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Interpretação
JA N I N E S OA R E S D E O L I V E I R A
1. O tradutor trabalha com a palavra escrita, o intérprete com a
Problematizar palavra falada (?)
(A partir de 2. Uma vantagem do intérprete em relação ao tradutor, é que o
algumas falas seu trabalho desaparece quando o evento termina, enquanto
comuns) o trabalho do tradutor, impresso e publicado, permanecerá
indefinidamente. (?)
Visibilidade do tradutor
A atividade de tradução e interpretação tem como demanda inicial a barreira linguística entre os indivíduos,
e esse ofício traz contribuições significativas para o desenvolvimento e crescimento de muitas sociedades.
No Brasil calcula-se que a tradução interlingual representa cerca de 60 a 80% dos textos publicados e que
75% do saber científico e tecnológico provém das traduções, alimentando vários setores da vida nacional
Seleskovitch acrescenta ainda que a interpretação acontece numa velocidade “30 vezes maior”
do que o processo de tradução.
Conceitos gerais
Tradução – ato comunicativo intercultural realizado entre comunidades que possuem línguas, culturas e
vivências diferenciadas.
Tradução interlingual – ocorre entre comunidades com sistemas linguísticos e culturais distintos.
Tradução intralingual – ocorre entre comunidades que fazem uso do mesmo sistema linguístico e que
podem ou não compartilhar de um mesmo sistema cultural.
Tradução intersemiótica – ocorre através da interpretação de signos verbais por meio de signos de
sistemas de signos não verbais; por exemplo, quando um texto escrito é traduzido para o layout de uma
música, filme ou pintura.
Ainda é bastante usada em pequenos grupos, principalmente quando o evento envolve apenas
dois idiomas.
Tem papel preponderante no treinamento de intérpretes simultâneos, uma vez que nesse modo
se desenvolvem as técnicas que serão fundamentais para o desempenho da simultânea, tais
como a capacidade de compreensão e análise do discurso de partida.
Interpretação simultânea
A modalidade simultânea é a mais amplamente utilizada hoje em dia, embora só tenha se firmado no
pós-guerra, com as necessidades surgidas no Julgamento de Nuremberg, em que se utilizaram quatro
idiomas (inglês, francês, russo e alemão) e, quase que imediatamente a seguir, com a criação da
Organização das Nações Unidas, onde se utilizam seis idiomas oficiais (inglês, francês, espanhol,
russo, chinês e árabe).
Nessa modalidade, os intérpretes – sempre em duplas – trabalham isolados numa cabine com vidro,
de forma a permitir a visão do orador e recebem o discurso por meio de fones de ouvido.
Essa modalidade permite a tradução de uma mensagem em um número infinito de idiomas ao mesmo
tempo, desde que o equipamento assim o permita.
A interpretação simultânea não ocorre, de fato, simultaneamente à fala original, pois o intérprete tem
necessidade de um espaço de tempo para processar a informação recebida e reorganizar sua forma
de expressão.
Tipos de interpretação
Tipos de interpretação, em função de onde e quando ocorram:
interpretação de conferências
interpretação comunitária
interpretação em tribunais
interpretação na mídia
interpretação médica
Etc.
Percurso histórico – interpretação
Religioso
Colonização
Guerras
informação do inimigo
Acordos
negociações de paz
Julgamentos – Julgamento de Nuremberg dos criminosos de guerra alemães - quatro línguas principais: inglês,
francês, russo e alemão. (Coronel Leon Dostert, IBM)
ONU – 6 línguas de trabalho: inglês, francês, espanhol, russo, chinês [1946] e árabe [1973]
União Europeia – 24 línguas oficiais (https://www.europarl.europa.eu/about-parliament/pt/organisation-and-rules/multilingualism)
Referências bibliográficas
NOGUEIRA, Tiago Coimbra. Intérpretes de libras-português no contexto de conferência: uma descrição do
trabalho em equipe e as formas de apoio na cabine. 2016. 213 p. Dissertação (Mestrado) - Universidade
Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos
da Tradução, Florianópolis, 2016. Disponível em: https://bu.ufsc.br/teses/PGET0299-D.pdf
PAGURA, Reynaldo. A interpretação de conferências: interfaces com a tradução escrita e implicações para a
formação de intérpretes e tradutores. DELTA, São Paulo, v.19, n. spe, p.209-236, 2003. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/delta/a/46vXjxRxNSgjjK73DyHjbHD/?lang=pt
ZIPSER, Meta Elisabeth; POLCHLOPEK, Silvana Ayub. Introdução aos estudos de tradução. Florianópolis:
LLE/CCE/UFSC, 2008. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/117281