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13/07/2023
Número: 1067697-35.2023.4.01.3400
Classe: PETIÇÃO CRIMINAL
Órgão julgador: 10ª Vara Federal Criminal da SJDF
Última distribuição : 13/07/2023
Valor da causa: R$ 0,00
Assuntos: Responsabilidade Criminal por Danos Nucleares
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
CPMI dos Atos de 8 de Janeiro (REQUERENTE) EDVALDO FERNANDES DA SILVA (ADVOGADO)
MAURO CESAR BARBOSA CID (REQUERIDO)
Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
17096 13/07/2023 05:24 Petição inicial Petição inicial
42448
17096 13/07/2023 05:24 Representação_CPMI-8-de-Janeiro_x_Mauro-Cesar- Outras peças
42449 Barbosa-Cid
17096 13/07/2023 05:24 doc1_Ofício-300-2023-CPMI8 Documento Comprobatório
42450
17096 13/07/2023 05:24 doc2_Habeas-Corpus-229.323_STF_decisão-liminar Documento Comprobatório
42451
17096 13/07/2023 05:24 doc3_OF130 Comunica ADVOSF _registro de BO Documento Comprobatório
42452
Petição e documentos em pdf anexos.
Assinado eletronicamente por: EDVALDO FERNANDES DA SILVA - 13/07/2023 05:09:05 Num. 1709642448 - Pág. 1
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Número do documento: 23071305071072100001692142631
URGENTE
SENADO FEDERAL
Advocacia
REPRESENTAÇÃO.
1À Advocacia do Senado Federal, órgão de assessoramento superior do Senado Federal, compete prestar consultoria
e assessoramento jurídicos à Mesa, à Comissão Diretora, à Procuradoria Parlamentar, à Corregedoria Parlamentar, à
Secretaria-Geral da Mesa; à Diretoria-Geral e demais órgãos da estrutura administrativa da Casa; opinar sobre minutas
de atos e contratos administrativos a serem firmados pelo Senado Federal ou suas unidades; aprovar minutas-padrão;
propor à Comissão Diretora a criação, alteração ou revogação de enunciados normativos; atuar em juízo na defesa das
prerrogativas do Senado Federal e do Congresso Nacional, neste caso mediante autorização específica, asseguradas as
garantias profissionais conferidas aos advogados públicos pela Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, e legislação correlata
aplicável ao serviço público federal; elaborar as peças processuais e informações a serem encaminhadas à Advocacia-
Geral da União, ou, nos casos previstos em lei, diretamente ao Judiciário, com os elementos técnicos de fato e de
direito necessários à defesa judicial e extrajudicial dos interesses da União e do Senado Federal. (...).
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Assinado eletronicamente por: EDVALDO FERNANDES DA SILVA - 13/07/2023 05:09:06 Num. 1709642449 - Pág. 1
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Número do documento: 23071305074092500001692142632
URGENTE
SENADO FEDERAL
Advocacia
I. DOS FATOS
(...)
Pelo exposto, concedo parcialmente a ordem, apenas para assegurar
ao paciente, que tem o dever de comparecimento perante a
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para a qual convocado,
que, ao ser inquirido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
“CPMI – 8 de janeiro”, seja respeitado a) o direito de ser assistido
por seu advogado e com ele se comunicar pessoal e reservadamente,
garantidas as prerrogativas da Lei n. 8.906/1994; b) o direito de não
ser obrigado a produzir prova contra si, podendo manter-se em
silêncio e não ser obrigado a responder a perguntas que possam
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URGENTE
SENADO FEDERAL
Advocacia
(...)
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URGENTE
SENADO FEDERAL
Advocacia
3
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/notas-taquigraficas/-/notas/r/11621, minuto 10:36, acesso em
12/07/2023.
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URGENTE
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Advocacia
(...)
(11:44) A SRA. ELIZIANE GAMA (PSD - MA)
(...)
Eu quero finalizar, deixando pro senhor um apelo, até em nome da sua
família e em nome da sua história: que o senhor, na verdade, se dispusesse,
ou se pelo menos pensa em se dispor, a contribuir com os trabalhos desta
Comissão, trazendo as informações que são fundamentais para um objeto
fundamental que nós temos e o objeto claro desta Comissão, que é a
investigação dos atos do dia 8 de janeiro. O senhor tem interesse de
colaborar com esta Comissão?
O SR. MAURO CESAR BARBOSA CID - Senadora, eu compreendo e
respeito todo o posicionamento de V. Exa., mas, dentro de todo o
espectro que eu estou sendo investigado, vou continuar seguindo a
orientação dos meus advogados e, baseado em habeas corpus, me
manterei em silêncio. (...).
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URGENTE
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II. CONTEXTUALIZAÇÃO
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URGENTE
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(...)
4. Conforme muito bem descrito pela Suprema Corte em Watkins vs. Estados
Unidos, o poder investigativo do Parlamento
10
Disponível em: https://www.oyez.org/cases/1956/261. Acesso em 24/10/2021.
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URGENTE
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poder, mas ao agente público que possa ter testemunhado ou incorrido em abuso de
poder em detrimento da cidadania.
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URGENTE
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13. Assim, se de um lado, como cidadão tem o direito de se valer das garantias
inerentes à não incriminação, por outro lado, tem o dever reforçado de, como
testemunha, depor à Comissão Parlamentar de Inquérito fatos alheios a essa cláusula
e de que eventualmente tenha conhecimento em razão de sua investidura em elevadas
funções públicas que exerceu concomitantemente aos fatos sob investigação.
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URGENTE
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18. Encontra previsão no art. 5º, inciso LXIII, da Constituição Federal, artigo
14.3, “g”, do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e artigo 8º, §2º, “g”,
Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Art. 5º, LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o
de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado.
ARTIGO 14 - do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos
1. Todas as pessoas são iguais perante os tribunais e as cortes de justiça.
Toda pessoa terá o direito de ser ouvida publicamente e com as devidas
garantias por um tribunal competente, independente e imparcial,
estabelecido por lei, na apuração de qualquer acusação de caráter penal
formulada contra ela ou na determinação de seus direitos e obrigações de
caráter civil. A imprensa e o público poderão ser excluídos de parte ou da
totalidade de um julgamento, quer por motivo de moral pública, de ordem
pública ou de segurança nacional em uma sociedade democrática, quer
quando o interesse da vida privada das Partes o exija, que na medida em
que isso seja estritamente necessário na opinião da justiça, em
circunstâncias específicas, nas quais a publicidade venha a prejudicar os
interesses da justiça; entretanto, qualquer sentença proferida em matéria
penal ou civil deverá tornar-se pública, a menos que o interesse de
menores exija procedimento oposto, ou o processo diga respeito à
controvérsias matrimoniais ou à tutela de menores.
2. Toda pessoa acusada de um delito terá direito a que se presuma sua
inocência enquanto não for legalmente comprovada sua culpa.
3. Toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena igualdade, a,
pelo menos, as seguintes garantias:
(...)
g) De não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-
se culpada.
ARTIGO 8
Garantias Judiciais
1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro
de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente
e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer
acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus
direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer
outra natureza.
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URGENTE
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11
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal: volume único. 8ª ed. Salvador: Ed. JusPodivm, 2020,
pág. 73.
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URGENTE
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24. Em vez disso, resta claro que incorreu em abuso de direito à luz da
jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal amostrada nos seguintes
precedentes:
(...)
O artigo 5º, LXIII, da Constituição Federal garante ao paciente o direito
de permanecer em silêncio exclusivamente quanto aos fatos que possam
incriminá-lo.
(...) O postulado da separação de poderes e a legitimidade constitucional
do controle, pelo Judiciário, das funções investigatórias das CPIs, se e
quando exercidas de modo abusivo. Doutrina. Precedentes do Supremo
Tribunal Federal.
(...).
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URGENTE
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Por outro lado, o art. 58, § 2º, V, da Constituição Federal assevera que às
comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe “solicitar
depoimento de qualquer autoridade ou cidadão”.
Por sua vez, o art. 206 do CPP dispõe que “A testemunha não poderá
eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o
ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o
irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por
outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias”.
Consectariamente, na qualidade de testemunha de fatos em tese
criminosos, a depoente tem o dever de comparecer e de dizer a
verdade, não lhe assistindo, quanto a tais fatos, quer o direito ao silêncio,
quer o não comparecimento perante Comissão Parlamentar de Inquérito.
Nesse sentido, e referindo-se à mesma CPI da Pandemia, cito o HC
203.800/DF, Rel. Min. Rosa Weber, do qual destaco o seguinte trecho:
“Ao contrário das pessoas investigadas, às quais se reconhecem as prerrogativas de ficar
em silêncio e até mesmo de deixar de comparecer ao interrogatório (ADPF 395/DF,
Rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe 22.5.2019), as testemunhas, via de regra, estão
sujeitas à obrigação de comparecer perante o órgão de investigação parlamentar, quando
regularmente intimadas, sob pena de serem submetidas à condução coercitiva, podendo
o comportamento faltoso resultar na aplicação de multa e na condenação por crime de
desobediência (Lei 1.579/52, art. 3º, § 1º, c/c CPP, arts. 218 e 219), além de
caracterizar delito de falso testemunho o silêncio injustificado manifestado pela
testemunha inquirida sobre os fatos indagados pelos membros das CPI’s”.
Desse modo, satisfeitos apenas em parte os requisitos do fumus boni iuris e
do periculum in mora, a concessão parcial da ordem é medida que se impõe.
Ex positis, e firme nos precedentes desta Corte, concedo, em parte, a
liminar pretendida, a fim de que, no seu depoimento perante a CPI da
Pandemia, e exclusivamente em relação aos fatos que o incriminem,
a paciente tenha o direito de: i) permanecer em silêncio sobre o conteúdo
das perguntas formuladas; ii) não ser obrigada a assinar termo de
compromisso de dizer a verdade, uma vez que os fatos indicam que será
ouvida na condição de investigada; iii) de ser assistida por advogado e iv)
de se comunicar, livremente e em particular, com este, garantindo-se o
direito contra a autoincriminação (art. 5º, inciso LXIII, da CRFB), excluída
possibilidade de ser submetida a qualquer medida privativa de liberdade
ou restritiva de direitos em razão do exercício dessas prerrogativas
constitucionais.
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(...)
Com efeito, a não autoincriminação tem assento constitucional,
instaurando direito subjetivo, a ser exercido por qualquer cidadão, de não
produzir prova contra si mesmo. Por óbvio, o primeiro juízo sobre o
conteúdo desse direito compete ao seu próprio titular, a quem cabe a
avaliação inicial sobre os impactos da produção de determinada
informação sobre a sua própria esfera jurídica. Nesse sentido, é o titular
do direito quem exterioriza a primeira manifestação de vontade em relação
ao exercício da não autoincriminação.
Por outro lado, nenhum direito fundamental é absoluto, muito
menos pode ser exercido para além de suas finalidades
constitucionais. Nesse ponto, às Comissões de Parlamentares de
Inquérito, como autoridades investidas de poderes judiciais, recai o poder-
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Publique-se. Int.
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27. De acordo com o artigo 4º, II, da Lei 1.579/52, constitui crime fazer
afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, tradutor
ou intérprete, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito.
III. PEDIDOS
[ v i d e a s si n a tu ra el et r ô n i c a ]
EDVALDO FERNANDES DA SILVA
Advogado do Senado Federal
OAB/DF nº 19.233 | OAB MG nº 94.500
Coordenador do Núcleo de Processos Judiciais
Praça dos Três Poderes – Senado Federal – Bloco 02 – Ed. Senador Ronaldo Cunha Lima – 1º andar – Av. N2 – CEP
70165-900 - Brasília – DF – Telefone: 55 (61) 3303-4750 – Fax: 55 (61) 3303-2787 – advocacia@senado.leg.br
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URGENTE
SENADO FEDERAL
Advocacia
[ v i d e a s si n a tu ra el et r ô n i c a ]
PEDRO GUALTIERI
Advogado do Senado Federal
OAB/DF nº 75.524
Praça dos Três Poderes – Senado Federal – Bloco 02 – Ed. Senador Ronaldo Cunha Lima – 1º andar – Av. N2 – CEP
70165-900 - Brasília – DF – Telefone: 55 (61) 3303-4750 – Fax: 55 (61) 3303-2787 – advocacia@senado.leg.br
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URGENTE
SENADO FEDERAL
Advocacia
▪ doc1_Ofício-300-2023-CPMI8;
▪ doc2_Habeas-Corpus-229.323_STF_decisão-liminar;
Praça dos Três Poderes – Senado Federal – Bloco 02 – Ed. Senador Ronaldo Cunha Lima – 1º andar – Av. N2 – CEP
70165-900 - Brasília – DF – Telefone: 55 (61) 3303-4750 – Fax: 55 (61) 3303-2787 – advocacia@senado.leg.br
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00100.119487/2023-70
Secretaria-Geral da Mesa
Secretaria de Comissões
Coordenação de Comissões Especiais, Temporárias e Parlamentares de Inquérito
Ofício nº 300/2023 - CPMI8
Senhor Advogado-Geral,
Atenciosamente,
CONSULTE EM http://www.senado.gov.br/sigadweb/v.aspx.
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HABEAS CORPUS 229.323 DISTRITO FEDERAL
DECISÃO
Relatório
1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado
em 15.6.2023 por Bernardo Fenelon e outros, advogados, em benefício de
Mauro Cesar Barbosa Cid contra ato do Presidente da Comissão
Parlamentar de Inquérito, Deputado Federal Arthur Oliveira Maia, pelo
qual aprovados requerimentos para convocação do paciente para prestar
depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Congresso
Nacional em relação aos fatos atentatórios aos Poderes da República em 8
de janeiro de 2023 (fls. 6-8, e-doc. 1).
O caso
2. Os impetrantes afirmam que, “[d]e acordo com o Requerimento (CN)
n.º 1, de 2023, liderado pelo Deputado Federal André Fernandes, foi solicitada ‘a
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HC 229323 / DF
criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, (...) para, no prazo de 180
(cento e oitenta) dias, investigar os atos de ação e omissão ocorridos no dia 08 de
janeiro de 2023 nas Sedes dos Três Poderes da República, em Brasília, nos termos
dos arts. 58 da Constituição Federal e 21 do Regimento Comum do Congresso
Nacional’” (fl. 2, e-doc. 1).
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HC 229323 / DF
relatoria do Ministro Alexandre de Moraes” (fls. 3-4, e-doc. 1).
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HC 229323 / DF
São os requerimentos e o pedido:
“Por todo exposto, respeitosamente, requer-se:
(i) Seja afastada, em sede liminar, a compulsoriedade do
comparecimento do paciente na ‘CPMI – 8 de janeiro’,
transmudando-a para uma facultatividade do Paciente;
(i.1) Se optar pelo comparecimento ao ato, seja
assegurado, ainda em sede liminar:
a) o direito ao silêncio, ou seja, de não
responder as perguntas que lhe forem direcionadas;
b) o direito à assistência de seus advogados
durante o ato;
c) o direito de não ser submetido ao
compromisso de dizer a verdade ou de subscrever
quaisquer termos com esse conteúdo, e;
d) o direito de não sofrer constrangimentos
físicos, morais e psicológicos decorrentes do exercício
dos direitos anteriores.
(i.2) Se optar pelo não comparecimento, seja
assegurada a garantia de não ser conduzido
coercitivamente.
(ii) No mérito, seja a ordem concedida para confirmar a
liminar requerida, tornando seus efeitos definitivos” (fls. 11-12,
e-doc. 1).
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HC 229323 / DF
paciente, se testemunha ou investigado” (e-doc. 22). Em 24.6.2023, as
informações foram prestadas (e-doc. 24).
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HC 229323 / DF
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HC 229323 / DF
investiga denúncia de manipulação de julgamento no âmbito do
CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
As suspeitas são de que, por meio de intermediários,
conselheiros cobravam propina para anular autuações fiscais ou
reduzir substancialmente os tributos devidos à União.
Segundo reportagem da Revista Época de maio de 2015 o
ex-conselheiro admitiu à Policia Federal que negociou R$ 500
mil reais em propinas e afirmou que parte desse valor seria
repartido com integrantes da Receita Federal. Ele foi conselheiro
do CARF entre 2011 e 2014, por indicação da Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
Em depoimento a Policia Federal em Brasília no dia 26 de
março de 2015, ele confessou ter operado em favor do Banco
Santander. O banco é alvo de cobranças de mais de R$ 1 bilhão
no Carf.’ (...)
Essa particular situação afasta a possibilidade de obrigar-se o ora
paciente, como pessoa sob investigação, a assinar o termo de
compromisso, unicamente exigível a quem se qualifique como
testemunha (CPP, art. 203).
Por tal motivo, não há como obrigar o ora paciente a cumprir
esse dever jurídico que a legislação impõe, como regra geral (CPP, art.
203), apenas às testemunhas.
Desse modo, o paciente em causa deverá comparecer perante a
CPI do CARF na data para a qual foi intimado, sem que se lhe possa
impor, no entanto, em face das razões que venho de expor, a obrigação
de assinar o respectivo termo de compromisso, e sem que se possa
adotar, como consequência do regular exercício de tal prerrogativa
jurídica, qualquer medida restritiva de seus direitos ou privativa de
liberdade.
Postula-se, ainda, seja liminarmente garantido ao ora paciente o
exercício do direito ao silêncio, com todos os consectários que decorrem
do reconhecimento dessa inafastável prerrogativa de ordem jurídica.
Acolho, também nesse ponto, o pleito em questão, eis que o
Supremo Tribunal Federal, em inúmeros precedentes (HC 128.390-
MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC 128.837-MC/DF, Rel.
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Número do documento: 23071305082546300001692142634
HC 229323 / DF
Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 129.000-MC/DF, Rel. Min. LUIZ
FUX – HC 129.009/DF, Rel. Min. ROSA WEBER, v.g.), tem
reconhecido esse direito em favor de quem é convocado a comparecer
perante Comissões Parlamentares de Inquérito, seja na condição de
investigado, seja na de testemunha:
(…) (HC 79.812/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
Não constitui demasia assinalar, na linha da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, que o exercício do direito ao silêncio por
parte do ora paciente, por traduzir legítima prerrogativa
constitucional, não autorizará que se lhe imponha qualquer medida
privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
O direito ao silêncio – e o de não produzir provas contra si
próprio (HC 96.219-MC/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO) –
constitui prerrogativa individual que não pode ser desconsiderada por
qualquer dos Poderes da República, independentemente – insista-se –
da condição formal (seja a de indiciado, seja a de investigado, seja a de
testemunha) ostentada por quem é intimado a comparecer perante
órgãos investigatórios do Estado, inclusive perante Comissões
Parlamentares de Inquérito.
Assiste, por igual, a qualquer pessoa que compareça perante
Comissão Parlamentar de Inquérito o direito de ser acompanhada por
Advogado e de com este comunicar-se pessoal e reservadamente, não
importando a condição formal por ela ostentada (inclusive a de
investigado ou a de testemunha), tal como expressamente assegurado
pela jurisprudência constitucional do Supremo Tribunal Federal (HC
95.037- -MC/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 100.200/DF,
Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – HC 113.646-MC/DF, Rel. Min.
DIAS TOFFOLI – MS 23.452/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO –
MS 30.906-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).
Daí o explícito reconhecimento, em sede legal, do direito de o
depoente, quer como indiciado, quer como testemunha, ‘fazer-se
acompanhar de advogado, ainda que em reunião secreta’ (Lei nº
1.579/52, art. 3º, § 2º, acrescentado pela Lei nº 10.679/2003).
Nesse contexto, é assegurada ao Advogado a prerrogativa – que
lhe é dada por força e autoridade da lei – de velar pela intangibilidade
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HC 229323 / DF
dos direitos daquele que o constituiu como patrono de sua defesa
técnica, competindo-lhe, por isso mesmo, para o fiel desempenho do
‘munus’ de que se acha incumbido, o exercício dos meios legais
vocacionados à plena realização de seu legítimo mandato profissional.
Por esse motivo, nada pode justificar o desrespeito às
prerrogativas que a própria Constituição e as leis da República
atribuem ao Advogado, pois o gesto de afronta ao estatuto jurídico da
Advocacia representa, na perspectiva de nosso sistema normativo, um
ato de inaceitável ofensa ao próprio texto constitucional e ao regime
das liberdades públicas nele consagrado.
Ao apreciar pedido de reconsideração formulado no MS
23.576/DF (‘CPI do Narcotráfico’), de que fui Relator (DJU de
03/02/2000), tive o ensejo de destacar a alta significação de que se
reveste a presença do Advogado ao lado de seu constituinte, quando
intimado este a comparecer perante qualquer Comissão Parlamentar
de Inquérito, havendo reconhecido, na decisão que então proferi, o que
se segue: (...)
Cabe assinalar, finalmente, examinada a pretensão dos
impetrantes na perspectiva da espécie ora em análise, que as
Comissões Parlamentares de Inquérito, à semelhança do que ocorre
com qualquer outro órgão do Estado ou com qualquer dos demais
Poderes da República, submetem-se, no exercício de suas prerrogativas
institucionais, às limitações impostas pela autoridade suprema da
Constituição.
Isso significa, portanto, que a atuação do Poder Judiciário,
quando se registrar alegação de ofensa, atual ou potencial, a direitos e
a garantias assegurados pela Constituição da República, longe de
configurar situação de ilegítima interferência na esfera de outro Poder
do Estado, traduzirá válido exercício de controle jurisdicional
destinado a amparar qualquer pessoa nas hipóteses de lesão, ainda que
iminente, a direitos subjetivos reconhecidos pelo ordenamento
positivo.
Em uma palavra: uma decisão judicial que restaura a
integridade da ordem jurídica e que torna efetivos os direitos
assegurados pelas leis e pela Constituição da República não pode ser
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HC 229323 / DF
considerada ato de indevida interferência na esfera do Poder
Legislativo, consoante já o proclamou o Plenário do Supremo Tribunal
Federal, em unânime julgamento:
(…) (RTJ 173/805-810, 806, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
Esse entendimento tem sido por mim observado em diversos
julgamentos que proferi nesta Suprema Corte:
‘(…) O postulado da separação de poderes e a legitimidade
constitucional do controle, pelo Judiciário, das funções
investigatórias das CPIs, se e quando exercidas de modo abusivo.
Doutrina. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. (…).’
(HC 88.015-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, ‘in’
Informativo/STF nº 416/2006)
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, e sem
dispensar o ora paciente de comparecer perante a CPI do CARF, defiro
o pedido de medida liminar nos precisos termos expostos nesta decisão,
em ordem a assegurar, cautelarmente, ao paciente, em face de referida
CPI: (a) o direito de exercer a prerrogativa constitucional contra a
autoincriminação, sem que se possa adotar contra ele, em razão do
regular exercício de tal prerrogativa jurídica, qualquer medida
restritiva de direitos ou privativa de liberdade; (b) o direito de ser
dispensado de assinar termo de compromisso legal na condição de
testemunha, por tratar-se de pessoa sob investigação, garantindo-lhe,
por isso mesmo, o direito de não sofrer qualquer medida sancionatória
por parte de mencionada Comissão Parlamentar de Inquérito; e (c) o
direito de ser assistido por seus Advogados e de com estes comunicar-
se, pessoal e reservadamente, sem qualquer restrição, durante o curso
de seu depoimento.
Caso a CPI ora apontada como coatora descumpra a presente
liminar, e assim desrespeite as prerrogativas profissionais dos
Advogados impetrantes deste ‘writ’ (e, por consequência, os direitos e
garantias do ora paciente), fica-lhes assegurado o direito de fazerem
cessar, imediatamente, a participação de seu constituinte no
procedimento de inquirição, sem que se possa adotar contra eles –
Advogados e respectivo cliente, o ora paciente – qualquer medida
restritiva de direitos ou privativa de liberdade.
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HC 229323 / DF
2. Comunique-se, com urgência, o teor desta decisão ao eminente
Senhor Presidente da CPI do CARF.
O ofício de comunicação deverá ser encaminhado, mediante ‘fax’
ou qualquer outro meio ágil de comunicação, ao Presidente da CPI do
CARF, em ordem a permitir a sua imediata cientificação quanto ao
teor da presente decisão.
Permito que os impetrantes comuniquem o teor desta decisão,
mediante exibição da respectiva cópia, para efeito de cumprimento da
liminar nela referida, ao Senhor Presidente da CPI do CARF ou a
quem estiver no exercício da Presidência de mencionado órgão de
investigação parlamentar.
3. Requisitem-se informações ao órgão ora apontado como
coator”.
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HC 229323 / DF
Nesse sentido: HC nº 98.298-MC/DF, decisão monocrática, de minha
relatoria, DJ de 30/3/09; HC nº 94.082-MC/RS, decisão monocrática,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJE de 24/3/08; HC nº 92.371-
MC/DF, decisão monocrática, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de
3/9/07; HC nº 92.225-MC/DF, Relator o Ministro Marco Aurélio,
decisão proferida pelo Ministro Gilmar Mendes, em substituição, DJ
de 14/8/07; HC nº 83.775-MC/DF, decisão monocrática, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 1º/12/03, entre outros. Aliás, é o que
se extrai do disposto no artigo 186 do Código de Processo Penal, in
verbis: 'Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro
teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o
interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder
perguntas que lhe forem formuladas' . Ante o exposto, defiro o pedido
de liminar para assegurar ao paciente o direito de exercer o seu direito
ao silêncio, incluído o privilégio contra a autoincriminação (art. 5º,
inc. LXIII, da CF), excluída a possibilidade de ser submetido a
qualquer medida privativa de liberdade ou restritiva de direitos em
razão do exercício de tais prerrogativas processuais, e o direito de ser
assistido por seu advogado e de comunicar-se com ele durante a sua
inquirição, garantido a este todas as prerrogativas previstas na Lei nº
8.906/94. ... Expeçam-se os salvo-condutos. Comunique-se com
urgência ao eminente Deputado Federal Marcelo Itagiba, Presidente
da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga Escutas
Telefônicas Clandestinas/Ilegais, solicitando-se informações”.
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HC 229323 / DF
constitucional contra a autoincriminação e, consequentemente, do
direito ao silêncio quanto a perguntas cujas respostas possam resultar
em prejuízo dos depoentes, além do direito à assistência do advogado.
Precedentes. 2. Ordem parcialmente concedida” (HC n. 119.941, de
minha relatoria, Segunda Turma, DJe 29.4.2014)
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HC 229323 / DF
Devem ser obedecidos, portanto, os limites específicos desse direito
constitucional, referentes a dados e informações que poderiam levar à
autoincriminação. Não se há de ter por incluídos nessa definição todo e
qualquer questionamento e respectiva resposta sobre matéria que não
indique, nem possibilite autoincriminação, sob pena de cercear-se a
legítima e necessária atuação da Comissão Parlamentar de Inquérito. Não
há fundamento constitucional válido para esse proceder. O convocado
não pode se eximir de responder questões sobre sua identificação, por
exemplo, ou qualquer outra sem relação com o que possa incriminá-lo,
negando respeito às atividades legítimas e necessárias da Comissão
Parlamentar de Inquérito, que presta serviço necessário ao esclarecimento
de questões de interesse público.
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HC 229323 / DF
Vale ressaltar que o fato de o paciente ser investigado pela
Polícia Federal não implica que terá que ser ouvido na mesma
condição pela CPMI – 8 DE JANEIRO. Tratam-se de esferas distintas
e independentes, com objetivos também distintos, já que a CPI
instaura um procedimento de caráter político, que não assume
natureza preparatória de ações judiciais. (...)
Assim, haja vista a higidez dos requerimentos, a jurisprudência
deste E. Supremo Tribunal Federal e o dever legal de colaboração como
testemunha a que se sujeitam todos os cidadãos, a obrigatoriedade de
comparecimento do paciente perante a Comissão Parlamentar de
Inquérito se e quando for convocado é inquestionável. (...)
Assim, mais uma vez mostra-se evidente a necessidade de
denegação da ordem, reconhecendo-se a obrigatoriedade de
comparecimento do depoente, bem como a necessidade de dizer a
verdade quanto aos fatos que testemunhou. (...)
Ademais, claro está que a Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro tem cumprido o seu
múnus constitucional com rigorosa observância dos direitos e
garantias fundamentais dos depoentes (...)
É que, dado o seu poder de agenda, a CPMI pode, inclusive,
deliberar pela realização de mais de um depoimento do paciente, por
exemplo, destacando para reunião específica a sua oitiva como
testemunha.
Ora, se houver convocação do paciente apenas na qualidade de
testemunha, como previsto no Plano de Trabalho do colegiado, o
pedido de não comparecimento restará prejudicado” (fls. 16-20, 22,
24-25, e-doc. 24 - grifos nossos).
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HC 229323 / DF
paciente, a finalidade da oitiva é a sua colaboração em relação a fatos de que
porventura tenha conhecimento e que possam inclusive inocentar pessoas sob as
quais recaiam suspeitas” (fl. 18, e-doc. 24).
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MC/DF)
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art. 58 da Constituição da República.
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HC 229323 / DF
resvalam para a incriminação, mas que atendem a determinação de
colaboração de todo cidadão com o poder estatal investigatório de que
está investida a Comissão Parlamentar de Inquérito.
Publique-se.
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00100.119838/2023-42
Polícia do Senado
Fl.: ___________
Rubr.:_________
Ofício nº 0130/2023-COPINV
Brasília, 12 de julho de 2023.
Il.mo Senhor
Dr. THOMAZ HENRIQUE GOMMA DE AZEVEDO
Advogado-Geral
ADVOCACIA DO SENADO FEDERAL
Prezado Advogado-Geral,
Respeitosamente,
(assinado digitalmente)
Everaldo Bosco Rosa Moreira
Chefe do SESTEC
Senado Federal | Praça dos Três Poderes | Anexo II | Subsolo | CEP 70165-900 | Brasília DF
Telefone: +55 (61) 3303-4404 | copinv@senado.leg.br
ARQUIVO ASSINADO DIGITALMENTE. CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 68EC6C900054A652.
CONSULTE EM http://www.senado.gov.br/sigadweb/v.aspx.
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