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O uso de corticoterapia deve ser considerado para Grau 3: Sangramento genital importante com
aceleração da maturidade pulmonar. hipertonia uterina. Hipotensão arterial materna e
óbito fetal.
O uso de suplementação de ferro no pré-natal é
indicado para evitar anemia, com constante Grau 3A : Sem coagulopatia instalada.
monitoração dos níveis de hematócrito e
Grau 3B: Com coagulopatia instalada.
hemoglobina.
Em gestantes Rh-negativo, deve ser feita a
prescrição de imunoglobulina anti-D quando ela
apresentar sangramento.
No sangramento ativo, a gestante deve ser avaliada
principalmente em relação à sua condição
hemodinâmica. O sangramento geralmente não é
excessivo e não compromete a vitalidade fetal.
sin
Fisiopatologia
A causa imediata de DPP é a ruptura dos vasos
maternos da decídua basal. O sangue acumulado
atinge a zona de clivagem decíduo-placentária e
inicia a separação. O sangramento pode ser
pequeno e autolimitado ou pode levar a separação
completa ou quase completa da placenta. A porção
Descolamento prematuro de placenta descolada da placenta é incapaz de trocar gases e
nutrientes com o feto; quando a unidade
fetoplacentária é incapaz de compensar essa perda
de função, o feto é comprometido.
A etiologia do sangramento da decídua basal ainda
não é bem conhecida.
A maioria dos descolamentos parece estar
relacionado a um processo patológico placentário
crônico.
Nesses casos, anormalidades no desenvolvimento
precoce das artérias espiraladas levariam a necrose
decidual, inflamação placentária e, possivelmente
infarto e logo apos disrupção vascular e
sangramento.
Síndrome de Sheehan
A síndrome de Sheehan ou necrose hipofisária pós-
parto é outra complicação importante da DPP,
principalmente em casos com grande sangramento,
choque e coagulação intravascular disseminada.
Menos frequentemente, em especial nos casos de
DPP com hemorragia oculta e morte fetal, o
primeiro sinal é a coagulopatia. Nesse cenário é
comum o choque hipovolêmico materno.
A hipovolemia e a coagulação intravascular
disseminada, que é quando bloco anormais de Quadro clínico
sangue grosso (coágulos) são formados dentro dos
vasos sanguíneos, causam necrose tubular ou a O quadro clínico característico do DPP é a dor
cortical, o que desencadeia uma oliguria e abdominal, associada ou não a sangramento
insuficiência renal aguda. vaginal. A dor varia de leve desconforto até dor
intensa, associada a aumento do tônus uterino,
A necrose tubular é reversível, contudo a necrose que pode se manifestar em graus variados, desde
cortical e hipofisária é irreversível. uma taquihiperssistolia até hipertonia. Em casos de
Além dos fatores de risco para a necrose placenta de inserção posterior, a dor é lombar. Na
hipofisária, a adeno hipófise sofre hipertrofia gestante em trabalho de parto, há persistência da
durante a gestação, devido ao aumento de células dor entre as contrações.
lactoforas, produtoras de prolactina, pelo estimulo - Principal característica: hipertonia uterina
do estrogênio, que demanda maior afluxo
sanguíneo.
No pós-parto, a mulher apresenta agalactia,
amenorreia e, com o tempo, insuficiência da
suprerrenal e hipotireoidismo.
Diagnostico
O diagnóstico de DPP é clínico. A ultrassonografia, ao
contrário da placenta prévia, tem um papel muito
limitado nessa condição. No DPP agudo, muitas vezes
o coágulo retroplacentário pode não ser visível. A
ultrassonografia pode ser realizada em casos onde há
estabilidade hemodinâmica materna e vitalidade fetal após dor forte. Na palpação abdominal, as partes
preservada, e quando há dúvida sobre a localização fetais são facilmente palpadas no abdome materno
placentária, e apresentação fetal, assim como para e, ao toque vaginal, há a subida da apresentação.
estimativa de peso do feto. Os achados ultrassonográfi-
cos, se presentes, são: presença de coágulo
retroplacentário, espessamento anormal da placenta e
bordo placentário sem continuidade (borda “rasgada”).
Ruptura uterina
É uma complicação muito grave em obstetrícia
sendo uma importante causa de morbimortalidade
materna. A rotura uterina é classicada em:
– Completa: há a total rotura da parede uterina. É
uma urgência obstétrica, levando a risco de vida
tanto da mãe quanto do feto.
– Incompleta: o peritôneo parietal permanece
intacto.
Geralmente não é complicada, podendo
permanecer assintomática após um parto vaginal. O
maior fator de risco para rotura é a presença de
cicatriz uterina e o antecedente de cesariana é o
principal delas. Outras causas possíveis são Diabetes gestacional
antecedentes de: curetagem uterina com O diabetes gestacional é definido como a
perfuração, miomectomia, acretismo placentário, “intolerância aos carboidratos, de graus variados de
trauma abdominal, anomalias uterinas, intensidade, diagnosticada pela primeira vez
hiperdistensão uterina, uso inapropriado de durante a gestação, podendo ou não persistir após o
ocitocina. parto”.
Sinais e sintomas O rastreamento deve ser iniciado pela anamnese
Inicio da gestação: dor intensa e sangramento para a identificação dos fatores de risco:
interno • Idade igual ou superior a 35 anos;
Durante a gestação: pouco sintomática; dor • Índice de massa corporal (IMC) >25kg/m2
abdominal (sobrepeso e obesidade);
No intraparto, quando a rotura é mais frequente, o • Antecedente pessoal de diabetes gestacional;
achado mais característico é a perda súbita dos
batimentos cardíacos fetais. A gestante pode ou não • Antecedente familiar de diabetes mellitus
apresentar sangramento vaginal, sinais e sintomas (parentes de primeiro grau);
de choque hipovolêmico, com taquicardia
importante e hipotensão, e parada das contrações
• Macrossomia ou polimidrâmnio em gestação para o feto, deixando a gestante com os produtos do
anterior; metabolismo de lipídeos.
• Óbito fetal sem causa aparente em gestação Com isso há um aumento na produção de insulina
anterior; nas gestantes saudáveis. As gestantes não
saudáveis, já apresentam a produção de insulina no
• Malformação fetal em gestação anterior;
limite, portanto, não conseguem produzir mais
• Uso de drogas hiperglicemiantes (corticoides, insulina, o que leva um estado hiperglicêmico,
diuréticos tiazídicos); podendo desenvolver diabetes durante a gestação.
LIQUÍDO AMNIÓTICO
O líquido amniótico desempenha papel
Se o início do pré-natal for tardio (após 20 semanas fundamental no crescimento e no desenvolvimento
de idade gestacional) deve-se realizar o TOTG com do feto. Ele funciona como uma barreira contra
a maior brevidade possível. Estima-se que assim infecções, além de sua função termorreguladora. A
sejam detectados 100% dos casos quantidade total de líquido amniótico durante a
gravidez é resultado de um balanço entre a sua
• No rastreamento do DMG, após a 24a semana, produção e a eliminação. A manutenção do volume
quando o valor da glicemia de 2h no teste de de líquido amniótico é um processo dinâmico,
tolerância oral à glicose com 75g estiver ≥ 200 dependente de diferentes fatores e em diferentes
mg/dL DEVE SER CONSIDERADO a presença de estágios da gravidez. O principal mecanismo
DM diagnosticado na gestação (overt diabetes) e responsável pela produção é o trato urinário,
não de DMG. seguido pela secreção traqueal e pelas membranas
fetais. Os elementos que participam da eliminação
TRATAMENTO
do líquido amniótico são o trato gastrointestinal,
- Terapia nutricional: orientações nutricionais através da deglutição fetal, o trato respiratório,
devem ser dadas a gestante logo apos o diagnostico, através dos movimentos respiratórios fetais, e o
como forma de atingir metas glicêmicas, ganho de elemento mais importante, a reabsorção
peso adequado e para prevenir desfechos intramembranosa.
desfavoráveis.
O volume de liquido amniótico aumenta cerca de
- Exercício físico: avaliar se possível 30ml com 10 semanas, para 200ml com 16
semanas, ate alcançar 700 ml na metade do terceiro
- Monitorização da glicemia: em pacientes que não
trimestre. É composto em 98% de agua.
fazem uso de medicamentos deve ser realizada 4
vezes por dia ( jejum, pós-café, pós almoço, pós O volume anormalmente reduzido é chamado de
jantar) e para os que fazem uso de insulina deve ser oligodrâmnio e o aumento é chamado de hidrâmnio
ou polidrâmnio.
Fisiologia 350 mL de líquido pulmonar são produzidos por dia
no final da gestação, e metade desse volume é
No início da gestação, a cavidade amniótica é
imediatamente deglutida. Finalmente, a deglutição
preenchida com um líquido muito similar em
fetal é o principal mecanismo de reabsorção do
composição ao líquido extracelular.
líquido amniótico e corresponde à média de 500 a
Durante a primeira metade da gestação, ocorre 1.000 mL por dia. O
transferência de água e de outras pequenas
impedimento à deglutição, causado por
moléculas pelo âmnio (fluxo transmembranoso),
anormalidade no sistema nervoso central ou por
pelos vasos fetais na superfície placentária (fluxo
obstrução do trato gastrointestinal, pode resultar
intramembranoso) e pela pele fetal.
em um grau impressionante de polidrâmnio. As
A produção fetal de urina inicia-se entre 8 e 11 outras vias - fluxo transmembranoso e fluxo pela
semanas, mas a urina só passa a ser um componente pele fetal - respondem por uma proporção bem
importante do líquido amniótico a partir do menor do transporte de líquido na segunda metade
segundo trimestre. da gestação.