Você está na página 1de 108

EMED - Empreendimentos Educacionais Ltda

Centro de Formação Profissional BOM PASTOR


Disciplina: Semiologia e Semiotécnica
Professor: Enfº Thiago Almeida

Higienização das Mãos e


Luvas Estéreis e de
Procedimento
Higienização das Mãos
No dia-a-dia de nosso trabalho executamos grande variedade
de procedimentos, muitos deles repetidas vezes. Em geral, a
importância que lhes é conferida associa-se ao grau de
complexidade, à tecnologia envolvida, à capacidade de
provocar danos ou complicações ao paciente e à freqüência
de realização. A pouca adesão dos profissionais da área de
saúde à prática de lavagem das mãos reflete em parte essa
situação, pois é procedimento simples, comum na esfera
social como hábito de higiene, o que certamente não lhe
confere o valor e o status de alta tecnologia. E muitas são as
justificativas usadas pela equipe para não fazê-lo, como,
dentre outras: falta de pias e degermantes adequados,
sobrecarga de serviço, situações de emergência.
Em contrapartida, os especialistas são unânimes
em afirmar que este é um dos procedimentos mais
significativos para a prevenção e o controle da
infecção hospitalar, sendo-lhe atribuída a
possibilidade de redução acentuada da carga
microbiana quando as mãos são lavadas com água
e sabão e com degermantes como povidine ou
clorexidine.
Técnica de lavagem das mãos

Para que a lavagem das mãos seja eficaz, faz-se necessário utilizar
uma técnica apropriada para a remoção mecânica da sujidade, suor,
células descamativas e microrganismos transitórios em todas as partes
da mão: palma, dorso, espaços interdigitais, unhas e punhos.
Visando evitar contaminação durante o processo, antes de iniciar a
lavagem das mãos devem ser retirados objetos como anéis, pulseiras e
relógio de pulso. Preferencialmente, utilizar sabão líquido, pois o sabão
em barra facilmente se torna meio de contaminação. Outro cuidado
adicional é evitar que, durante a lavagem, as mãos entrem em contato
direto com a pia.
Para uma lavagem adequada das mãos deve-se, após molhá-las e
colocar o sabão, fazer os seguintes movimentos: friccionar palma
contra palma, palma direita sobre o dorso da mão esquerda, com os
dedos entremeados e vice-versa, palma contra palma, friccionando a
região interdigital com os dedos entremeados, dedos semifechados em
gancho da mão esquerda contra a mão direita e vice-versa, movimento
circular do polegar direito e esquerdo, movimento circular para a
frente e para trás com os dedos fechados da mão direita sobre a palma
da mão esquerda e vice-versa.
O processo de fricção repetida deve ser realizado com as
mãos e os antebraços voltados para baixo, evitando-se que o
sabão e a água, já sujos, retornem às áreas limpas. Cinco
fricções de cada tipo são suficientes para remover
mecanicamente os microrganismos.
Após esse processo, as mãos não devem ser enxagüadas em
água corrente, mas sim posicionadas sob a torneira com os
dedos voltados para cima, de modo que a água escorra das
mãos para os punhos.
Após a lavagem, mantendo os dedos voltados para cima,
secar as mãos com papel-toalha descartável, começando
pelas mãos e, depois, os antebraços.
O uso de sabão é suficiente para a lavagem rotineira das
mãos.
Em situações especiais, como surtos de infecção ou
isolamento de microrganismo multirresistente, seguir as
orientações do setor responsável pela prevenção e controle
de infecção hospitalar.
Luvas esterilizadas e de procedimento
Outra barreira utilizada para o controle da
disseminação de microrganismos no ambiente
hospitalar são as luvas, esterilizadas ou não,
indicadas para proteger o paciente e o profissional
de contaminação.
As luvas esterilizadas, denominadas luvas
cirúrgicas, são indicadas para a realização de
procedimentos invasivos ou manipulação de
material estéril, impedindo a deposição de
microrganismos no local. Exemplos: cirurgias,
suturas, curativos, cateterismo vesical, dentre
outros.
As luvas de procedimento são limpas, porém não
esterilizadas, e seu uso é indicado para proteger o
profissional durante a manipulação de material,
quando do contato com superfícies contaminadas
ou durante a execução de procedimentos com risco
de exposição a sangue, fluidos corpóreos e
secreções. Não há nenhum cuidado especial para
calçá-las, porém devem ser removidas da mesma
maneira que a luva estéril, para evitar que o
profissional se contamine.
Calçando e descalçando luvas estéreis
Antes de qualquer coisa, ressalte-se que a luva
deve ter um ajuste adequado, cuja numeração
corresponda ao tamanho da mão.
Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do
envelope para cima e o punho em sua direção.
Toque somente a parte externa do pacote,
mantendo estéreis a luva e a área interna do
pacote.
Segure a luva pela dobra do punho, pois é a parte
que irá se aderir à pele ao calçá-la, única face que
pode ser tocada com a mão não-enluvada - desta
forma, sua parte externa se mantém estéril.
Para pegar a outra luva, introduza os dedos da
mão enluvada sob a dobra do punho e calce-a,
ajustando-a pela face externa.
Calçando a luva, mantenha distância dos
mobiliários e as mãos em nível mais elevado,
evitando a contaminação externa da mesma.
Após o uso, as luvas estão contaminadas. Durante
sua retirada a face externa não deve tocar a pele.
Para que isto não ocorra, puxe a primeira luva em
direção aos dedos, segurando-a na altura do punho
com a mão enluvada; em seguida, remova a
segunda luva,segurando-a pela parte interna do
punho e puxando-a em direção aos dedos. Esta
face deve ser mantida voltada para dentro para
evitar autocontaminação e infecção hospitalar.
EMED - Empreendimentos Educacionais Ltda
Centro de Formação Profissional BOM PASTOR
Disciplina: Semiologia e Semiotécnica
Professor: Enfº Thiago Almeida

Sinais Vitais
CONCEITO:

Sinais vitais são medidas que


fornecem dados fisiológicos indicando as
condições de saúde da pessoa. Os sinais vitais
incluem a verificação da temperatura, pulso,
respiração e pressão arterial. Têm como
objetivo auxiliar na coleta de dados e avaliação
das condições de saúde da pessoa, bem como
instrumentalizar na tomada de decisão sobre
intervenções específicas.
Essas medidas revelam a
eficácia das funções corporais,
circulatória, respiratória, renal e
endócrina. Em razão de sua
importância são denominados sinais
vitais. Deverão ser
verificados: na admissão seguir
prescrição médica, seguir protocolos
antes e depois de administração de
medicações que afetam funções
vitais, na presença de alterações
nas condições físicas do cliente,
antes e após procedimentos
invasivos.
Os sinais vitais fazem parte do HISTÓRICO
DE ENFERMAGEM.
O profissional de enfermagem deve saber:
✔ Ver, compreender, interpretar e comunicar
os valores;
✔ Equipamento adequado (manguito de obeso,
criança,...);
✔ Conhecer faixa normal dos sinais vitais;
✔ Conhecer historia clinica;
✔ Minimizar fatores ambientais;
✔ Abordar com calma e cuidadosamente;
✔ Demonstrar habilidade;
✔ Informar ao paciente;
SINAIS VITAIS PRINCIPAIS:
Pulso / Frequência Cardíaca;
Pressão arterial;
Temperatura;
Respiração / Frequência
Respiratória;
Dor;
PULSO / FREQUÊNCIA CARDÍACA
Expansão e
contração das artéria
superficiais, sentidas
pelos dedos que
palpam, e assim,
avaliam suas
características.
A pulsação das
artérias se faz sentir
em diversas partes
do corpo.
Fatores de alteração:
Vários são os fatores que
provocam a alteração no pulso:
✔ Emoções;
✔ Exercícios físicos;
✔ Alimentação;
✔ Drogas;
✔ Traumas;
✔ Entre outros.
Frequentemente é utilizado a artéria
radial;
✔ Utiliza-se os dedos indicador e
médio;
✔ Apalpar delicadamente sobre a
artéria selecionada;
✔ Realizar a contagem mentalmente
da frequência cardíaca;
✔ Durante 60 segundos;
✔ ASSEPSIA
✔ ANTI SEPSIA
Pulso Carotídeo
Pulso Radial
Pulso Braquial
Pulso Poplíteo
Pulso Pedioso
Pulso Femural
Caracteríticas:

Ao examinar uma pulsação devemos


analisar:
✔ Estado da parede arterial;
✔ Frequência;
✔ Ritmo;
✔ Amplitude;
✔ Comparação;
Frequência:
É necessário contar
sempre o número de Normal 60 a 100
bpm
pulsações durante
um minuto, ✔ TAQUICARDIA:
comparando com os Aumento da
frequência do pulso
batimentos cardíacos. acima de 100
batimentos por
minuto.

✔ BRADICARDIA:
Diminuição da
frequência de pulso,
abaixo de 60 bpm.
Ritmo:
É dado pela sequência das pulsações.
Quando ocorre uma contração ineficiente
do coração, que falha em transmitir a
onda de pulso para o local periférico, cria
um déficit de pulso.

✔ Se elas ocorrerem a intervalos iguais o


ritmo é REGULAR;
✔ Se os intervalos são variáveis , ora mais
longos , ora mais curtos, o ritmo é
IRREGULAR;
Amplitude:
É avaliada pela sensação captada
em cada pulsação e está relacionada com
o enchimento da artéria durante a sístole
e seu esvaziamento durante a diástole.
Intensidade com que o sangue bate
nas paredes das artéria. Classificação:
✔ Pulso amplo/magnus;
✔ Mediano;
✔ Pequeno ou parvus;
Forte e cheio
Fraco e fino - Filiforme.
O pulso é
tomado onde uma
artéria possa ser
comprimida
levemente contra
um osso,com as
pontas de dois ou
três dedos.
NUNCA COM O POLEGAR

“O examinador
poderá sentir
seu próprio
pulso digital”
Valores normais:
✔ RN 120 a 160 batimentos por
minuto (bpm)
✔ Lactente 100 a 120 bpm
✔ Adolescente 80 a 100 bpm
✔ Mulher 65 a 80 bpm
✔ Homem 60 a 70 bpm
PRESSÃO ARTERIAL
Pressão Arterial é a
força com a qual o
coração bombeia o
sangue através dos
vasos. É determinada
pelo volume de sangue
que sai do coração e a
resistência que ele
encontra para circular
no corpo.
Resumindo:
✔ Quando o coração se contrai para
bombear o sangue para o resto do
corpo é chamada de PRESSÃO
ARTERIAL SISTÓLICA ou MÁXIMA.

✔ A pressão do sangue nos vasos


quando o coração encontra-se na
fase de relaxamento ou “Período de
Repouso” é chamada PRESSÃO
DIASTÓLICA ou MÍNIMA.
A pressão arterial é transcrita com o valor da pressão
sistólica seguido por uma barra e o valor da pressão diastólica.
Por exemplo: 120/80mmHg (milímetros de mercúrio) – Lê-se:
cento e vinte por oitenta.

✔ Valor ótimo de pressão arterial: 120 x 80 mmHg


(12 por 8);
✔ Valor normal de pressão arterial: 130/85 mmHg a
140 x 90 mmHg;
✔ Valor ideal de pressão arterial para pessoas com
risco de diabetes e doença renal: 130 x 80 mmHg
OBSERVAÇÃO:
Pressão sistólica (MÁXIMA) 90 a 140
mmHg
Pressão diastólica (MÍNIMA) 60 a 90
mmHg

✔ HIPERTENSO: > 140 x 90 mmHg

✔ HIPOTENSO: < 90 x 60 mmHg


TEMPERATURA CORPORAL

Temperatura
corporal é o
equilíbrio entre a
produção e a perda
de calor do
organismo,
mediado pelo
centro termo-
regulador.
Pode ser verificada na região:

✔ AXILAR;
✔ ORAL;
✔ RETAL.
Os seres humanos são
homeotérmicos, seu
organismo é capaz de
regular sua temperatura
corporal.
Valores de Referência:

Padrão Normal:

✔ TAX (Temperatura Axilar) - De 36º a


37ºC;
✔ Temperatura Oral – De 36,2º a 37,2º
C;
✔ Temperatura Retal – De 36,4º a
37,4ºC;
Fatores que alteram a temperatura:
✔ Atividades físicas;
✔ Fatores Emocionais;
✔ Distúrbios da Glândula Tireóide;
✔ Alimentação;
✔ Ambiente;
✔ Vestuário;
✔ Efeito da ovulação sobre a temperatura;
✔ Medicamentos;
✔ Doenças;
✔ Traumas;
Locais de mensuração:
A temperatura corporal normal pode variar
de 36,5°C ( graus Celsius) a 37,2° C.

✔ AXILAR (podem apresentar 0,3 a 0,6°C


mais baixas oral ou retal);
✔ ORAL (podem ser medida pela boca
usando o termômetro vidro, termômetro
digital );
✔ RETAL (tendem ser 0.6 °C mais altas do
que oral);
✔ CENTRAL(realizada com sensor, no
Terminologia:

Febre/Pirexia : aumento patológico da temperatura


corporal (37,6 a 38,9º C);
Hiperpirexia : elevação da temperatura do corpo ou
de uma parte do corpo acima do valor normal (>
acima de 39ºC);
Hipotermia : redução da temperatura do corpo ou
de uma parte do corpo abaixo do valor normal (<
36,5ºC);
Normotérmico/Apirexia : temperatura normal
(36,5°C a 37,2° C).
FREQUÊNCIA
RESPIRATÓRIA
Envolve sistema
cardiovascular;
✔ Ocorrem trocas
gasosas entre o
organismo e o meio;
✔ Respiração= celular;
✔ Ventilação= entrada
e saída;
É a entrada de oxigênio na
Inspiração e eliminação de dióxido
de carbono pela Expiração.

✔ Finalidade: Troca gasosa entre o


sangue e o ar dos pulmões.
Avaliação da Respiração
✔ Frequência – movimentos
respiratórios por minuto;

✔ Caráter – superficial e profundo;

✔ Ritmo – regular ou irregular;


Comprometimento Respiratório
✔ Cianose;

✔ Inquietação;

✔ Dispnéia;

✔ Sons respiratórios anomais;


Valores de Referência
BEBÊ : 30 – 60 movimentos
respiratórios por minuto, (mrpm/
irpm).
CRIANÇA : 20 – 30 movimentos
respiratórios por minuto.
ADULTO : 16 – 20 movimentos
respiratórios por minuto.
Terminologia
APNÉIA – parada respiratória.
BRADIPNÉIA – respiração lenta.
TAQUIPNÉIA – respiração rápida.
DISPNÉIA – respiração difícil, que exige
esforço aumentado e uso de músculos
acessórios.
ORTOPNÉIA: é a incapacidade de respirar
facilmente, exceto na posição ereta
EUPNEICO – FR normal.
DOR
A dor pode ser definida como uma
sensação desagradável, criada por um
estímulo nocivo, e que atinge o sistema
nervoso central por meio de vias
específicas.
A dor é causada pela modificação
das condições normais de um organismo
vivo. Esse organismo necessita
apresentar capacidade de responder, com
reações de adaptação, às modificações
que ocorrem no meio ambiente.
Os principais processos envolvidos na
experiência sensorial da dor são dois:
a percepção da dor e a reação à dor.
A percepção da dor envolve mecanismos anátomo-
fisiológicos, pelos quais um estímulo nocivo capaz de gerá-la é
criado e transmitido por vias neurológicas desde os receptores
da dor. Esta fase da dor é praticamente igual em todos os
indivíduos sadios, mas pode ser alterada por doenças, pois a
capacidade de perceber a dor depende, sobretudo, da
integridade do mecanismo neural envolvido.
A reação à dor vem a ser a manifestação do indivíduo de sua
percepção de uma experiência desagradável. Esta fase do
processo da dor envolve fatores neuroanatômicos e
fisiopsicológicos extremamente complexos que englobam o
córtex, sistema límbico, hipotálamo, tálamo, e que
determinam exatamente a conduta do paciente a respeito de
sua experiência desagradável.
A dor aguda dura por segundos, dias ou semanas,
é considerada como um sinal de ocorrência de uma
infecção, inflamação, traumatismo, queimadura e
cirurgia. A dor crônica é aquele que persiste por
mais tempo, podendo durar por meses ou anos.
A dor crônica pode ser resultante, por exemplo,
de diferentes tipos de câncer, LER (lesões por
esforços repetitivos), neuropatias, fibromialgia e
dores de coluna. A dor crônica, nos últimos tempo,
tem desafio diferentes áreas da medicina e da
psicologia, pela limitação de tratamento para
determinados casos.
EMED - Empreendimentos Educacionais Ltda
Centro de Formação Profissional BOM PASTOR
Disciplina: Semiologia e Semiotécnica
Professor: Enfº Thiago Almeida

Hospital: definição, tipos,


organização, estrutura, funções
Hospital: conceito

É Estabelecimento onde se tratam doentes,


pessoas acidentadas, etc., internados ou
não; nosocômio.” (Dicionário Aurélio)
Segundo o Ministério de Saúde quando assim definiu
o conceito de hospital; coloca que:
O hospital é parte integrante de uma organização
Médica e Social, cuja função básica, consiste em
proporcionar à população Assistência Médica Sanitária
completa, tanto curativa como preventiva, sob
quaisquer regime de atendimento, inclusive o domiciliar,
cujos serviços externos irradiam até o âmbito familiar,
constituindo-se também, em centro de educação,
capacitação de Recursos Humanos e de Pesquisas em
Saúde, bem como de encaminhamento de pacientes,
cabendo-lhe supervisionar e orientar os
estabelecimentos de saúde a ele vinculados
tecnicamente
Para a OMS:
O hospital é um elemento organizador de
caráter médico-social, cuja função consiste
em assegurar assistência médica completa,
curativa e preventiva a população, e cujos
serviços externos se irradiam até a célula
familiar considerada em seu meio; é um
centro de medicina e de pesquisa bio-social.

Hospital: funções e Importância Social
► Restaurativa: diagnóstico, tratamento, reabilitação e emergência.
► Preventiva: controle de doenças infecto-contagiosas, saúde
ocupacional, promoção à saúde.
► Educativa: serve como estagio para diversas áreas.
► Pesquisa
► Gerador de Empregos: empresa complexa que emprega profissionais
de varias categorias.
Então as funções hospitalares podem ser agrupadas segundo Lima
Gonçalves (1983) em:
a) Prestação de atendimento médico e complementares aos doentes em
regime de internação;
b) Desenvolvimento sempre que possível de atividades de natureza
preventiva;
c) Participação em programas de natureza comunitária procurando
atingir o contesto Sócio-Familiar dos pacientes, incluindo aqui a
educação em saúde, que abrange a divulgação dos conceitos de
promoção, proteção e prevenção da saúde.
Classificação dos Hospitais
► Quanto à natureza assistencial:
- GERAL: destinado a internar clientes de várias especialidades.
- ESPECIALIZADO: destinado a internar clientes predominantemente
de uma especialidade.
2► Quanto ao controle administrativo:
- Hospitais Filantrópicos:
* 20% da renda bruta para o atendimento gratuito ás pessoas
carentes.
* 60% dos seus leitos destinados as SUS.
* Membros da diretoria sem gratificação.
- Hospitais Públicos:
* mantidos por verbas federais, estaduais e/ou municipais.
* Municipais: verbas do Município.
* Estaduais: verbas do Estado.
* Federais: verbas da Federação.
- Hospitais Beneficentes:
* Finalidade não lucrativa.
* Mantido por contribuições e doações particulares.
* Membros da diretoria sem gratificação.
- Hospitais com Finalidades Lucrativas:
* Empresa Privada
* Mantido por Convênios e Particulares.
* Os serviços prestados são pagos.
3► Quanto a Capacidade ou Lotação:
- Hospital de Pequeno Porte: 24 a 49 leitos.
- Hospital de Médio Porte: 50 a 149 leitos.
- Hospital de Grande Porte: 150 a 500 leitos.
- Hospital de Especial ou Extra: acima de 500 leitos
Admissão, internação, alta,
Transferência
1. ADMISSÃO

• É a chegada de um cliente em uma unidade de


internamento proveniente do PS ou da portaria

A condição do cliente do paciente e a natureza


da unidade determina o processo de admissão.

POLITRAUMATIZADO X PARTO
UTI X CLÍNICA MÉDICA
1.1 ASPECTOS PSICO-SOCIAIS RELACIONADOS
A ADMISSÃO.

• O internamento significa rompimento do


relacionamento com a família e o
afastamento do seu lar e trabalho (solidão)
• Ambiente estressante com rotinas e regras;

• Perda da sua privacidade e autonomia;


• Medo do seu estado de doença e a sua
evolução;
• Medo dos julgamentos ( DT);
• Questões financeira e a inatividade;
1.2 PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM
LIGADOS A ADMISSÃO

Antes
Preparação da unidade do
paciente;
Organização da bandeja para
os ssvv;
Preparar o prontuário;
Durante
Receber o paciente de forma
holística
Iniciar os cuidados mais urgentes;
Fazer a apresentação da equipe;
Verificação dos SSVV
Iniciar SAE
1. Histórico de enfermagem;
2. Exame físico;
3. Diagnósticos de enfermagem;
4. Plano de enfermagem
5. Prescrição de enfermagem
Orientações (paciente e família)

1. Funcionamento do hospital
2. Apresentação da unidade
3. Retirada de objetos pessoais
4. Solicitação de material de
higienização, tratamento e etc.
5. Higienização
6. Orientações sobre a doença e o
tratamento.
Depois
Fazer as anotações em prontuário;
Fazer os contatos e
encaminhamentos necessários;
Atenção 1:
“Lavagem das mãos”.
Atenção 2- Anotem tudo
Horário e motivo da internação,
Diagnóstico médico,
Meio de locomoção,
Estado geral,
Sinais e sintomas,
Hábitos (alimentação, eliminação, sono e repouso),

Uso de medicamentos,
Alergias ,
Uso de próteses,
Sinais vitais.
2.0
Alta
2.1 Significa a saída do paciente do hospital.
Pode ocorrer por:
• Indisciplina,
• Determinação médica,
• A pedido do paciente/família (termo responsabilidade).
2.2 Procedimentos relacionados a alta
Informar ao cliente e sua família que lhe
foi dada alta,
Orientar quanto aos cuidados no domicílio,
Marcação da próxima consulta,
Certificar-se que todos os pertences
foram entregues ao cliente,
Acompanhar o cliente até a saída da
unidade,
Providenciar limpeza terminal e colocar
ordem no quarto.
2.3 Plano de Alta

• Assim que ocorre a admissão é necessário


iniciar o preparo da alta a fim de que o
cliente/família saibam dar continuidade
ao plano de cuidado.
RESULTADOS ESPERADO PARA UM PLANO
DE ALTA BEM SUCEDIDO

O cliente/família entendam o
diagnóstico os medicamentos e o
tratamento após a alta;
Conhecimento e independência do
cliente para realizar o auto cuidado;
Saber reconhecer sinais e sintomas
que caso apareça seja necessário
retornar ao hospital.
3.0 Transferência

É a remoção do cliente de uma clínica


para outra, do mesmo hospital ou para
hospital diferente.
A saída do cliente não significa
necessariamente o fim do tratamento,
mas a transferência da responsabilidade
da sua continuidade para o cliente,
família ou outra unidade hospitalar.
Questões a serem observadas
• É necessário que ocorra de forma segura e
que seja feita todas as anotações no
prontuário ( horário de saída,quadro clínico
do paciente).
• Fazer relatório de transferência informando
principalmente último horário das
medicações, condições do paciente e
dispositivos em uso.
IMPORTANTE

Óbito:
= Conjunto de cuidados prestados ao
cliente após seu falecimento.

IMPORTANTE: Registro do óbito, avisar


a família (serviço social ou médico),
realizar cuidados com o corpo pós-morte,
recolher os pertences e entregá-los a
família, providenciar limpeza terminal e
colocar ordem no quarto.
Anotações e o Prontuário
Prontuário:

É o conjunto de documentos
padronizados, ordenados e concisos de
valor probatório, destinados ao registro
dos cuidados da equipe de saúde
prestados ao paciente. É o meio de
comunicação entre os profissionais de
saúde e também o único instrumento
para medir a qualidade da assistência
prestada ao paciente.
Importância dos registros

Ø Comunicação, Contabilidade financeira,


Educação (orientações), Histórico,
Continuidade do tratamento, Pesquisa,
Auditoria, monitorização e documentação
legal.

Ø É fundamental para segurança do cliente e


do profissional, pois isto objetiva dar
continuidade à assistência; para fins éticos;
e de pesquisa.
Cuidados
v Legibilidade;
v Paciente: “refere que...” ;
v Anotações freqüentes;
v Anotar medidas de proteção e prevenção;
v Deve seguir um padrão e ser escrito de
forma organizada;
v Deve ser claro nas informações e escrito à
caneta;
v Deve ser redigido de forma legível;
v Deve evitar abreviaturas;
v Deve ter uma base concreta;
v Deve ter exatidão;
v Deve ser assinado.
Partes de uma Admissão

Identificação.
Informação sobre a doença e
o tratamento.
Hábitos.
Exame físico.
Outros dados.
1. Identificação ( análise dos dados que
podem revelar fatores de risco).

● Sexo
● Idade
● Raça
● Profissão
● Naturalidade
● Procedência
● Estado civil
● Nº de filhos
2. Doença e tratamento.
Queixas: dor ( fatores relacionados,
localização, tipo, irradiação);
fadiga, dispnéia, hipertermia, nível
de consciência.
Doenças pré-existentes: doenças
crônicas.
Tratamentos ( Cirurgias, implantes,
tratamento medicamentoso)
Antecedentes familiares( pais, avôs,
tios e irmãos) Portadores de
doenças crônicas / herança
familiar e causa da morte.
3. Hábitos
Sono/repouso.
Alimentação/hidratação
Eliminação.
Exercício físico.
Lazer.
Atividade sexual/ reprodução.
Higiene
Alergias / vícios.
Necessidades psico-sociais.
4. Exame físico
● identificar problemas de
enfermagem, diferindo por
isso do exame físico feito
pelo médico.
● Avalia-se as condições
gerais.
● Sinais vitais.
● Dados antropométricos.
4. Outros dados
● Exames diagnósticos
● Relatórios
● Impressão da entrevista
● Dados familiares
Paciente: Srª Marta
Dados subjetivos (sintomas)
Relata estar com cefaléia e sentir-se tonta quando
levanta a cabeça do travesseiro. Expressou
preocupação sobre o marido ter que cuidar de
seus dois filhos pois “ele não é muito bom com
eles”
Declara ter medo de hospital e agulhas
Afirma nunca ter trabalhado fora porque as
crianças necessitam dela. Diz”não posso ficar na
cama e usar a comadre, como o médico disse.
Dados objetivos (sinais)
Idade: 31 anos; Altura: 1,7m,
Peso:88kg]Temperatura:38C
Pulso: 78bat/min-regular
Respiração: 24inc/min
PA:128X72 mmHg
Movimenta todas as extremidades com força igual
Pupila igualmente reativas a luz
Grande hematoma sobre o lado direito da testa
Abdomen macio, não sensível, obesa.
Pulsos periférico fortes
Infusão endovenosa no braço direito correndo a
30ml/h
Passo a passo da evolução do
paciente
Sinais subjetivos (e o que o paciente relata, que ele fala
para o profissional), nível de consciência, se apresenta
alguma queixa, se está deambulando ou acamado, se está
orientado ou desorientado.
Sinais objetivos (e o que se vê, Ex: edema, feridas) exame
físico crânio caudal, verificando características de dreno.
O que foi feito (cuidados prestados pelo profissional) troca
de curativo, banho no leito, etc.
Dieta alimentação (que tipo de dieta, via) se está se
alimentando ou não.
Eliminação (anotar volume e quantidade, aspecto,
coloração, quantas vezes evacuou)
Sinais vitais (fc, fr, tax, pa)
Oximetria de pulso
A oximetria de pulso é um método não
invasivo de monitorar continuamente a
saturação de oxigênio da hemoglobina
(SpO2 ou SaO2).
Embora a oximetria de pulso não substitua
a medição da gasometria arterial, ela
constitui um instrumento efetivo para
monitorar alterações sutis na saturação de
oxigênio.
Oximetria de pulso
Um aparelho que possui um sensor é preso na
ponta do dedo, o sensor detecta as alterações
nos níveis de saturação do oxigênio ao
monitorar os sinais luminosos gerados pelo
oxímetro e refletidos pelo sangue pulsátil por
meio do tecido para a sensor que liga até o
monitor.

Os valores normais são de 95 a 100%. Os


valores inferiores a 85% indicam que os
tecidos não estão recebendo oxigênio
suficiente.
Cuidados de enfermagem
Em pacientes com monitorização da
saturação continua deve-se realizar um
rodízio do sensor do oxímetro a cada duas
horas, evitando necrose da polpa digital do
paciente.
Na ausência da saturação em paciente
estáveis, deve-se avaliar primeiramente a
perfusão do membro onde esta localizado o
sensor, ou deslocamento do mesmo. Caso
não haja alteração avaliar paciente
imediatamente.
Ao encontrar valores alterados comunicar
Glicemia capilar
A glicemia capilar é um exame sanguíneo
que oferece resultado imediato acerca da
concentração de glicose nos vasos capilares
da polpa digital, através do aparelho
atualmente utilizado na maioria dos
hospitais é o Accu Chek Active com fitas
que fazem captação elétrica da gota de
hemoglobina.
Glicemia em jejum
A glicemia de jejum é um exame de sangue realizado para
verificar os níveis de glicose no sangue e deve ser feita
após um período sem comer ou tomar bebidas, exceto
água, por pelo menos 8 horas ou segundo orientação do
médico.
Glicemia pós prandial
A glicemia pós-prandial é um exame para
identificar os níveis de glicose no sangue entre 1
a 2 horas após uma pessoa ter feito uma refeição
e serve para avaliar os picos de hiperglicemia,
associados ao risco cardiovascular ou a algum
problema de liberação da insulina. Geralmente,
este tipo de exame é recomendado por um
clínico geral ou endocrinologista para
complementar o exame de glicemia em jejum e
os valores normais deve ser abaixo que 140 mg/
dL.
Valores
Os exames para verificar a glicemia capilar são
diversos e podem variar de acordo com o
laboratório e testes utilizados, porém os
resultados geralmente devem ter valores
conforme a tabela abaixo:

Hipoglicemia: < 60 mg/dl


Atenção:
O termo “HI” vem do inglês que significa
“alto”, ou seja, para aquele aparelho
utilizado o padrão glicêmico atingiu os
níveis acima pré estabelecidos.

Já o termo “LO” vem do inglês que significa


“baixo”, ou seja, para aquela aparelho
utilizado o padrão glicêmico atingiu os
níveis abaixo pré estabelecidos.
Exemplo de protocolo

Você também pode gostar