xxxxxxxxxxxxxxxxx, devidamente qualificadas nos autos em epígrafe,
por intermédio de sua Advogada que esta subscreve, vêm, à presença de Vossa Excelência, informar e requerer o que segue:
No dia 15 de maio de 2022, após retornar da residência do genitor por
volta das 18h, como de costume, a genitora levou xxxxxxxx para tomar banho, foi quando ao retirar as roupas da menor foi surpreendida com diversos hematomas espalhados por seu corpo, conforme demonstrado no laudo pericial em anexo.
Quando questionada sobre o que teria acontecido, depois de muita
insistência, xxxxxxxxx relatou à genitora que enquanto brincava com o filho de sua madrasta, teria por descuido quebrado o seu brinquedo, e por este motivo o seu genitor xxxxxxxx teria a trancado em um quarto e iniciado as agressões com chineladas, o que causou temor e extremo abalo psicológico à menor.
No dia seguinte, a genitora e a menor dirigiram-se até a Delegacia de
Proteção a Criança xxxxx, e registraram o boletim de ocorrência n. xxxxxxxxxxx, em seguida foram encaminhadas ao IGP, onde foi realizado o laudo pericial n. xxxxxxxxxx, em que foram observados: “equimoses violáceas em nádega esquerda e coxa esquerda. Equimose violácea pequena em região supraclavicular esquerda.” Conforme laudo pericial em anexo.
Após esta brutalidade, não houve nenhum esforço do genitor para
reencontrar a sua filha e conversar sobre o ocorrido. No dia 11 de junho de 2022, seria o seu final de semana com a menor, quando perguntado, agiu com total descaso e se recusou a conversar com a xxxxxxx por telefone e a encontrar. Conforme imagens em anexo:
Figura 1Imagem extraída do aplicativo "WhatsApp".
Figura 2Imagem extraída do aplicativo "WhatsApp".
A convivência familiar é um dos direitos fundamentais assegurados às
crianças e adolescentes, tendo sido consagrado pela Constituição Federal de 1988, baseado na Declaração da Organização das Nações Unidas. Assegurando dessa forma o direito de visita à manutenção de outros direitos e garantias fundamentais, especialmente nos laços afetivos entre visitante e visitado.
Entretanto, quando dessa convivência são acarretados tipos de
violência, esse instituto da convivência familiar, qual seja, o direito de visitas que os genitores possuem em relação aos seus filhos, deve ser mitigado ou até mesmo suspenso quando melhor atender aos interesses psíquicos e físicos da criança que é a parte mais frágil dessa situação.
Nesse sentido, o que deve ser resguardado é o interesse da menor
xxxxxxxxxx, devendo ser proibido que esta conviva em ambientes que acarretem prejuízos para a mesma, sendo alguns desses prejuízos por vezes irreversíveis.
Destarte, requer que seja suspenso o direito de visita do genitor
xxxxxxxxxxxx, ora requerido, por ser um pedido formulado pela própria menor, bem como, pelos fatos já expostos, por seu despreparo, instabilidade emocional, comportamento agressivo e histórico de violência. Devendo o mesmo buscar recurso terapêutico visto suas enfermidades psicológicas, resguardado direito de visitas posterior ao tratamento e realização de estudo social.