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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 · ESTADO · JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA · DIREITO CONSTITUCIONAL · DIREITO PÚBLICO

A repartição de competências na Constituição Federal de 1988

jusbrasil.com.br
10 de Março de 2023

A repartição de competências na Constituição Federal de


1988

Samuel Marques Pinheiro da Silva e Igor da Silva Costa

Publicado por Samuel Marques Pinheiro da Silva há 4 anos  3.381 visualizações

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa analisar a distribuição das competên-


cias na Constituição de 1988. Objetiva informar o leitor quanto
às suas divisões no âmbito da União, dos Estados e dos Municí-
pios, bem como seus limites e suas aproximações. Apresentando
modelos em linhas gerais de divisão em sua forma dual e coope-
rativa. Posteriormente, analisamos as competências privativas
ou exclusivas da União, as remanescentes dos Estados, as priva-
tivas dos Municípios e por fim as matérias comuns e as
concorrentes.

De início, identificamos que a presente Constituição em seu pri-


meiro artigo já demonstrou cuidado ao prescrever o princípio
do Federalismo como norteador de todo o nosso ordenamento
jurídico. Sendo belo de se observar que essa divisão exauriu-se
em três partes, sendo a União, os Estados e os Municípios.

De fato, a divisão em entes federados, adotada pelo Estado Bra-


sileiro, gera repartições de competência na teoria e também na
prática. Essa repartição proporciona certa autonomia uns para
com os outros. Desse modo, cada um dos entes ali discrimina-
 CURTIRdos – União, Estados e Municípios – possui suas repartições de-  
COMENTAR
vidamente conferidas, com o poder de se organizar e de norma-
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A repartição tizar
de competências
seus atos,na Constituição
numa Federal
espéciede 1988
de organismo altamente
complexo.

No entanto, é válido salientar que ao adotar o sistema federado,


esses poderes conferidos, que serão abordados mais adiante, en-
contram limites na Constituição pátria, que certamente disci-
plina cada uma das matérias de competência e de atuação.
Sendo oportuno destacar que, na verdade, o que ocorre é uma
divisão equilibrada na qual se atribui a cada ente liberdades e ao
mesmo tempo limites nos seus âmbitos de atuação e em seus
poderes. Em que pese a constatação não se mostra possível a
sua dissolução, tendo e vista que o diploma legal prescreve sua
indissolubilidade.

No entendimento do ilustre jurista Silva (2002, p. 494), o poder


em suas palavras pode ser entendido como “a porção de maté-
rias que a Constituição distribui entre as entidades autônomas e
que passam a compor seu campo de atuação governamental,
suas áreas de competência”. Essa competência discriminada
também em suas palavras pode ser compreendida como a situa-
ção onde se limita determinado âmbito de atuação de poder que
se admite no exercício das atribuições de um órgão ou entidade
estatal, conforme a especificação de matérias sobre as quais se
exerce o poder de governo.

2. O MODELO CLÁSSICO E O MODELO MODERNO

Esses dois modelos são respectivamente entendidos como fede-


ralismo dual e federalismo cooperativo, que em um viés prático
compõem o modelo vertical e horizontal de divisão de compe-
tências, que será abordado nas próximas linhas.
Em se tratando de modelo clássico, o crédito pode ser conferido
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A repartição à
demaior
competências na Constituição
potência do mundo,Federal de 1988Unidos da América, que
os Estados
o foi o seu precursor já entre os séculos XVIII e XIX. Posterior-
mente, esse modelo foi difundido pelo mundo onde encontra-
mos a atuação da repartição horizontal de competências.

De fato, nota-se que essa separação se dá ao atribuir a cada um


dos entes federativos áreas específicas de atuação que se deno-
minam competências privativas ou exclusivas, numa verdadeira
repartição material. Em se tratando de normas privativas ou ex-
clusivas verificamos que o sistema brasileiro também fez jus a
divisão ao incorporar esse modelo no cenário nacional.

No modelo clássico americano, é válido destacar que as compe-


tências da União estão expressamente registradas na carta cons-
titucional, enquanto aos Estados se atribuem todas as não atri-
buídas à União ou não proibidas àqueles, recebendo essa espé-
cie de competência “competência remanescente”. Com o obje-
tivo de impedir uma possível supressão dos Estados, o a União
americana entendeu por limitar o Governo Federal a uma lista
específica e enumerada de poderes enquanto reservava ao resto
dos Estados as demais prescrições. Esse limite é bem acentuado,
com linhas gerais de atuação muito bem traçadas. Tendo em
vista essa separação entre os entes federativos, onde um não
participa das atuações do outro, é que se tem o chamado o mo-
delo federalista dual.

Dito isso, passemos para o modelo que se encontra do outro


lado da moeda, o federalismo cooperativo, tendo sido frequente
sua aplicação no período pós-primeira guerra mundial. Se no
outro modelo tínhamos linhas estanques e bem definidas, neste
estabelecemos uma atuação coordenada onde uma matéria pode
ser apreciada por todos os entes numa relação de completude,
numa distribuição orgânica e funcional. É salutar observar que
nesse modelo surgem as chamadas competências concorrentes e
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A repartição comuns.
de competências
Comonaexemplo,
Constituição Federalrespectivamente
temos de 1988 o poder de le-
gislar e de administrar.

A esse fenômeno dá-se o nome de federalismo cooperativo, que


se reveste de uma situação onde há uma maior aproximação en-
tre os participantes da Federação. Nos Estados Unidos, identifi-
camos que a legislação constitucional não é teto, mas sim o piso
para as complementações. Nesse sentido, identificamos, por
exemplo, que várias leis penais são diferentes em determinados
Estados tendo em vista que o poder de legislar sobre o direito
penal fica a cargo de cada um, numa relação de completude com
o direito constante na Constituição.

3. AS COMPETÊNCIAS NA CONSTITUIÇÃO

Fato é que a Constituição de 1988 ganhou o status de constitui-


ção cidadã pelas suas diversas garantias e direitos arrolados,
tendo em vista a intenção de não voltar ao passado do autorita-
rismo, mas se projetar para o futuro, com olhares garantistas,
consolidada a redemocratização brasileira. Nessa senda, tendo
em vista o histórico de concentração dos poderes na figura do
governo central, principalmente nos anos anteriores à sua pu-
blicação, se mostrou um avanço para a organização do Estado e
da democracia a sua divisão em um sistema federalista verda-
deiro e autêntico onde as normas contidas no texto constitucio-
nal tivessem uma real aplicação, se expandindo para além das
fronteiras de um mero papel.

Essa divisão passa então a culminar também em uma divisão de


poderes, organização e funcionamento aqui entendida em sen-
tido lato, que gerou na prática um complexo sistema de reparti-
ção de competências.
É de entendimento praticamente unânime que o princípio nor-
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A repartição teador
de competências na Constituição
da repartição Federal de 1988
das competências
é o da predominância
dos interesses. Ensinam, quanto a isso, Mendes, Coelho e
Branco que “se o critério da colaboração não vingar, há de se co-
gitar do critério da preponderância de interesses. Mesmo não
havendo hierarquia entre os entes que compõem a Federação,
pode-se falar em hierarquia de interesses, em que os mais am-
plos (da União) devem preferir aos mais restritos (dos Estados)”
(LENZA, 2018, p. 472 apud BRANCO; COELHO; MENDES,
s.d., p. 820).

Nesse sentido, cabe à União analisar matérias de interesse naci-


onal, enquanto competem aos Estados as matérias de interesse
regional ou estadual e aos Municípios as matérias de interesse
local. Essa é a receita e o ponto de partida da análise de toda a
matéria de competências.

3.1. A repartição vertical e horizontal de competências

Destarte, podemos comentar que a Constituição adotou tanto a


repartição vertical quanto a horizontal de competências. Ao pri-
meiro modelo, como já indicia seu nome, há uma relação onde
ocorre uma atuação concorrente dos participantes, onde se en-
contram domínios comuns que proporcionam uma atuação con-
junta, harmônica e cooperativa de completude entre a União,
Estados, e Municípios. No âmbito legislativo, por exemplo,
constata-se preliminarmente que a União se volta, num exem-
plo não exaustivo, para princípios norteadores de todo arca-
bouço jurídico e regras gerais, enquanto os Estados complemen-
tam essas normas em suas legislações, sempre tomando como
parâmetro também o mandamento maior, a Carta Magna.

Portanto, pode-se verificar um tangenciamento entre os entes


federados numa relação de aproximação e completude. Pode-
mos extrair também que a legislação atribuiu a competência de
algumas matérias exclusivamente ou privativamente à União,
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A repartição sendo
de competências
possívelna Constituição em
a delegação Federal de 1988 específicas.
situações

O outro modelo adotado no Brasil e presente em nossa Consti-


tuição Federal é o modelo horizontal, no qual não se afere a con-
corrência conforme analisado linhas acima. Desse modo, cada
ente exerce suas atividades nos limites que a própria constitui-
ção impõe, ou seja, constata-se que há uma rigidez maior, não
havendo uma relação de subordinação mas sim de atuação con-
forme a sua atribuição conferida pelo texto legal.

Outro ponto a ser destacado e válido de se salientar é que a dis-


tribuição dos poderes nesse modelo pode se dar de 3 modos.
Inicialmente, numa ordem crescente e esquematizada identifi-
camos um rol taxativo de competências de cada ente que com-
põe a Federação. Posteriormente, enumeram-se as competên-
cias de prerrogativa da União, enquanto aos Estados que com-
põem a estrutura se reservam as competências residuais ou não
listadas. A conclusão que se chega no modelo horizontal é a pro-
moção de um certo distanciamento entre a União, os Estados e
Municípios, por distribuir as competências de forma rígida onde
não se observa uma interferência de uns para com os outros.

Em que pese o comentário, a divisão nesses dois modos se mos-


tra oportuna na medida em que tende a formar um pêndulo em
equilíbrio, sendo possível hora um ou outro modo de análise e
de ponto de vista.

4. A DIVISÃO DE COMPETÊNCIAS NA CONSTITUIÇÃO


DE 1988

A Constituição Federal enumerou as principais competências da


União nos arts. 21, 22, 23 e 24 de seu texto, sendo divididas em
materiais exclusivas, privativas legislativas, materiais comuns e
legislativas concorrentes. Não são, todavia, as únicas, tendo em
vista que o rol elencado por esses artigos é exemplificativo e ou-
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A repartição tras
de competências na Constituição
são estabelecidas Federaldo
ao longo de 1988
texto constitucional (MAS-
SON, 2016, p. 521).

4.1. As competências materiais exclusivas da União

No que diz respeito às competências exclusivas e privativas da


União, elas podem possuir caráter administrativo (art. 21) ou le-
gislativo (art. 22). Ensinam Marcelo Alexandrino e Vicente
Paulo que naquelas a União deverá “atuar com absoluta exclusi-
vidade, não havendo, sequer, autorização constitucional para a
delegação a outros entes federativos. Sua principal característica
é, pois, a indelegabilidade.” (ALEXANDRINO; PAULO, 2015, p.
353).

Decorre disso que os demais entes federados não possuam auto-


rização constitucional para suprir qualquer omissão da União
no que diz respeito à efetivação de medidas concernentes a essa
espécie de competência.

Importa ressaltar a questão da autonomia do Distrito Federal


no que diz respeito às competências materiais. Percebe-se que
essa é mitigada, na medida em que se caracteriza como uma
“autonomia regrada (tutelada) pela União, afinal o DF não orga-
niza, tampouco mantém, certas instituições que funcionam em
seu território, como as polícias, civil e militar, seu corpo de
bombeiros militar, o Poder Judiciário e Ministério Público”
(MASSON, 2016, p. 524).

Paulo Mohn (2016, pgs. 221 e 222) divide as competências ma-


teriais exclusivas da União em três agrupamentos gerais: (1) Au-
toridade do Estado no plano internacional, guerra e paz, e de-
fesa do território; Proteção da ordem constitucional em momen-
tos de crise; Moeda e câmbio; (2) Distrito Federal; Serviços ofi-
ciais; e (3) Planos de ordenação do território e de desenvolvi-
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A repartição mento
de competências
econômicona Constituição
e social,Federal de 1988
calamidades públicas, desenvolvi-
mento urbano.

4.2. As competências legislativas privativas da União

Acerca das competências legislativas privativas da União, tra-


tam estas da atribuição de legislar sobre determinados temas e
se encontram, em princípio, no art. 22 da Carta Magna. Quanto
à delegabilidade dessas competências, ensina Nathalia Masson
(2016, p. 526) que são atribuições delegáveis, pois o parágrafo
único do art. 22 estabelece expressamente sua delegabilidade
(embora o termo “privativo” seja um indicativo de delegabili-
dade). Ainda faz a autora uma crítica à ideia de que se pode as-
sociar imediatamente, no que diz respeito ao texto constitucio-
nal, privatividade a delegabilidade, uma vez que a Carta Consti-
tucional de 1988 denomina em diversos momentos como priva-
tivas atribuições claramente indelegáveis.

Paulo Mohn (2016, p. 224) relaciona as competências materiais


às legislativas da União, uma vez que a execução da atribuição
material depende de previsão legal para se realizar.

4.3. As competências remanescentes dos Estados

Novamente, temos aqui a figura da atribuição remanescente do


Estado. Note-se que o artigo 25, § 1º, nos mostra que toda a
competência que não seja vedada pela Constituição pode ser
aplicada ao Estado. Historicamente, estes se apropriavam das
competências que não eram exercidas pela União, no entanto
com o surgimento de um novo ente federado (nesse caso, os
Municípios), essa visão teve de sofrer alterações. Nesse sentido,
a competência dos Estados se encontrava entre dois limites e
precisava ser analisada tanto em seu limite superior quanto
inferior.
Nessa senda, podemos entender que o Estado detém toda a
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A repartição competência
de competênciasque
na Constituição Federal de
não se encontra 1988
sobre
o domínio da União ou
dos Municípios, seja explícita ou implicitamente. A isso dá-se o
nome de competência remanescente dos Estados. Em que pese a
constatação, essa análise vale tanto para a parte legislativa
quanto material, tendo em vista que a Constituição não a
discrimina.

Acerca das competências atribuídas aos Estados, ensinam Gil-


mar Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco que

"maior parte da competência legislativa privativa dos Estados-


membros, entretanto, não é explicitamente enunciada na Carta.
A competência residual do Estado abrange matérias orçamentá-
rias, criação, extinção e fixação de cargos públicos estaduais, au-
torizações para alienação de imóveis, criação de secretarias de
Estado, organização administrativa, judiciária e do Ministério
Público, da Defensoria Pública e da Procuradoria-Geral do Es-
tado." (BRANCO; MENDES, 2017, p. 746).

Nesse ponto, é oportuno destacar a competência para explorar


os serviços de gás canalizado. De fato, interessa a todos os entes
federados essa exploração, mas para evitar conflitos a Constitui-
ção optou por conferir essa competência aos Estados, conforme
o parágrafo 2º, do mesmo artigo. Além dessa competência ma-
terial privativa, também se agrega aos Estados as competências
administrativas e financeiras.

Importa salientar que o surgimento dos Municípios se dá dife-


rentemente de como ocorria em constituições anteriores, se-
gundo as quais o Estado tinha o poder de criar Municípios e dis-
tritos. Isso atualmente não mais se verifica, agora cabendo aos
Municípios, que não obstante devem observar as Leis Estaduais
conforme disposto no art. 30, IV, da Constituição.
O que se confere agora aos Estados é a faculdade, mediante lei
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A repartição complementar,
de competências nade
Constituição
instituirFederal de 1988
regiões metropolitanas,
microrre-
giões, aglomerações urbanas e afins conforme o interesse pú-
blico e do desenvolvimento geral da localidade. Se antes era
conferido à União esse poder, agora é conferido aos Estados. No
âmbito dessa realidade, importa a convivência harmônica de in-
teresses e principalmente o diálogo entre os Estados e os
Municípios.

4.4. As competências privativas dos Municípios

Ensina Marcelo Alexandrino (2015, p. 367) sobre o tratamento


dado aos Municípios pela Constituição de 1988: “A Constituição
Federal de 1988 conferiu aos municípios natureza de ente fede-
rativo autônomo, dotado da capacidade de auto-organização e
autolegislação, autogoverno e autoadministração.”

Aos Municípios cabe a distribuição de competências que se rela-


cione com o princípio da predominância do interesse em maté-
ria local e não do interesse exclusivo, que na prática seria de di-
fícil constatação (MOHN, 2016, p. 230). Outrossim, é claro, há
as competências legislativas concorrentes que complementam a
legislação Federal e Estadual, conforme consta no art. 30 da
Constituição.

Em se tratando de competências materiais, ditas privativas do


Município, conforme já dito estas se encontram nos incisos do
referido artigo. No entanto, sendo um rol não exaustivo, essa
atribuição pode ser expandida para outros títulos, tendo em
vista o interesse em análise. Como exemplo pode-se citar, sem
exaurir todo o artigo, as competências tributárias, de criação e
organização dos distritos, organização de serviços públicos, aná-
lise de matérias relativas à saúde e educação, além da proteção
ao patrimônio público.
Essas matérias devem ser apreciadas logicamente em consonân-
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A repartição cia
de competências na Constituição
com as legislações Federal
estaduais bemde 1988
como a Constituição da Re-
publica Federativa do Brasil. Se antes a competência era do Es-
tado e isso a não muito tempo atrás, hoje a elevação do Municí-
pio ao status de ente federado gerou uma transferência da com-
petência no que era pertinente ao interesse local de analisar
questões e problemas peculiares a uma determinada região
tendo em vista a possibilidade de gerenciar melhor os recursos
para o desenvolvimento da localidade, possibilitando uma
maior transparência na administração dos recursos.

É primoroso ressaltar que o Município deve promover um uso


adequado dos solos e das riquezas minerais, proporcionando
uma adequada convivência do plano diretor com os planos naci-
onais e regionais que são de competência da União. Esse plano
diretor municipal é meio de análise da situação de determinada
localidade e disposição de parâmetros para o desenvolvimento
sustentável e expansão urbana de determinada localidade.

A competência tributária do Município não se mostra a mesma


da União e do Estado. Essa competência advém do poder confe-
rido pela Constituição de que a localidade crie seus próprios tri-
butos para que possam ser convertidos em benefício das pessoas
que ali residem. Não obstante, essa arrecadação deve ser trans-
parente e de acordo com as legislações tributárias a nível
nacional.

Quanto às demais competências, na verdade se mostram com


uma atuação comum de todos os entes federados, que são res-
saltadas para com os Municípios na tentativa de reforçar a atua-
ção específica que o âmbito municipal exerce nessas áreas. Na
educação, os Municípios devem a partir dos recursos oriundos
da União e dos Estados elaborar programas para serem conver-
tidos em benefícios ao ensino infantil e fundamental. Na área da
saúde, novamente identificamos a mesma situação, em que com
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A repartição o
deaporte
competências na Constituição
dos repasses dos Federal
demaisdeentes
1988 federados presta-se o
atendimento em conformidade com o Sistema Único de Saúde.

Para finalizar a análise das competências privativas dos Municí-


pios, temos a proteção ao patrimônio histórico e cultural local.
Com o objetivo de preservar os bens de valor histórico e relati-
vos à cultura do povo impedindo a sua destruição ou deteriora-
ção com o tempo, em conformidade com as Leis Estaduais e
Municipais. Desse modo, o rol do artigo 30 procura atribuir as
competências materiais em matéria municipal. Agregando as
competências privativas com parcelas comuns dos Municípios.

4.5. As competências comuns (materiais e


concorrentes)

A classificação entre poderes enumerados e remanescentes,


usualmente adotada, não é plenamente capaz e compreender
toda a complexidade da repartição de competências no Estado
federal brasileiro. Nesse sentido, há que se dizer que existem
não apenas competências exclusivas à União ou aos Estados,
mas também competências concorrentes entre esses.

A Constituição da Republica Federativa do Brasil fez distinção


entre as competências concorrentes materiais, ou comuns aos
três níveis da federação, e as competências concorrentes legisla-
tivas entre União e Estados (BRASIL, 1988, arts. 23 e 24).

4.5.1. Enumerando as competências comuns

A existência de competências materiais comuns aos níveis fede-


rativos requer desses entes um certo grau de cooperação a fim
de realizar as tarefas que lhes são determinadas. Como afirma
Paulo Mohn (2010, p. 232): “Se, por um lado, a competência co-
mum admite a capacidade de ação de todos os níveis federativos
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A repartição nos
de competências na Constituição Federal
domínios contemplados, de 1988
de outro exige a participação deles
no desempenho conjunto das competências.”

Numa explicação simples do tema, Fernanda Dias Menezes de


Almeida – nos Comentários à Constituição do Brasil – ensina
que em se tratando das concorrências materiais, “certas ativida-
des e serviços são atribuídos, também concorrentemente, a mais
de um titular, indicando o bom senso que deverá haver uma dis-
ciplina legal sobre o modo de exercê-los conjuntamente” (AL-
MEIDA, 2018, p. 1423).

Ainda assim, é importante salientar que a concorrência entre os


entes da Federação não pressupõe igualdade entre estes; da lei
decorrerá a delimitação da esfera de atuação na qual trabalhará
cada nível da Federação. Nessa senda, o que se percebe é a valo-
rização da participação da União em relação aos outros entes
federativos.

Ressalvada a exceção dos incisos I e X do art. 23, todas as de-


mais competências materiais se relacionam com a legislação
privativa da União ou com a concorrente – na qual a União dis-
põe sobre normas mais gerais e os demais entes, sobre normas
mais específicas às suas peculiaridades.

Por isso, ensina Mohn (op. cit., p. 232) que “é a União que, na
verdade, disciplinará a forma de atuação conjunta dos entes fe-
derativos, respeitados os contornos básicos da própria Consti-
tuição e das autonomias estadual e municipal.

O autor faz, ainda, perspicaz observação acerca da inteira sub-


missão à competência privativa de legislar pertencente à União
por parte da pesquisa e exploração de recursos hídricos e mine-
rais (BRASIL, 1988, arts. 23, XI, 22, IV e 22, XII). Na medida
em que a Constituição estabelece em seu art. 176 que os recur-
sos minerais e potenciais de energia hidráulica não se confun-
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A repartição dem
de competências
com o solo,na Constituição
no que tangeFederal de 1988
à sua utilização, assegura-se aos
Estados, Distrito Federal e Municípios a participação nos lucros
provenientes da exploração.

Ainda são competências materiais concorrentes baseadas em di-


retrizes que a União estabelece aquelas tratadas nos incisos V
(relaciona-se aos incisos XXIV do art. 22 e IX do inciso 24 e IX
do art. 23) e IX (relaciona-se ao inciso XX do art. 21 e ao inciso I
do art. 24). Essas competências se referem, respectivamente, à
educação e às condições habitacionais e de saneamento básico.
As demais competências materiais concorrentes se relacionam a
competências legislativas também concorrentes, nas quais cabe
à União estabelecer normas gerais e aos Estados e Municípios
dispor sobre normas suplementares.

4.5.2. Meios para cooperação

Importa dizer que o parágrafo único do art. 23 estabelece a fixa-


ção de “normas para cooperação entre a União e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.”, o que se
dará mediante leis complementares.

Acerca dessa previsão da criação de diversas leis complementa-


res para regulamentar a cooperação entre os entes federativos, o
autor Paulo Mohn faz uma crítica: a simples pluralidade de leis
complementares provavelmente não será “impulso suficiente ao
instituto porque a União, provavelmente, deverá preferir legis-
lar sobre os domínios comuns mediante leis ordinárias, cujo
quorum de aprovação é de maioria simples”. Essa menor com-
plexidade no quorum tende a tornar mais célere o procedimento
legislativo, porém torna-se desvantagem na medida em que as
normas não possuirão o caráter complementar tal qual previsto
no parágrafo único do art. 23.
Quanto aos limites da atuação legislativa da União, a própria
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A repartição Constituição
de competênciasFederal
na Constituição
fixa a Federal de 1988
autonomia dos Estados e dos Muni-
cípios. Decorre disso a incapacidade de lei complementar para
alargar ou mitigar as obrigações estaduais e municipais.

No que diz respeito à execução de serviços de forma cooperativa


entre os entes federativos, a Emenda Constitucional nº 19, de 4
de junho de 1998, bem como a Lei nº 11.107, de 6 de abril de
2005, estabelecem que esses podem disciplinar através de lei os
consórcios públicos e os convênios de cooperação entre si, per-
mitindo que a gestão seja compartilhada. Convênios de coopera-
ção seriam aqueles firmados entre entes de diferente espécie, e
consórcios públicos, entre os de mesma espécie. (MOHN, 2010,
p. 235).

4.6. As competências legislativas concorrentes

É ensinamento de Fernanda Dias Menezes de Almeida que, em


se tratando de competências legislativas, a técnica de comparti-
lhamento tem como pressuposto a atribuição de uma mesma
matéria, de forma concorrente, a titulares distintos. Nessa
senda, dividir-se-ia essa atribuição em níveis de especificidade:
a uma espécie de titular caberia estabelecer normas gerais e, a
outro, normas específicas ou particulares, numa repartição ver-
tical de competências (ALMEIDA, 2018, p. 1423).

4.6.1. Classificando as competências legislativas


concorrentes

Presentes no art. 24 da Constituição Federal, as competências


concorrentes para legislar possuem, não obstante seu caráter
colaborativo, ordem hierárquica segundo a qual, havendo con-
flitos legislativos, prevalecerá a União. Remanescentes são, por-
tanto, as competências legislativas dos Estados.
Segundo Mohn, existem duas espécies de competência legisla-
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A repartição tiva
de competências na Constituição
concorrente: Federal
a cumulativa, de 1988não existem limites pré-
quando
vios para o exercício da competência por parte dos entes federa-
tivos envolvidos, prevalecendo em caso de conflito a norma da
União; a não-cumulativa, que é repartição vertical, na qual há
correspondência entre o nível federativo e a generalidade das
normas, cabendo à União as mais gerais e aos Estados as mais
específicas.

4.6.2. Enumerando as competências legislativas


concorrentes

São competências listadas no rol do art. 24 as que versam sobre


Direito e orçamento; Produção consumo e comércio; Justiça e
assistência judiciária; Meio Ambiente, solo e recursos naturais;
Patrimônio cultural, turístico e paisagístico; Educação, cultura e
desporto; Previdência social e saúde; Pessoas portadoras de de-
ficiência; Infância e juventude; Polícia civil.

São novidades interessantes em relação à constituição anterior


as competências relativas à Justiça e assistência judiciária, que
se mostram um tema premente na atualidade. A adequação da
Constituição de 1988 à realidade do processo judicial no Brasil
foi merecedora de elogio. Acerca disso, Mohn escreve: “O res-
tante do grupo “Justiça e assistência judiciária” constitui inova-
ção, no sentido de uma maior adequação do processo judicial às
realidades estaduais” (MOHN, 2010, p. 238).

O maior avanço, entretanto, arrolado pelo autor, situa-se nos


campos do Meio Ambiente, solo e recursos naturais e Patrimô-
nio cultural, turístico e paisagístico, uma vez que a partir do es-
tabelecimento de concorrência legislativa nesses temas possibi-
lita aos Estados participar na preservação desses bens que, na
verdade, não poderiam ser adequadamente tutelados por nor-
mas redigidas genericamente pela União.
Vale dizer que o rol do art. 24 não é taxativo, havendo ao longo
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A repartição do
de competências na Constituição
texto constitucional Federal
outras de 1988 de competência legisla-
hipóteses
tiva concorrente.

4.6.3. Normas gerais e normas suplementares

Os parágrafos do art. 24 estabelecem que à União cabe legislar


sobre normas gerais, cabendo aos Estados editar legislação su-
plementar. Quando não existir lei federal acerca de tema, pode-
rão exercer os Estados plena competência legislativa para aten-
der às suas peculiaridades. Sobrevindo lei federal, suspende-se a
eficácia das normas estaduais no que lhe forem contrárias.

Normas gerais podem ser compreendidas como diretrizes; não


entram nos detalhes ou peculiaridades de determinadas regiões,
mas são uniformemente eficazes em todo o território nacional.
São um estágio entre as normas-princípios e as normas particu-
lares. Normas suplementares, por sua vez, complementam as
normas gerais no que lhes couber, promovendo efetiva eficácia a
estas e adequando a legislação às peculiaridades de cada região.

4.6.4. A competência suplementar dos Municípios

O art. 30 da Constituição da Republica Federativa do Brasil de-


termina que compete aos Municípios “legislar sobre assuntos de
interesse local” (BRASIL, 1988, art. 30, I) e “suplementar a le-
gislação federal e a estadual no que couber” (BRASIL, 1988, art.
30, II). Acerca disso, ensina Pedro Lenza que “tal competência
se aplica, também, às matérias do art. 24, suplementando as
normas gerais e específicas, juntamente com outras que digam
respeito ao peculiar interesse daquela localidade” (LENZA,
2008, p. 271).
Paulo Mohn, por sua vez, afirma que os entes municipais não
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A repartição estão
de competências na Constituição
enquadrados na divisãoFederal de 1988
vertical dada às competências le-
gislativas fixada pelo art. 24 da Constituição Federal. Sendo as-
sim, afirma, “no caso dos Municípios, a competência suplemen-
tar é cumulativa e, portanto, sujeita ao primado tanto da legisla-
ção da União quanto da legislação estadual.” (MOHN, 2010, p.
241).

Na visão de Mohn, portanto, mostra-se consideravelmente miti-


gado o espaço conferido ao Município para legislar.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diversos Estados possuem suas peculiaridades no que denota às


funções do Estado, e suas respectivas divisões. No Irã, por
exemplo, os alicerces da legislação estão em um direito teocrá-
tico; em França, por sua vez, não se tem a repartição de poderes
como um princípio, mas simplesmente divide-se funções num
Estado, e consequentemente separam-se poderes pelas divisões
feitas em suas atribuições (ALINYA; TOGH, 2016).

Embora seja um sistema complexo e com problemas inerentes,


o Federalismo brasileiro tem se desenvolvido ao longo do
tempo. Já era dito pelo professor Raul Machado Horta que o fe-
deralismo não se petrificou ou imobilizou no tempo, mas per-
manece a “florescer num processo de evolução” que, desde sua
época até os dias atuais, não se interrompeu.

Assim, há que se possuir esperanças quanto à maneira de legis-


lar em prol do pleno funcionamento das instituições da Federa-
ção, buscado contemporaneamente com base na promoção da
eficácia dos direitos fundamentais tanto em esfera coletiva
quanto em individual, bem como da harmonia funcional no
cumprimento das atribuições administrativas, jurídicas e políti-
cas do país.
REFERÊNCIAS:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 · ESTADO · JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA · DIREITO CONSTITUCIONAL · DIREITO PÚBLICO

A repartição de competências na Constituição Federal de 1988

ALINYA, Elham; TOGH, Moslem Aghaei. A Comparative


Study of the Competency and Authorities of Legislatu-
res in Iran, France and America. International Journal of
Humanities and Cultural Studies, January 2016.

BRANCO, Paulo Gustavo Gonet; MENDES, Gilmar. Curso de


direito constitucional / Gilmar Ferreira Mendes, Paulo
Gustavo Gonet Branco. – 12. ed. rev. e atual. São Paulo:
Saraiva, 2017.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República


Federativa do Brasil. 1988.

CANOTILHO, J. J. Gomes; MENDES, Gilmar Ferreira; SAR-


LET, Ingo Wolfgang; STRECK, Lenio (Coords.). Comentários
à Constituição do Brasil – 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

HORTA, Raul Machado. Problemas no Federalismo Brasi-


leiro. Belo Horizonte: Revista da Faculdade de Direito. Out.
1957.

LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado /


Pedro Lenza – 12. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Sa-
raiva, 2008.

MASSON, Nathalia. Manual de direito constitucional – 4


ed. rev., atual., e ampl. Salvador: Editora Juspodivm, 2016.

MOHN, Paulo. A repartição de competências na Consti-


tuição de 1988. Brasília: Revista de Informação Legislativa, a.
47 n. 187 jul./set. 2010.
PAULO, Vicente. Direito Constitucional descomplicado /
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 · ESTADO · JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA · DIREITO CONSTITUCIONAL · DIREITO PÚBLICO

A repartição Vicente
de competências
Paulo,na Constituição
Marcelo Federal de 1988
Alexandrino. - 14 ed. Rio de Ja-
neiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.

Disponível em: https://samuelmarquespinheiro.jusbrasil.com.br/artigos/697215732/a-reparticao-


de-competencias-na-constituicao-federal-de-1988

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