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Manual de

Procedimentos
Contábeis

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Índice

1- Competências de cada departamento ...................................................03


2- Documentos que devem ser enviados à contabilidade..........................04
3- Departamento Pessoal...........................................................................06
4- Procedimentos Fiscais...........................................................................09
5- Procedimentos Contábeis Patrimoniais.................................................10
6- Quadro Societário..................................................................................13
7- Simples Nacional ..................................................................................14
8- Lucro Real .............................................................................................16
9- Lucro Presumido....................................................................................19
10-Rotina de trabalho .................................................................................21

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1. COMPETÊNCIAS DE
CADA DEPARTAMENTO

o Departamento de Pessoal: Admissões, rescisões, folhas de pagamento,


cálculo e apuração de encargos trabalhistas, obrigações mensais e anuais
como, DCTFweb(GPS), GFIP, GRRF, DIRF, RAIS, GRCS, DARF do
PIS/Folha de Pagamento, DARF IR sobre salário, férias e rescisão, solicitação
de CND e CRF/ FGTS, controle do quadro de lotação, informe de
rendimentos, férias, acompanhar junto aos clientes exames periódicos,
PCMSO, , PPP, LTCAT e outros assuntos previdenciários e trabalhistas.

o Departamento Fiscal: notas fiscais (entrada/saída/serviços), apuração de


impostos (federais, estaduais e municipais), registro e escrituração de livros e
demais obrigações mensais e anuais do ICMS, IPI, ISS, Carnê Leão,
SINTEGRA, SPED Fiscal, SPED Contribuições, SPED ECD e ECF, DMA,
DMED; baixas de inscrições perante as esferas municipal, estadual e federal,
solicitação de negativas e outros tributos e obrigações.

o Departamento Contábil: escrituração dos livros Diário e Razão, elaboração


do livro LALUR e Fcont, elaboração de Balancetes de Verificação, elaboração
de todas as Demonstrações Contábeis exigidas pela legislação societária,
análise das Demonstrações Contábeis, controle dos bens do Ativo
Permanente, elaboração e entrega da DIPJ, PJSI, DACON, DCTF, DIMOB e
DIRF, SPED Contábil.

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2. DOCUMENTOS QUE
DEVEM SER ENVIADOS À
CONTABILIDADE
 2.1 Departamento Fiscal:
Arquivos de notas fiscais de compra de mercadorias, matérias-primas, ativo
imobilizado, de vendas e prestação de serviços e demais notas fiscais de
operações realizadas pela empresa devem estar ordenadas e ser enviadas à
organização contábil ou ser retiradas na empresa no início de cada mês para
registro e/ ou classificação e posterior contabilização.
Os comprovantes originais das taxas e dos impostos pagos deverão ser
enviados

 2.2 Departamento Pessoal:


Documentos para registro de empregados, rescisões contratuais, recibos de
férias, comprovantes e folhas de pagamento, planilhas de comissões e
variáveis de salários, recibo de pagamento a autônomo (RPA), guias de GPS,
GRF, GRRF, DIRF, RAIS, GRCS, DARF do PIS/Folha de Pagamento, DARF
IR sobre salário, férias e rescisão, controle de horário, atestados médicos,

 2.3 Departamento Contábil.


Extratos bancários, extratos de aplicações financeiras e cartões de crédito:
enviar extrato mensal com a movimentação do primeiro ao último dia de cada
mês.
Depósito bancário: anexar cópia do comprovante da origem. Por exemplo,
no recebimento de duplicata, anexar cópia desta.
Enviar todas as informações bancários, tais como: despesas, transferências,
aplicações, débitos, créditos, etc.
Contratos de seguros com apólice, empréstimos, financiamentos, leasing,
etc.: enviar uma cópia do contrato e do pagamento das parcelas.
Despesas com refeições, combustíveis e lubrificantes, material de limpeza,
brindes, conservação, manutenção e outras pequenas despesas somente
poderão
ser contabilizadas quando comprovadas com a nota fiscal de consumidor,
cupom fiscal ou nota fiscal de serviços (1ª via e em nome da pessoa jurídica)
Recebimentos de duplicatas por caixa: anotar a data do recebimento no
verso.
Relatório diário do caixa: informar a movimentação de recebimentos e
pagamentos do dia em moeda corrente, fechando saldo do dia, anexando os
respectivos documentos.

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Prazo de entrega de documentos contábeis e fiscais: até o dia 5 do mês
subsequente

3. DEPARTAMENTO
PESSOAL
A legislação estabelece prazo de 48 horas para que se proceda ao registro do
funcionário.

Documentos para a admissão


• CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social (original);
• Formulário de Admissão;
• Atestado do Exame Médico Admissional e demais exames exigidos no
PCMSO e PPRA;
• 1 foto 3x4 (opcional);
• Cópia da Cédula de Identidade (RG);
• Cópia do Cartão de Identificação do Contribuinte (CPF);
• Cópia do Título de Eleitor;
• Cartão PIS/PASEP;
• Cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) – para os motoristas;
• Cópia do Certificado de Alistamento Militar ou Reservista;
• Atestado de frequência escolar para menores de 18 anos;
• Cópia das Certidões de Nascimento dos filhos e dependentes;
• Cópia do Cartão da Criança, para filhos menores de seis anos;
• Relação de dependentes identificados pelo nome, grau de parentesco e
idade.

Contrato de Experiência

• Pode ser de duas maneiras 30 e mais 60 ou 45 e 45 dias, sempre


totalizando 90 dias;
• Após esse prazo passa a ser por tempo indeterminado.

Rescisão do contrato de trabalho


 Aviso prévio

Documentos necessários
» Empregados com menos de um ano de trabalho:
› CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social;
› Livro ou ficha de registro de empregados;
› Aviso prévio assinado por ambas as partes;
› Atestado médico demissional;
› Livro ou relatório ponto;
› GRRF paga e chave de liberação do FGTS;
› Demonstrativo do trabalhador de recolhimento do FGTS rescisório;

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› Pagamento em moeda corrente ou cheque visado;
› PPP;

Empregados com mais de um ano de trabalho:


› CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social;
› Livro ou ficha de registro de empregados;
› Aviso prévio assinado por ambas as partes;
› Atestado médico demissional;
› GRRF paga e chave de liberação do FGTS;
› Demonstrativo do trabalhador de recolhimento do FGTS rescisório;
› Livro ou registro de ponto;
› Pagamento em moeda corrente ou cheque visado;
› PPP;
› Informe de rendimentos anuais

Férias

Férias normais e coletivas


A cada período de 12 meses, o trabalhador tem direito ao gozo de 30 dias de
férias, sem prejuízo de sua remuneração.
Além disso, o empregado pode, ainda, converter 1/3 de suas férias em abono
pecuniário.

Horário de trabalho

Trabalho noturno: O trabalho entre as 22 horas de um dia e as cinco horas


do dia seguinte é considerado trabalho noturno. A hora do trabalho noturno é
computada com 52 minutos e 30 segundos. A hora noturna é remunerada
com adicional de 20% sobre a hora normal, salvo se a convenção coletiva de
trabalho estipular outro percentual acima deste.

Trabalho aos domingos : O trabalho aos domingos, exceto para algumas


atividades específicas, requer o cumprimento das exigências da legislação
local.

Horas-extras: A jornada de trabalho poderá ser aumentada em até duas


horas por dia, mediante acordo escrito, individual ou coletivo. Nesse caso, a
remuneração mínima das horas-extras é 50% superior à da hora normal.

Controle de ponto: As empresas com mais de 10 empregados deverão


manter controle de frequência por livro ou registro de ponto que demonstre a
hora de entrada e de saída dos funcionários. Deverá ainda conter pré
assinalado o horário de almoço e portar a assinatura do empregado.

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Intervalo para repouso e alimentação: Sempre que a jornada de trabalho
for superior a seis horas contínuas, deverá ser concedido um intervalo mínimo
de uma hora para repouso e alimentação.

Intervalo entre jornadas: O intervalo entre as jornadas de trabalho não pode


ser inferior a 11 horas.
Remuneração

Pagamento dos salários: A periodicidade do pagamento de salários não


pode ser superior a um mês, devendo ser efetuado até o quinto dia útil do
mês subsequente ao vencido.
Adiantamento salarial: Algumas convenções coletivas e os próprios usos e
costumes do mercado determinam a concessão de adiantamento salarial, cuja
data varia de empresa para empresa e de acordo com a data em que é
efetuado o pagamento.

Garantias: A lei estabelece a impossibilidade de redução salarial. Da mesma


forma, não pode haver desigualdade de salários entre dois funcionários que
realizem trabalho com igual produtividade e perfeição técnica, na mesma
localidade, com diferença de tempo de serviço na mesma função inferior a
dois anos.

Vale-transporte: O benefício do vale-transporte consiste na antecipação e em


parte do custeio das despesas realizadas pelos empregados para o
deslocamento ao local de trabalho. É devido aos trabalhadores em geral. É
custeado pelo empregador na parcela que excede a 6% do salário do
empregado.

Outras vantagens e benefícios


Os exemplos mais usuais de benefícios e vantagens adicionais são:
› vale-refeição;
› cesta básica;
› assistência médica.

13º Salário

A todo trabalhador é assegurado o pagamento de uma gratificação até o dia


20 de dezembro de cada ano. Trata-se do 13º salário, que é devido à razão
de 1/12 da remuneração do mês de dezembro, por mês de serviço, do ano
correspondente. Para esse efeito, são consideradas como mês completo as
frações iguais ou superiores a 15 dias.

Antecipado por ocasião da concessão de férias : A primeira parcela do 13º


salário poderá ser paga por ocasião da concessão das férias, sempre que o
empregado assim o solicitar até 31 de janeiro do ano a que se refere.
Existem algumas convenções coletivas que preveem o pagamento da

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antecipação do 13º salário juntamente com as férias gozadas a partir do
segundo semestre do ano.

Prazo para pagamento: Se a primeira parcela não for paga juntamente com
a remuneração das férias, deverá ser quitada até o dia 30 de novembro do
ano correspondente. O saldo, ou seja, a segunda parcela, deverá ser paga
até o dia 20 de dezembro do respectivo ano.

4. PROCEDIMENTOS
FISCAIS

A contabilidade fiscal é o ramo desse setor que aplica simultaneamente


conceitos contábeis e princípios normas da legislação tributária.
Ela é responsável por conciliar a geração de tributos de uma empresa e
adotar procedimentos para registrar e escriturar os fatos geradores desses
tributos.
Outra atribuição da contabilidade fiscal é calcular o patrimônio da empresa e
fazer a apuração do Programa de Integração Social (PIS), da Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e do lucro.
O setor também registra os tributos e calcula todos os impostos que a
empresa precisa pagar.

Entre os principais serviços prestados pelo setor de contabilidade fiscal estão:

 Classificar e escriturar documentos;


 Elaborar o balancete mensal, com as devidas conciliações;
 Emitir o livro Diário e livro Razão;
 Contabilidade internacional pelo International Financial Reporting
Standards (IFRS);
 Elaborar mapas de depreciação e amortização;
 Calcular impostos e elaborar guias de recolhimento;
 Elaborar o balanço patrimonial e seus respectivos demonstrativos
financeiros;
 Escrituração do livro de apuração do Lucro Real (LALUR);
 Geração e transmissão do SPED CONTÁBIL – ECD e FCONT.
Todos esses serviços são fundamentais para que a empresa continue
atuando regularmente.

Planejamento tributário

O planejamento tributário consiste em um conjunto de estratégias para reduzir


a carga tributária da empresa dentro das possibilidades da lei.

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Esta tarefa vai desde a escolha do regime tributário mais adequado até a
busca por incentivos fiscais e melhores condições de pagamento dos tributos.

Regimes de tributação
Os regimes de tributação ou regimes tributários representam as diferentes
formas que uma empresa pode ser tributada. No Brasil, existem quatro
regimes tributários:
 MEI;
 Simples Nacional;
 Lucro Real;
 Lucro Presumido.
A empresa define o seu regime tributário no primeiro recolhimento do Imposto
sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) do ano.
Esta escolha é importante, pois o regime tributário determina as regras que
são válidas para o ano todo de quatro tributos. São eles o IRPJ, a CSLL, o
PIS e o COFINS.

Cálculo de alíquota
Outra atividade importante é o cálculo de alíquota que é um valor fixo ou
percentual variável para determinar quanto uma empresa deve pagar em
tributos.
Fazer este cálculo da forma correta é fundamental para que a empresa não
tenha problemas com o FISCO.

Crédito tributário
De acordo com a Lei 5.172, o crédito tributário origina-se de uma obrigação
principal e possui a mesma natureza que ele. Ou seja, trata-se de uma forma
de tributação.
O crédito tributário está vinculado a um conjunto de fatos que obrigam a
empresa a pagar um determinado tributo. Por exemplo, se a empresa compra
um imóvel, ela tem a obrigação de pagar o IPTU.

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5. PROCEDIMENTOS
CONTÁBEIS PATRIMONIAIS
Princípio da competência
O Princípio da Competência é aquele que reconhece as transações e os eventos
nos períodos a que se referem, independentemente do seu pagamento ou
recebimento, aplicando-se integralmente ao Setor Público.
Os fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por
competência, e os seus efeitos devem ser evidenciados nas Demonstrações
Contábeis do exercício financeiro com o qual se relacionam,
complementarmente ao registro orçamentário das receitas e das despesas
públicas.
Composição do Patrimônio Público
Patrimônio Público
Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis,
onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou
utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador e represente um
fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos
ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. O
patrimônio público compõe-se dos seguintes elementos:
1. Ativo – compreende os recursos controlados pela entidade como resultado de
eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios
econômicos futuros ou potencial de serviços;
2. Passivo – compreende as obrigações presentes da entidade, derivadas de
eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade
saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de
serviços.
3. Patrimônio Líquido, Saldo Patrimonial ou Situação Líquida Patrimonial – é o
valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos.
A classificação do ativo e do passivo considera a segregação em “circulante” e
“não circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade,
conforme disposto na Lei nº 6.404/1976 e suas atualizações, bem como a NBCT
16.6.

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Ativo
Ativos são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios
econômicos futuros ou potencial de serviços.
Os ativos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a um dos
seguintes critérios:
a) estiverem disponíveis para realização imediata; e
b) tiverem a expectativa de realização até o término do exercício seguinte.
Os demais ativos devem ser classificados como não circulante.

Passivo
Passivos são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos
passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas
de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços.
Os passivos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a um
dos seguintes critérios:
a) corresponderem a valores exigíveis até o término do exercício seguinte;
b) corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando
a entidade do setor público for fiel depositária, independentemente do prazo de
exigibilidade.
Os demais passivos devem ser classificados como não circulante
Passivo financeiro é qualquer passivo que seja:
(a) obrigação contratual:
(i) de entregar caixa ou outro ativo financeiro para outra entidade; ou
(ii) de trocar ativos ou passivos financeiros com outra entidade sob condições
potencialmente desfavoráveis para a entidade; ou
(b) contrato que será ou poderá ser liquidado com títulos patrimoniais da própria
entidade e que seja:
(i) um não derivativo no qual a entidade é ou pode ser obrigada a entregar um
número variável de seus próprios títulos patrimoniais; ou

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(ii) um derivativo que será ou poderá ser liquidado por outro meio que não a
troca de montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro por número fixo de
títulos patrimoniais da própria entidade. Para esse propósito os títulos
patrimoniais da própria entidade não incluem instrumentos que são contratos
para recebimento ou entrega futura de títulos patrimoniais da própria entidade.

Mensuração de ativos e passivos


Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os
elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados nas demonstrações contábeis.

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6. Quadro Societário
Para formar o quadro societário, é importante determinar qual a parcela de
direitos e obrigações devidas aos sócios. Assim, por sua vez, a composição do
quadro societário afeta questões de natureza jurídica, administrativa e salarial
dos sócios. Em conjunto, a organização estrutural societária também impacta o
regime tributário e a estratégia de tomada de decisão dos negócios.  

Assim, o primeiro aspecto importante é a divisão da remuneração entre os


sócios, por exemplo. Nesse sentido, o pagamento pode seguir o regime de “pró-
labore”, de distribuição dos lucros, ou, ainda, de pagamento de juros sobre
o capital próprio. Ainda, vale ressaltar que a remuneração é definida no
contrato social. 

A remuneração de cada sócio se reparte de acordo com quotas. Essas, então,


podem ser proporcionais ao capital financeiro inicial investido por cada sócio ou
à mão de obra aplicada.  

A função do sócio na empresa. Esses, por sua vez, podem ser sócio
administrador ou sócio cotista. Logo, se o sócio tiver apenas participação no
capital social, sem se envolver diretamente nas atividades da empresa, a sua
remuneração advém das quotas proporcionais ao seu investimento. 

Agora, o sócio ou a sócia pode ter algum know-how que agrega ao


funcionamento do negócio. Assim, pode desempenhar alguma função — de
diretores, dirigentes, administradores, entre outras —, e receber pelo trabalho
que dedica à empresa.  

No Brasil, os quadros societários existentes são:

Sociedade Limitada (Ltda.) 


Como o nome indica, os sócios respondem de modo limitado às
responsabilidades. Nesse modelo, há uma separação legal entre a pessoa física
e a jurídica. Com isso, realiza-se uma redução de riscos e a proteção patrimonial
do sócio. É o tipo predominante no Brasil, principalmente por empresas de
médio e pequeno porte.  

Sociedades Anônimas (S/A) 


Sociedade Anônima ou Companhia (Cia) é uma pessoa jurídica com o capital
(aberto ou fechado) dividido em ações. Geralmente, se adota esse modelo por
empresas de grande porte. 

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Microempreendedor Individual (MEI) 
MEI é o profissional autônomo cujas atividades são legalizadas. Aqui, não há
blindagem de bens. Essa estrutura não permite sócios e comporta, no máximo,
apenas um funcionário. 

Em relação à vantagem fiscal, contribui apenas com um valor fixo, que varia de
acordo com as categorias comércio ou indústria, serviços ou atividades mistas.  

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) 


Criada em 2011, refere-se à empresa de responsabilidade social limitada, com
blindagem patrimonial, que se compõe por um único sócio. Entretanto, é
controverso, pois estabelece um valor mínimo de capital social, que deve ser
igual ou maior que cem (100) vezes o salário mínimo.  

Em resumo, os tipos variam conforme o número de sócios, a forma de atuação e


capital social.

Passo a passo de o que precisa para abrir uma empresa:

Elaborar um plano de negócio

Será necessário a descrição, diferencial e missão do seu empreendimento; Os


produtos, serviços e os principais benefícios; Público-alvo; Análise de mercado e
da concorrência; Análise de fornecedores; Plano de marketing; Plano
operacional; Plano financeiro.

Definir o modelo de negócios da empresa

Um modelo de negócio que melhor se adapte ao seus objetivos de crescimento,


atenda seus clientes e permita que você maximize o seu resultado

Contratar um Contador de confiança

O contador responsável irá explicar como abrir a empresa e será o responsável


por confeccionar e emitir os documentos exigidos pelos órgãos públicos, além de
fornecer as orientações e assessoria necessária para iniciar sua empresa.

Escolher o tipo de empresa para abrir: MEI, ME ou EPP

O MEI é uma primeira categoria, mais simples e com algumas limitações em


relação a sócios, faturamento e funcionários. Já na ME e EPP as possibilidades
são bem maiores e dá para constituir o seu negócio de acordo com a sua
necessidade.

MEI – Microempreendedor Individual

O Microempreendedor Individual, é um programa do Governo Federal criado


para regularizar quem trabalha por conta própria, conhecidos como autônomos.

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Pagando cerca de R$ 60,00/mês, você tem um CNPJ, contribui para o INSS,
não é obrigado a emitir notas fiscais (mas pode, se precisar) e ainda não precisa
ter um contador. Legal né? O problema é que o MEI é bem limitado, só permite
algumas atividades, não sendo incluídas as intelectuais e profissões
regulamentadas como por exemplo designers, publicitários, desenvolvedores,
consultores, médicos, advogados etc.

Além disso o MEI tem a limitação de faturamento anual de R$ 81.000,00, só é


possível a contratação de um funcionário CLT e não é possível ter sócios. 

ME – Microempresa

A opção de Microempresa (ME) entrega mais possibilidades: ter um ou mais


sócios, faturar até R$ 360 mil/ano, poder escolher entre atividades que
contemplam a grande maioria das empresas e emitir quantas notas quiser. 

Como ME, seu negócio também pode fazer parte do Simples Nacional,
um regime de tributação que unifica 8 impostos em uma única guia por mês, a
DAS. Isso, de fato, simplifica a sua vida como empresário e facilita manter a
regularidade da sua empresa. Atenção: Quando falamos do Simples Nacional,
estamos tratando de um regime de tributação enquanto o termo ME se trata do
porte da empresa. 

EPP – Empresa de Pequeno Porte

A Empresa de Pequeno Porte (EPP) é aquela que fatura entre R$ 360 mil e R$
4,8 milhões ao ano.

Esta também é uma classificação de porte da empresa e foi criada pela Lei do
Simples Nacional, em 2006, a fim de identificar as empresas que podem optar
por este regime tributário.

Ou seja, apenas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte podem ser


optantes pelo Simples Nacional.

Definir a Natureza Jurídica da empresa: EI, SLU ou LTDA

É a forma de constituição da empresa: quem são os sócios, a participação de


cada um na empresa e o investimento inicial. 

Essas informações vão constar no contrato social, documento que normalmente


é elaborado pelo contador, como aqui na Contabilizei, com as informações
fornecidas por você. As principais naturezas jurídicas utilizadas para a abertura
de empresas são:

EI – Empresário Individual

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Nesta opção, você é o titular da empresa, não podendo ter sócios. Neste
formato, seu patrimônio pessoal pode ficar comprometido em caso de
endividamento da empresa. Não há exigência de capital social mínimo para abrir
o CNPJ, mas o ideal é investir o necessário para que a empresa possa iniciar
sua operação com segurança.

Profissões regulamentadas como médicos, advogados, dentistas, etc não podem


constituir suas empresas como empresário individual de acordo com a
legislação.

SLU – Sociedade Limitada Unipessoal 

Criada em junho de 2019, a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) é a opção


mais escolhida atualmente para aqueles que desejam abrir uma empresa sem
sócios e querem a proteção de seus bens pessoais. 

Ela reúne o melhor de cada uma das outras naturezas jurídicas: não existe a
necessidade de capital social mínimo, não existe o risco para o patrimônio
particular dos sócios e as profissões regulamentadas podem realizar suas
aberturas neste formato.

LTDA – Sociedade Limitada

A Sociedade Limitada é formada por dois ou mais sócios que contribuem com
moeda ou bens avaliáveis em dinheiro para formação do capital social. A
responsabilidade dos sócios é restrita ao valor do capital social, sem a exigência
de valor mínimo. 

Escolher as atividades para exercer (CNAEs)

A escolha das atividades são fundamentais para garantir a execução de todos os


serviços que planejou inicialmente e também garanta a melhor tributação para
sua operação.

É importante descrever de forma detalhada todos os seus planos para o


contador que irá conduzir seu processo de abertura. Com estas informações, o
profissional irá enquadrar suas atividades em códigos, chamados de CNAEs –
Classificação Nacional de Atividades Econômicas, tabela disponibilizada pelo
IBPG

Você pode ter mais de uma CNAE em seu CNPJ, porém um deles deverá ser
classificado como principal e os demais serão incluídos como secundários. 

O principal dever ser o que represente maior faturamento (ou que você tenha
expectativa que seja) dentro de sua empresa;

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Defina o regime tributário: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro
Real

Via de regra, as empresas que estão começando são mais vantajosas no


Simples Nacional, tendo em vista que as alíquotas são mais baixas, as
declarações são simplificadas e a burocracia é menor. Mas essa resposta só
pode ser dada por um profissional após a análise de suas atividades e projeções
de faturamento e custos. 

Simples Nacional

O Simples Nacional é um programa simplificado de arrecadação de impostos


que reúne oito tributos, Municipais, Estaduais e da União, em uma guia com
vencimento mensal, facilitando a vida do micro e pequeno empresário que fatura
até R$ 4,8 milhões ao ano. 

Sendo optante pelo Simples Nacional os impostos são calculados de acordo


com as suas atividades e seus enquadramentos uma das cinco Tabelas do
Simples Nacional. 

Lucro Presumido

No Lucro Presumido, as empresas podem faturar até R$ 78 milhões ao ano e o


pagamento de impostos não é unificado – são cinco, ou mais, guias de
pagamento independentes (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e ISS) com vencimentos
diferenciados. 

A alíquota de imposto varia entre 10,93% e 16,33% sobre o faturamento. 

O nome deste regime tributário se dá pelo cálculo do IRPJ e CSLL, que é


realizado com base em uma presunção de lucro estabelecida pela Receita, de
acordo com a atividade da empresa.

Lucro Real

Nesta opção, alguns tributos (IRPJ e CSLL) são pagos apenas sobre o valor que
sua empresa lucra de fato. Portanto, é preciso ter todas as contas e balanços
conciliados com exatidão, regularmente. 

Após todos os ajustes e compensações das contas previstas na legislação, o


lucro da empresa é tributado.

As guias também são recolhidas separadamente, e o PIS, COFINS e ISS


incidem sobre o faturamento total da empresa, podendo ter uma sistemática
diferente de cálculo.

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Algumas empresas são obrigadas a se enquadrar no Lucro Real, seja pela
atividade ou pelo faturamento – empresas com receita bruta anual superior a R$
78 milhões, por exemplo.

Elaborar o contrato social com a participação dos sócios

O Contrato Social é a certidão de nascimento da empresa. Nele que irão constar


todos os dados básicos do negócio, como: quem são os sócios, qual o endereço
da sede, quais os deveres de cada sócio com o empreendimento e qual o ramo
de atuação, entre várias outras coisas! Toda empresa no Brasil necessita de um
contrato social para poder operar e se registrar nos órgãos públicos. Ele será
utilizado também para participar de licitações do governo e realizar a abertura da
sua conta bancária.

Importante também que o contrato define quem são os sócios e, por isso, os
responsáveis legais da empresa. 

Realizar o registro da empresa na Junta Comercial

Os documentos variam muito dependendo do Estado e da cidade, pois existem


grandes diferenças de uma Prefeitura para outra, além de diferentes exigências
para cada atividade comercial.

Confira abaixo quais são os documentos necessários para abrir uma empresa:

 RG e CPF;
 Comprovante de endereço;
 Se casado(a), certidão de casamento;
 Cópia do IPTU ou documento que conste a inscrição imobiliária ou a
indicação fiscal do imóvel onde a empresa será instalada.

Dependendo da atividade da sua empresa, poderão ser solicitados outros


documentos como registro profissional (OAB, CRM, etc), por exemplo. Após
juntar os documentos, a empresa começa a nascer e você terá o seu primeiro
contrato social. O próximo passo é o registro na Junta Comercial ou ao Cartório,
que atualmente é feito de forma digital em muitos casos.

Algumas atividades ainda vão pedir documentos específicos, que devem ser
consultados no órgão responsável com antecedência e após o registro na Junta
– ou no Cartório -, você terá o seu CNPJ.

Por fim, com o requerimento aprovado e CNPJ, você deve ir à Prefeitura para
solicitar o alvará. A documentação varia dependendo da sua localidade e é
necessário consultar a Prefeitura da sua cidade nesse passo. Já podemos
adiantar que é importante ter em mãos o IPTU com tudo certinho.

Obtenha o alvará de localização e funcionamento

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Atenção: Essa etapa é obrigatória somente para alguns tipos de empresa.

O alvará de funcionamento é um documento que autoriza a empresa a exercer


as suas atividades em determinados locais de acordo com as normas
estabelecidas. Ele é concedido pela Prefeitura ou outro órgão governamental
municipal.

Levando isso em consideração, o empreendedor na fase do plano de negócios


pode começar a pensar no assunto. Afinal de contas, antes de alugar ou
comprar o imóvel onde será o local de atuação da empresa precisa saber se
será possível seguir com a decisão. 

E empresas que são abertas dentro de um endereço residencial precisam de


alvará de funcionamento? 

Depende. Em geral, a atividade não pode envolver armazenamento, carga ou


descarga de mercadorias. Também é necessário ter atenção em relação à
circulação de pessoas no local, que não pode ser grande.

Realizar a Inscrição Estadual ou Municipal

De acordo com o tipo de empresa – serviço ou comércio é necessário realizar a


inscrição do estado e município.

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7. Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e
fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios).
Obrigações de uma empresa do Simples Nacional.
Declaração Única

Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais – DEFIS

É similar a antiga Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica – DIPJ e é


entregue anualmente até 31 de março do ano subsequente. Nela são
informados:

– Saldo inicial e final de caixa/bancos;


– Faturamento;
– Lucro líquido;
– N. de funcionários;
– Sócios:
– Participação societária;
– Pró-labore;
– IRRF;
– Dividendos
 

Emissão de Nota Fiscal e Arquivamento - A emissão da NF varia de acordo


com o município, mas, independentemente do local, o emissor deverá manter os
arquivos por 5 anos. A mesma regra vale para o modelo de Nota Fiscal para
Serviços de Qualquer Natureza – NF  – ISS
 

Livros fiscais e contábeis- Para o Simples Nacional é permitida a emissão de


livro caixa mas, com o objetivo de comprovar o lucro a ser distribuído com

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escrituração contábil, emitimos o livro razão e diário para todas as empresas.
 

Apuração mensal- Mensalmente é enviada uma declaração com o objetivo de


apurar o imposto e gerar o DAS (guia para pagamento)
 

Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social –


GFIP- Enviada mensalmente, refere-se às informações de pró-labore e emite a
guia de INSS (GPS).
 

Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRF- Enviada


anualmente para as empresas que façam retenção de impostos (IRRF ou CRF)
de seus fornecedores.
 

Relação Anual de Informações Sociais –  RAIS- Declaração anual referente


aos funcionários. Caso não tenha funcionário, é necessário enviar a RAIS
NEGATIVA.

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8. Lucro Real

O Lucro Real é um regime de tributação, em que o cálculo do Imposto de Renda


da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
(CSLL) é feito com base no lucro real da empresa (receitas menos despesas) e
com ajustes previstos em lei. Trata-se de um dos regimes tributários tradicionais.

Obrigações de uma empresa do Lucro Real

 Emissão da nota fiscal de venda de mercadoria ou serviço;


 Emissão das guias de recolhimento dos tributos;
 Escrituração dos livros fiscais;
 Confecção e envio das declarações fiscais pertinentes;
 Demonstrações Contábeis;
 Folha de pagamento, contracheques;
 Confecção e envio das declarações sociais.

DES – Declaração Eletrônica de Serviços: é uma declaração municipal as


empresas prestadoras de serviço devem entregar à Receita. A Declaração
Eletrônica de Serviços é utilizada para declarar ao fisco o total de serviços
prestados no mês.
GIA – Guia de Informação e Apuração do ICMS: é uma declaração de
competência estadual relativa às operações que se enquadram no regime de
substituição tributária do ICMS. SPED ICMS/IPI.
SINTEGRA – Sistema Integrado de Informações sobre Operações
Interestaduais com Mercadorias e Serviços: é uma obrigação estadual aos
contribuintes sujeitos ao recolhimento do ICMS e que utilizam o Processamento
Eletrônico de Dados (PED) para a emissão de documentos fiscais e/ou
escrituração de Livros Fiscais, bem como os usuários de equipamento Emissor
de Cupom Fiscal (ECF). Os contribuintes substitutos tributários,
independentemente de serem usuários de PED, também devem apresentar o

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arquivo eletrônico. Com a implantação da EFD ICMS/IPI, o SINTEGRA vem
caindo em desuso. Verifique se o seu estado obriga o seu envio.
EFD ICMS/IPI – Escrituração Contábil Digital: trata-se de uma obrigação
acessória estadual que compõe o Sistema Publico de Escrituração Digital
(SPED) e substitui a escrituração dos seguintes livros em papel: Registro de
Entradas, Registro de Saídas, Registro de Inventário, Registro de Apuração do
IPI, Registro de Apuração do ICMS, Controle de Crédito de ICMS do Ativo
Permanente – CIAP e o de Controle de Produção e Estoque (este a partir de
janeiro/2017, conforme Ajuste SINIEF 13/2015). O envio desta declaração
dispensa o contribuinte da entrega dos arquivos SINTEGRA, exceto em casos
de regime especial (verifique e confirme as condições no seu estado).
DCTF – Declaração de Débitos Tributários Federais: declaração de competência
da União, que contém informações relacionadas aos impostos federais, tais
como IRPJ, IRRF, IPI, CSLL e outros.
EFD Contribuições: obrigação federal que compõe o SPED, a ser enviada
pelas empresas na escrituração da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins,
nos regimes de apuração não-cumulativo e/ou cumulativo, bem como para a
escrituração digital da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta,
incidente nos setores de comércio, serviços e industrias, no auferimento de
receitas referentes aos CNAE, atividades, serviços e produtos (NCM) nela
relacionados.
SEFIP/GFIP – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à
Previdência Social: é uma declaração enviada por meio magnético, que contem
informações trabalhistas, previdenciárias e relativas ao FGTS, obrigatória a
todas as empresas, mesmo que ela não tenha funcionário registrado.
CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados: é uma declaração
eletrônica para informar admissões e demissões de empregados registrados sob
o regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). É utilizada, ainda, pelo
Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos
vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais.

Obrigações anuais.
ECD – Escrituração Contábil Digital: trata-se de uma obrigação federal que
compõe o Sistema Publico de Escrituração Digital – SPED e que tem por
objetivo a substituição da escrituração via papel pela escrituração transmitida por
via digital dos seguintes livros:
I – Livro Diário e seus auxiliares, se houver;
II – Livro Razão e seus auxiliares, se houver;
III – Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias
dos assentamentos neles transcritos.

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ECF – Escrituração Contábil Fiscal: declaração de competência federal que
substituiu a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica
(DIPJ) a partir do ano-calendário 2014. Tal declaração visa informar todas as
operações que influenciem a composição da base de cálculo e o valor devido do
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL).

DIRF – Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte: é uma


declaração que tem como objetivo informar à Secretaria da Receita Federal do
Brasil sobre as retenções de impostos efetuadas nos pagamentos e
recebimentos realizados pela empresa. A DIRF é uma obrigação tributária
devida por todas as pessoas jurídicas. Ela deve informar o valor do Imposto de
Renda e/ou Contribuições na fonte, rendimentos pagos ou que foram creditados
para seus beneficiários; residentes ou domiciliados no exterior o pagamento de
crédito, entrega, emprego ou remessa, mesmo que não haja retenção do
imposto, incluindo os casos de alíquota zero ou isenções.

RAIS – Relação Anual de Informações Sociais: através do envio dessa


declaração, o governo pode ter controle sobre a atividade trabalhista no país,
bem como identificar o trabalhador com direito ao abono salarial PIS/PASEP,
dentre outros.

DIRPF – Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física: é fundamental


analisar a obrigatoriedade de envio da declaração de imposto de renda de
pessoa física do ano para verificar se os sócios da empresa se enquadram nela.
Caso se enquadrem, a declaração de imposto de renda pessoal dos sócios
também deve ser realizada.

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9. Lucro Presumido

As empresas optantes pelo Lucro Presumido estão obrigadas ao cumprimento


das mesmas declarações acessórias mensais e anuais daquelas optantes pelo
Lucro Real, exceto o Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur).

Obrigações:

DES – Declaração Eletrônica de Serviços

SINTEGRA – Sistema Integrado de Informações sobre Operações


Interestaduais com Mercadorias e Serviços

EFD ICMS/IPI – Escrituração Contábil Digital: O prazo para a transmissão do


arquivo digital relativo à EFD-ICMS/IPI é de acordo com cada estado.

DCTF – Declaração de Débitos Tributários Federais: As empresas devem


apresentar a DCTF até o 15º dia útil do 2º mês subsequente ao mês de
ocorrência dos fatos geradores.

EFD Contribuições: O prazo para o envio da EFD Contribuições é até o 10º dia
útil do 2º mês subsequente ao de referência da escrituração.

SEFIP/GFIP – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à


Previdência Social: A SEFIP deve ser enviada até o dia 7 de cada mês, prazo
que também serve ao pagamento da GFIP – Guia de Recolhimento de FGTS e
de Informações à Previdência Social, que contém as informações de vínculos
empregatícios, remunerações e valor do FGTS a pagar e é gerada
automaticamente ao se enviar a SEFIP. Já a GPS – Guia da Previdência Social,
utilizada para o recolhimento do INSS dos empregados e também gerada
durante o envio da SEFIP, deve ser paga até o dia 20 de cada mês.

DCTFweb- Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais


Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos integra parte das obrigações
fiscais periódicas que uma empresa ativa possui com o Fisco.

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CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados: O prazo de
entrega da CAGED é até o dia 07 do mês subsequente ao mês de referência
das informações, desde que tenha havido movimentação de funcionários
(admissão ou demissão). No mês em que não houver movimentação de
funcionários o envio não é obrigatório.

Obrigações anuais.

ECD – Escrituração Contábil Digital: O prazo para o envio da ECD é até o último
dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a
escrituração.
 

ECF – Escrituração Contábil Fiscal: O prazo para o envio da ECF é até o último
dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira.
 

DIRF – Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte: O prazo para a


entrega da DIRF é até o último dia útil de fevereiro de cada ano. Vale ressaltar
que os comprovantes de rendimentos gerados pela DIRF devem ser entregues
aos beneficiários também até o último dia útil de fevereiro de cada ano para que
eles possam fazer a Declaração de Imposto de Renda.
 

RAIS – Relação Anual de Informações Sociais; O prazo para a entrega


da RAIS é até o início do mês de março de cada ano, sendo que o último dia de
entrega pode variar. Por isso, fique atento!
 

DIRPF – Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física: O prazo para envio


da DIRPF é até o último dia útil do mês de abril.

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10. Rotina de trabalho

Setor Fiscal
Obrigações mensais
Speed
Pis/Cofins
Icms
Dma
ISS
 Conferir arquivos importados para o sistema;
 Ajustar alíquotas Pis/Cofins (apagar e depois preencher CST PIS/
COFINS, para depois recalcular impostos, dentro do Sistema Fortes);
 Verificar CST de notas de saídas, antes de fechar relatórios ICMS;
 Gerar arquivos para transmissão dos SPEED;
 Depois realizar as declarações
DRE e balanços
 CONFERIR LANÇAMENTOS E CONCILIAÇÕES, antes de gerar os
balanços;

Planilhas clientes
 Alimentar planilhas com cálculos de impostos, resultados mensais para os
clientes, acompanhado vendas, despesas e extratos bancários;
Abertura de empresa
 Acompanhar e liberar todas as licenças após liberação de CNPJ;
 Solicitação de enquadramento, quando do simples.
Clientes
 Atender demandas e solicitações extras dos clientes;
 Recalculo de impostos.

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Setor Contábil
 Baixar XML pelo fortes ou internet empresas do Presumido e Real;
 Cadastra a empresas novas no fortes e Nibo;
 Lançar notas no Fortes ;
 Lançar extrato no Fortes;
 Conciliação no Fortes;
 Tirar e enviar ISS, DARFS aos clientes;
 Cobrar aos clientes o envio dos documentos para dar continuidade ao
trabalho;
 Ajudar quando possível o RH em pequenas coisas.

Setor Financeiro

 Do 1º ao 5º dia útil cobrar os XML, extrato, e despesas ao cliente


empresas do Simples Nacional;
 Acompanhamento e envio de DAS dos clientes do Simples;
 As empresas que têm notas de entrada baixar nos sites da prefeitura e
Sefaz;
 No decorrer que os clientes vão mandando o XML importa para o Fortes;
 Logo depois de todas os XML importados conferir os valores;
 Gerar o DAS do Simples Nacional (Envio antes do dia 15);
 Gerar o Fronteira dos clientes;
 Fazer o lançamento e conciliação bancária das despesas e extrato no
Fortes;
 Olhar e reavisar os clientes sobre os boletos;
 Atualização de boletos quando há necessidade;
 Passar para Veronica todos os seus vencimentos de suas despesas do
escritório e pessoal.

Departamento pessoal
 Dia 10: adiantamento de folha de pagamento;
 Dia 14: verificar se foram encerradas todas as folhas do mês.
 Solicitações diárias: rescisões, recálculo de FGTS, admissão e férias.

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 Dia 20 ao dia 02: folha de pagamento, pró-labore, folha de ponto e
impostos: DCTFweb, FGTS e IRRF.

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