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PHDA em sala de aula

A Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) é um dos


problemas de comportamento mais comuns na infância, com uma incidência
entre 3 e 7% das crianças. Isso significa que, em média, existe, pelo
menos, uma criança com esta problemática em cada sala de aula.

Coloca-se, então, aos professores o problema de “como fazer estas crianças


aprenderem?”

Sem dúvida, a colaboração da família é sempre muito importante na


interação com a escola – a ligação próxima entre casa e escola mostra-se
fundamental na implementação de qualquer estratégia. Como é na escola
que a criança passa a maior parte do seu dia e é também aí que lhe são
exigidas maiores competências ao nível da concentração, da estabilidade,
da necessidade de ficar sentada e atenta durante longos períodos de tempo,
é neste contexto que os problemas de comportamento e as dificuldades de
aprendizagem podem surgir.

No seu dia a dia com estas crianças os professores e educadores devem ter
em consideração algumas estratégias e alguns conhecimentos que podem
ajudar na relação ensino/aprendizagem:

 É fundamental estar informado sobre as características desta


problemática, para poder entendê-la e fazer frente aos desafios que
se colocam;
 Professores informados poderão ajudar melhor as famílias e até,
serem eles próprios a alertar para o problema e referenciá-lo para os
serviços competentes;
 Em sala de aula é muito importante manter a disciplina e os limites
bem definidos. Por vezes, é também necessário ser tolerante mas
dentro dos limites estabelecidos. O aluno deve saber com clareza o
que se espera dele e do seu comportamento!
 Professores e pais devem estar sempre em consonância de
estratégias e em aliança.
 O professor deve usar o reforço positivo, o elogio sempre que o aluno
tem comportamentos adequados e se esforça para cumprir as regras
ou realizar as tarefas de forma adequada. Se o comportamento é
adequado deve ser incentivado!
 Os alunos com PHDA devem ficar perto do professor e de colegas que
tenham comportamentos adequados e positivos e afastados de
factores distratores, como janelas, colegas conversadores e locais de
passagem;
 O professor deve solicitar frequentemente a participação do aluno na
aula, dando-lhe indicações e fazendo chamadas de atenção, como
forma de o “despertar” para a aula;
 Geralmente, conseguem-se melhores resultados com estes alunos, se
se utilizar uma linguagem assertiva, firme e simples, num tom baixo
e afetuoso;
 Devem-se dividir as tarefas maiores ou mais complexas em partes
mais curtas, para que o aluno tenha a noção de que conseguiu
terminar cada tarefa e não se sinta frustrado;
 O professor deve certificar-se de que o aluno compreendeu a tarefa
que lhe foi dada;
 Pode ser positivo construir com o aluno uma agenda com as suas
tarefas escolares e extra-escolares, bem como um horário de estudo;
 Para as crianças com elevada hiperatividade, pode ser positivo poder
sair da sala de aula por alguns instantes, o que poderá diminuir a sua
distracção e agitação;

Não existem soluções únicas ou mágicas para lidar com os alunos


com PHDA, no entanto, a colaboração com os pais e o empenho de
ambas as partes, poderão ajudar muito estas crianças e jovens a
orientarem o seu presente e o seu futuro.

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