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CENTRO INTERDISCIPLINAR DE ACOLHIMENTO E PROMOÇÃO DA

AUTONOMIA DG.08.v01
Código de Ética e Conduta

CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DO CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE NOSSA SENHORA


DA LUZ

1. PREÂMBULO

“A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones
apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração”.
Santa Teresa de Calcutá

O Centro Social Paroquial Nª Sª da Luz foi criado em 1983, com o objetivo de desenvolver
atividades de ação social para apoio e proteção à pessoa em situação de isolamento, solidão,
debilidade física, social ou económica.

No âmbito e cumprimento da sua “missão”, o Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz
é reconhecido a nível local, como uma instituição competente, inovadora, criativa e confiável no
apoio social, junto dos seus parceiros, beneficiários, famílias, entidades públicas e privadas.

Esse reconhecimento deriva, em parte das decisões e orientações da Direção, mas


especialmente pela atuação das(os) cuidadoras(es) que prestam serviço às pessoas que
solicitam a sua colaboração. Essa atuação está enquadrada pela diversa legislação em vigor e
pela regulamentação interna.

Como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), somos uma entidade cuja atividade
se concentra na prestação de serviços e cuidados por pessoas a outras pessoas, visando a
melhoria contínua da sua qualidade de vida.

Neste sentido, esta Instituição tem uma responsabilidade ética relacionada com comportamentos
ou atividades que as partes interessadas dela esperam, em especial porque tem no seu carisma
fundacional os valores cristãos.

Atentando ao referencial EQUASS “estas instituições devem funcionar na base de orientações


éticas que respeitem a dignidade e o bem-estar dos colaboradores, pessoas servidas e suas

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famílias ou cuidadores. Fornecem serviços baseados na confiança, confidencialidade e


honestidade; promovem assim a proteção das pessoas servidas contra abusos e má conduta”.

Os princípios éticos constituem-se enquanto diretrizes pelas quais as pessoas regem o seu
comportamento. A ética implica a reflexão contínua sobre a prática e só
acontece quando se concretiza em compromisso com um quadro de valores e procedimentos.

A conduta ética também é fundamental para estabelecer e sustentar relações legítimas e


duradouras entre organizações. Neste sentido, este código de ética e conduta vem apresentar
um conjunto de valores que têm que estar presentes em todas as concretizações da Instituição.

O sucesso do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz fundamenta-se nas relações de
confiança e de pertença que, ao longo do tempo, soubemos estabelecer com todos os nossos
colaboradores, voluntários e parceiros, que constituem hoje, seguramente, uma parte importante
da nossa identidade.

Este código decorre da construção e tipificação dessa identidade. O código não pode nem deve
prever tudo, no entanto, o que se consideram os princípios orientadores da vida do dia a dia da
Instituição precisam de estar bem definidos.

Esperamos por isso que este código se torne num documento gerador de coesão e confiança
sabendo que passa a ser, para todos os órgãos gerentes e colaboradores desta Instituição, uma
responsabilidade e um desafio para o qual cada um tem de estar, permanentemente, à altura.

O Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz adota um Código de Ética e Conduta, que
pretende autorregular boas práticas adequadas à sua natureza de IPSS com carisma
fundacional cristão e cujos objetivos estão claramente determinados nos seus Estatutos e de
acordo com a sua Missão, Visão, Valores e Princípios.

O presente Código de Ética e Conduta é um instrumento de coesão interna no relacionamento


entre os que ao Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz prestam a sua colaboração,
em favor dos seus utentes mas também dos seus parceiros de projetos.

O Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz e os elementos que integram as suas
equipas operacionais, independentemente da função ou posição hierárquica, estão

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comprometidos em promover a difusão e as práticas deste Código de Ética e Conduta e a


defender os princípios por que este se orienta, bem como a reger a sua conduta de acordo com
o mesmo.

O código é aprovado pela Direção nesta data e afirma o compromisso de todos os que
colaborem nesta Instituição com os princípios de atuação nele explicitados.

2. OBJETIVOS DO CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA

2.1. Ser uma referência para a conduta profissional de todos os colaboradores do Centro
Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz;
2.2. Consciencializar, esclarecer e divulgar os valores e princípios éticos do Centro
Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz para que todos os que com ele
colaborem possam exercer com dignidade e honestidade as ações profissionais que
lhe competem;
2.3. Assegurar a existência de valores e normas de conduta criando um ambiente de
trabalho que promova o respeito, a integridade e a equidade;
2.4. Garantir que a prossecução da missão do Centro Social Paroquial de Nossa
Senhora da Luz é compatível com os seus princípios éticos;
2.5. Eliminar a subjetividade das interpretações pessoais sobre princípios morais e
éticos;
2.6. Divulgar o compromisso do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz
reforçando a sua imagem e confiança institucional;
2.7. Assegurar uma relação de confiança entre todos os membros dos órgãos gerentes,
colaboradores e partes interessadas;
2.8. Promover a coerência entre os valores éticos da organização e os que são
efetivamente praticados pelo CSPNSL traduzidos nas condutas dos seus órgãos
gerentes e colaboradores.

3. ÂMBITO

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O presente Código de Ética aplica-se a todos os órgãos gerentes e colaboradores do Centro


Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz bem como a outras pessoas que nele prestem
serviço.

4. BASE LEGAL DE ATUAÇÃO

No exercício das suas funções, os membros dos órgãos gerentes e colaboradores do Centro
Social de Nossa Senhora da Luz estão obrigados ao cumprimento do disposto nos seus
Estatutos e normas legais, devendo ter uma conduta responsável e eticamente correta em
todos os momentos e circunstâncias.

5. DECLARAÇÃO DE ADESÃO

Para a adesão às normas éticas e para responsabilidade e transparência nesse


procedimento, o Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Luz promove junto de todos os
órgãos gerentes e colaboradores a subscrição do presente Código de Ética através de uma
declaração de adesão.

6. MISSÃO DA INSTITUIÇÃO

A missão do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz é a promoção e o


desenvolvimento da dignidade da Pessoa Humana, através das suas respostas sociais.

7. VISÃO DA INSTITUIÇÃO

Ser uma Instituição de excelência no acolhimento e nos serviços prestados de acordo com a
Doutrina Social da Igreja.

8. PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA INSTITUIÇÃO


Como princípios orientadores o CSPNSL segue os seguintes princípios: A promoção da
dignidade da Pessoa Humana; o Bem comum e a Solidariedade.

8.1. Dignidade da pessoa humana


O princípio da dignidade da pessoa humana é um valor moral e espiritual inerente à pessoa, que
tem consequentemente tradução axiológica no ordenamento jurídico e nos documentos internos.
8.2. Bem comum

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É uma expressão que reúne as palavras bem, provinda do latim bene, cujo significado é a
qualidade da excelência ética, um conjunto de boas ações ou uma pessoa levada pela
humildade e pela sabedoria: Provém também do termo de communis, significando coletividade,
comunidade ou grupo de pessoas com o mesmo interesse.
Segundo os princípios do bem comum, quando um determinado objeto ou uma situação
qualquer é partilhado e traz algum benefício a todos pode ser considerado um bem comum.
Desta forma, tudo o que possa ser aplicado como usufruto para as pessoas de uma determinada
sociedade, ou que beneficie a sociedade como um todo, pode ser considerado um bem comum.
No meio religioso, com destaque para as religiões cristãs, o bem comum é todo o bem, material
ou espiritual, vivido pela sociedade comunitariamente. O Papa João XXIII, na sua encíclica
Pacem in Terris, define o bem-comum como o conjunto de todas as condições da vida social que
possam favorecer o desenvolvimento integral da personalidade do homem e da sua sociedade.
8.3. Solidariedade
A palavra solidariedade deriva do latim solidare, que significa, etimologicamente, "solidificar",
"confirmar". É um sentimento de identificação em relação ao sofrimento dos outros
reconhecendo a situação delicada de uma pessoa ou grupo social. É um ato de bondade com o
próximo que se traduz na ajuda ao próximo.

9. ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO
Como estratégias de atuação o CSPNSL preconiza: A subsidiariedade; a Inovação; a
Participação; a Cooperação e o Estabelecimento de Parcerias.

9.1. Subsidiariedade
O princípio da "Subsidiariedade" nasce da relação entre a "liberdade" e a "autonomia". Assim por
este princípio deve-se respeitar a liberdade e proteger a vitalidade dos corpos sociais intermédios,
por exemplo, a família, associações, IPSS, entidades culturais, económicas, ONG's, e outras que
são formadas espontaneamente no seio da sociedade. O Estado não deve interferir no corpo
social e na sociedade civil além do necessário. Por outro lado, o Estado deve exercer atividade
supletiva quando o corpo social, por si, não consegue ou não tem meios de promover
determinada atividade, como também deve o Estado intervir para evitar situações de
desequilíbrio e de injustiça social, sendo visto como parceiro no objetivo comum de promover a
dignificação da Pessoa Humana.
9.2. Inovação

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A palavra é derivada do termo latino innovatio, que significa novidade ou renovação e refere-se a
uma ideia, método ou objeto que é criado e que se diferencia dos padrões anteriores. Deste modo a
Inovação insere-se quer no processo de gestão, monitorização e realização das tarefas, fazendo
mais com menos recursos, ou seja, eficazmente, e ainda na própria definição estratégica da
instituição, privilegiando-se a inovação social.

9.3. Participação

O principio da Participação implica o envolvimento de um indivíduo em ações da vida sócio-


comunitária tendo em vista o Bem-comum. Implica também a co-responsabilização na tomada
de decisões por todos os envolvidos na vida da instituição, utentes, colaboradores, familias,
voluntários e restantes Stakeholders partindo do carisma fundacional e da estratégia definida
pelos principais responsáveis.

9.4. Cooperação e Parcerias

Do latim cooperatiōne percebemos a Cooperação como uma ação conjunta baseada numa
relação entre indivíduos ou organizações para uma finalidade e objetivo em comum. Apostamos
num trabalho cooperativo que leve a que os indivíduos se preocupem com os outros, mas que
também pensem no coletivo. Muitas vezes estas ações apontam para a existência e
desenvolvimento de parcerias que têm em vista a racionalização e potenciação dos recursos
existentes.

10. VALORES INSTITUCIONAIS

Há determinadas qualidades pessoais e profissionais que são exigíveis nos planos ‘ético’ e de
‘conduta’ a todos quantos integram os quadros e as equipas de trabalho desta instituição. Os
valores estão acima de quaisquer outros interesses particulares ou de grupo e têm subjacente a
primazia que queremos dar ao bem-estar e qualidade de vida dos nossos utentes bem como ao
facto de estarmos ao serviço da comunidade onde estamos inseridos. Este conjunto de valores
deverá estar presente em todas as concretizações desta Instituição.

10.1. Caridade
Do latim caritas, a caridade é uma virtude teologal da religião cristã que consiste em amar a
Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. Trata-se, portanto, de poder amar os outros

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sem segundos interesses.


10.2. Justiça
O conceito de justiça tem a sua origem no termo latino iustitia e refere-se a uma das quatro
virtudes cardeais, que se caracteriza por uma constante e firme vontade de dar aos outros o que
lhes é devido.
10.3. Equidade
Do latim aequitas, o termo equidade refere-se à igualdade. A equidade representa o julgar com
imparcialidade fazendo uso da razão, com o objetivo de proporcionar a cada sujeito aquilo que
merece e de forma igual.
10.4. Liberdade
A liberdade é um conceito que está associado à faculdade do ser humano que lhe permite levar
a cabo uma ação de acordo com a sua própria vontade, mas responsabilizando-se pelos seus
atos. Está a associada a outras faculdades ou virtudes, como a justiça e a equidade.
10.5. Responsabilidade
A responsabilidade é a capacidade existente em todo e qualquer indivíduo em reconhecer as
consequências de um ato que tenha realizado deliberadamente e de corrigir os seus efeitos.
10.6. Respeito
A palavra respeito provém do latim respectus e significa “consideração”. O respeito é um valor
que permite que o homem possa reconhecer, aceitar, apreciar e valorizar as qualidades do
próximo e os seus direitos e obrigações. Ou seja, é o reconhecimento do valor próprio e dos
direitos dos indivíduos e da sociedade permitindo que a sociedade viva em paz e numa
convivência saudável assente em normas e instituições.
10.7. Lealdade Institucional
Observar este valor Implica concorrer para um funcionamento eficiente da instituição assumindo
um comportamento de dedicação e de respeito pelos seus compromissos perante a mesma e
para com os superiores hierárquicos
10.8. Integridade
É a peculiaridade de quem é digno, honrado ou honesto e de quem não é possível corromper. O
indivíduo íntegro apresenta ações ou comportamentos que demonstram equidade e dignidade.
Preza a coerência e a harmonia entre aquilo que diz e o que faz.
10.9. Competência profissional
A competência diz respeito à aptidão, habilidade e capacidade de resolver problemas. A
competência pressupõe uma ação que agrega valor diante novas situações. Ser competente

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profissionalmente implica ter vontade de ajudar, de se aperfeiçoar continuamente, de obter


conhecimento e ainda de inovar.
10.10. Acolhimento
Traduz-se na capacidade de acolher, acarinhar e respeitar a “pessoa” dependente, colegas ou
quem nos visite. Acolher significa tomar em mãos, albergar. Implica reparar nos pormenores na
receção dos utentes, colegas ou outros que frequentem a instituição. Receber bem é criar um
clima emocional agradável e seguro que nos faça a todos sentir orgulho.

11. PRINCÍPIOS ÉTICOS FUNDAMENTAIS

O Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz e os seus colaboradores, no exercício das
suas atividades, funções e competências, comprometem-se a atuar em prol do interesse da
instituição e dos seus utentes, tendo por base os valores fundamentais que o orientam e no
estrito cumprimento da legalidade.

Neste contexto, os colaboradores assumem executar os seus atos profissionais de acordo com
princípios fundamentais de ética e conduta aqui adotados. Eximem-se também de executar
quaisquer atos ou contribuir para a ocorrência de omissões contrárias a preceitos e princípios
consignados neste Código, quer em nome da instituição, quer em seu próprio nome, quando tal
tenha lugar em circunstâncias que direta ou indiretamente envolvam a mesma e possam pôr em
causa a imagem, bom nome, missão e objetivos institucionais.

11.1. PROTEÇÃO DOS INTERESSES DOS UTENTES/BENEFICIÁRIOS

a) Garantia de confidencialidade - Os utentes têm direito ao respeito pela confidencialidade


de todos os elementos da sua vida, sobretudo no que se refere à sua privacidade e
intimidade. Todos os elementos intervenientes no processo devem respeitar essa
confidencialidade nomeadamente através de:
 Não divulgar nunca, e em qualquer circunstância, informações sobre a vida
íntima e privada dos utentes;
 Respeitar a inviolabilidade da correspondência;
 Assegurar a confidencialidade sobre todas as informações que tenha
conhecimento no desempenho das funções quer sejam de carácter individual
ou coletivo;

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 Manter a confidencialidade sobre as atividades laborais e elementos que a


partir delas tiver acesso.
b) Promoção da Autonomia - O respeito pela individualidade implica, necessariamente, o
respeito e a promoção da autonomia do utente. A Autonomia deverá ser trabalhada e
desenvolvida em todos os utentes quer ao nível físico quer ao nível da realização das
diferentes atividades. A autonomia concretiza-se de múltiplas formas entre as quais:
 encorajar o utente a ser responsável por si próprio, tanto quanto possível,
trabalhando as suas autonomias e executando ele mesmo todas as tarefas que
deseje e que seja capaz;
 Ninguém se deve substituir ao utente nessas tarefas sob o argumento de maior
funcionalidade ou rapidez;
 Organizar o espaço físico de modo a facilitar a mobilidade;
 Respeitar os utentes no que respeita à sua capacidade de escolha;
 Promover a participação ativa dos utentes nas diferentes atividades;
 Não são permitidas quaisquer formas de coação moral ou psicológica, nem
comportamentos ofensivos da dignidade da pessoa humana.
c) Respeitar a Privacidade e Intimidade - A consideração pela pessoa implica o respeito
pela sua privacidade e intimidade. São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e
a imagem das pessoas, assegurando o direito a indemnização pelo dano material ou
moral decorrente da sua violação. Merece especial atenção a sua garantia em:
 Intervenções que respeitem à sua higiene íntima;
 Problemas e questões pessoais e familiares;
 Situações de Saúde;
 As relações com os outros;
 Correspondência, chamadas telefónicas e outros meios de comunicação.
d) Centralização no utente - toda a política de intervenção social do CSPNSL está centrada
na pessoa do utente atendendo às suas características e necessidades pessoais. Neste
sentido toda a atividade ainda que programada e planificada em grupo tende a dar
resposta ao PI -Plano Individual. Neste sentido todos os colaboradores deverão exercer
as suas funções tendo como orientação o seguinte:
 Atenção às especificidades de cada um dos utentes;

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 Responder às necessidades individuais de cada utente identificadas pela equipa


técnica;
 Valorizar e promover as competências de cada um dos utentes;
 Tratar e relacionar-se com cada um dos utentes de acordo com as
manifestações da sua vontade;
 Cumprir e fazer cumprir os PI’s;
 Contribuir de forma ativa na avaliação e revisão dos PI’s a partir de uma atenção
particularizada a cada um dos utentes.
e) Promoção da Autorrepresentação e Autodeterminação
 Oferecer condições para que os utentes se conheçam a si próprios, os seus
sentimentos e emoções, que construam o auto-respeito e valores socialmente
desejáveis;
 Diligenciar para que, no contexto familiar alargado, um familiar, do utente a
necessitar de tutela, assuma função de tutela e a exerça com zelo e dedicação
em prol dos interesses do tutelado e na defesa dos seus direitos de cidadania;
 Levar as Famílias a Respeitar integralmente todos os seus direitos de cidadania
do seu familiar em situação de fragilidade.
 Manter uma atitude de empatia com os utentes, em permanente escuta e
observação a fim de se colocar no seu lugar e conhecer assim melhor as suas
necessidades e expectativas.
f) Promoção da Inclusão Social - A inclusão social é um dos pontos a ser trabalhados na
ação desenvolvida pelo CSPNSL. Todos os colaboradores comprometem-se em dar
desenvolvimento e operacionalizar este princípio nomeadamente através de:
 Sensibilizar, formar e educar a família dos utentes no sentido de reforçar as
suas capacidades como base de inclusão, participando em programas de
integração dos utentes na comunidade;
 Desenvolver e implementar atividades onde os direitos e o exercício da
cidadania estejam claros e efetivos;
 Acompanhar os utentes em atividades de inserção como um elemento
promotor e dissuasor da discriminação;
 Adaptar o meio, a linguagem e as atividades às capacidades dos utentes
reduzindo as barreiras da inclusão e da autonomia;

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 Cumprir as suas obrigações de forma profissional, responsável e zelosa,


procurando a excelência de desempenho, mesmo em circunstâncias difíceis.
g) Respeito mútuo - Sendo este um valor que permite que se possa reconhecer, aceitar,
apreciar e valorizar as qualidades do próximo e os seus direitos e obrigações,
apresentamos aqui algumas indicações particulares:
 Respeitar a dignidade e as preferências de cada família fazendo um
esforço por incorporar a cultura, a língua, costumes e crenças;
 Estabelecer relações de confiança mútua com as famílias do utente a quem
se presta o serviço promovendo sempre a igualdade de trato;
 Prestar todos os esclarecimentos necessários afins de que a família
conheça todos os recursos comunitários colocados ao seu dispor;
 Incutir nas famílias os valores do respeito, autodeterminação e
solidariedade, como meio de fomentar o espírito de entreajuda;
 Respeitar os valores defendidos pelo CSPNSL, local onde se prestam
serviços;
 Estar atento às necessidades dos utentes e suas famílias que mais
precisam de solidariedade e apoio mútuo.

11.2. CONFIDENCIALIDADE

Todos os colaboradores se comprometem a manter rigorosa confidencialidade sobre


informações de que tomem conhecimento no desempenho das suas funções, sobre utentes,
parceiros ou potenciais beneficiários. Adicionalmente, estão comprometidos a não usar tais
informações para benefício próprio ou de terceiros, durante e após o seu vínculo com o
CSPNSL.

11.3. SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO


a) Todos os colaboradores se comprometem em assegurar a proteção e conservação
das instalações da instituição abstendo-se de lesar ou danificar, por incúria ou
incumprimento de regras de utilização, quaisquer bens da instituição, tal como
devem evitar que outros o façam.

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b) Os colaboradores, de acordo com as suas funções, obrigações e desempenho


operacional, assumem o compromisso de, no exercício das suas funções, sobretudo
nas ligadas ao domínio financeiro, informar hierarquicamente sobre o que a lei e os
normativos internamente adotados determinam em matéria financeira e económica
para a instituição, bem como alertar para os pontos que considerem relevantes.
c) Todos os colaboradores estão obrigados, mesmo após a sua desvinculação da
instituição, a não usar ou explorar qualquer processo resultante do desenvolvimento
da sua atividade ao serviço do CSPNSL.
d) Os colaboradores estão comprometidos em não utilizar, para fins pessoais, recursos
e facilidades operacionais do CSPNSL, incluindo os meios e serviços de
comunicações, sem a devida fundamentação e autorização e restringindo essa
utilização ao estritamente necessário.
e) O acesso à internet disponível não pode ser utilizado para transmitir ou trocar
conteúdos do foro privado, ofensivos, com imagens impróprias ou contrárias à lei e
ao presente Código de Ética e Conduta.
f) De modo a garantir a segurança na operacionalização dos meios informáticos os
colaboradores estão comprometidos em aplicar as boas práticas vigentes neste
domínio.

11.4. LEALDADE

Os colaboradores do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz devem, em todos os


momentos da sua atividade, assumir um comportamento de dedicação e lealdade institucional e
respeitar os seus compromissos perante a instituição e para com os superiores hierárquicos. A
par desta postura, devem igualmente comprometer-se com uma colocação incondicional da sua
capacidade criativa, inovação de processos e espírito de missão, ao serviço do CSPNSL.

11.5. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

a) Cada colaborador do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz está


comprometido com o desenvolvimento e a manutenção de um estilo de
relacionamento indistinto e espontâneo para com os demais, de modo a
desenvolver um forte espírito de colaboração e coesão interpares, privilegiando
o trabalho em equipa. Todos e cada um devem assumir que estão sempre

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comprometidos em colaborar num âmbito de aprendizagem contínua, bem como


na integração de novos colaboradores, fornecendo-lhes informação adequada e
atualizada relevante para a realização das tarefas que lhes incumbam, e com o
óbvio respeito pelos compromissos de confidencialidade aludidos no presente
Código de Ética e Conduta e pelo uso das boas práticas da atividade.
b) Pretende-se criar espaço para o desenvolvimento das atividades de forma livre
e responsável envolvendo e implicando todos os intervenientes nas decisões do
dia a dia. Neste sentido são exigidas a todos os colaboradores as seguintes
posturas:
 Respeitar e cumprir as normas legais e internas aplicáveis;
 Procurar o conhecimento das leis, regulamentos e instruções internas em
vigor e desenvolver um esforço permanente e sistemático na atualização
dos seus conhecimentos;
 Os colaboradores com responsabilidades de gestão e chefia devem,
consequentemente, proporcionar ao pessoal na sua dependência o
conhecimento, informação e formação necessários àquele efeito;
 Desenvolver a sua atuação pelo escrupuloso cumprimento dos limites de
responsabilidade que lhes estão atribuídos;
 Usar o poder que lhes tenha sido delegado de forma não abusiva, orientado
para a consecução dos objetivos e o aumento da qualidade de vida dos
utentes;
 Cumprir e fazer cumprir os planos de atividades e objetivos definidos para a
sua missão;
 Zelar pelo património do CSPNSL e dos seus utentes;
 Desenvolver as suas atividades com uma boa utilização dos recursos
evitando desperdícios.

11.6. RELACIONAMENTO COM UTENTES, FORNECEDORES E OUTRAS ENTIDADES

Cada colaborador do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz está obrigado e
empenhado em contribuir para um elevado padrão de qualidade de serviço, nomeadamente pela
prontidão e disponibilidade postas na execução das tarefas a seu cargo, a uma total correção de

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procedimentos e a uma atitude de urbanidade no relacionamento com os utentes/familiares,


fornecedores ou outras pessoas que demandem a Instituição.

11.7. PREVENÇÃO DE POTENCIAIS CONFLITOS DE INTERESSES


a) O Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz e os seus colaboradores estão
comprometidos em evitar, com todo o empenho, situações geradoras de conflitos de
interesses na sua atuação junto de utentes, parceiros e fornecedores, que possam pôr
em causa o princípio da imparcialidade. Os colaboradores do CSPNSL, permanentes ou
ocasionais, devem informar a instituição sobre interesses e ligações que detenham e
possam suscitar dúvidas de imparcialidade ou obrigar a separação de interesses.
b) De igual forma os colaboradores comprometem-se a evitar ou a não desencadear
qualquer situação suscetível de originar direta ou indiretamente conflitos de interesses
com a Instituição enquanto sua entidade patronal. Assim, estão comprometidos a
informar o CSPNSL de quaisquer interesses ou ligações que possam ser tidas como
potencialmente influentes na sua atuação técnica ou hierárquica, e que ponham em
causa a sua imparcialidade, nomeadamente no caso de pretenderem exercer qualquer
atividade profissional para outra entidade ou pessoa cujos interesses e postura
institucional colidam, se oponham ou lesem os do CSPNSL.

11.8. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO


a) O Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz e os seus colaboradores
estão comprometidos com o dever de informar, no respeito pela verdade e
transparência, sobre as questões que lhes sejam colocadas por entidades
tutelares e reguladoras autorizadas e previstas na Lei, desde que os conteúdos
de informação não estejam sujeitos a reserva hierárquica ou de
confidencialidade, mesmo que a natureza das matérias envolvidas o aconselhe
ou exija a nível institucional.
b) Os colaboradores do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz
também estão comprometidos a comunicar aos seus superiores hierárquicos
quaisquer questões que lhes sejam colocadas por entidades ou pessoas
singulares, e que lhes suscitem dúvidas no dever de informar, abstendo-se
ainda de proferir quaisquer declarações ou expressar as suas opiniões pessoais
sobre matérias que se relacionem com a atividade, tarefas e ações

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desempenhadas pelo Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz, sem


que, para o efeito, tenham previamente informado e sido expressamente
autorizadas a pronunciar-se pelas hierarquias competentes e sob
responsabilidade destas.

11.9. SEGURANÇA E BEM-ESTAR NO TRABALHO

Os colaboradores do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz obrigam-se a cumprir e


a induzir os que com eles trabalham, na aplicação das regras e boas práticas de segurança e
higiene nos seus locais de trabalho, e aos recursos colocados ao seu dispor. Comprometem-se
também a informar os seus superiores hierárquicos da ocorrência de qualquer situação irregular
praticada pelos próprios, por terceiros, voluntariamente ou por negligência, das boas práticas em
vigor e suscetível de poder prejudicar pessoas, instalações ou equipamentos do CSPNSL. Esta
obrigação tem especial relevância quando implica ocorrências que envolvam as pessoas ao
cuidado da instituição (utentes).

11.10. NÃO DISCRIMINAÇÃO

No Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz não são aceites quaisquer formas de
discriminação na contratação, remuneração, acesso a formação, promoção, seleção de
fornecedores ou de utentes, nas suas atividades laborais ou socioeducativas, parcerias ou
cessações de contratos de trabalho, seja com base na raça, nacionalidade, religião, deficiência,
género, orientação sexual, idade ou filiação, seja ainda por qualquer outro motivo proibido por lei.

11.11. COMPROMISSO AMBIENTAL

O Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz e os seus colaboradores devem contribuir
ativamente para o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente, tanto no
interior das instalações como nas zonas envolventes, respeitando as ‘boas práticas’ e a

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AUTONOMIA DG.08.v01
Código de Ética e Conduta

legislação aplicável em matéria de gestão ambiental, nomeadamente na utilização de recursos


energéticos e gestão de resíduos.

11.12. RESPONSABILIDADE SOCIAL

O Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz e os seus colaboradores estão


intrinsecamente comprometidos na contribuição para o progresso e bem-estar da comunidade
em que se insere, até pela própria natureza como IPSS e carisma fundacional, promovendo e
pugnando por um desenvolvimento social sustentável e cuidando prioritariamente das pessoas
em situação de debilidade social, económica e de saúde.

12. DISPOSIÇÕES FINAIS


12.1. INCUMPRIMENTOS E DENÚNCIA DE MAUS TRATOS
a) Sempre que se verifiquem incumprimentos negligentes todos os colaboradores
estão obrigados a denunciar a situação nomeadamente:
 Denunciar qualquer situação que considere discriminatória que
ocorra dentro ou fora da instituição;
 Denunciar quem quer que seja, sempre que se verifique uma
violação dos direitos;
 Expressar a sua opinião, apresentando reclamações e sugestões
sempre que os seus direitos sejam atropelados;
 Denunciar o familiar/tutor, profissional ou organização, sempre que
estes não estejam a proporcionar aos utentes adequado apoio e
proteção social;
 Informar/denunciar aos superiores hierárquicos de todas as
anomalias de funcionamento detetadas, em especial no que diz
respeito aos maus-tratos e negligência;
 Os colaboradores devem reportar qualquer comportamento que
esteja em conflito com este Código de Ética e Conduta à direção ou
superior hierárquico sendo garantida a confidencialidade e proteção
jurídica de quem reporta e um tratamento justo a quem é reportado.

12.2. CONSEQUÊNCIAS DOS INCUMPRIMENTOS

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CENTRO INTERDISCIPLINAR DE ACOLHIMENTO E PROMOÇÃO DA
AUTONOMIA DG.08.v01
Código de Ética e Conduta

É da responsabilidade da Direção fazer cumprir este Código. Os incumprimentos


serão puníveis de acordo com as penalizações previstas na lei tendo em conta a sua
gravidade, podendo, em alguns casos, dar origem a um processo disciplinar, judicial ou ainda a
outra punição legalmente prevista.

12.3. INTERPRETAÇÃO

Qualquer dúvida de interpretação do Código de Ética e Conduta será esclarecida pela Direção,
ouvidos os colaboradores e tendo em conta as normas, regulamentos e legislação em vigor.

12.4. APLICAÇÃO

O presente Código de Ética e Conduta foi aprovado pela Direção do Centro Social Paroquial de
Nossa Senhora da Luz na sua reunião de , conforme ata n.º de entrando em vigor 30 dias
depois, período necessário à divulgação e adesão por parte dos seus colaboradores.

A-dos-Cunhados, 1 de Fevereiro de 2020.

A Direção,

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