos
(dois
blocos);
Ciclosilicatos
(em
anéis);
Em
cadeia
(extensão
infinita);
Filosilicatos
(em
folhas);
Tectosilicatos
(reticulares).
33-‐ Por
que
a
grafita
não
tem
a
mesma
dureza
que
o
diamante?
Pois
a
facilidade
de
escorregamento
das
camadas
confere
a
grafita
propriedades
lubrificantes.
Não
perde
suas
propriedades
em
temperaturas
elevadas.
Argila
é
uma
rocha
finamente
dividida,
constituída
essencialmente
por
argilominerais,
podendo
conter
minerais
que
não
são
argilominerais;
matéria
orgânica
e
outras
impurezas,
como
sais
solúveis.
Assim,
é
composto
por:
São
formadas
pela
ação
do
intemperismo
(físico
e
químico)
em
rochas
que
contem
minerais
como
feldspato,
micas.
São partículas tão pequenas que se mantém em suspensão, inferiores a 2 μm.
A
cor
característica
de
cada
argila
é
uma
interação
da
luz
com
os
compostos
químicos
que
a
compõe.
A
cor
vermelha
se
deve
a
presença
de
óxido
de
ferro
em
sua
composição.
40-‐ Por que pode-‐se dizer que no mundo não existem 2 argilas iguais?
Pois
as
argilas
são
formadas
pela
ação
do
intemperismo
característico
do
local
onde
ela
foi
formada.
Dois
solos
com
a
mesma
granulometria,
partículas
da
mesma
forma
e
estruturas
semelhantes
podem
apresentar
comportamento
diferentes,
devido
à
diferença
da
composição
mineralógica.
São
aluminossilicatos
hidratados
que
podem
ser
dispersos
em
partículas
finas
e
desenvolvem
plasticidade
com
água.
São
filossilicatos
formados
basicamente
por
camadas
de
sílica
e
hidróxido
de
alumina.
Aluminossilicatos
hidratados:
A
camada
tetraédrica
de
sílica
se
une
a
camada
octaédrica
de
alumina
pela
camada
de
oxigênio
e
hidroxila.
43-‐ Como
são
formados
os
filossilicatos
de
alumínio?
O
plano
de
união
entre
as
camadas
de
tetraedros
de
sílica
e
octaedros
de
alumina,
é
formado
pelos
oxigênios
não
compartilhados
dos
tetraedros
e
as
hidroxilas
do
octaedro.
44-‐ Como é feita a divisão para os argilominerais cristalinos segundo a CIPEA?
45-‐ Como
os
argilominerais
podem
ser
classificados
em
função
do
número
de
camadas
tetraédricas
e
octaédricas?
Filossilicatos
1:1=
Uma
tetraédrica
de
sílica
e
uma
octaédrica
de
alumina.
Ocorre
substituição
parcial
de
OH
por
O
dos
vértices
do
tetraedro.
A
ligação
de
hidrogênio
é
fraca,
mas
forte
o
suficiente
para
evitar
a
penetração
de
água
entre
as
unidades
estruturais,
por
isso
possuem
pequena
expansão,
difícil
dispersão
em
água
e
baixa
plasticidade.
Filossilicatos
2:1=
Duas
tetraédricas
de
sílica
e
uma
octaédrica
de
alumina.
A
alumina
dos
octaédricos
são
substituídas
por
Mg.
Ocorre
excesso
de
carga
na
camada
interna
devido
a
essas
substituições.
Apresentam
moléculas
de
H2O
entre
as
unidades
estruturais.
A
água
penetra
facilmente
entre
as
camadas,
o
que
proporciona
fácil
dispersão
na
água,
gerando
expansão
e
alta
plasticidade.
Consiste
na
substituição
de
íons
no
interior
das
lâminas
de
tetraédricos
e
octaédricos
sem
alterar
a
forma
mineral.
Os
íons
substituintes
devem
possuir
tamahos
semelhantes
pois
podem
causar
distorção
na
verde,
porém
podem
apresentar
valências
diferentes.
Devido
a
substituição
de
íons
por
outros
de
cargas
diferentes,
em
alguns
filossilicatos
as
camadas
não
são
eletricamente
neutras.
A
substituição
isomórfica
produz
uma
carga
negativa
que
precisa
ser
neutralizada
pela
presença
de
cátions
inorgânicos
no
espaço
interlamelar.
49-‐ Por que os tetraédricos de sílica são dotados de grande capacidade absorvente?
Pois
os
tetraedros
de
sílica
alternam
sua
orientação
em
grupos
de
6
pares
de
tetraedros,
criando
amplos
canais
ao
longo
da
estrutura,
que
são
dotados
de
uma
grande
capacidade
absorvente.
O
pequeno
tamanho
das
partículas
faz
com
que
a
fração
de
argila
do
solo
seja
quimicamente
ativa,
proporcionando
propriedades
coloidais.
52-‐ A
que
se
deve
a
afinidade
das
partículas
de
argila
pela
água
e
por
certos
elementos
químicos
existentes
na
composição
do
solo?
É devido à grande área específica e à existência das cargas elétricas na superfície.
53-‐ Relacione
as
reações
de
troca
de
íons
com
o
tipo
de
argilomineral
presente
e
da
composição
do
meio?
Devido
a
íons
e
moléculas
de
agua
que
se
encontram
absorvidas
nas
partículas
de
argilas
por
forças
eletrostáticas,
reações
de
trocas
de
íons
podem
acontecer
com
intensidade
que
se
depende
do
tipo
de
argilomineral
e
da
composição
do
meio.
Íons
positivos,
existentes
em
soluções
aquosas,
que
entram
em
contato
com
a
argila,
podem
facilmente
infiltrar-‐se
entre
as
lâminas
dos
minerais
argilosos
e
dali
saírem
facilmente,
pois
suas
ligações
químicas
são
fracas.
Eles
não
penetram
na
estrutura
do
mineral,
apenas
prendem-‐se
as
superfícies
das
partículas
de
argila.
Ocasionalmente
essa
troca
atômica
pode
ocorrer
também
em
meio
não
aquoso.
Essa
propriedade
tem
grande
influência
na
plasticidade
das
argilas.
56-‐ O que permite que as argilas interajam com diversas substâncias?
Sua
elevada
área
superficial
com
ligações
químicas
não
saturadas.
Por
isso
possuem
um
comportamento
plástico
quando
misturados
com
água
e
em
alguns
casos
podem
“inchar”.
As
argilas
destacam-‐se
por
sua
enorme
capacidade
de
absorção.
As
mais
absorventes
chegam
a
reter
água
numa
proporção
de
mais
de
100%
do
seu
próprio
peso,
A
água
pode
se
acumular
entre
as
camadas
e,
à
medida
que
isso
ocorre,
as
folhas
vão
se
separando
e
o
volume
total
vai
aumentando.
Entre
as
lamelas
existem
espaços
vazios
onde
serão
alocados
átomos
de
mais
baixa
energia
de
moléculas
de
água
que
irão
estabilizar
a
estrutura.
A
capacidade
de
inchar
irá
depender
dos
cátions
que
estão
entre
as
camadas.
Essa
capacidade
de
formar
películas
de
água
em
sua
superfície,
devido
à
sua
estrutura
em
camadas,
dá
à
argila
a
plasticidade.
Os
principais
fatores
que
afetam
a
plasticidade
são:
a
carga
mineralógica,
carga
elétrica
e
o
estado
de
desfloculação
da
argila.
58-‐ Qual a diferença entre os argilominerais do tipo 1:1 e 2:1 em termos da capacidade de inchar?
Na
estrutura
do
tipo
1:1,
no
espaço
entre
as
camadas
que
se
empilham,
os
oxigênios
do
plano
que
une
as
bases
dos
tetraedros,
encontram-‐se
frente
às
hidroxilas
dos
octaedros.
Enquanto
nas
estruturas
do
tipo
2:1,
os
oxigênios
faceiam
oxigênios,
com
isso,
nas
estruturas
1:1
existem
ligações
do
tipo
pontes
de
hidrogênio
e
nas
do
tipo
2:1
não
existem.
Por
isso,
os
argilominerais
do
tipo
1:1
são
ditos
“não
expansivos”
enquanto
que
os
do
tipo
2:1
são
ditos
“expansivos”,
ou
seja,
podem
alojar
moléculas
de
H2O
e
uma
diversidade
de
cátions
entre
as
camadas.
Os
argilominerais
expansivos
apresentam
superfície
de
exposição
externa
e
interna,
enquanto
os
não
expansivos
apresentam
somente
externa.
Na
ilita
(não
expansiva),
a
ligação
entre
as
camadas
é
feita
pelo
potássio.
Quando
o
potássio
sai,
a
ilita
se
transforma
em
vermicilita.
Quando
submetidas
à
alta
temperatura,
a
água
contida
entre
as
lâminas
se
transforma
em
vapor
fazendo
com
que
as
partículas
explodam,
transformando
em
flocos
sanfonados.
Cada
floco
aprisiona
células
de
ar,
conferindo
excelente
capacidade
de
isolação
e
refratariedade.
Reflete
a
relação
entre
a
sua
resposta
(deformação)
e
uma
carga
(tensão)
que
esteja
sendo
aplicada
sobre
um
corpo
fabricado
desse
material.
Deformações
Elásticas:
não
são
permanentes,
isto
é,
são
deformações
que
desaparecem
quando
a
tensão
aplicada
é
retirada;
são
reversíveis,
sendo
resultado
da
ação
de
forças
conservativas;
existe
manutenção
das
vizinhanças
atômicas
e
a
variação
dimensional
é
decorrente
da
variação
dos
espaçamentos
interatômicos
quando
o
material
é
submetido
à
tensão.
Deformações
Plásticas:
são
permanentes,
isto
é,
permanecem
após
a
tensão
aplicada
ser
retirada;
são
irreversíveis,
sendo
acompanhadas
por
deslocamentos
atômicos
permanentes.
62-‐ De que depende o valor da deformação sofrida por um material?
Da estrutura cristalográfica;
Da tensão aplicada;
Da temperatura.
63-‐ Desenhe
e
explique
o
comportamento
do
diagrama
que
relaciona
a
distância
interatômica
com
o
módulo
de
elasticidade.
65-‐ Por que o módulo de elasticidade teórico é sempre maior do que o real?
Pois ele não leva em consideração os defeitos do material.
66-‐ Por
que
antes
do
rompimento,
os
materiais
metálicos
entram
na
região
plástica
e
as
cerâmicas
não,
ou
seja,
por
que
elas
são
mais
frágeis?
Assim
como
nos
metais,
a
deformação
plástica
ocorre
por
movimento
de
discordâncias,
os
materiais
cerâmicos
são
duros
e
frágeis
devido
às
dificuldades
do
escorregamento.
Nos
cerâmicos,
para
os
quais
a
ligação
é
predominantemente
iônica,
existem
poucos
sistemas
de
escorregamento
ao
longo
dos
quais
as
discordâncias
podem
se
mover.
Isso
é
consequência
da
natureza
eletricamente
carregada
dos
íons.
Para
o
escorregamento
em
algumas
direções,
íons
com
uma
mesma
carga
são
colocados
próximos.
Devido
a
repulsão
eletrostática,
essa
modalidade
de
escorregamento
é
muito
restringida.
Já
nos
metais,
uma
vez
que
todos
os
átomos
são
eletricamente
neutros,
uma
quantidade
consideravelmente
maior
de
sistemas
de
escorregamento
está
operacional,
e
consequentemente,
o
movimento
de
discordância
é
mais
fácil.
67-‐ Por
que
para
as
cerâmicas
nas
quais
a
ligação
é
altamente
covalente,
o
escorregamento
também
é
difícil
e
as
torna
frágeis?
Pois
com
o
aumento
da
temperatura,
os
átomos
adquirem
maior
energia
cinética,
vibrando
ate
o
ponto
em
que
as
moléculas
não
consigam
mais
se
manter
unidas,
ocorrendo
assim
o
rompimento
das
ligações.
Consiste
na
formação
e
na
propagação
de
trincas
ao
longo
da
seção
transversal
de
um
material
em
uma
direção
perpendicular
à
da
carga
aplicada.
O
crescimento
da
trinca
nas
cerâmicas
pode
ser
transgranular
(através
dos
grãos)
e
intergranular
(ao
longo
dos
contornos
de
grãos).
Nas
fraturas
transgranulares,
as
trincas
se
propagam
ao
longo
de
planos
cristalográficos
específicos
(planos
de
clivagem)
que
são
planos
com
alta
densidade
atômica.
Nas
fraturas
intergranulares,
a
trinca
se
propaga
ao
longos
dos
contornos
de
grãos.
71-‐ Por que as cerâmicas exibem resistências muito maiores em compressão do que em tração?
Essa
diferença
é
causada
pela
presença
de
trincas
e
falhas
pré-‐existentes
no
material,
pois
para
tensões
de
compressão
não
existe
qualquer
amplificação
de
tensões
associados
a
qualquer
defeito
existente.
Isto
acontece
porque
a
compressão
tende
a
fechar
os
defeitos
e
a
tração
tende
a
abrir
os
defeitos.
Os
materiais
cerâmicos
sofrem
deformação
por
fluência
como
resultado
da
exposição
a
tensões
em
temperaturas
elevadas.
Normalmente
o
comportamento
tempo-‐deformação
em
fluência
das
cerâmicas
é
semelhante
ao
dos
metais,
entretanto,
nas
cerâmicas
a
fluência
ocorre
em
temperaturas
mais
elevadas.
É
a
diferencial
da
curda
resultante
da
força
(atração/repulsão)
versus
distancia
interatômica.
Dessa
forma,
qualquer
mudança
nas
distancias
interatômicas
afetará
o
módulo
de
elasticidade.
Uma
tração
reduzirá
o
módulo.
Como
a
ruptura
ocorre
em
tensões
relativamente
baixas
para
materiais
cerâmicos,
não
há
muito
aumento
nas
distancias
interatômicas;
Quanto
maior
a
temperatura,
menoro
módulo
de
elasticidade.
Pois
a
expansão
térmica
aumenta
a
distancia
interatômica
sendo
necessário
menos
força
para
separação
interatômica,
por
tensões
aplicadas.
75-‐ Por
que
nos
materiais
metálicos
a
diferença
do
comportamento
na
tração
e
na
compressão
é
pequena
e
nos
metais
é
grande?
Pois
nos
metis
as
forças
de
ligação
vão
se
romper
por
cisalhamento
e
possuem
muitos
planos
de
deslizamentos
ativos.
Indica
a
variação
das
dimensões
nas
direções
perpendiculares
à
deformação
imposta
pela
tensão
externa
aplicada.
77-‐ O que produz um modelo de estado de tensões não uniformes nos materiais policristalinos?
É
a
mudança
do
módulo
de
elasticidade
de
grão
para
grão,
devido
à
orientação
aleatória.
Os
que
possuem
menores
valores
de
E
se
rompem
mais
rápido.
Os
micro
defeitos
atuam
como
concentradores
de
tensão
em
materiais
cerâmicos.
Este
campo
de
tensões
é
amplificado
localmente
quando
o
material
é
submetido
a
uma
tensão
externa.
Esa
amplificação
é
diretamente
proporcional
ao
tamanho
do
maior
defeito.
Os
defeitos
superficiais
são
mais
críticos
do
que
os
defeitos
internos
na
microestrutura
do
material
cerâmico.
79-‐ Por que a porosidade exerce efeito negativo sobre a resistência mecânica?
Devido a 2 motivos:
Poros reduzem a área da seção reta (ocupada pela fase sólida) na qual a carga é aplicada;
Poros
também
agem
como
concentradores
de
tensão,
influenciando
diretamente
no
módulo
de
elasticidade
como
na
resistência
mecânica
e
tenacidade
à
fratura.
O
módulo
de
elasticidade
diminui
com
a
porosidade.
É a tensão necessária para causar a ruptura e varia intensamente no interior de um cristal.
São
pontos
onde
a
magnitude
de
uma
tensão
de
tração
é
amplificada,,
ou
seja,
por
ser
aumentada
ou
concentrada
na
região
do
defeito.
“A
ruptura
seria
uma
consequência
da
concentração
de
tensões
nas
extremidades
das
fendas
ou
outras
falhas
estruturais
existentes.”
A
magnitude
da
amplificação
de
tensão
depende
da
orientação
dessas
fendas,
com
soma
da
sua
geometria
(grau
de
curvatura).
A
tensão
aumenta
com
a
diminuição
do
raio
de
curvatura,
ou
seja,
quanto
menor
o
raio
maior
é
a
tensão.
84-‐ Por que o efeito de um concentrador de tensões é mais significativo nos materiais frágeis?
Em
material
dúctil,
ocorre
a
deformação
plástica
quando
σ
máx
excede
o
limite
de
escoamento,
Isso
leva
a
uma
distribuição
de
tensões
mais
uniforme
na
vizinhança
no
concentrador
de
tensão
e
ao
desenvolvimento
de
um
fator
de
concentração
de
tensões
máximo,
que
é
menor
que
o
valor
teórico.
O
escoamento
e
a
redistribuição
de
tensões
não
ocorrem,
em
qualquer
extensão
apreciável,
em
torno
dos
defeitos
e
descontinuidades,
no
materiais
frágeis,
alcançando
assim,
valores
de
tensões
teóricas.
85-‐ O
que
é
deformação
plástica?
Como
ocorre?
O
escoamento
ou
deformação
plástica
de
um
material,
quando
submetido
a
uma
tensão,
é
caracterizado
por
apresentar
uma
deformação
que
permanece
quando
o
esforço
é
removido.
Nesse
regime,
as
ligações
entre
átomos
são
alongadas
e
rompidas.
A
deformação
plástica
ocorre
normalmente
através
do
deslizamento
de
blocos
de
cristais,
uns
sobre
os
outros.
Os
deslizamentos
dos
blocos
de
cristais
ocorrem
ao
longo
de
planos
de
deslizamentos.
Dentro
desses
planos,
os
deslizamentos
ocorrem
em
direções
de
deslizamento.
Isso
ocorre
devido
à
simetria
translacional
da
rede,
onde
a
estrutura
cristalina
deve
ser
perfeitamente
restaurada
após
o
deslizamento,
desde
que
a
deformação
seja
uniforme.
Planos de deslizamento são planos cristalográficos bem definidos de maiores densidades atômicas.
São as direções cristalográficas mais compactas dentro dos planos de deslizamento.
88-‐ Por que os deslizamentos são mais prováveis em planos e direções compactas?
Pois
nestes
casos
a
distância
que
a
rede
precisa
se
deslocar
é
mínima,
logo
é
necessária
uma
pequena
energia,
sendo
então,
mais
prov´vel.
Dependendo
da
simetria
da
estrutura,
outros
sistemas
de
deslizamento
podem
estar
presentes.
Uma
vez
que
os
planos
de
maiores
densidades
atômicas
são
também
os
mais
espaçados
entre
si,
a
resistência
(menor
E,
e
consequentemente
menor
σ
máx)
destes
planos
será
geralmente
menor,
do
que
a
de
outros
conjuntos
de
planos
cristalográficos.
Em
geral,
o
deslizamento
ocorrerá
paralelo
a
planos
compactos,
que
preservam
sua
integridade.
A
combinação
dos
planos
de
deslizamentos
com
as
direções
de
deslizamento.
Esses
sistemas
variam
com
as
redes
cristalográficas.
Nas
cerâmicas
cristalinas,
a
deformação
plástica
ocorre
como
nos
metais,
pelo
movimento
de
discordâncias.
E,
cerâmicas
cristalinas,
apesar
das
estruturas
serem
semelhantes
às
dos
metais,
muitos
sistemas
de
deslizamento
não
são
ativos.
Nos
materiais
cerâmicos,
para
os
quais
a
ligação
é
predominantemente
iônica,
existem
muito
poucos
sistemas
de
deslizamentos
ao
longo
dos
quais
as
discordâncias
podem
se
mover.
Isso
é
consequência
da
natureza,
eletricamente
carregada,
dos
íons.
Para
o
escorregamento
em
algumas
direções,
íons
com
a
mesma
carga
são
colocados
próximos
uns
ao
outros,
devido
a
repulsão
eletrostática,
essa
modalidade
de
deslizamento
é
muito
restringida,
ao
nível
em
que,
a
deformação
plástica
nos
materiais
cerâmicos
é
raramente
mensurável
à
temperatura
ambiente.
Por
outro
lado,
para
cerâmicas
nas
quais
a
ligação
é
altamente
covalente,
o
escorregamento
também
é
difícil
e
eles
são
frágeis,
pois
as
ligações
covalentes
são
relativamente
fortes,
pelo
número
limitado
de
sistemas
de
deslizamentos
e
pela
complexidade
das
estruturas
das
discordâncias.
91-‐ Explique
a
deformação
plástica
dos
materiais
cerâmicos
amorfos.
Nos
materiais
cerâmicos
amorfos
não
existe
uma
estrutura
cristalina
regular,
ou
seja,
não
existem
discordâncias.
Materiais
amorfos
e
líquidos
apresentam
sempre
o
mecanismo
de
deformação
dependente
do
tempo,
e
deformam
por
Escoamento
Viscoso
ou
Deformação
Viscosa.
Escoamento
viscoso:
os
átomos
deslizam
uns
sobre
os
outros
pela
quebra
e
reconstrução
de
ligações
interatômicas,
em
resposta
a
aplicação
de
tensão
de
cisalhamento.
Deformação
viscosa:
completamente
isotrópica
(mesma
propriedade
física,
independente
da
direção),
depende
apenas
da
tensão
aplicada.
A
viscosidade
diminui
com
o
aumento
da
temperatura,
e
o
efeito
da
mudança
de
densidade
pode
ser
considerável.
Os
vidros,
como
não
há
rede
cristalina,
se
comportam
como
líquidos
muito
viscosos,
exibindo
os
extremos
do
comportamento
frágil
a
dúctil,
dependendo
da
temperatura
a
qual
está
submetido.
Em
baixas
temperaturas,
ocorre
fratura
frágil.
Em
temperaturas
próximas
a
temperatura
de
amolecimento,
ocorre
um
fluxo
plástico
muito
intenso.
Presença
de
discordâncias,
um
mecanismo
de
geração
de
novas
discordâncias
sob
uma
tensão
aplicada
e
um
trajeto
longo
em
que
as
discordâncias
podem
se
mover
em
uma
tensão
mais
baixa
que
a
resistência
à
fratura
dos
materiais.
A
deformação
plástica
não
deve
ocorrer
em
uma
cerâmica
iônica,
a
menos
que
o
balanço
eletrostático
entre
os
íons
positivos
e
negativos
seja
restabelecido
em
torno
de
cada
íon,
a
geometria
estrutural
não
seja
alterada
e
a
razão
ânion-‐cátion
seja
mantida.
A
deformação
plástica
dos
materiais
cerâmicos
aumenta
com
o
aumento
da
temperatura
de
ensaio.
Muitos
materiais
cerâmicos,
quando
ensaiados
em
altas
temperaturas
e
com
cargas
baixas
constantes,
deformam-‐se
plasticamente
por
fluência.
Os
materiais
monocristalinos
apresentam
considerável
alongamento
plástico
em
ensaios
de
flexão
em
temperatura
ambiente.
Monocristais
contém
baixa
densidade
de
discordâncias.
Restrições
aos
sistemas
de
deslizamentos
resultam
tanto
das
condições
eletrostáticas,
como
das
condições
geométricas.
Porém,
maiores
plasticidades
são
obtidas
quando
ocorre
expansão
de
bandas
de
deslizamento
em
monocristais.
Materiais
cerâmicos
policristalinos
fraturam
de
modo
frágil
em
temperatura
ambiente,
mas
podem
apresentar
ductilidade
em
altas
temperaturas.
A
orientação
randômica
dos
grãos
inibe
o
movimento
de
discordâncias.
As
discordâncias
terminas
nos
contornos
de
grãos.
Para
a
deformação
plástica
ser
possível,
é
determinado
que
5
sistemas
independentes
de
deslizamentos
devem
estar
presentes
na
estrutura
do
cristal.
Em
temperatura
ambiente,
muitas
estruturas
cerâmicas
possuem
apenas
3
ou
4
sistemas
de
deslizamentos.
96-‐ Quais
os
principais
tipos
de
deformações
sob
alta
temperaturas?
Por
que
ocorrem?
A
deformação
plástica
de
materiais
cerâmicos
pode
ser
elevada
em
altas
temperaturas,
pois
os
movimentos
dos
átomos
ocorrem
com
mais
facilidade.
Os
3
tipos
são
:
Anelasticidade,
Fluência
e
Fluxo
Viscoso.
Anelasticidade
ou
Viscoleslasticidade:
Em
um
número
grande
de
aplicações,
tais
como
vidros
e
materiais
policristalinos,
em
altas
temperaturas,
o
módulo
de
elasticidade
não
é
uma
constante,
mas
exibe
uma
grande
dependência
do
tempo.
Esse
comportamento
é
denominado
anelasticidade
ou
viscoelasticidade
e
caracteriza
as
deformações
que
são
recuperáveis,
porém,
não
instantaneamente,
após
a
remoção
da
tensão.
À
medida
que
se
atingem
temperaturas
muito
elevadas,
há
um
decréscimo
acentuado
no
módulo
de
elasticidade.
Isso
ocorre
porque
as
tensões,
nas
altas
temperaturas
induzem
movimentos
nos
átomos,
de
um
lado
para
outro.
Nessas
condições,
a
deformação
não
é
efetivamente
elástica,
pois
alguns
átomos
ganham
novos
vizinhos.
Mas
é
parcialmente
reversível,
de
tal
maneira
que
o
alívio
de
tensões
permite
o
retorno
de
muitos
daqueles
átomos
às
posições
originais.
O
deslocamento
anelástico
dos
átomos
é
mais
intendo
em
altas
temperaturas,
ou
quando
ocorrem
frequências
de
solicitação
mais
baixas,
num
intervalo
de
tempo
mais
prolongado.
Fluência:
Deformação
plástica
lenta
que
ocorre
em
materiais
submetidos
a
carregamentos
estáticos,
sob
alta
temperaturas
(tempo).
É
um
escoamento
dependente
do
tempo.
A
velocidade
de
fluência
depende
conjuntamente
da
tensão
aplicada
e
da
temperatura.
Os
mecanismos
que
influem
no
processo
de
fluência
são,
dentre
outros:
deformação
dos
contornos
de
grãos,
movimento
de
discordâncias
e
difusão.
A
fluência
só
é
possível
porque
os
obstáculos
à
deformação
podem
ser
vencidos
pela
ação
combinada
das
flutuações
térmicas
e
tensões.
A
deformação
plástica
lenta
que
ocorre
em
materiais
submetidos
a
carregamentos
estáticos,
sob
altas
temperaturas.
É
um
escoamento
dependente
do
tempo.
Fluência
em
monocristais:
Nos
monocristais
o
mecanismo
envolvido
no
processo
de
fluência
é
o
movimento
de
discordâncias
que
estão
presentes
na
estrutura.
A
presença
de
imperfeições
diminui
a
taxa
de
fluência.
Fluência
em
policristais:
É
controlada
por
mecanismos
diferentes
daqueles
dos
monocristais.
Em
cerâmicas
policristalinas,
a
orientação
aleatória
dos
grãos
dificulta
a
movimentação
das
discordâncias
entre
eles,
através
dos
seus
contornos.
Portanto,
movimentação
de
discordâncias
não
apresenta
um
efeito
significante
no
mecanismo
de
fluência.
Nesses
materiais,
a
taxa
de
fluência
é
governada
pela
taxa
de
difusão
e
pela
taxa
de
movimento
dos
contornos
de
grãos.
A
difusão
envolve
o
movimento
de
íons,
átomos
ou
vacâncias
através
da
estrutura
do
cristal
(intragranular)
ou
difusão
ao
longo
nos
contornos
de
grãos
(intergranular).
O
deslizamento
dos
contornos
frequentemente
envolve
porosidade
ou
uma
diferença
na
composição
química
nos
contornos
de
grãos.
Deslizamentos
nos
contornos
de
grãos
é
um
importante
fator
na
contribuição
para
a
fratura
de
muitos
materiais
cerâmicos
densificados
por
prensagem
à
quente
ou
sinterização.
Nos
deslizamentos
nos
contornos
de
grãos,
aditivos
são
necessários
para
se
conseguir
a
densificação.
Esses
aditivos
concentram-‐se
nos
contornos
dos
grãos
como
impurezas,
inicialmente
presentes
no
material.
Se
um
vidro
é
formado,
sendo
frequentemente
obtido
em
temperaturas
inferiores,
a
temperatura
que
normalmente
ocorre
o
processo
de
fluência
da
matriz,
o
deslizamento
do
contorno
de
grão
é
observado.
Deslizamentos
nos
contornos
de
grão
são
normalmente
acompanhados
pela
nucleação
de
trincas
nos
contornos
de
grãos,
principalmente
pela
cavidade
em
ponto
tríplice
(pontos
em
que
3
grãos
se
encontram).
A
contribuição
dada
pela
redução
da
capacidade
de
suportar
cargas,
devido
ao
“amolecimento”
do
contorno
de
grão,
é
a
formação
de
falhas,
que
geralmente
resultam
em
fratura,
antes
de
deformações
plásticas
apreciáveis.
Contornos
de
grão
podem
agir
como
fontes
e
dissipadores
de
defeitos
pontuais.
Frequentemente,
o
contornos
de
grãos
atraem
impurezas
e
são
sítios
de
segundas
fases.
Em
temperaturas,
onde
os
defeitos
pontuais
são
móveis,
deve
ocorrer
fluxo
plástico,
preferencialmente,
nos
contornos
de
grão.
Isto
pode
levar
a
vários
fenômenos,
tais
como
mudanças
de
formas
dos
grãos
individuais
ou
o
deslizamento
relativo
de
grãos
adjacentes,
com
consequente
nucleação
de
trincas.
A
presença
de
tais
trincas,
que
frequentemente
estão
ao
longo
dos
contornos
de
grão,
pode
levar
à
fratura
frágil
prematura
do
material.
Composição
da
massa
(pó
+
aditivos),
etapa
de
conformação,
corpo
a
verde,
etapa
de
sinterização
e
peça
sinterizada.
Cerâmicas
tradicionais:
resultam
de
processos
de
transformação
que
apresentam
menor
controle
de
parâmetros
operacionais,
utilizando,
quase
sempre,
matérias
primas
naturais,
beneficiadas
ou
não.
Obtidas
a
partir
de
3
componentes
básicos:
argila,
sílica
e
feldspato.
Na
microscopia,
observam-‐se
partículas
de
vários
tamanhos
unidas
por
uma
fase
vítrea.
Presença
de
várias
fases.
Cerâmicas
avançadas:
resultam
de
processos
de
transformação
altamente
controlados
de
matérias
primas
sintéticas.
A
matéria
prima
provém,
assim,
das
industrias
químicas
e
possuem
elevados
níveis
de
garantia,
em
termos
de
qualidade.
As
matérias
primas
sintéticas
são
formadas
por
compostos
duros
ou
quase
duros.
Microscopia
bem
definida
nos
contornos
de
grão.
Essas
cerâmicas,
geralmente,
trabalham
sob
condições
de
carregamento
dinâmico,
envolvendo
tensões
de
tração
e
de
impacto,
e
frequentemente,
devem
funcionar
em
temperaturas
elevadas
e
ambientes
corrosivos.
São
virtualmente
isentas
de
poros
e
possuem
resistência
à
fratura
muito
elevada,
alta
tenacidade
à
fratura
e
grande
dureza.
Esses
materiais
encontram
aplicações
como
componentes
em
motores
e
outras
máquinas,
anteriormente
feitos
de
ligas
metálicas,
ferramentas
de
corte,
biomateriais,
cerâmicas
isolantes
que
funcionam
como
barreiras
térmicas
aeroespaciais.
100-‐ Descreva a explique as etapas de beneficiamento das matérias primas.
Beneficiamento
das
matérias
primas
(pós
e
aditivos
de
conformação),
mistura,
conformação,
sinterização,
produto
cerâmico
policristalino,
acabamento.
Após
a
mineração,
os
materiais
devem
ser
beneficiados,
isto
é,
desagregados
ou
moídos,
classificados
de
acordo
com
a
granulometria,
e
muitas
vezes,
passam
por
um
processo
de
purificação.
O
processo
de
fabricação
propriamente
dito
tem
início
após
essas
operações
de
beneficiamento.
As
matérias
primas
sintéticas
geralmente
são
fornecidas
prontas
para
o
uso,
necessitando
apenas,
em
alguns
casos,
de
um
ajuste
de
granulometria.
Separação
de
Partículas:
é
uma
operação
comum
em
processamento
cerâmico.
Impurezas
das
matérias
primas
ou
aquelas
introduzidas
durante
processamento
são
algumas
vezes
removidas
por
diferenças
de
tamanho,
densidade,
comportamento
superficial
ou
propriedades
magnéticas.
Filtração:
é
muito
usada
em
processamento
cerâmico
para
concentrar
partículas
de
suspensões
ou
barbotinas.
Lavagem:
tem
importância
significativa
na
redução
da
concentração
de
impurezas
solúveis,
como
álcalis
(base
que
se
dissolve
em
água).
Granulação:
é
uma
aglomeração
proposital
de
partículas
finas
em
clusters
maiores,
realizada
para
prover
certas
propriedades
ao
pó.
É
o
processo
pelo
qual
partículas
de
pó
muito
finas
aderem
entre
si,
para
a
formação
de
uma
partícula
maior,
que
na
realidade
são
multi-‐partículas
denominadas
grânulos.
Normalmente,
a
granulação
começa
depois
de
uma
mistura,
via
seca
ou
via
úmida,
dos
ingredientes
pulverizados
ou
não,
de
tal
forma
que
esses
componentes
alcancem
uma
distribuição
uniforme
dentro
da
mistura.
Tem
como
objetivo
prevenir
segregação
dos
componentes
da
mistura
ou
massa
cerâmica.
A
segregação
de
componentes
pode
ocorrer
devido
a
diferenças
nos
tamanhos
das
partículas
ou
densidades
dos
componentes
da
mistura.
Melhorar
as
propriedades
de
fluidez
da
mistura
dos
pós,
pois
muitos
pós,
devido
ao
seu
tamanho
pequeno,
forma
irregular
ou
características
de
superfície,
são
muito
aderentes
e
não
permitem
uma
boa
fluidez.
Baixa
fluidez
resultará,
frequentemente,
numa
variação
de
peso
indesejável
no
produto
final,
devido
ao
abastecimento
variável
dentro
dos
moldes
no
produto
cerâmico.
Melhorar
as
características
de
compactação
da
mistura
dos
pós,
pois
alguns
pós,
ou
misturas
de
pós,
são
difíceis
de
compactar,
mesmo
quando
um
bom
aditivo
é
incluído
na
mistura.
Porém,
grânulos
desses
pós
ou
misturas
de
pós
são
frequentemente,
mais
facilmente
compactados
e
produzem
peças
mais
resistentes.
Geralmente,
ocorre
uma
migração
de
aditivos
após
a
granulação,
durante
o
processo
de
“descanso”
dos
grânulos,
resultando
numa
camada
exterior
rica
em
aditivos
ligantes.
A
partir
da
granulometria
é
possível
determinar
as
seguintes
características
físicas
de
alto
interesse
tecnológico
da
massa
cerâmica:
distribuição
de
tamanho
dos
grânulos,
massa
específica
aparente,
massa
específica
vibrada,
índice
de
fluidez
e
morfologia
dos
grânulos.
Calcinação:
são
reações
de
decomposição
endotérmicas
(absorve
energia
em
forma
de
calor)
para
produção
de
óxidos
como
um
produto
sólido.
Os
óxidos
obtidos
são
finamente
divididos.
Via
seca:
quando
não
se
utiliza
nenhum
tipo
de
líquido,
os
grânulos
são
obtidos
por
meio
de
altas
temperaturas.
Geralmente
os
pós
são
compactados
sob
altas
pressões
e
depois
são
desintegrados
(moagem
do
compactado).
Via
úmida
(Spray
Dry):
quando
se
utiliza
um
líquido
no
processo.
Na
maioria
das
formulações
de
massas
cerâmicas,
além
das
matérias
primas
tradicionais,
diferentes
aditivos
podem
ser
utilizados
para
proporcionar
certas
propriedades
ou
fatores
que
inibam
(ou
não)
algumas
características
durante
o
processo
industrial.
Durante
a
granulação
via
úmida,
o
líquido
(com
ou
sem
aditivos)
é
adicionado
à
mistura
de
pós
formando
uma
suspensão
de
sólidos
em
líquidos
(barbotina).
A
suspensão
é
pulverizada
e
um
fluxo
de
ar
quente
evapora
o
líquido.
Os
grânulos
obtidos
são
semelhantes
a
esferas
ocas,
de
fácil
fluidez,
e
a
distribuição
de
ligantes,
em
tais
grânulos,
favorece
as
propriedades
de
compactação.
A
etapa
de
beneficiamento
das
matérias
primas
é
de
vital
importância
para
o
processo
cerâmico.
As
propriedades
controladas
e
modificadas
durante
esta
etapa
como
granulometria,
teor
de
impurezas
e
concentração
de
minerais,
influenciarão
definitivamente
nas
propriedades
do
produto
final.
A
negligência
no
controle
das
propriedades
da
matéria
prima
comprometerá
permanentemente
as
etapas
posteriores
e
assim
a
qualidade
do
produto.
103-‐ Explique o processo de conformação. Quais os tipos de processos?
O
objetivo
é
conseguir
o
maior
grau
de
empacotamento
de
partícula
e
um
elevado
grau
de
homogeneidade.
Toda
via,
muitos
processos
são
destinados
à
obtenção
de
peças
com
porosidade
elevada.
O
empacotamento
denso
de
partículas
reduz
a
quantidade
de
porosidade
que
deve
ser
removida
durante
a
densificação,
consequentemente,
isso
reduz
a
retração
de
queima.
Empacotamento
denso
também
aumenta
a
cinética
de
sinterização.
Empacotamento
homogêneo
de
partículas
diminui
a
não
homogeneidade
microestrutural
durante
a
sinterização.
Uma
variedade
de
parâmetros
devem
ser
controlados
para
se
adquirir
um
ótimo
empacotamento
de
partículas.
Eles
incluem:
o
modo
do
fluxo
de
partículas
dentro
do
molde,
condições
do
molde,
ciclo
de
queima
e
a
remoção
do
compactado
de
dentro
do
molde.
A
consolidação
mecânica
é
uma
operação
que
consiste
em
dotar
pós
cerâmicos
de
formas,
que
possam
ser
sinterizadas.
Os
métodos
de
consolidação
podem
ser
classificados
em
2
grandes
categorias:
Via
Seca:
são
aquelas
em
que
a
porção
do
pó
inorgânico
é
predominante.
Eles
incluem:
Prensagem
uniaxial,
Prensagem
Isostática
a
quente
com
molde
úmido
ou
molde
seco,
Prensagem
a
quente
e
Prensagem
Isostática
a
quente.
Via
Úmida:
são
aquelas
em
que
os
pós
são
conduzidos
por
solventes
aquosos,
orgânicos
ou
poliméricos.
Eles
incluem:
Colagem
de
barbotina
Slip
Casting
(pó
disperso
em
um
fluido),
Colagem
de
barbotina
Tape
Casting
(pó
disperso
em
um
fluido),
Extrusão
(mistura)
e
Injeção
(mistura).
Prensagem
Uniaxial:
os
pós
são
consolidados
em
um
molde
através
de
pressões
aplicadas
por
êmbolos
mecânicos
ou
hidráulicos
em
uma
direção
vertical.
Esta
pressão
pode
ser
de
ação
simples
ou
de
dupla
ação,
a
de
dupla
ação
obtém
uma
distribuição
mais
uniforme
da
pressão.
Devido
ao
atrito
entre
o
molde
e
as
partículas,
parte
da
pressão
aplicada
é
absorvida
pelo
molde,
causando
gradiente
de
pressão
na
peça
moldada,
com
isso,
o
início
de
trincas
no
processo
de
sinterização.
Para
reduzir
o
atrito,
utiliza-‐se
lubrificação
no
pó
ou
nas
paredes
do
molde.
O
preenchimento
uniforme
do
molde,
a
pré-‐compactação
e
o
uso
de
pós
produzidos
por
spray
dry
reduzem
a
variação
na
distribuição
de
densidade.
A
formação
de
trincas
ocorre
no
alívio
de
tensões,
na
eliminação
da
carga
ou
na
extração
da
peça.
Processo
utilizado
na
fabricação
de
peças
eletrônicas
e
relativamente
limitado
a
formas
simples.
Prensagem
Isostática
a
Frio:
promove
uma
prensagem
uniforme
em
toda
a
superfície.
Moldes
de
borracha
são
preenchidos
com
a
massa
cerâmica,
em
seguida,
é
submetida
uma
pressão
isostática
elevada,
moldando
o
objeto.
Pode
ser
em
meio
úmido
(wet
bag)
ou
em
meio
seco
(dry
bag).
Wet
Bag:
o
pó
cerâmico
é
introduzido
no
interior
de
um
molde
flexível
(elastômero,
como
o
poliuretano)
e
impermeável
ao
fluido
pressurizado.
Uma
vez
fechado,
o
molde
é
submerso
no
líquido
(geralmente
água)
contido
na
câmara
de
pressão.
Na
fase
de
compactação,
o
líquido
é
pressurizado
por
uma
bomba
hidráulica
e
deforma
o
molde
flexível
que
transmite
uniformemente
a
pressão
à
massa.
Uma
vez
completo
o
ciclo
de
compactação,
a
medida
em
que
é
reduzida
a
pressão
do
líquido,
ocorre
uma
expansão
tanto
do
molde
como
da
peça,
o
que
facilita
sua
extração.
As
principais
desvantagens
são:
excessiva
duração
do
ciclo
de
prensagem,
dificuldade
de
se
automatizar
a
operação,
elevado
custo
da
mão-‐de-‐obra,
limitado
a
formas
simples.
A
etapa
mais
demorada
é
o
preenchimento
do
molde.
Dry
Bag:
foi
desenvolvida
para
aumentar
a
velocidade
de
produção
da
técnica
via
úmido.
Basicamente,
nesta
técnica,
em
vez
de
submergir
o
molde
em
um
fluido,
ele
é
feito
por
canais
internos
por
onde
se
faz
circular
o
fluido
pressurizado.
Isto
minimiza
a
quantidade
de
fluido
a
ser
pressurizado
e
permite
o
uso
de
uma
ferramenta
estacionária.
A
pressão
vertical
é
aplicada
por
pistões
ou
êmbolos
nas
extremidades
do
molde,
este
é
fixo,
faz
parte
do
equipamento.
A
pressão
fornecida
não
é
totalmente
isostática.
A
maior
dificuldade
esta
na
construção
do
molde,
uma
vez
obtido
um
desenho
e
contrução
de
moldes
adequados,
a
operação
pode
ser
automatizada.
Prensagem
Isostática
a
Quente:
consiste
na
aplicação
simultânea
da
temperatura
e
pressão
uniforme.
Pressões
elevadas
de
gás
(nitrogênio
ou
argônio)
são
usadas
para
consolidar
a
peça.
Foi
desenvolvida
para
estender
a
capacidade
da
prensagem
a
quente,
permite
consolidar
formas
complexa
de
alta
densidade.
Pode
ser
utilizada
para
eliminar
porosidade
em
peças
que
já
foram
conformadas
e
também
para
consolidar
pó
cerâmico
no
método
encapsulado.
Método
Encapsulado:
O
pó
cerâmico
é
colocado
em
uma
capsula
de
vidro
de
borosilicatos
quem
contém
o
molde
desejado,
a
capsula
é
selada
e
então
é
submetida
a
prensagem.
Após
a
prensagem,
é
feita
a
limpeza
da
peça,
retirando
o
vidro
corrugado.
A
remoção
de
produtos
de
reação
gasosa
deve
ser
realizada
antes
do
encapsulamento.
É
utilizado
para
consolidar
peças
com
formas
complexas.
Sinter/HIP:
para
as
peças
que
já
foram
conformadas,
é
necessária
uma
pré-‐sinterização.
A
peça
é
aquecida
para
fechar
a
porosidade
superficial
e
depois
é
submetida
a
prensagem
eliminando
a
porosidade
residual,
processo
realizado
em
altas
temperaturas.
Peças
compactadas
com
porosidade
aberta,
não
podem
ser
densificadas
por
este
método.
O
método
Sinter/HIP
não
densifica.
Do
ponto
de
vista
comercial,
essa
técnica
é
importante
para
produzir
componentes
com
formas
bem
definidas
e
complexas.
Colagem
de
Barbotina
Slip
Casting:
é
basicamente
desenvolvida
a
partir
de
um
pó
cerâmico,
aditivos
e
moldagem.
O
pó
cerâmico
mais
utilizado
é
a
Alumina.
Os
aditivos
são
compostos
adicionados
na
suspensão
coloidal
(pó
cerâmico
adicionado
em
meio
aquoso)
com
o
objetivo
de
estabiliza-‐la,
evitando
floculações.
Na
moldagem,
a
suspensão
coloidal
é
vertida
em
um
molde
poroso,
o
líquido
é
filtrado
pelas
paredes
porosas
do
molde
e
uma
camada
consolidada
é
formada
na
superfície
adjacente
do
molde.
A
variável
tempo
é
muito
importante,
uma
vez
que
determina
a
espessura
da
peça.
É
necessário
uma
barbotina
de
baixa
viscosidade
com
elevada
cobertura
de
sólidos.
Os
aditivos
são
usados
para
se
obter
uma
máxima
dispersão
das
partículas
e
promover
resistência
a
verde.
Os
pós
utilizados
deve
ter
uma
larga
distribuição
de
tamanhos
das
partículas.
Colagem
de
Barbotina
Tape
Casting:
a
formação
da
fita
cerâmica
tem
início
com
o
preenchimento
do
reservatório
por
uma
suspensão
de
viscosidade
moderada.
As
suspensões
para
colagem
de
fita
são
basicamente
constituídas
de
pó
cerâmico,
solvente
(não
aquoso),
dispersante,
ligante
e
plastificante.
Em
geral,
são
utilizadas
suspensões
com
elevado
teor
de
sólido
(pó
cerâmico)
,
acima
de
30%,
para
diminuir
o
tempo
de
secagem.
No
fundo
do
reservatório,
existe
uma
abertura
limitada
pela
altura
da
lâmina
niveladora
(doctor
blade).
Sob
o
reservatório,
uma
superfície
lisa
e
plana
move-‐se
com
velocidade
constante.
São
utilizados
como
bloco
de
construção
para
substratos
eletrônicos.
Extrusão:
conformação
realizada
em
temperatura
ambiente.
A
conformação
é
obtida
pela
pressão
que
força
a
passagem
de
uma
mistura
plástica
através
de
orifícios
em
um
molde
rígido,
conformando
na
forma
desejada.
Esta
pressão
pode
ser
obtida
por
pistão
ou
rosca-‐sem-‐fim.
A
consistência
da
mistura
é
obtida
por
meio
de
solvente
(água),
ligante
e
lubrificante.
Injeção:
conformação
em
temperatura
elevada.
A
mistura
de
pó
cerâmico
com
polímeros
termoplásticos
é
aquecida,
depois
passa
por
uma
pré-‐compactação
para
reduzir
a
porosidade
e
então
é
injetada
em
um
molde.
Este
molde
é
constantemente
resfriado.
Causando
um
endurecimento
da
peça.
A
mistura
é
carreada
até
o
molde
por
uma
rosca-‐sem-‐fim.
Esse
processo
é
utilizado
para
produzir
pequenas
peças
cerâmicas,
de
formas
complexas
e
elevada
precisão
dimensional.
Para
as
peças
que
foram
conformadas
nos
métodos
sem
sinterização,
existem
mais
3
etapas:
secagem,
remoção
de
aditivos
e
sinterização.
Secagem:
a
secagem
das
peças
cerâmicas
nada
mais
é
do
que
a
retirada
da
água
que
permanece
na
massa.
A
secagem
é
importante
porque,
se
a
peça
for
colocada
no
forno
ainda
úmida,
a
água
vai
ser
eliminada
rapidamente,
provocando
assim
rachaduras
e
deformações.
Por
isso
deve
ser
feita
lentamente,
representando
um
custo
considerável
na
peça
final.
Remoção
de
Aditivos:
os
aditivos
de
conformação
devem
ser
removidos
completamente
antes
da
sinterização.
Problemas
relacionados
à
eliminação
de
ligantes
são:
trincas,
empenamentos,
delaminações.
Estes
defeitos
são
difíceis
de
serem
removidos
na
sinterização,
por
isso,
a
remoção
de
aditivos
deve
ser
extremamente
lenta.
Sinterização:
consiste
em
aquecer
partículas
de
baixa
granulometria
que
se
mantém
em
estreito
contato
até
ocorrer
à
fundição
das
partículas
por
coalescência,
isto
é,
pela
fusão
de
superfícies
adjacentes,
formando
pescoços.
Contanto,
as
propriedades
e
a
qualidade
de
um
material
obtido
por
sinterização
dependem
de
diversas
variáveis,
como:
temperatura,
energia
interna,
vazios
intergranulares,
impurezas
fator
de
empacotamento
e
outros.
A
força
motriz
para
que
ocorra
a
sinterização,
é
o
decréscimo
da
energia
superficial
livre,
obtido
pela
diminuição
da
área
da
superfície
total
da
peça.
A
sinterização
traz
como
consequência
a
eliminação
de
espaços
vazios
existentes
entre
as
partículas.
A
sinterização
ocorre
em
fornos,
podendo
ser
contínuos
ou
intermitentes.
Contínuo:
as
peças
passam
por
varias
etapas
dentro
do
forno,
passando
por
diferentes
temperaturas
e
saem
prontas
em
temperatura
ambiente.
Intermitente:
as
peças
são
colocadas
cuidadosamente
no
forno,
que
é
fechado
e
somente
aberto
quando
as
peças
estiverem
prontas,
sendo
necessário
esperar
esfriar
para
retirar
as
peças.
107-‐ Quais os tipos de aditivos utilizados na mistura do pós cerâmicos?
Aditivos
de
Conformação:
são
compostos
orgânicos
adicionados
aos
pós
cerâmicos,
os
principais
são:
ligantes,
plastificantes
e
lubrificantes.
Plastificantes: modificam os ligantes, conferindo maior fluidez (capacidade de preencher o molde).
Lubrificante: reduzem o atrito entre as partículas e o atrito entre as partículas e as paredes do molde.
Aditivos
de
Sinterização:
são
compostos
inorgânicos,
que
usualmente
permanecem
nos
corpos
sinterizados.
Eles
são
utilizados
para
o
controle
da
evolução
microestrutural
durante
a
sinterização,
por
exemplo,
para
aumentar
a
velocidade
de
transporte
de
matéria
e
inibir
ou
restringir
o
crescimento
do
grão.
O
revestimento
superficial
é
um
revestimento
de
cerâmica
nos
materiais
metálicos.
Proporcionando
assim,
redução
do
atrito,
aumento
da
vida
útil
e
a
redução
do
uso
de
lubrificantes.
O
revestimento
superficial
alia
a
dureza
da
cerâmica
com
a
tenacidade
do
metal.
A
superfície
recoberta
apresenta
4
zonas
distintas:
superfície
do
recobrimento,
recobrimento,
interface
substrato/revestimento
e
substrato.
Essas
4
zonas
apresentam
diferentes
propriedades:
109-‐ Explique
o
processo
de
recobrimento
PVD.
PVD
(Deposição
Física
de
Vapor),
técnica
de
deposição
de
filmes
finos
através
da
vaporização
destes
materiais
em
câmaras
especiais.
Sob
alto
vácuo
e
temperaturas
que
variam
entre
50°C
e
500°C.
Por
se
realizado
em
temperaturas
baixas,
não
ocorrem
alterações
microestruturais
no
substrato
(metal).
O
revestimento
é
evaporado
e
ao
mesmo
tempo
é
introduzido
um
gás
reativo,
formando
um
composto
com
o
vapor
do
revestimento
que
se
deposita
no
substrato.
Por
motivo
de
aderência,
as
camadas
devem
ser
finas.
O
PVD
permite
aplicação
de
uma
ou
múltiplas
camadas
(aumentando
a
resistência
ao
desgaste),
o
aumento
do
número
de
camadas
pode
fragilizar
a
peça.
Neste
processo,
podem
ou
não
ocorrerem
reações
químicas
e
são
podem
revestir
arestas
vivas.
CVD
(Deposição
Química
de
Vapor),
formação
de
um
filme
fino
sólido
sobre
um
substrato
através
da
reação
química
dos
gases
reagentes
na
fase
vapor.
É
realizado
em
temperaturas
que
variam
entre
600°C
e
1100°C,
ocorrendo
alterações
microestruturais
no
substrato.
Devido
à
alta
temperatura,
pode
ocorrer
interdifusão
entre
o
substrato
e
o
revestimento,
dando
aderência
e
resistência
ao
desgaste,
entretanto
pode
provocar
a
formação
de
compostos
intermetálicos
frágeis.
São
aplicados
em
várias
camadas,
promovendo
compatibilidade
química
e
melhorando
as
propriedades
físicas
e
químicas
da
peça.
Processo
não
aplicável
em
arestas
vivas,
arredondamento
preferível.
Os
revestimentos
PVD
são
mais
apropriados
para
a
fresagem
e
são
mais
lisos
que
os
revestimentos
CVD.