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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DAS PILHAS E BATERIAS

Para que haja total compreensão a respeito do funcionamento e das estruturas que
abrange as pilhas e baterias, é primordial rever a definição de alguns de conceitos,
como energia química, e posteriormente as reações de oxirredução.
Portanto, podemos entender o conceito de energia química como a energia potencial
gerada pela configuração de átomos ou moléculas, ou seja, energia armazenada em
átomos ou moléculas e modificada durante reações químicas. Como consequência
deste conceito, podemos estabelecer que quando mudamos a configuração estrutural
das substâncias químicas, teremos uma mudança no conteúdo energético novas
substâncias formadas.
Também é importante ressaltar que a energia química pode ser transformada em
diversos outros tipos de energia: térmica, luminosa e elétrica.
Para entendermos melhor o funcionamento das pilhas e baterias, este estudo será
focado na transformação da energia química em energia elétrica. Então a partir dessas
considerações pode se pressupor que tanto as pilhas e baterias são dispositivos
capazes de armazenar essa energia química, e consequentemente, transforma-la em
energia elétrica.
Para respondermos melhor essa transformação de energia, o conceito de reação de
oxirredução é essencial.
As reações de oxirredução envolvem a transferência de elétrons entre as espécies
químicas, o que é evidenciado pela mudança no número de oxidação (nox) dos
participantes da reação.
Podemos observar exemplos desse tipo de reação no dia a dia, com a combustão, a
fotossíntese e a formação da ferrugem. A oxirredução consiste na ocorrência
simultânea dos processos de oxidação e redução:

 Oxidação: resulta na perda de elétrons e aumento do nox.

 Redução: resulta no ganho de elétrons e diminuição do nox.


Conforme o elemento que recebe ou doa os elétrons temos as seguintes
denominações:

 Agente redutor: aquele que sofre oxidação, provoca a redução e aumenta o


seu número de nox. É o que perde elétrons.

 Agente oxidante: aquele que sofre redução, provoca a oxidação e diminui o


seu número de nox. É o que ganha elétrons.

É possível entender esses conceitos a partir do seguinte exemplo:


Fonte:Graduação em quimica,2016.

No exemplo dado, o zinco (Zn) sofreu oxidação e perdeu 2 elétrons. Por isso, seu nox
aumentou e passou de 0 para +2. O cobre (Cu) sofreu uma redução e ganhou 2
elétrons. Portanto, seu nox diminuiu e passou de +2 para 0. O zinco é um agente
redutor porque doou elétrons para o cobre e, assim, promoveu a sua redução. Já o
cobre participou da reação como agente oxidante porque ao receber os elétrons do
zinco fez com que o metal se oxidasse.
Dessa forma, podemos apresentar que basicamente uma pilha tem a seguinte
estrutura: dois eletrodos metálicos imersos em um condutor elétrico. A ddp em uma
pilha é gerada por conta das reações de oxirredução que foram apresentadas.
Em um dos eletrodos, elétrons são gerados por meio de reações de oxidação, criando
um acúmulo de cargas negativas em um ponto da célula galvânica. É esse acúmulo de
elétrons que cria uma disparidade de potencial elétrico dentro do sistema. Com a
diferença de potencial, os elétrons migram ordenadamente para o outro eletrodo,
acumulando-se na sua superfície e propiciando reações de redução.
Esse processo continua até que a massa do eletrodo em que ocorreu a oxidação
acabe, cessando assim a reação química.
Para entendermos melhor o funcionamento da pilha, podemos ver a pilha de Daniell,
desenvolvida pelo químico e físico britânico John Frederic Daniell em 1836.
Na pilha representada, o eletrodo
(placa) de zinco está imerso em
uma solução de sulfato de zinco
(ZnSO4), enquanto o eletrodo de
cobre está imerso em uma solução
de sulfato de cobre II (CuSO4).
Essas soluções estão separadas,
porém conectadas por um fio
metálico condutor. O sistema é
completado pela ponte salina, um
tubo de vidro em U que contém
uma solução salina com íons que
não participam do processo.

Quando tudo está conectado, o zinco começa a sofrer o processo de oxidação,


transferindo os elétrons gerados para o fio metálico. Esses elétrons acumulam-se na
superfície do eletrodo de cobre, atraindo assim os íons Cu2+ presentes na solução,
logo temos a redução desses íons na superfície metálica.
Esse sistema gera uma diferença de potencial, a qual é suficiente para acender uma
pequena lâmpada. Ao perceber a lâmpada acesa, temos a certeza de que está tendo a
passagem de corrente elétrica no sistema.
Com o passar do tempo, como o zinco metálico vai se transformando em Zn2+,
podemos perceber que o eletrodo de zinco tem sua massa reduzida a medida que se
oxida, ao passo que, como os íons Cu2+ vão se transformando em cobre metálico,
podemos perceber que o eletrodo de cobre tem sua massa aumentada.
O eletrodo de zinco, em que ocorre a reação de oxidação, é chamado então de
ânodo. Já o eletrodo de cobre, em que ocorre a reação de redução, é chamado de
cátodo. Dessa forma
Referencias:
Projeto Escola e Cidadania (PEC). Pilhas e baterias: energia empacotada, Editora do Brasil, Rio
de Janeiro, 2000.
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/pilhas.htm
https://naciencias.blogspot.com/2010/11/eletroquimica.html

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