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ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO A COMPORTAMENTOS DISRUPTIVOS E

INSTALAÇÃO DE RESPOSTAS SUBSTITUTAS

Umas das principais metas da intervenção é eliminar respostas agressivas e


autolesivas, instalando outras que sejam mais adaptativas e funcionais, sendo
necessário para tanto o reforço dessas novas respostas. Um dos maiores desafios
para tanto se dá na escolha dos estímulos que serão reforçadores, essa escolha
depende de outros estímulos ao que o indivíduo já responde ao início da
intervenção, os quais podem ser identificados com eficácia através de testes de
avaliação de preferências nos quais o indivíduo escolhe qual estímulo prefere dentre
uma gama que lhe é apresentado, desse modo o aplicador da intervenção pode
escolher quais estímulos serão utilizados posteriormente para instalar novas
respostas.

Uma vez que se selecionem quais estímulos serão reforçadores, há uma


variedade de procedimentos a serem utilizados, tais como: modelagem; estratégias
de reforçamento diferencial, a qual envolve os de comportamentos incompatíveis,
alternativos, além de instruções e regras.

A estratégia de reforçamento diferencial é, possivelmente, a mais utilizada


em intervenções com comportamentos autolesivos e agressivos. Essa estratégia
envolve o reforço de novas respostas ou de um novo padrão de respostas. Seu
objetivo é diminuir ou eliminar determinar respostas emitidas pelo indivíduo através
de uma gama de estratégias relacionadas a ela, tais como:

· Reforçamento diferencial de comportamentos incompatíveis (DRI):

Consiste em consequência positivamente nas respostas que quando emitidas


impedem a ocorrências das quais se está buscando a diminuição de frequência,
além de não as reforçar essas respostas inadequadas, às pondo em extinção.

Ex.:

Reforçar o comportamento de APONTAR um item com intenção comunicativa


de pedi-lo, utilizando a mesma mão que usava para agredir alguém a fim de
conseguir o item.
· Reforçamento diferencial de comportamentos alternativos (DRA):

Semelhante ao DRI, mas não exige que as respostas reforçadas sejam


incompatíveis, apenas que sejam mais adaptadas.

Ex.:

Apontar e/ou mostrar com o uso de PECS o item desejado, ao invés de se


morder para obtê-lo.

· Reforçamento diferencial de outros comportamentos (DRO):

No DRO apresenta-se o reforçador sempre que a resposta a ser diminuída não seja
emitida por um período de tempo predeterminado, podendo ser de intervalo fixo ou
variável. Deve-se atentar com seu uso, pois pode reforçar outras respostas
inadequadas que sejam emitidas junto à liberação do reforçador.

Ex.:

Reforçamos socialmente (parabenizações) o comportamento adequado da


criança do brincar funcional e após isso ela emite um comportamento de
fuga/esquiva.

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