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FMU - Faculdade Metropolitanas Unidas

Biomedicina 5º Semestre
Medicina Veterinária 5º Semestre
Noturno

Juliane Morando RA: 1662518


Keith Sousa RA: 3246730
Thainara Regina RA: 3250748

Ratos Alados

São Paulo/SP
2022.2
Sumário

1. Introdução
2. Identificação Institucional
2.1 Objetivos da Instituição
3. Justificativa:
3.1 Considerações sobre a observação da realidade
3.2 Descrever o(s) problema(s) escolhido(s)
3.3. Objetivo do projeto de intervenção

3.4 Teorização

3.5 Hipótese de solução para o problema selecionado

4. Desenvolvimento

5. Resultados e considerações finais

6. Referências bibliográficas
1. Introdução

Os pombos são aves da ordem Columbiformes da família Columbidae e gênero Columba que
apresenta mais de 50 espécies no mundo todo e uma grande diversidade quanto à cor da
plumagem, tamanho e hábitos O pombo doméstico (Columbia livia doméstica) não é uma ave
nativa das Américas. Foram considerados três tipos de pombos: pombos-rochas, pombos
domésticos e pombos urbanos. Os pombos da cidade são descendentes de pombos domésticos
que escaparam do cativeiro e foram criados. Originário da Europa, Norte da África, Oriente
Médio e Ásia, foi trazido para o Brasil por ordem de D. João VI para enfeitar a cidade. Uma
vez retiradas de seu habitat natural e introduzidas em ambientes urbanos, essas aves perdem o
comportamento de espécies nativas e são consideradas espécies exóticas.
3. JUSTIFICATIVA
3.1 - Considerações sobre a observação da realidade (1ª etapa do Arco de Maguerez)
apresentar as características e os problemas do território onde a instituição está
localizada (pesquisa realizada pela internet)

Devido a causa dos riscos à saúde que esses animais podem representar para a saúde humana,
os pombos são conhecidos como ratos de asas. Especialistas alertam que é importante evitar o
contato com essas aves errantes. Além disso, a forma comum de infecções é através das vias
respiratórias, através das fezes secas depositadas em carros, bancos de praças, chão, janelas e
demais superfícies que ficam expostas a essas aves. Podemos observar uma grande quantidade
dessas aves nos ambientes em que vivemos, nos centros urbanos. Como praças, feiras de rua,
galpões de mercados e hortifrutis, entre outros lugares. Vemos também em praças idosos ou
crianças alimentando os pombos com pão, pipocas, bolachas e entre outros alimentos, fazendo
assim que se torne um meio favorável para esses animais habitarem.

Porém ao fazer isso, uma grande população dessas aves começa a aparecer nesses centros, e
carregam com elas uma vasta quantidade de malefícios a saúde humana, como doenças
transmissíveis pelas suas fezes, que podemos adquirir ao ter contato físico com elas ou até
mesmo ao respirar em ambientes onde elas estão, muitas pessoas já adquiriram doenças
transmissíveis pelos pombos como Salmonelose, Criptococose, Ornitose e entre outras, sem ao
menos saber como foram contaminadas. No entanto, outra forma de transmissão é através dos
piolhos dos pombos, que podem cair nas pessoas quando os pombos voam sobre elas. Apesar
dos perigos reprodutivos desses camundongos alados, alguns ainda alimentam pombos
voluntariamente, o que pode representar um grande risco para a saúde pública, fazendo com
que permaneçam nos meios urbanos e se proliferem. No entanto, vale lembrar que os pombos
não devem e não podem ser mortos, mas sim controlados, pois são tão importantes para o meio
ambiente quanto outras aves.

3.2 - Descrever o(s) problema(s) escolhido(s) (Etapa 2: Levantamento de pontos chave/


definição das prioridades) para a elaboração do projeto de intervenção, com base nas
pesquisas científicas (artigos lidos).

A falta de controle dessas pragas urbanas pode levar a graves problemas de saúde pública.
Pombos são transmissores de doenças que podem levar à morte, pois a proliferação dessas
doenças vinda dessas aves pode ocorrer através da ingestão de alimentos contaminados com
fezes dos animais; inalação dos esporos (células reprodutoras do fungo que se proliferam nas
fezes do animal); ou pelo contato com aves portadoras da bactéria ou com seus dejetos.
Levando a doenças como:

● Salmonelose — Infecção causada pela bactéria Salmonella e que pode ser transmitida por
pombos, já que a contaminação humana ocorre quando ingerimos alimentos contaminados com
fezes de animais; causa gastroenterite (inflamação da mucosa intestinal);
● Histoplasmose — Também conhecida como “doença das cavernas”, está associada a
morcegos e aves, com transmissão através da inalação dos esporos de fungos que crescem nas
fezes desses animais; causa infecção nos pulmões, mas pode se espalhar para outros órgãos,
como fígado e baço;
● Criptococose — Causada por fungos que se proliferam nas fezes dos pombos, são levados
pelo ar e acabam sendo inaladas por humanos, essa doença é bastante perigosa e se instala
primeiro nos pulmões, podendo chegar ao sistema nervoso central e causar meningite.

● Ornitose — Doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre


pelo contato com aves portadoras da bactéria ou com seus dejetos;
● Meningite — inflamação das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.

3.3 - Objetivo do projeto de intervenção: Controle e prevenção da proliferação de pombos


e suas doenças.
3.4 – Teorização (Etapa 3) com base nos artigos pesquisados, elabore a teorização do
projeto de intervenção

Os pombos são pássaros que vivem facilmente nas cidades, construindo seus ninhos em
telhados, tetos, caixas de ar-condicionado, torres de igrejas e barracas. A espécie Columba livia
chegou ao Brasil na época da colonização portuguesa, e hoje encontra-se comumente a
presença desse tipo de ave nos centros urbanos Brasileiros. Eles podem causar danos à estrutura
de um edifício. Por serem símbolos de amizade e paz, algumas pessoas gostam de alimentá-los
com sobras de comida, pão, pipoca, que são alimentos inadequados que podem prejudicar a
saúde dos animais e torná-los viciantes. O alimento é considerado um fator limitante para
ocorrer o desequilíbrio ambiental, onde o bando tende a ocupar. São aves raramente caçadas
por outros animais, seus números cresceram tão rapidamente que seu aumento em números se
tornou um grave problema de saúde, pois podem causar várias doenças graves que podem levar
à morte ou deixar sequelas, podendo também assustar pedestres e motoristas ao voar em grande
quantidade próximo a eles. Nos meios urbanos podemos observar uma vasta quantidade de
pombos e ao observar o chão, bancos de praças públicas e etc podemos ver fezes desses
animais. Segundo a matéria da SEABRA, Eneyda Cristina Mourão. OLIVEIRA, Euzébio.
Implicações na saúde humana e ambiental decorrentes da presença de pombos no
ambiente urbano. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento Ano 01, Ed.
05, Vol. 02, pp. 106-128, maio de 2016. “Quanto à reprodução, os pombos são monogâmicos.
O ciclo reprodutivo dessas aves é regulado pela disponibilidade de alimento. Em centros
urbanos o pombo doméstico realiza a reprodução o ano todo, com exceção na época de muda
das penas. Normalmente a fêmea coloca dois ovos, aproximadamente 12 dias após a cópula e
ocorre a incubação por um período de 17 dias” O controle de pombos é difícil, pois a sua
reprodução é rápida. Estima-se que cada fêmea tenha de 4 a 6 ninhadas por ano e que o tempo
de vida de um pombo seja de 3 anos a 5 anos. Entre os principais fatores que fazem com que
estes se proliferem nos centros urbanos são: fartura de alimentos, água e bons locais para
reprodução.

Assim tendo essas informações em vista podemos ver os riscos de sua grande reprodução para
o ambiente como: Entupimento de calhas e apodrecimento de forros de madeira; danos a
monumentos históricos, antenas de TV e pintura de carros (devido à acidez de suas fezes);
contaminação de grãos; acidentes aéreos ou terrestres. Podem veicular doenças ao homem
como a Histoplasmose e a criptococose. Segundo o artigo Cryptococcus spp. em excretas de
Columba livia (pombos domésticos) provenientes de um hospital universitário no Sul do
Brasil. “Os fungos do gênero Cryptococcus são importantes micro-organismos oportunistas
responsáveis pelo desencadeamento de uma micose primariamente pulmonar, e que
apresentam tropismo para sistema nervoso central” (Kon et al., 2008). Há também a
toxoplasmose, ornitose e Salmonelose que segundo o artigo “O pombo (Columba livia) como
agente carreador de Salmonella spp. e as implicações em saúde pública O conhecimento do
gênero Salmonella como agente patogênico com especificidade para as aves é datado de 1889,
quando Klein isolou Salmonella Gallinarum (BARROW, 1993) e Rettger descobriu, em 1899,
S. Pullorum (RETTGER, 1909). No entanto, a maioria dos sorovares de salmonela não possui
um hospedeiro específico, podendo acometer várias espécies distintas”. Os pombos domésticos
e silvestres estão distribuídos por todo o mundo e carreiam micro-organismos patogênicos ao
homem e a outros animais, podendo ser um dos responsáveis pela disseminação de Salmonella
spp. Este patógeno gera grande preocupação para a economia mundial, uma vez que cria
transtornos para a indústria avícola quando ocorre contaminação dos plantéis e ônus para a
saúde pública devido a surtos de infecção alimentar causados por esta bactéria. Além de
propiciar dermatites causadas por ácaros e piolhos presentes em suas penas. Podemos assim
fazer algumas recomendações para que diminua sua população e a quantidade de pessoas que
adquirem doenças relacionadas à essas aves: Na limpeza de forros, calhas ou qualquer outro
local que apresente fezes, restos de ninhos, ovos e penas, usar sempre luvas e utilizar sempre
uma máscara ou pano úmido sobre o nariz e a boca. Nunca remover a sujeira a seco, deve-se
sempre umedecê-la antes, para evitar a inalação de poeira. Proteger os alimentos do acesso das
aves como em feiras, mercados, estoques de alimentos frescos, e plantações.

Devemos também lembrar que os pombos possuem uma importância ecológica, e é


caracterizado um crime atentar contra a vida dessas aves “Dito a Lei de crimes ambientais
9605, (de 12/02/1998) determina que maltratar, ferir ou matar estes animais seja crime
ambiental e a pena pode variar de multas até cinco anos de reclusão” Em seu ambiente natural,
os pombos se alimentam de insetos, grãos e sementes para controle populacional de insetos e
dispersão de algumas sementes que são ingeridas, mantidas em climas tropicais e úmidos por
aves naturais e em condições propícias aos excrementos das aves. germinação. As águias, por
sua vez, podem se alimentar de pombos, seu inimigo natural, então a presença de pombos ajuda
a manter as populações de águias.
No entanto, a grande oferta de alimentos processados pelo homem alterou a dieta desses
animais e estes passaram a ingerir menos insetos e sementes, ficando à parte daquela cadeia
alimentar. Com muito alimento disponível, a população de pombos conseguiu crescer em um
ritmo muito mais acelerado do que aquele que ela poderia atingir naturalmente. Em adição a
isso, seus predadores, os gaviões, não estão presentes nas cidades em número suficiente para
controlar esse crescimento populacional de pombos, assim auxiliando na caracterização desses
animais como uma espécie entre as conhecidas “pragas urbanas”

3.5 - Hipótese de solução para o problema selecionado (Etapa 4): é a tentativa de oferecer
uma solução possível mediante uma proposição, ou seja, uma expressão verbal suscetível
de ser declarada verdadeira ou falsa (GIL, 2002). As hipóteses, são respostas possíveis e
provisórias em relação às questões de pesquisa, tornam-se também instrumentos
importantes como guias na tarefa de investigação (LAKATOS e MARCONI, 1995). Toda
a hipótese deve conter embasamento científico, a partir do material pesquisado na
literatura (artigos científicos, livros, periódicos, legislação, publicações diversas, etc.).
Entre as maneiras que podemos obter o controle da proliferação de pombos e suas doenças nos
centros urbanos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Recife.
Pombos: os riscos que trazem à saúde. Podemos como medidas de proteção, conscientizar a
população através de informações pelos meios de comunicação que temos disponíveis para que
tenha medidas de prevenção e controle como:

 Retirar ninhos e ovos;


 Umedecer as fezes dos pombos com desinfetante antes de varrê-las;
 Utilizar luvas e máscara ou pano úmido para cobrir o nariz e a boca ao fazer a limpeza
do local onde estão as fezes;
 Vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros;
 Colocar telas em varandas, janelas e caixas de ar-condicionado;
 Não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos, como ração de cães e
gatos;
 Utilizar grampos em beirais para evitar que os pombos pousem;
 Acondicionar corretamente o lixo em recipientes fechados;
 Nunca alimentar os pombos.
4. DESENVOLVIMENTO

- Estratégia de Intervenção ou Metodologia (Etapa 5): explicitação de como seria


realizada a intervenção/ os procedimentos (atividades, técnicas e processos);
instrumentos e recursos utilizados (materiais, pessoas envolvidas).

Precisa-se de conhecimento para intervir na realidade. Partindo disso, esse projeto tem como
objetivo construir um questionário reflexivo sobre a vivência da sociedade pelas comunidades
mais vulneráveis e mais carentes de informação. Abordando as ações dessas pessoas em que
acabam influenciando a população de pombos estar cada vez mais presente nas comunidades
trazendo riscos para as mesmas, com esse questionário reflexivo do dia a dia da comunidade
teremos uma visão mais adequada e abrangente da realidade, que muitas vezes os mesmo não
tem conhecimento dos efeitos negativos de algumas ações. Através dessa reflexão, poderemos
intervir na realidade para transformá-la. No final deste formulário, terá as informações de como
prevenir e controlar a vivência dos pombos nas comunidades, trazendo a melhor ação para se
praticar em cada situação. Ou seja, cada pergunta do cotidiano que foi realizada, terá sua
resposta de como DEVE ser feito, entrando em temas de higiene, melhor armazenamento,
cuidados da casa, limpeza e levar o conhecimento para outros que talvez não o tenham,
conscientizando-os.
5. RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS
Resultados e discussão dos objetivos esperados:

a. dos objetivos que o grupo almejou disserte sobre a importância dos mesmos para
a melhoria da situação problema (foco da intervenção do projeto);
b. relatar a importância e os desafios do trabalho em equipe interdisciplinar;
c. total de pessoas participantes na intervenção (estimativa de participação, caso o
projeto fosse realizado).

A- A resolução de problemas faz parte do nosso cotidiano. Nosso grupo focou em uma
estratégia apropriada e soluções a partir de situações e pessoas diversas expressas nas
relações, nas dimensões sociais e emocionais da comunidade. O foco da melhoria da
situação problema, foi apresentar-se como possibilitadora de construção, informação e
compartilhamento; A importância de uma estratégia de resolução compartilhada,
levantando o interesse no tema, abrindo um questionamento e confronto de pontos de
vista e, assim, abrindo a porta da construção colaborativa por meio do diálogo, criando
condições para a resolução do problema.

B- Trabalhar em grupo é sempre um desafio pois exige muita disciplina, foco e


responsabilidade de ambos os integrantes do grupo, porém é de grande importância um
projeto ou trabalho em grupo, pois no trabalho em grupo, o objetivo é um. Além de
simplificar a execução das tarefas, o trabalho em equipe busca valorizar cada indivíduo,
estimular o desenvolvimento e aprimoramento de suas habilidades e, claro, possibilitar
a troca de experiências e conhecimentos entre as equipes, resultando em mais
integração. Acreditamos que quando as equipes trabalham juntas, o ambiente de
trabalho é mais produtivo e saudável, e todos ficam mais motivados e prontos para os
desafios. Conquistas e insucessos também devem ser de responsabilidade de todos os
membros se trabalharem juntos em trabalho de grupo para atingir o mesmo objetivo. A
palavra-chave no trabalho em equipe é compartilhar, tudo precisa ser compartilhado
entre os membros. Há a possibilidade da dificuldade de alguns integrantes que estão
incluídos em grupos, mas trabalham individualmente e se preocupam apenas em
completar suas tarefas. É preciso entender o que os outros membros do grupo estão
fazendo e reconhecer a importância dessas tarefas para o resultado final. Saber dar e
receber ajuda é fundamental.

C- 500 forms entregues para os moradores da comunidade Olaria no Morumbi, juntamente


da nossa tentativa de construção de diálogo e entendimento do problema. O
compartilhamento dentro de casa com o resto da família e com vizinhos, aumentando a
quantidade de pessoas atingidas. Em torno de 1.500 pessoas mais informadas e
interessadas na prevenção.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

UNIS. G., SILVA, V. B.; SEVERO, L. C. Histoplasmose disseminada e SIDA: importância do


meio de cultivo para o espécime clínico-broncoscópico. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical. Vol. 37 n.3. Uberaba – Mai/ Jun – 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br >. Acesso em: 03 nov. 2010.

NUNES, V. F. P. Pombos Urbanos: o desafio de controle. Instituto Biológico, São Paulo, v.65,
n.1/2, p.89-92, jan./dez.,2003. Disponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br >. Acesso em:
12 dez. 2010.

SILVA, J. T. A representação social do pombo no meio urbano: o simbolismo na praça da


Bandeira em Campina Grande, Paraíba. Dissertação de Mestrado, Curso de Desenvolvimento
e Meio Ambiente: João Pessoa. 2006. Disponível em: <http://ufpb.br > Acesso em: 20 jan.
2011.

UNIS. G., SILVA, V. B.; SEVERO, L. C. Histoplasmose disseminada e SIDA: importância do


meio de cultivo para o espécime clínico-broncoscópico. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical. Vol. 37 n.3. Uberaba – Mai/ Jun – 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br >. Acesso em: 03 nov. 2010.
POMBOS URBANOS: O DESAFIO DE CONTROLE, Vânia de Fátima Plaza Nunes
Prefeitura do Município de Jundiaí Jundiaí/SP, Brasil.

Artigo: Secretaria Municipal de Saúde de Recife. Pombos: os riscos que trazem à saúde.

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