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1ª João promove ação de conhecimento em face de Geraldo. Na inicial postula a cobrança de um crédito
constante de documento de confissão de dívida, com preenchimento de todos os requisitos legais. No curso do
processo, João cede o crédito a Cleber. O cessionário postula o seu ingresso no processo. O Juiz determina a
oitiva do réu da ação, que não concorda com o pleito do cessionário. Indaga-se:
a) Pode o réu recusar o ingresso no processo do cessionário? Fundamente.
RESPOSTA: Pode sim, com base no art. 42 CPC. O art. 42 CPC, trata da legitimidade das partes quando houver
alienação da coisa litigiosa ou do direito litigioso à titulo particular feito entre vivos, firmando o principio da
inalterabilidade ressalvada, a hipótese de consentimento da parte contrária parágrafo 1º do citado artigo, admitindo
no parágrafo 2º o ingresso do adquirente concessionário como assistente do alienante ou do cedente. Assim pode o
réu recusar o ingresso do cessionário.
b) A sentença que julgar improcedente o pedido do autor vincula o cessionário quanto aos seus efeitos.
Fundamente.
RESPOSTA: Sim, embasado no art. 42, § 3º, vincula sim, excepcionalmente quem não é parte do processo submete-
se ao efeito da coisa julgada.
JURISPRUDÊNCIA:
Processo
CC 98729 / RJ
CONFLITO DE COMPETENCIA
2008/0205438-9
Relator(a)
S1 - PRIMEIRA SEÇÃO
Data do Julgamento
27/05/2009
Data da Publicação/Fonte
DJe 08/06/2009
Ementa
PROCESSUAL.
dispositivo, mas ser ajuizada por sujeito que não possui capacidade
LEG:FED SUM:******
SUM:000348
PORTE DE 1999
ART:00007
Veja
DOUTRINA:
O Código trata de estabelecer, no artigo 263, quando se tem por criada a relação jurídica
processual, a qual vincula o autor, o juiz e o réu.
A distribuição da ação, pelo que se apreende do artigo em comento, marca o início do
processo quando há mais de uma vara, ou seja, mais de um juiz com igual competência.
Diferentemente, nas comarcas em que haja um só juízo, ou, embora sendo mais de um, a
competência de cada qual seja exclusiva, o ato inicial da formação do processo se
completa com o despacho aposto pelo juiz à petição inicial.
Então, pode-se dizer que, ao receber a petição do autor, o Estado vincula-se em relação
apenas linear, por força do direito de ação. Forma-se apenas um dos lados da relação
processual, o lado ativo: a ligação entre autor-juiz e juiz-autor. Em uma segunda fase,
com a citação do réu, a relação processual se completa com o seu lado passivo, ou seja,
com a vinculação entre réu-juiz e juiz-réu. [6]