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Adriani Semicheche 1
Alessandra P. Hendges2
Francine E. B. Stiegemeier3
Klicia Miyeko Higa4
Tatiana Mariani 5
Monique Färber6
Visto que o teste R-2 é de grande valia para a população brasileira seu uso requer
alguns materiais de aplicação, sendo ele composto por 30 pranchas ou cartões com figuras
coloridas que são aplicados na seqüência de sua numeração, com figuras de objetos
concretos ou figuras abstratas. Também são utilizadas folha de respostas, crivo de correção
e lápis preto ou caneta para anotação (OLIVEIRA, 2000).
Segundo o manual do mesmo teste sua aplicação é individual, uma vez que o
examinador apresenta à criança uma prancha de cada vez, sucessivamente. Para a
utilização deste instrumento não existe um limite de tempo, contudo, a aplicação é
cronometrada a partir da Prancha número dois (OLIVEIRA, 2000).
Nos aspectos qualitativos pode-se perceber que oitenta e três das cento e sete
crianças avaliadas prestaram atenção às atividades realizadas, uma vez que estas olhavam
diretamente para as estagiárias, e expressavam movimentos de estar compreendendo as
atividades, como por exemplo o movimento de segurar o queixo com as mãos.
Cinqüenta delas demonstraram boa interação social, fato este percebido
principalmente pelas estagiárias que trabalhavam na sala de espera. Vinte e duas crianças
demonstraram certa insegurança e timidez, espontâneos. E em nove crianças o grau de
ansiedade e impaciência foram mais evidentes, demonstrados através da falta de atenção,
das respostas aleatórias e da dificuldade em permanecerem sentados nas cadeiras.
Foi percebido, desta forma, dentro de uma perspectiva qualitativa que o percentual de
comportamentos positivos, como prestar atenção na atividade e interagir com os colegas e
as estagiárias, foi de um número superior aos demais comportamentos como a insegurança,
timidez, ansiedade e impaciência.
Diante destes resultados pode-se afirmar que mesmo as crianças avaliadas que
apresentaram coeficientes de inteligência abaixo da média obtiveram bons resultados numa
avaliação qualitativa, ou seja, independente do índice, ou nível de inteligência tradicional,
as crianças apresentaram algum nível de inteligência emocional (Tabela 2).
Para Goleman (1995), um dos maiores estudiosos sobre inteligência emocional, o
coeficiente de inteligência não é o único fator de sucesso a ser considerado, mas deve-se
ponderar também a inteligência emocional do indivíduo que se trata da capacidade de
identificar os próprios sentimentos e os dos outros, e da capacidade de auto motivação e
em gerir as emoções internas bem como os relacionamentos interpessoais.
Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso
dos indivíduos. Como exemplo, recorda que a maioria das situações de trabalho é
envolvida por relacionamentos entre as pessoas e, desse modo, pessoas com qualidades de
relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de
obter o sucesso. Afirma ainda que o QI contribui com cerca de vinte por cento para os
fatores que determinam o sucesso, sendo que os oitenta por cento restantes depende de
outras variáveis como as escolhas da pessoa frente á vida (GOLEMAN, 1995).
Características N° de Crianças
Prestaram atenção a atividade 83
Demonstraram boa interação social 50
Demonstraram insegurança e timidez 22
Ansiedade e impaciência 9
Tabela 2: Características apresentadas pelas crianças durante a aplicação do teste R-2.
Tempo em minutos
Média Geral 6 min e 35 seg.
Sexo Masculino 6 min e 40 seg.
Sexo Feminino 6 min e 23 seg.
Tabela 3: Média de tempo em minutos para a realização do Teste formal R-2.
O trabalho não está concluído, visto que as atividades do projeto seguem até o mês
de setembro e estima-se que ainda sejam atendidas cerca de vinte crianças.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, R. R-2: Teste não verbal de inteligência para crianças: manual. São Paulo:
Vetor, 2000
PASQUALI, L. (Org.) Técnicas de exame psicológicos - TEP. Manual. São Paulo: Casa
do Psicólogo, 2001.