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PODER JUDICIÁRIO
2ª VARA DE CHAPADA DOS GUIMARÃES
DECISÃO
Processo: 1001248-94.2021.8.11.0024.
REU: CONDOMINIO MALAI MANSO RESORT IATE GOLF CONVENTION & SPA
Trata-se de ação anulatória de assembleia condominial c/c pedido de tutela de urgência ajuizada
por FLORAMAP PROJETOS, CONSULTORIA E MAPEAMENTOS LTDA – EPP, LEONARDO
JOSE FERNANDES PINHEIRO, ELAINE LARISSA BARROS FERREIRA DA SILVA e OUTROS
em face de CONDOMÍNIO MALAI MANSO RESORT IATE GOLF CONVENTION & SPA, todos
qualificados no processo.
Aduz a parte autora, em síntese, que são condôminos e legítimos proprietários de 133 (cento e
trinta e três) unidades autônomas que compõem a massa condominial do Condomínio requerido.
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Com a inicial, juntou documentos.
Fundamenta-se e Decide-se.
O art. 300 do Código de Processo Civil disciplina dois pressupostos para a concessão da tutela
de urgência (cautelar ou antecipatória), consubstanciado na probabilidade do direito, perigo de
dano (satisfativa) e no risco ao resultado útil do processo (assecuratório).
Isso porque, não obstante o art. 1.350 do Código Civil dispor acerca da necessidade de
convocação dos condôminos, na forma prevista na convenção, a fim de aprovar o orçamento das
despesas, as contribuições dos condôminos e a prestação de contas, e eventualmente eleger-lhe
o substituto e alterar o regimento interno, bem como constar na Convenção do condomínio a
necessidade de convocação encaminhada no endereço do representante da unidade hoteleira (id.
58179924), a parte autora deixou de comprovar a forma pela qual teria tomado conhecimento
acerca da assembleia realizada, tampouco a data em que foram cientificados acerca do ato ora
impugnado, já que não teria sido convocados inequivocamente para participarem.
Ademais, em que pese a alegação de que teria ocorrido inexatidão da pauta do edital de
convocação, veja-se que o aludido documento, juntado no id. 58179904, especifica as matérias
que seriam objeto de deliberação na assembleia condominial e, depois, o documento de id.
58179909 retrata as matérias deliberadas na aludida solenidade, de acordo com cada tópico
constante da pauta descrita no edital de convocação.
Em outras palavras, salvo melhor juízo, em uma análise sumária do que fora apresentado,
verifica-se que as matérias deliberadas constaram expressamente na pauta inserida no edital de
convocação.
Logo, não se depara, a priori, com a probabilidade do direito invocado, suficiente para que seja
declara a suspensão do ato objeto de impugnação.
Como se não bastasse, não foram apresentados quaisquer argumentos que justificassem o
perigo de dano, no caso de se manterem vigentes as deliberações constantes da assembleia
condominial.
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Assim, este juízo não vislumbra, neste momento, o alegado risco iminente de dano irreparável da
parte autora.
Nesse sentido:
Com efeito, para o deferimento da tutela de forma antecipada, é necessário o preenchimento dos
dois requisitos anteriormente explicitados.
No caso em tela, em juízo perfunctório da petição inicial e dos documentos juntados pelos
requerentes, não restaram demonstrados, de forma inequívoca, a probabilidade do direito ou o
perigo da demora, o que poderá ser revisto, caso os subsídios fáticos e jurídicos probatórios
apontem para sentido diverso.
3 – EXPEÇA-SE carta de citação e intimação do réu, nos termos do art. 248 do CPC,
observando-se que o ato deverá ser cumprido com antecedência mínima de 20 (vinte) dias para o
comparecimento da audiência de conciliação acima designada, conforme determina o art. 334 do
Código de Processo Civil.
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prazo destes instrumentos pela Secretaria deste Juízo.
8 – Por fim, após a realização da audiência de conciliação, sendo obtida ou não a conciliação que
deverá ser lavrado termo num ou noutro sentido, havendo ou não contestação e réplica, o que
deverá ser certificado nos autos, CONCLUSO para os fins do artigo 347 do CPC.
9 – CUMPRA-SE.
Juiz de Direito
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