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- Estudos apontam que existe um índice médio de 9% de falta de produtos nas prateleiras
do varejo, com variações que podem alcançar 25% em algumas regiões - afirma Fábio
Miranda, gerente de logística da Procter & Gamble e membro do Comitê de Reposição
Eficiente da Associação ECR Brasil (Resposta Eficiente ao Consumidor).
Segundo Miranda, além do alto percentual de clientes que adiam ou desistem das
compras, há ainda os que migram de marca. "E optam, geralmente, por marcas de preço
inferior", completa. Como não é possível ter uma gestão de estoque eficiente sem ajuda
de fornecedores e fabricantes, os lojistas precisam adotar o hábito de repassar
informações para os demais membros da cadeia.
A Associação ECR Brasil é uma entidade que realiza uma série de estudos e
parcerias visando melhorar o atendimento ao consumidor final. Em uma de suas
experiências, uma rede de supermercados de Santa Catarina reduziu o índice de falta de
produtos de 7% para 0,5% por meio da adoção das técnicas de ECR.
- Com isso, o lojista passará a dimensionar melhor seu estoque, armazenando apenas o
que é necessário. O resultado dessa ação conjunta é a fidelização do cliente e,
futuramente, redução do preço final ao consumidor - diz Miranda.
O estudo foi realizado com duas redes farmacêuticas que totalizam cerca de 100 pontos-
de-venda. A escolha do segmento se deu porque existe uma série de particularidades -
como a venda relacionada a receitas médicas - mas as técnicas de reposição eficiente
podem ser adotadas por qualquer segmento do varejo, independentemente do porte da
empresa.
Os pequenos e médios varejistas também podem otimizar seus estoques por meio da
parceria com os fornecedores. Planilhas podem ser preenchidas diária ou semanalmente e
passadas à indústria por fax ou e-mail. Assim, o fornecedor também passa a conhecer o
comportamento de seu consumidor final, calculando o fornecimento adequado à loja.