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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CRUZEIRO DO SUL/AC

Passo a passo do processo de demissão


Confira tudo que você precisa para não ter dor de cabeça ao iniciar
o processo de demissão de um funcionário.
Por Redação Coalize | 13 de Janeiro de 2021 - Atualizado em 04 de Fevereiro de 2021
 4 min. de leitura

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial


CEP SENAC – Cruzeiro do Sul - Acre
Av. Lauro Muller, 1930 – Artur Maia, CEP 69.980-000
(68) 3322-2210 | (68) 3322-7870
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É provável que você já tenha passado por algum processo de demissão, não é mesmo?
Essa situação e esses momentos, independentemente de quais sejam os motivos, não
são fáceis de serem feitos.

Muitos gestores aprendem na prática como deve ser feita a dispensa de um funcionário,
mas podem acontecer alguns erros durante o processo.

Mas fique tranquilo: ajudaremos você a não cometer nenhum equívoco quando precisar
demitir algum funcionário e, ao final, mostraremos uma checklist para você relembrar de
tudo.

Como funciona o processo de demissão?


Existem inúmeras formas de desligamento dos seus funcionários. Independentemente da
forma, o processo não é muito fácil e pode causar algum desconforto.

Basicamente, a rescisão significa o fim da relação trabalhista entre empresa e


funcionário. A partir do momento em que qualquer uma das partes decide encerrar essa
relação, há algumas obrigações e direitos que precisam ser cumpridos.

Lembre-se que não importa qual parte inicia o processo de demissão: é necessário fazer
o cálculo corretamente.

Por outro lado, se o funcionário for quem fizer o pedido, é importante que a empresa
solicite uma carta de demissão escrita por ele mesmo, solicitando o desligamento de
suas funções na companhia. Isso serve para que você e sua empresa fiquem seguros e
não sofram com nenhum processo trabalhista.

Após o empregado formalizar o seu pedido, ele deve cumprir o período de 30 dias,
correspondentes ao aviso prévio.

Processo de demissão: passo a passo


Vamos conferir um passo a passo para que você entenda tudo para não errar na hora de
iniciar o processo de demissão.

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1.  Comunicar o funcionário ou a empresa
Se a empresa definir que os serviços de um determinado funcionário não são mais
necessários, ela deve notificá-lo da decisão e informar qual será o tipo de demissão (com
ou sem justa causa).

Caso o funcionário deseje se desligar da empresa, ele deve notificar a empresa para que
o processo seja iniciado.

2.  Definir prazo do aviso prévio


O aviso prévio pode ser cumprido de diversas formas diferentes. Geralmente, o tempo
médio é de 30 dias, mas, quando o funcionário está na empresa há 20 anos ou mais,
esse período pode chegar a até 90 dias.

Para os casos de demissões sem justa causa, o trabalhador pode manter suas atividades
por pelo menos 30 dias, mas ele tem a opção de reduzir duas horas de sua jornada por
dia ou, então, não trabalhar nos últimos sete dias.

Essa flexibilização é muito útil para que o trabalhador possa procurar um novo emprego e
para que a empresa tenha tempo de contratar e treinar um novo funcionário.

3.  Baixa na carteira de trabalho


A empresa precisa registrar tudo na carteira de trabalho e, para oficializar a demissão e
não ter nenhum problema trabalhista, não seria diferente.

Para que o trabalhador possa receber a rescisão mais rapidamente e para a empresa
funcionar de forma mais ágil, não há necessidade de homologar a demissão nos casos
em que o funcionário estiver na empresa há mais de um ano.

4.  Pagamento da rescisão
Esse é um dos passos que mais pode gerar dúvidas e erros e, por isso mesmo, é preciso
saber exatamente como fazer os cálculos no pedido da demissão e pagamentos, para
que não ocorra nenhum equívoco e você não tenha nenhuma dor de cabeça com
possíveis processos.

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Depois de seguir esse passo a passo, é bom lembrar que o melhor é buscar fazer todo
esse procedimento o mais humanizado possível e para isso há algumas condutas
recomendadas para o processo de demissão.

Um dos passos mais importante de todos é a empatia e conseguir humanizar o processo


de demissão.

Para você ficar bem seguro e confiante de que tudo será feito da melhor forma,
pode conferir a nossa checklist para demissão de funcionários:

1. Identificar o tipo de rescisão.


2. Notificar o funcionário.
3. Estabelecer o período para aviso prévio.
4. Entender todas as variáveis para o cálculo da rescisão.
5. Verificar o que deve ser descontado e acrescentado no cálculo.
6. Pagar dentro do prazo.
7. Conferir o contrato do funcionário.
8. Dar baixa na carteira de trabalho.

Prontinho! Agora você pode iniciar o processo de demissão sem nenhum medo com
futuros processos trabalhistas. E, se quiser saber mais sobre esse ou outros assuntos
sobre recursos humanos, continue navegando pelo nosso blog.

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Como conduzir uma demissão em 11 passos


Sempre que precisar dispensar um funcionário, procure seguir estes 11 passos para
garantir o bom andamento do processo.

1.  Verifique a legislação trabalhista


É imprescindível conferir a legislação vigente e consultar profissionais especializados,
principalmente quando o encerramento de contrato se tratar de um caso atípico. Cometer
algum equívoco por não cumprir com as obrigações legais pode custar muito caro depois.

2.  Defina claramente o motivo e a modalidade de demissão


Seja por um corte de gastos ou por uma falta grave do funcionário, é preciso que o
motivo para o desligamento esteja muito claro. Ele não só influencia a condução de todo
o processo como serve para definir qual a modalidade de demissão, dentre as quais se
destacam:

 desligamento com justa causa;


 desligamento sem justa causa;
 demissão por término de contrato e decisão, de alguma das partes, em não renovar
o vínculo;
 demissão por acordo entre as partes;
 demissão voluntária.
Sem contar que, apesar de só ser obrigatório se justificar ao colaborador em casos de
justa causa, poder justificar a situação com clareza tem o seu valor, né?

3.  Tenha “transparência” e “sigilo” como palavras-chave


Tudo deve ser feito com transparência total, mas só com o trabalhador que vai ser
demitido! É preciso respeitar todo tipo de informação sigilosa própria do processo, sem
transformar o desligamento em um espetáculo, especialmente em casos controversos ou
por questões relacionadas à justa causa.

4.  Informe o funcionário de forma direta e privada

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Este é um momento crítico, logo, nada de enviar e-mail ou fazer chamada de vídeo para
comunicar a decisão. Agende uma reunião privada e prepare-se também para ouvir o
que quem está sendo desligado da empresa tem a dizer.

A comunicação do desligamento deve ser direta e sem delongas, mas é preciso oferecer
tempo para a assimilação da notícia e, principalmente, disponibilidade para tirar dúvidas.

5.  Abra espaço para feedback


Abrir espaço para receber feedback demonstra não só respeito pelo profissional que está
partindo como também o ajuda a lidar com o que está acontecendo. Um empregado que
está deixando a empresa também pode oferecer dicas valiosas para aprimorar relações
futuras. Registre todas essas informações!

6.  Documente todo o trâmite da demissão


Além da burocracia tradicional, registre também as etapas do processo, especialmente
se existirem fatores excepcionais relativos à decisão tomada ou até acordos e
documentos de aceite extraordinários assinados pelas partes.

Arquivar um “retrato” do cenário vivido pela empresa na ocasião da demissão pode ser
muito útil também se houver um cuidado direcionado para planejamentos futuros. Isso é
mais evidente em situações em que o desligamento vem de cortes ou demissão
voluntária.

7.  Calcule as verbas rescisórias


Calcule devidamente todo tipo de verba rescisória e tenha em mente que determinadas
situações podem acarretar pagamento de multa. O cenário muda se for uma demissão
por justa causa, já que alguns direitos não entram na conta.

Que tal conferir um checklist de tudo o que precisa ser calculado numa rescisão?

 Aviso-prévio indenizado (justa causa não recebe)


 Saldo de salário dos dias trabalhados até a rescisão
 Férias vencidas e proporcionais ao período trabalhado
 13º salário proporcional ao período trabalhado
 Multa de 40% sobre saldo do FGTS (justa causa não recebe)
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 Horas extras, adicionais noturnos e acordos de convenção coletiva
Depois de acertar os valores, faça os registros.

8.  Registre a demissão na Carteira de Trabalho


Peça a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ao funcionário para registrar
devidamente as informações de demissão. Se o desligamento ocorreu por justa causa, o
registro deve indicar o motivo da demissão de forma clara e específica. Uma opção –
obrigatória, na verdade, para quem não quer enfrentar problemas na Justiça – é recorrer
aos códigos e descrições previstos na legislação trabalhista.

9.  Ofereça suporte durante a transição


Orientar um funcionário em processo de demissão é uma das melhores formas de
humanizar essa experiência difícil, especialmente em situações de corte de gastos.

Procure demonstrar apoio durante a transição, fornecendo recomendações ou até


mesmo ajudando na busca por novas oportunidades de emprego. Nem toda situação
permite essa prática, mas, quando for possível, ela pode também beneficiar a própria
empresa.

Isso porque a ação pode ajudar na preservação da reputação de cuidado e


responsabilidade da empresa, reforçar a cultura organizacional pela valorização das
relações humanas, contribuir com o networking tanto do funcionário sendo desligado
quanto da organização e propiciar o reconhecimento de ações solidárias no mercado.

Só não prometa o que não pode cumprir!

10.  Conclua as obrigações legais


Se houver saldo na conta do FGTS do funcionário demitido, a empresa deve entregar as
guias para o saque. Esse é um direito que pode ser revogado em alguns casos mais
graves de demissão por justa causa, como violência, roubo ou atos que, enquadrados na
lei, levem o empregador a solicitar o bloqueio do benefício.

Inclusive, para requerer esse tipo de documentação, é preciso comunicar a rescisão


formalmente a órgãos como a Previdência Social e o Ministério do Trabalho.

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Outros documentos específicos da área de segurança e saúde do trabalho, como o Perfil
Profissiográfico Previdenciário e o Atestado de Saúde Ocupacional, também devem ser
entregues ao trabalhador.

11.  Revogue os acessos do ex-funcionário


Os acessos a sistemas digitais devem ser revogados, assim como os crachás e outros
objetos usados para entrada em propriedades da empresa devem ser recolhidos, mesmo
que não funcionem mais.

É recomendado também informar a área de segurança sobre o desligamento do


funcionário, especialmente em firmas menores caso esse setor exista. Também é de
praxe comunicar à área em que o profissional trabalhava de que futuros acessos só
podem ser autorizados pela área de Recursos Humanos.

Esses passos fazem parte de todo processo de desligamento, ainda que possam variar,
já que toda demissão é uma história única.

E vale reforçar: se você for demitir um funcionário por justa causa ou enfrenta uma
situação delicada por questões comportamentais, vai precisar de alguns cuidados extras.

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