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Canais iônicos
Cada cor representa uma subunidade. Em uma
Formam poros na membrana que permitem a
delas há uma sequência proteica sensível à
movimentação de íons a favor do gradiente de
variação de voltagem, fazendo com que o canal se
concentração. Possuem 4, 5 ou 6 subunidades e
abra/feche por causa disso.
são seletivos. Os de 6 são menos.
Abertos por ligantes ou receptor ionotrópico:
A seletividade do canal se baseia:
• Na composição proteica: determinada a
partir de uma carga catiônica ou aniôca;
• No tamanho do poro formado pelas
subunidades.
Ligante externo, pois entra na fenda sináptica e
chega ao receptor
Já as cél. excitáveis, além dos canais de vazamento Não é a diferença entre o meio intracelular e
e da bomba, têm outros mecanismos (como canais extracelular que é responsável pela
voltagem dependente, abertos por ligante) que, eletronegatividade da membrana, mas a
dependendo do estímulo, entram em movimentação dos íons (deixando a cél mais + ou
funcionamento e mudam o potencial de mais -).
membrana. Quando isso acontece, há um
potencial de ação. Excitabilidade celular
São os processos que modificam a carga celular.
As células excitáveis são os neurônios, as das
Quando um neurotransmissor se liga ao seu
glândulas e dos músculos (mee e ml).
receptor em uma célula receptora, faz com que
canais iônicos se abram ou se fechem. Isto pode
produzir uma mudança localizada no potencial da
membrana da célula receptora.
Em alguns casos, a alteração torna a célula alvo
mais propensa a disparar seu próprio potencial de
ação. Neste caso, a mudança no potencial de
membrana é chamada de potencial excitatório
pós-sináptico, ou PEPS.
Em outros casos, a mudança torna a célula alvo
menos propensa a disparar um potencial de ação
e é chamada de potencial inibitório pós-sináptico,
O potencial de membrana muda o potencial de ou PIPS.
eq? Um PEPS é despolarizante: torna o interior da
O que determina a mudança de voltagem na célula mais positivo, trazendo o potencial de
célula? membrana mais perto de seu limite para disparar
Se a célula está eletronegativa (do lado de fora é um potencial de ação. Às vezes, um único PEPS não
zero e no de dentro é negativo – em torno de -70 é grande o suficiente para trazer o neurônio ao
mV), está polarizada. limite, mas ele pode se somar a outros PEPSs para
desencadear um potencial de ação.
Os PIPSs têm o efeito oposto, ou seja, eles tendem
a manter o potencial de membrana do neurônio
pós-sináptico abaixo do limiar de disparo de um
potencial de ação. PIPSs são importantes porque
podem neutralizar, ou anular, o efeito excitatório
dos PEPSs.
1. Potenciais excitatórios ou inibitórios pós-
sinápticos (PEPs ou PIPs). Acontece nos
neurônios.
Nos dendritos, existem canais abertos por
ligantes, por T e por estiramento. Ao serem
ativados, esses canais promovem pequenos
abalos no pontecial pela passagem dos íons. Os PIPs envolvem canais de cloreto e potássio, ou
seja, sempre será feito por hiperpolarização.
2. Potenciais de ação.
Evento global que acontece quando a somação dos
PEPs/PIPs chega a um valor de +/- 15 mV (-70 a -55
mV), fazendo com que todos os canais de Na+ e K+
voltagem dependentes no cone axonal/axônio de
Hillock (região na qual os sinais das células são
iniciados) se abram. Porém, os canais de Na+
possuem uma cinética maior, o que causa uma rápida
despolarização. Quando os canais de Na+ se fecham,
Todo potencial de ação sempre vai envolver os
os de K+ abrem, fazendo com que muito potássio saia
canais voltagem dependentes para sódio e
do meio intracelular, promovendo uma
potássio. Qualquer problema nesses canais
repolarização. Como os canais de potássio demoram
resulta em sérios riscos à fisiologia neurológica e
física do indivíduo.
Os canais são independentes, então se os canais
de Na, por exemplo, forem inibidos (abaixo, o
inibidor é o TTX), os de potássio continuam
funcionando. Nesse caso, haverá apenas a
hiperpolarização:
Características do P.a
• Lei do Tudo ou Nada: o potencial de ação só
acontece se o estímulo for intenso o suficiente
para excitar o neurônio. Se não for, nada acontece
“(comigo é 8 ou 80)”. Com os potenciais pós-
sinápticos inibitórios e excitatórios acontece uma
somação, uma vez que só conseguem transmitir a
informação à base de estímulos (quanto mais,
mais longe vai). A somação no P.A não acontece
porque não depende da quantidade de estímulos
que chegam, mas da variação suficiente da
voltagem. Com a somação dos PIPs e PEPs haverá
uma frequência para o P.A:
podem acontecer em qualquer lugar da
membrana (sinapses):
Doenças desmielinizantes
Morte dos oligodendrócitos = falta de produção de
mielina no SNC = problema no salto da
transmissão do impulso com alta frequência.
Doenças como esclerose múltipla, leucodistrofias,
neurite óptica, leucoencefalopatia multifocal
progressiva, mielite transversa e doença de Devic
são exemplos.
Mecanismo de Exocitose
Membrana pré sináptica recebe o P.A > resulta
numa resposta química > canais VD para Ca2+ se
abrem > mobilização de Ca para a membrana pré
sináptica (variando a quantidade de acordo com a Tanto a mobilização quanto a fusão são
frequência do P.A) > fusão da membrana celular dependentes de cálcio.
neuronal com a membrana da vesícula: Modelo da transmissão sináptica
1) Transporte ou captação do precursor;
2) Síntese do neurotransmissor;
3) Armazenamento em vesículas;
4) Liberação por exocitose;
5) Ação em receptores;
6) Eliminação: recaptação, degradação
enzimática e difusão.
Integração sináptica
Sinapse é o nome dado à comunicação entre um Existem interações entre os dois tipos de sinapses.
neurônio e: A química manda infos que regulam a elétrica, por
a. Outro neurônio; exemplo quando a liberação de glutamato pela
sinapse química altera a permeabilidade e a forma
dos conéxons das sinapses elétricas.
Amplificação do sinal:
Receptores ligados a canais iônicos são muito
➢ Metabotrópicos – receptores ligados a rápidos, porém restritos. Receptores ligados à ptn
segundos mensageiros. Estão em maior G permitem amplificação do sinal (modulação).
quantidade que os ionotrópicos no organismo. 6) Eliminação: após cumprir o seu papel na fenda
Cada subunidade tem sete domínios e a proteína sináptica, o NT precisa ser removido. Para isso,
G com três unidades acoplada ao domínio existem três mecanismos modulatórios (reduzem
intracelular. A ptn G ativa diretamente um canal o tempo e a quantidade de NT disponível na fenda
ou ativa uma cascata enzimática. Ciclo da ptn G: sinápt.):
• Degradação enzimática: na fenda existem
enzimas que fazem a degradação do NT.
Localização das enzimas de degradação:
• Difusão – gradiente de concentração;
• Recaptação, feita por um transportador No reflexo patelar, um mesmo estímulo vai fazer a
específico, principalmente pela cél. pré-sináptica. ativação de uma área e a inibição de outra. Para
Muitas drogas atuam sobre esse mecanismo, ativar uma região, o neurônio tem que ativar
impedindo-o. O glutamato, a GABA e a Glycina, ao diretamente o neurônio do m. quadríceps. Porém,
contrário dos demais NTs, são recaptados por para conseguir a extensão da perna, é preciso
células da glia. contrair os agonistas e relaxar os antagonistas,
então ele precisa inibir os neurônios dos m.
Integração dos estímulos semitendinoso e m. semimembranoso ao mesmo
tempo que estimula o do quadríceps.
Os estímulos – fracos ou fortes – promovem a
A integração, portanto, é feita por meio da
chegada de potenciais pós sinápticos de acordo
ativação de vias inibitórias e excitatórias.
com a intensidade, que leva à uma frequência de
P.A alta ou baixa, determinando uma liberação de
NT alta ou baixa, levando ao SNC a informação
Tipos de circuitos neuronais
para a interpretação de estímulo fraco ou forte.
O P.A tem frequência em vez de amplitude por ter um A. Mecanismos de excitação – um neurônio
limiar para acontecer. Independente do estímulo, excitando outro(s);
alcançando o limiar, o P.A vai acontecer. As únicas B. Mecanismos de inibição – um neurônio
coisas que o estímulo interfere, além de alcançar ou inibindo outro(s);
não o limiar, é a frequência do P.A e a quantidade de C. Mecanismos convergentes (vários
NT liberado na fenda sináptica. neurônios atuam sobre um neurônio) e
divergentes (um neurônio atua em vários);
Integração sináptica D. Mecanismo de inibição lateral – um
neurônio bloqueia os neurônios
Como os neurônios podem integrar milhões de adjacentes lateralmente;
estímulos?
E. Mecanismo de feedback ou recorrente
inibitório – célula excitada inibe sua
própria excitação pela célula que a ativou;
inibição de vários neurônios gerais
(recorrente);
F. Mecanismo de feedback ou recorrente
excitatório – neurônio excitado atua
excitando o neurônio que promoveu sua
excitação; excitação de vários neurônios
gerais (recorrentes).
nTs principais
Clássicos (a célula só produz um desse tipo, mas
pode produzir um clássico e outro da classe
“outros NTs”):
• Acetilcolina;
• Monoaminas
o Catecolaminas (dopamina,
noradrenalina);
O circuito excitatório do glutamato abre canais de
o Indolaminas (serotonina);
Na e Ca. A representação dos neurônios acima da
o Aminoácidos (glutamato, GABA).
imagem mostra a transmissão do sinal de um
Outros NTs: neurônio para outro, até chegar no neurônio de
• Peptídeos; cor preta. É importante lembrar que esses
• Gases. neurônios recebem informações de muitos outros,
mas o desenho quis ilustrar apenas esses três para
facilitar a didática no papel glutamatérgico.