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Relatório do Experimento 3
Força Centrípeta
Resumo
O experimento aqui relatado trata-se do estudo do movimento circular, tendo como
objetivo comparar a medida obtida do dinamômetro, com a medida obtida a partir da
fórmula da força centrípeta, tendo como base as leis do movimento circular uniforme.
Realizou o experimento diversas vezes variando o raio e a massa. Com isso adquiriu-se
as medidas diretas do período e da força centrípeta. Foi medido cinco vezes o período
devido a uma aleatoriedade e utilizado o período médio, juntamente com seu erro,
para os cálculos. Então, através da fórmula dada, pôde-se calcular a força centrípeta
teórica, comparando com a medida do dinamômetro. A partir da análise dos dados
obtidos, pode-se concluir que a força medida no dinamômetro foi menor que a força
teórica calculada para a maioria dos casos(Gráfico 4).
Introdução teórica
Força centrípeta é uma força resultante que puxa o corpo para o centro da trajetória em um
movimento circular.
Como a força centrípeta é uma força resultante pela Segunda Lei de Newton, temos que:
⃑ ⃑
F R =m a Equação 1
E a aceleração, neste caso particular, corresponde a aceleração centrípeta dada pela fórmula:
⃑ 2
a c =ω R Equação 2
2
2π ⃑ 4π
ω= Equação 3 ac= 2 R Equação 4
T T
⃑ 4π
2
F c =mR 2 Equação 5
T
Linha
Motor
Plataforma
giratória
Torre para
pendurar o
suporte
Suporte para
massa com
ganchos
Cronômetro
manual
Balança
Dinamômetro
Montagem do experimento:
1. Inicia-se a montagem dos suportes. A plataforma de rotação é colocada
inicialmente a um raio, R, da origem e, utiliza-se um fio preso a um corpo de
massa, que varia ao longo do experimento.
2. Utiliza-se um motor com diferentes potenciais com objetivo de produzir diferentes
períodos de movimento, T.
3. Coloca-se o dinamômetro preso à plataforma de rotação com a finalidade de
medir a força F na corda, quando o objeto de massa m, que está em movimento
circular, esteja sempre perpendicular ao plano.
4. Utiliza-se, também, um cronômetro para medir o período do movimento circular,
o qual inicia-se a rotação em um determinado raio, R, e podem variar os demais
raios.
5. Logo, com as medidas diretas é possível obter os valores da força centrípeta em
cada caso.
O procedimento:
Após a montagem do experimento, o motor é ligado juntamente com a plataforma de rotação,
iniciando um movimento circular. A força, F, na corda será medida pelo dinamômetro, que
quando apresentar oscilações devem ser registrados os valores máximos e mínimos
alcançados pelo instrumento. Além disso, deve-se observar se o objeto de massa, m, que está
em movimento circular, esteja sempre perpendicular ao plano. Em seguida, com o auxílio de
um cronômetro, medimos o período do movimento. Logo, foram feitos, no mínimo, dez
medições com diferentes raios e massas com objetivo de determinar a medida mais precisa da
força centrípeta.
Desse modo, a cada execução do experimento anotou-se os resultados para a resolução dos
cálculos e análises gerais do experimento.
Resultados
Neste experimento foi marcado cinco vezes o período T, pois foi percebido uma
aleatoriedade nos mesmos. Portanto, utilizou-se aqui o período médio com seus
respectivos erros.
∆ F c =mR
T2 m R (
4 π2 ∆ m ∆ R ∆ T
+ +
T
Equação 6
)
∆ F c =0,281095882 + (
0,00001 0,001 0,06
+
0,09550 0,177 1,54 )
∆ F c =0,28109588 ( 0,0001047+0,0056497+ 0,00647668 )
∆ F c =0,003 423795=0,003 N
(Tabela 2) Resultados
N m (±0,01g) R(±0,1cm) T(±0,01s) Fc (N) ΔFc (Δm) N ΔFc (ΔR) N ΔFc (ΔT) N ΔFc (N)
1 95,50 17,7 1,54 0,280 0,00003 0,002 0,002 0,003
2 95,50 16,5 1,76 0,200 0,00002 0,001 0,001 0,002
3 95,50 15,0 1,29 0,342 0,00004 0,002 0,003 0,005
4 147,25 18,1 1,44 0,506 0,00003 0,003 0,004 0,006
5 147,25 17,5 1,30 0,602 0,00004 0,003 0,005 0,008
6 147,25 16,2 1,58 0,377 0,00003 0,002 0,002 0,005
7 198,93 18,2 1,51 0,630 0,00003 0,003 0,004 0,008
8 198,93 17,2 1,78 0,428 0,00002 0,002 0,002 0,005
9 198,93 16,2 1,77 0,407 0,00002 0,003 0,002 0,005
10 198,93 15,5 2,02 0,298 0,00001 0,002 0,001 0,003
0.4
0.3
0.2
0.1
0
1.54 1.76 1.29 1.44 1.31 1.58 1.51 1.78 1.77 2.02
Período T
0.3
0.2
0.1
0
0.42 0.32 0.60 0.48 0.59 0.40 0.44 0.32 0.32 0.25
1/T2
0.30
0.20
0.10
0.190 0.240 0.290 0.340 0.390 0.440 0.490 0.540 0.590 0.640 0.690
Fc (N)
Análises e Conclusões
Análise Numérica:
Analisando a Tabela 1, pode-se perceber que não há grande variação entre as Tensões
máximas e mínimas, analisando as medidas da tensão, raio e massa, considerando
seus respectivos erros nos casos 1/5, 4/7 e 6/9 cujos raios são os mesmos, mas a
massa é alterada, percebe-se que a tensão aumenta com o aumento da massa,
indicando a proporcionalidade entre massa e tensão. Considerando agora os casos em
que a massa se manteve constante e o raio foi alterado, levando em conta seus
respectivos erros analisamos os casos 1-3, 4-6 e 7-10. Percebe-se que nos casos 1 ao 3
e 4 ao 6, a relação tensão/raio não segue nenhuma lei (o que não é esperado), porém
nos casos 7 ao 10 a tensão aumenta com o aumento do raio, indicando a
proporcionalidade tensão/raio para esses casos. Analisando agora as medidas do
período percebe que em todos os casos a tensão é inversamente proporcional ao
período, ou seja, para um valor “pequeno” de período, obtivemos um valor “alto” para
a tensão. O erro relacionado a medida do raio é instrumental, pois vem da medida da
régua, que tem precisão máxima de 0,1cm, o erro relacionado a medida da massa
também é instrumental, pois vem da medida da balança que tem precisão máxima de
0,01g, já o erro relacionado a medida do Período é aleatório, pois vem da dispersão
dos casos, o erro relacionado a medida da tensão máxima e mínima também é
aleatório, pois há uma oscilação no dinamômetro durante a realização do
experimento.
Analisando a tabela 2, chegamos as mesmas conclusões em relação a medida indireta
da força centrípeta que as que tivemos em relação as medidas da força máxima e
mínima, ou seja conclui-se que a Fc é diretamente proporcional à massa (analisando os
mesmos casos citados acima), a relação Fc/Raio não segue nenhuma lei para os 6
primeiros casos. O erro na força centrípeta devido à massa e raio são instrumentais
devido a medida da balança e régua respectivamente, o erro na força centrípeta
devido ao período é aleatório devido a dispersão dos casos executados. Pode-se
afirmar que o erro total na medida da força centrípeta deve-se principalmente às
medidas do período e raio, ou seja, em um próximo experimento a dispersão na
medida do período deve ser minimizada, e deve ser adquirido um método mais preciso
de medir o raio.
Análise Comparativa:
Comparando os dados experimentais com os previstos pela teoria temos as seguintes
tabelas e gráficos:
0.50
0.40
0.30
0.20
0.10
0.00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Caso N
0.30
0.25
0.20
0.15
0.10
0.190 0.240 0.290 0.340 0.390 0.440 0.490 0.540 0.590 0.640 0.690
Fc (N)
(Tabela 3) Teoria
N R(±0,1cm) ΔFc (ΔR) N m (±0,01g) ΔFc (Δm) N Fc (N) ΔF (N) T (teórico) s
1 17,7 0,002 95,50 0,0000 0,22 0,005 1,76
2 16,5 0,001 95,50 0,0000 0,13 0,005 2,23
3 15,0 0,002 95,50 0,0000 0,26 0,01 1,47
4 18,1 0,003 147,25 0,00003 0,50 0,005 1,46
5 17,5 0,003 147,25 0,00004 0,52 0,005 1,41
6 16,2 0,002 147,25 0,00003 0,32 0,005 1,73
7 18,2 0,003 198,93 0,00003 0,57 0,005 1,59
8 17,2 0,002 198,93 0,00002 0,41 0,01 1,82
9 16,2 0,003 198,93 0,00002 0,36 0,01 1,88
10 15,5 0,002 198,93 0,00001 0,25 0,005 2,23
Os valores teóricos foram adquiridos pelas fórmulas 1-6, ditam que a força centrípeta deve ser
diretamente proporcional à massa e ao raio, e inversamente proporcional ao período,
observando o gráfico 4, é possível ver que apenas os casos 4 e 8 estão dentro da margem de
erro calculada, mas percebe-se que nos outros casos os valores são muito próximos do
esperado, então é possível que possa ter havido uma falha no reconhecimento da medida do
dinamômetro (considerando que ele fica girando rápido, é difícil ver exatamente o valor
marcado). Em relação aos períodos temos o seguinte:
Comparação
Real Teórico
Desvio %
T(±0,01s) T(±0,01s)
1,54 1,76 0,22 12%
1,76 2,23 0,47 21%
1,29 1,47 0,19 13%
1,44 1,46 0,02 1%
1,30 1,41 0,11 8%
1,58 1,73 0,15 9%
1,51 1,59 0,08 5%
1,78 1,82 0,04 2%
1,77 1,88 0,11 6%
2,02 2,23 0,21 9%
Ou seja, temos uma variação relativamente pequena sendo o caso 4 o mais preciso. Conclui-se
portanto que os valores adquiridos experimentalmente estão próximos do predito pela teoria,
é possível que a divergência tenha sido causada principalmente por erros humanos na
configuração do experimento.
Bibliografia
Tipler, P. A,;MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e ondas
termodinâmica. 6 .ed. LTC.