CONCURSO PÚBLICO

007. Prova Objetiva

Professor de Ensino Fundamental e Médio

física
(OPÇÕES: 004, 012, 022, 030, 035, 040, 049 e 057)

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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

Confidencial até o momento da aplicação.

Confidencial até o momento da aplicação.
 Parte Geral 02. Almeida (2017) cita uma passagem de Hamilton e Ture
que descreve cenas relacionadas ao racismo. Considere
duas delas: na primeira cena, terroristas brancos bom-
01. João é professor de matemática na escola X. Quando bardeiam uma igreja negra e matam cinco crianças; na
a aula começa, ele coloca no quadro um resumo sobre segunda, a mesma cidade apresenta índices de morte de
o conteúdo de conjuntos numéricos; em seguida, pede 500 bebês negros por falta de comida adequada, abrigos
para os alunos copiarem. Enquanto isso, faz a chamada e instalações médicas. Para os autores, as cenas repre-
da turma. Depois, explica o que foi colocado no quadro e sentam, respectivamente,
pede para os alunos abrirem o livro e resolverem os exer-
cícios da página 46. Trinta minutos depois, o professor (A) um ato de racismo individual; uma função do racismo
corrige as atividades no quadro. Durante a correção, institucional.
há alunos conversando, um dormindo, outro mexendo
(B) um processo político; um processo histórico.
no celular e alguns acompanhando a explicação. Cinco
minutos depois, toca novamente o sinal e a aula termina. (C) um dilema de raças; uma versão do colonialismo.
Marcos é professor de ciências na escola Y. Ele projeta
(D) a discriminação racial; o preconceito de classe.
uma apresentação de slides sobre o Reino Plantae para
que os alunos acompanhem as explicações. Os slides (E) um problema ético-legal; uma ação direta do racismo.
são encaminhados posteriormente por e-mail. Marcos
pede aos alunos que liguem seus computadores, aces-
sem o livro digital e resolvam as questões da página 132
na próxima meia hora. Nesse período, observa-se que 03. É o que tem sido chamado de              dos textos
alguns acessam redes sociais em vez do livro digital, ou- contemporâneos, que exigem             . Ou seja,
tros perguntam as respostas para o colega, alguns fazem textos compostos de muitas linguagens e que exigem
a atividade conforme orientação e uns poucos entram capacidades e práticas de compreensão e produção de
no e-mail a fim de baixar o arquivo da aula para realizar cada uma delas para fazer significar.
os exercícios. Marcos projeta a correção das atividades;
toca o sinal e a aula termina. Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva-
mente, o excerto adaptado de Rojo (2012).
A partir do que discutem Lima e Moura (in: Bacich, Tanzi
Neto e Trevisani, 2015), considere os casos e assinale a (A) estética … uma análise linguística
alternativa correta.
(B) inter e transdisciplinaridades … pensamento autônomo
(A) A aula de Marcos é mais efetiva, pois os alunos são
poupados da atividade mecânica do copiar e podem (C) multimodalidade ou multissemiose … multiletramentos
se voltar a seus interesses de aprendizagem, em um
ambiente aberto não apenas ao conteúdo da aula, (D) nova ética … disciplinar seu uso
mas a outros tópicos.
(E) currículo oculto … investigação e pesquisa
(B) A aula de Marcos é um bom exemplo de uma forma
de ensinar que mistura as melhores práticas da sala
de aula tradicional com ferramentas digitais perso-
nalizadas ou ajustadas às finalidades pedagógicas. 04. Para Tardif (2012), que conceito se define como “o estudo
do conjunto dos saberes utilizados realmente pelos profis-
(C) Mesmo com dinâmicas parecidas, a inserção da sionais em seu espaço de trabalho cotidiano para desem-
tecnologia na aula de Marcos mostra seu relevante penhar todas as suas tarefas”?
impacto, permitindo uma mudança de postura no
professor, que, posteriormente, atingirá a postura (A) Interacionismo simbólico.
dos alunos e aumentará o engajamento.
(B) Pedagogia crítica dos conteúdos.
(D) Enquanto João representa um modelo vertical, a
ação de Marcos é voltada para a tutoria de apren- (C) Epistemologia da prática profissional.
dizado, sendo capaz de identificar problemas e agir
(D) Didática histórico-cultural.
com foco em individualizar e personalizar o ensino.
(E) Teoria do conhecimento comum.
(E) Do ponto de vista pedagógico, são situações simila-
res, pois, embora na turma de Marcos a tecnologia
esteja presente, as aulas são muito parecidas, com
ambos os professores oradores e a individualidade
dos alunos sendo desconsiderada.

Confidencial até o momento da aplicação. 3 SEED2301/007-PEFM-Física

05. Jerá Guarani (2020) observa que, quando chegaram
pessoas civilizadas, elas “começaram a levar alimentos
para a aldeia. Naturalmente, as pessoas têm curiosi-
dade, começam a experimentar as comidas do Juruá e
se encantam com a praticidade. Mesmo sendo Guarani,
o fascínio ocorria com a população indígena em vários
aspectos”.
Assinale a alternativa cuja afirmação representa a com-
preensão da autora sobre essa situação.
(A) Esse intercâmbio gastronômico mostra que é pos-
sível encontrar pontos em comum entre pessoas de
diferentes culturas.
(B) É preciso trabalhar cada vez mais a autonomia e
a soberania alimentar guarani, resgatando práticas
tradicionais de plantio, para manter esse povo forte.
(C) Reforçar o isolamento da tribo e afastar-se da cultura
civilizada é o caminho mais acertado para a manu-
tenção da cultura tradicional indígena.
(D) A fome crônica da população guarani deve ser alvo
de uma política pública de fornecimento de alimen-
tos pelo Estado para não depender da filantropia de
indivíduos.
(E) Os indígenas não são obrigados a permanecer em
um modo de vida primitivo diante do progresso e
suas vantagens.
06. De acordo com o documento Matrizes de Referência
para avaliação: documento básico – Saresp (São Paulo,
2009), a principal finalidade de uma matriz de referência
de avaliação é
(A) o controle do trabalho escolar e do compromisso
do corpo pedagógico da escola com a educação de
qualidade, obedecendo às exigências do Currículo
Paulista e aos novos desafios de formação para a
vida social contemporânea.
(B) a desconstrução de parâmetros de equidade sistê-
mica como forma de estimular que cada escola prati-
que seu próprio currículo, realizando os princípios de
autonomia da escola e autoria docente.
(C) o seu poder de sinalização das estruturas básicas
de conhecimentos a serem construídas pelos alunos
por meio dos diferentes componentes curriculares
em cada etapa da escolaridade básica.
(D) a comparação de um sistema educacional, como o
paulista, com outros a partir de indicadores nacio-
nais e internacionais, com a intenção de comprovar
a excelência das escolas do Estado na oferta de uma
educação de qualidade.
(E) a valorização, a partir do desempenho dos bons alu-
nos, de uma cultura meritocrática escolar, na qual a
avaliação promove o compromisso com a aprendi-
zagem e o autodesenvolvimento nas diversas com-
petências.
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07. De acordo com o documento Diretriz Curricular de
Tecnologia e Inovação (São Paulo, 2019), estudos recen-
tes demonstram a dificuldade de transferir os conceitos
do pensamento computacional para outras áreas do
conhecimento.
Nesse contexto, assinale a alternativa que aponta corre-
tamente o que o documento traz como uma forma reco-
mendada de alavancar essa aprendizagem em diferentes
modalidades.
(A) Pensamento analógico: fortalecer mecanismos refle-
xivos de maneira “desplugada” como base da ino-
vação.
(B) STEAM: hierarquizar as áreas de conhecimento em
relação à sua aplicabilidade tecnológica.
(C) Maker: resgatar a prática do ateliê e da artesania na
composição disciplinar.
(D) Narrativas digitais: contar histórias por intermédio
da tecnologia.
(E) Linguagem assertiva: trabalhar a permanência dos
modos de emissão e recepção da comunicação
humana.
08. O corpo pedagógico de uma escola integral da rede esta-
dual de São Paulo tem se reunido para realizar o plane-
jamento escolar. Consultando as Diretrizes do Programa
Ensino Integral (São Paulo, s.d.), a equipe percebeu a
centralidade das premissas do documento para tomar as
decisões e estabelecer as estratégias e ações necessá-
rias para a escola.
Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação
correta feita pela equipe sobre essas premissas.
(A) A Formação Inicial, como premissa, reconhece a
importância da experiência universitária na carreira
docente, por ser o momento definidor daquilo que o
educador praticará em sala.
(B) O Acolhimento, enquanto premissa, garante que
o aluno receba a instrução necessária para sua
empregabilidade, de tal modo que seja aceito pela
sociedade por estar mais bem adaptado.
(C) A premissa da Separabilidade assegura que a escola
tem as rédeas da educação integral em suas mãos,
evitando a consulta a práticas e experiências exter-
nas que geram expectativas irreais.
(D) O Protagonismo Juvenil é uma importante premissa,
pois considera o jovem como partícipe em todas as
ações da escola e construtor do seu Projeto de Vida.
(E) A premissa da Responsabilidade Pessoal assegura
que os indivíduos respondam pelo próprio envol-
vimento e comprometimento na melhoria de seu
desempenho, seja ele professor ou aluno.
4 Confidencial até o momento da aplicação.
09. Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma
dimensão a que se articula a Educação em Direitos
Humanos segundo o inciso III do artigo 4o da Resolução
CNE/CP no 1/2012 (Brasil).
(A) Formação de uma consciência cidadã capaz de se
fazer presente em níveis cognitivo, social, cultural e
político.
(B) Apreensão de conhecimentos dos Direitos Humanos
com validade universal, aplicáveis em diferentes tem-
pos e espaços.
(C) Afirmação da soberania individual por meio de sua
liberdade de expressão, independentemente dos gru-
pos a que o discurso se destina.
(D) Desenvolvimento de processos metodológicos com-
petitivos e de construção individual, que dê vazão à
autonomia da pessoa humana.
(E) Constituição da vida espiritual e ética dos sujeitos
a partir de valores, atitudes e práticas sociais que
expressem os preceitos religiosos majoritários.
10. Maria Alice é professora de Artes em uma escola esta-
dual de São Paulo. Em novembro, durante as atividades
avaliativas finais, alguns de seus alunos perguntaram a
ela como deviam fazer para fundar um grêmio estudantil,
inexistente na unidade escolar. De acordo com o artigo 3o
da Lei Estadual no 15.667/2015 (São Paulo), Maria Alice
deve
(A) convocar os alunos para uma reunião com a diretoria
da escola.
(B) alertar os alunos sobre a necessidade da autoriza-
ção de pais ou responsáveis para a participação na
entidade.
(C) solicitar junto à diretoria que o grêmio seja incorporado
no planejamento antes do término do ano letivo.
(D) repassar a demanda para professores tutores da
turma ou para o professor coordenador.
(E) avisar que é preciso convocar uma Assembleia Geral
de Estudantes.
Confidencial até o momento da aplicação.
Parte Específica
11. A última versão do Currículo Paulista, apresentada após a
homologação do Conselho Estadual da Educação, reco-
menda que
(A) as componentes curriculares correlacionem as habi-
lidades cognitivas e socioeconômicas preconizadas
na BNCC.
(B) o conceito de competência, instituído na BNCC, seja
enfatizado nas componentes curriculares apenas da
área científica.
(C) seja observado o conceito de competência instituído
na BNCC, mas que ele seja desprezado na correlação
das habilidades cognitivas.
(D) seja observado o conceito de competência instituído
na BNCC, e que seja enfatizada, em todos os compo-
nentes curriculares, a correlação entre as habilidades
socioemocionais e cognitivas.
(E) o conceito de competência, instituído nas reuniões
dos professores e gestores educacionais, relativize
as habilidades preconizadas na BNCC.
12. No âmbito da BNCC, é importante destacar que as com-
petências socioemocionais e cognitivas
(A) são dissociáveis, separáveis, e sua mobilização ocorre
intencionalmente explorada na formação do caráter do
estudante.
(B) têm como escopo conformar subjetividades, ou seja,
que haja algum tipo de determinismo sobre a formação
da personalidade do estudante.
(C) como comunicação, criatividade, empatia, entre outras,
devem ser trabalhadas, intencionalmente, nas práticas
escolares de modo articulado à construção do conhe-
cimento.
(D) importam, de modo relativo, na permanência do estu-
dante na escola, mas não têm relação direta com seu
sucesso nos estudos e nos relacionamentos interpes-
soais.
(E) devem ser dissociadas do significado do que é ser
responsável, colaborativo e participativo no processo
do desenvolvimento da personalidade do estudante.
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13. Uma das competências gerais da BNCC, reiteradas pelo
Currículo Paulista, estabelece
(A) agir pessoal e coletivamente com autonomia e deter-
minação, relativizando decisões éticas, democráticas
e inclusivas.
(B) conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde
física, frequentando centros de treinamento e aca-
demias que valorizem suas emoções e a dos outros.
(C) compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
informação e de comunicação para se comunicar,
acessar e disseminar quaisquer informações que
exerçam protagonismo e liderança.
(D) utilizar apenas uma das diferentes linguagens verbal,
corporal, visual, sonora ou digital para expor seus
sentidos e sentimentos.
(E) valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas
e culturais, sejam locais ou mundiais, procurando
participar de práticas de produção artística e cultural.
14. O Currículo Paulista de Ciências para o Ensino Funda-
mental organiza habilidades específicas e objetos de
conhecimento em unidades temáticas que são
(A) duas: Matéria e Energia, Terra e Universo, contem-
pladas nas últimas séries do Ensino Fundamental.
(B) três: Matéria e Energia, Vida e Evolução, Terra e
Universo, contempladas ao longo de todo o Ensino
Fundamental.
(C) três: Matéria e Energia, Vida e Evolução, Terra e
Universo, contempladas nas últimas séries do Ensino
Fundamental.
(D) duas: Matéria e Energia, Terra e Universo, contem-
pladas ao longo de todo o Ensino Fundamental.
(E) duas: Matéria e Energia, Vida e Evolução, contem-
pladas nas últimas séries do Ensino Fundamental.
15. A partir da lei que criou o novo Ensino Médio, este passou
a ser composto pela BNCC e pelos Itinerários Formativos.
Entende-se por Itinerários Formativos
(A) a implementação de um único arranjo curricular, rele-
vante para a região contemplada e para as possibili-
dades dos sistemas de ensino.
(B) a oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme
a relevância para o contexto local e conforme as possi-
bilidades dos sistemas de ensino.
(C) a oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme
a relevância para o contexto local, apenas.
(D) a oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme
a relevância para as possibilidades dos sistemas de
ensino, apenas.
(E) a implementação de um único arranjo curricular, rele-
vante para a região contemplada.
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16. Segundo a pesquisadora Lúcia Helena Sasseron, o con-
ceito de “alfabetização científica” deriva do termo inglês
scientific literacy, utilizado primeiramente por Paul Hurd,
em 1958, o qual defende que as aulas de Ciências devem
ensinar o que está no cotidiano dos alunos. Para ela, o
termo designa que o objetivo do ensino de Ciências é
(A) almejar a formação cidadã dos estudantes para o
domínio e uso dos conhecimentos científicos e seus
desdobramentos nas diferentes esferas de suas vidas.
(B) preconizar o aprendizado por meio do uso dos livros
didáticos existentes, pois seus autores lançam ideias
inovadoras, quer na exposição interativa dos conteú-
dos, quer nas sugestões para a realização das expe-
riências de laboratório que conduzam à compreensão
das leis e conceitos físicos.
(C) propor uma introdução histórica das Ciências da Na-
tureza descrita nos mais diversos meios de comuni-
cação, seguida de uma explanação minuciosa e deta-
lhada da origem dos termos utilizados nas descrições.
(D) conduzir os estudantes ao letramento científico por
meio do ensino das linguagens e códigos utilizados
no trato com os assuntos relativos à Ciência em geral
e à Física em particular.
(E) a prática científica por meio da investigação proposta
pelos professores e descrita nos livros didáticos e nos
sistemas apostilados adotados, seja em experiências
de laboratório, seja na vida cotidiana.
17. O papel da Matemática no estudo da Física pode ser abor-
dado por diversos aspectos. A respeito desse assunto, é
correto afirmar que
(A) desde os primórdios da civilização, a Matemática
tem sido uma ferramenta imprescindível no estudo
dos fenômenos físicos.
(B) a Física, dentre as ciências experimentais, é a que
mais fortemente se organiza em um sistema simbó-
lico formalizado.
(C) nossos estudantes incorporam naturalmente a Mate-
mática ao pensamento físico e desconsideram o papel
da Física de descrever um mundo físico organizado.
(D) a capacidade de lidar com a Matemática em situações
que lhe são próprias garante a capacidade de utilizá-la
em outros setores do conhecimento, como na Física.
(E) aprender Matemática é o mesmo que aprender a usar
matemática em Física, uma vez que a linguagem ma-
temática usada na Física é a mesma ensinada pelos
matemáticos.
6 Confidencial até o momento da aplicação.
18. Os itinerários formativos, parte flexível do currículo, são
ofertados por meio de diferentes arranjos curriculares
(A) entre duas áreas de conhecimento, apenas.
(B) entre quaisquer áreas, excetuando a de formação
técnica profissional.
(C) entre duas, três ou mesmo quatro áreas de conhe-
cimento.
(D) por uma área de conhecimento de cada vez.
(E) que integrem, necessariamente, áreas afins.
19. O cientista dinamarquês Niels Bohr, ao pesquisar sobre a
estrutura do átomo, propôs, na primeira metade do século
passado, três postulados acerca do assunto. Um desses
postulados está corretamente enunciado a seguir:
(A) “Em pequenas órbitas e altas energias os resultados
quânticos são imprevisíveis.”
(B) “Os átomos não irradiam energia, mesmo que qual-
quer elétron passe por uma transição orbital.”
(C) “Os elétrons se movem em certas órbitas sem irradiar
energia.”
(D) “Para qualquer frequência, dentro de um intervalo
pré-concebido, haverá irradiação de energia na ocor-
rência de uma transição eletrônica.”
(E) “No limite de grandes órbitas e altas energias, os
resultados quânticos diferem substancialmente dos
resultados clássicos.”
20. O GREF, Grupo de Reelaboração de Ensino de Física,
composto por professores da Escola Pública do Estado
de São Paulo e do Instituto de Física da Universidade
de São Paulo, elaborou livros da coleção Física, dirigidos
aos professores da área, pautando seu trabalho por uma
linha pedagógica que é caracterizada por
(A) manter a ordenação tradicional dos conteúdos em
cada assunto, começando por Cinemática na Mecâ-
nica, por exemplo.
(B) propor questões, exercícios, problemas resolvidos e
a resolver, atividades de observação e experimenta-
ção apenas no final do respectivo capítulo.
(C) iniciar cada assunto pela apresentação das leis e
conceitos fundamentais no estudo desse assunto,
pois será com base nessa apresentação que sua
aplicação ao cotidiano irá se destacar.
(D) dar início à construção de cada assunto pelo desen-
volvimento de uma temática e de uma linguagem co-
mum ao professor e ao aluno, contidos no universo
de vivência de ambos.
(E) alterar a sequência dos assuntos da maioria dos
cursos, criando a sua própria linha de apresentação.
Confidencial até o momento da aplicação.
21. O professor de Física, preparado para seguir no já iniciado
estudo das leis de Newton, depara-se com uma situação
inesperada que aflige seus alunos logo no início da aula.
Uma torrencial e persistente chuva de verão promove
estragos na região da escola e assusta os alunos com
sucessivas descargas de raios e relâmpagos, seguidos
de barulhentos trovões. Sob o ponto de vista didático/pe-
dagógico, problematização/contextualização, o professor
encontra-se diante de uma situação problema. O melhor
procedimento a ser tomado por ele é
(A) chamar a atenção dos alunos para a matéria abor-
dada, reforçando a aprendizagem realizada na aula
anterior por meio da resolução de exercícios, prepa-
rando-os, assim, para a prova da semana seguinte.
(B) relativizar a situação e, por meio de recursos disponí-
veis (vídeo, experimental, gerador de cargas, eletros-
cópio, etc.), mostrar a origem dos raios, relâmpagos e
trovões e, com isso, acalmar os alunos.
(C) minimizar a situação, retomar o estudo das leis de
Newton, relacionando raios e relâmpagos com objetos
acelerados por forças resultantes e, com isso, acalmar
os alunos.
(D) tentar prender a atenção dos alunos mediante relato
de situações semelhantes vividas por ele e, uma vez
tendo conseguido concentrá-los para si, retomar o
estudo das leis de Newton.
(E) minimizar a situação, acalmar os alunos, desviando
o assunto para a eletrostática, explicando a estrutura
atômica, processos de eletrização, conservação de
cargas, etc.
22. Em um laboratório investigativo, ao ser apresentada para
os alunos, dispostos em grupos, uma questão experi-
mental, pretende-se alcançar objetivos específicos: que
os alunos aprendam a resolver problemas experimentais,
que consigam organizar um plano de trabalho do qual
extraiam dados confiáveis que possam ser interpretados.
Esses objetivos
(A) não são fáceis de serem alcançados e, para isso, é
necessária uma interação entre professor e alunos.
(B) não são fáceis de serem alcançados, sendo impor-
tante que o professor não intervenha durante o pro-
cedimento experimental.
(C) não são fáceis de serem alcançados, mesmo que
apresentado aos alunos um minucioso plano de tra-
balho previamente elaborado.
(D) podem ser facilmente alcançados, mesmo que os
alunos trabalhem sem a intervenção do professor.
(E) não são fáceis de serem alcançados, ainda que o
professor auxilie os alunos na experimentação inves-
tigativa e com o plano de trabalho elaborado.
7 SEED2301/007-PEFM-Física
23. A respeito da prática da argumentação no ensino das
ciências da natureza, é correto afirmar que a argumen-
tação
(A) é uma forma básica de pensamento e não implica na
possibilidade de avaliar processos de construção de
conhecimento, pois é somente uma atividade discur-
siva em que todos participam.
(B) deve partir do professor porque é ele o regente da
aula, cabendo aos alunos se manifestarem a partir
do momento em que ele abrir um espaço para tal,
sempre objetivando a realização da aprendizagem.
(C) explicita, em sala de aula, os pontos de vista diver-
gentes, que são contraproducentes, pois desconcen-
tram os alunos, causando-lhes confusão de entendi-
mentos.
(D) é, apenas, uma atividade discursiva da qual alguns
alunos eventualmente participam, mantendo os
demais em um processo de atenção, ou de divaga-
ção, ou de dispersão, ou, ainda, de inibição.
(E) é, em aulas de Ciências, comumente adotada no
debate de pontos de vista distintos, colocando opi-
niões pessoais em confronto, visando à participação
coletiva nos processos de construção do conheci-
mento.
24. O Universo tem sido alvo de incessantes estudos por
apresentar possibilidade de descobertas de muitas par-
ticularidades. Uma dessas descobertas, alvo de estudos
radioastronômicos, são os quasars, corpos peculiares
com dimensão semelhante à de
(A) uma galáxia, irradiando imensa quantidade de ener-
gia e brilhando com extrema intensidade.
(B) um planeta como a Terra, contendo pouca massa de
baixa densidade, mas brilhando com extrema inten-
sidade.
(C) uma estrela como o Sol, irradiando imensa quantidade
de energia e brilhando com extrema intensidade.
(D) nosso sistema solar, contendo imensa quantidade de
energia e brilhando com extrema intensidade.
(E) uma galáxia, contendo baixa quantidade de energia
e quase sem brilho.
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25. A trajetória histórica da Astronomia, como conteúdo escolar
no Brasil, demonstra que, atualmente,
(A) planetários, observatórios e museus de astronomia
são estabelecimentos categorizados, mas não conse-
guem oferecer condições para que projetos tenham
acesso a metodologia e técnicas adequadas para o
ensino da disciplina.
(B) pesquisas na área de educação em astronomia apre-
sentam resultados pífios nos processos formativos
de docentes adequados às suas reais necessidades
quando em planetários e observatórios.
(C) a maioria dos cursos superiores de graduação que
contemplam o conteúdo da astronomia (Física, por
exemplo) o apresentam como disciplina optativa.
(D) no âmbito dos Ensinos Fundamental e Médio, a
astronomia é uma disciplina específica e faz parte
apenas dos conteúdos de Ciências e Geografia, no
Ensino Fundamental, e Física, no Ensino Médio.
(E) os professores de ciências, no Ensino Fundamental,
graduados em Pedagogia no nível I, ou em Ciências
Biológicas no nível II, por sua formação superior, têm
facilidade para ensinar conteúdos de Astronomia.
26. Considerando a Antiguidade dos séculos II e III a.C.,
pode-se afirmar corretamente que a Babilônia e o Egito
foram as nações que mais contribuíram para o desenvol-
vimento da Astronomia e da Matemática e que, em quase
nada, contribuíram para o desenvolvimento da Física.
A respeito desse tema, é correto afirmar que
(A) a Astronomia egípcia tinha um forte significado político
e, principalmente, religioso; os astrônomos trabalha-
vam em templos, reportando-se aos faraós.
(B) a astronomia babilônica foi desenvolvida com fins prá-
ticos, como resolver problemas de irrigação, planeja-
mento de construção de templo e pirâmides.
(C) os babilônios desenvolveram sua Astronomia moti-
vados pela religião, pela agricultura, pela astrologia
e pela confecção de calendários.
(D) os astrônomos egípcios estavam interessados na
previsão precisa dos vários fenômenos astronômi-
cos, como o estudo dos eclipses, a variação da dura-
ção do dia e da noite.
(E) para os astrônomos egípcios, a previsão das en-
chentes do rio Nilo não era prioritária, mas a agricul-
tura ao longo de seu leito era objeto de seus estudos.
8 Confidencial até o momento da aplicação.
27. Dois pêndulos, A e B, de massas pendulares iguais e fios
de mesmo comprimento, feitos de mesmos material e
espessura, são postos a oscilar no mesmo lugar, em
condições ideais, sem atrito de qualquer natureza. Eles
são abandonados do repouso, simultaneamente, de
posições tais que os ângulos α e β guardam a relação
α < β, conforme a figura.

A (C) segundo a Didática das Ciências, na formação de
A O O
(Fonte: banca elaboradora)
Nessas condições, é correto afirmar:
(A) o pêndulo A passará pela posição de equilíbrio O
antes do pêndulo B e com a mesma velocidade linear
com que B passará em seguida.
(B) ambos passarão pela posição de equilíbrio O simul-
taneamente, sendo que o pêndulo B o fará com velo-
cidade linear maior do que A.
(C) o pêndulo A passará pela posição de equilíbrio O
depois da passagem de B, mas com a mesma velo-
cidade linear de B.
(D) ambos passarão simultaneamente e com a mesma
velocidade linear pela posição de equilíbrio O.
(E) o pêndulo A passará pela posição de equilíbrio O
depois do pêndulo B e com velocidade linear menor
de que B terá passado.
28. Segundo a pesquisadora Maria Lucia Abid, é fundamental
compreender as diferentes tendências teóricas e os mé-
todos avaliativos para romper com o caráter autoritário da
avaliação como mecanismo de controle. Segundo a pes-
quisadora, a avaliação direcionada para a compreensão e
para a ação deve
(A) estar de acordo com o enfoque teórico das aulas
expositivas.
(B) considerar os acertos e erros e contribuir para com-
preensão das trajetórias de aprendizagem.
(C) ser objetiva e verificar quais objetivos foram atingidos
pelos alunos.
(D) contar com trabalhos, pesquisas, relatórios e exercí-
cios para minimizar as reprovações.
(E) ser acompanhada de uma métrica precisa dos conhe-
cimentos adquiridos pelos alunos.
Confidencial até o momento da aplicação.
29. Visando uma necessária reformulação no ensino das
Ciências, surge a Didática das Ciências como um domí-
nio epistemológico emergente. A respeito desse tema, é
correto afirmar:
(A) a Didática das Ciências é uma disciplina científica
que incorpora as tradições docentes e sociais enrai-
zadas em propostas já declaradas e vigentes até os
anos 80 do século passado.
(B) o uso da Didática das Ciências significa simplificar
a tarefa de ensinar, pois para tal, basta ter conheci-
mentos pedagógicos de caráter geral e alguma prá-
tica docente.
professores, conteúdos científicos são separados
dos pedagógicos, o que demonstra ser suficiente o
bastante para que se desenvolva, no cotidiano, o
processo ensino/aprendizagem.
(D) no campo da Didática das Ciências, a ampla biblio-
grafia publicada ao longo das últimas décadas sobre
as perspectivas de inovação e investigação científica
justifica sua introdução como disciplina científica.
(E) nos anos 80 do século passado, para uma corrente
de pedagogos e psicólogos da educação, a apren-
dizagem do conhecimento geral não se aplicava de
modo independente do meio ambiente, das espécies
e do indivíduo.
30. Partículas elementares são aquelas, como o próprio nome
sugere, indivisíveis. Desde a era pré-cristã, acreditava-se
que o átomo fosse a menor partícula da matéria. Apenas
no final do século XIX, o físico inglês J. J. Thomson desco-
briu o elétron, a primeira partícula elementar.
Assim, é correto afirmar que
(A) a partícula γ, também conhecida por fóton, é elemen-
tar e apresenta uma determinada massa, além de
possuir energia.
(B) as partículas componentes do átomo, próton e nêutron,
são indivisíveis, também elementares, como o elétron.
(C) qualquer partícula elementar deve ser dotada de
massa, possuir energia, mas não, necessariamente,
ter carga elétrica.
(D) o físico Ernest Rutherford realizou, no início do
século passado, um experimento de bombardea-
mento do nitrogênio por partículas α e confirmou o
descobrimento do elétron de Thomson.
(E) até o início da década de 1950, a maioria das centenas
de partículas novas, descobertas até então, foram erro-
neamente consideradas elementares.
9 SEED2301/007-PEFM-Física
 PROVA DISCURSIVA

Considere o texto a seguir para responder às questões de números 01 e 02.

Pedro é aluno do quinto ano do Ensino Fundamental em uma escola estadual. Ele vinha cultivando um pequeno canteiro,
antes abandonado, no período livre da tarde, com a autorização da diretora. A motivação de Pedro se deu a partir de uma aula
de Ciências, na qual a professora Suzana contou às crianças sobre iniciativas de hortas comunitárias que melhoraram os há-
bitos alimentares de seus participantes. Todo dia, passava em seu canteiro para regar as plantas e apreciar o seu crescimento.
Em uma tarde, Suzana viu Pedro sozinho e aborrecido perto de sua horta. Aproximou-se do menino e perguntou-lhe o
que havia acontecido. Pedro narrou uma briga com alguns de seus colegas, que o criticavam por ser muito ciumento com a
horta. Segundo as outras crianças, Pedro se via como “dono” do canteiro e não deixava ninguém chegar perto. De birra, um
dos meninos arrancou um dos pés de alface da horta.
Suzana, ao mediar o conflito, descobriu que a “bronca” das outras crianças vinha de uma vontade e curiosidade de partici-
par da atividade. Suzana sugeriu a Pedro que convidasse seus colegas para cuidar da horta com ele. Nesse processo, Pedro
exerceria um papel de “monitor”, auxiliando os demais com a experiência que havia adquirido.

QUESTÃO   1

Tendo como base a perspectiva da Educação Integral apresentada no documento Currículo Paulista, responda:

a) Qual dimensão (ou tipo de competência) é mais marcadamente trabalhada por Suzana junto a seus alunos na mediação
do conflito?

b) Avalie a mediação de Suzana a partir da perspectiva de formação integral.

Os rascunhos não serão considerados na correção.

H O
U N
RASC
NÃO ESCREVA NESTE ESPAÇO

SEED2301/007-PEFM-Física 10 Confidencial até o momento da aplicação.

 QUESTÃO   2

A partir dessa situação, Suzana pensou em incorporar em suas aulas, no próximo ano, a criação de um projeto envolvendo
uma horta comunitária. Com base no Currículo Paulista, responda:

a) Identifique dois espaços não formais de aprendizagem adequados ao projeto de Suzana.

b) Justifique sua proposta a partir do pressuposto da Educação Integral, expresso no documento, sobre espaços de
aprendizagem.

Os rascunhos não serão considerados na correção.

H O
U N
RASC

NÃO ESCREVA NESTE ESPAÇO

Confidencial até o momento da aplicação. 11 SEED2301/007-PEFM-Física

Confidencial até o momento da aplicação.