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CAPITULO IV

AUSCULTURA CARDÍACA
1. INTRODUÇÃO
Ao auscultar com estetoscópio o coração normal, ouve-se som descrito em geral como
“lub, dub,, lub, dub”. O “lub” está associado ao fechamento das valvas
atrioventriculares (A-V), no início da sístole, o “dub” está associado ao fechamento das
valvas semilunares (aórtica e pulmonar), no final da sístole. O som “lub” é referido
como primeira bulha cardíaca, e o “dub” é referido como segunda bulha cardíaca porque
se considera que o ciclo normal de bombeamento do coração comece quando as valvas
A-V se fecham, no início da sístole ventricular. (GUYTON, 2011).
A primeira explicação sobre as causas das bulhas cardíacas foi a de que o “encontro”
dos folhetos valvares produz vibrações. Todavia, demonstrou-se que isso causa pouco
ou nenhum som, pois o sangue entre os folhetos amortece o efeito desse choque e
impede a produção significativa de som. Em vez disso, a causa desses sons é a vibração
das valvas retesadas imediatamente após o fechamento junto com a vibração das
paredes adjacentes do coração e dos grandes vasos em torno do coração. (GUYTON,
2011).
A segunda bulha cardíaca resulta do fechamento súbito das valvas semilunares ao final
da sístole. Quando as valvas semilunares se fecham, elas se curvam para trás, em
direção aos ventrículos, e seu estiramento elástico repuxa o sangue para as artérias,
causando curto período de reverberação do sangue para a frente e para trás entre as
paredes das artérias e das valvas semilunares, assim como também entre estas valvas e
as paredes ventriculares. As vibrações ocorrem nas paredes das artérias e então são
transmitidas principalmente ao longo das artérias. (GUYTON, 2011).
A duração de cada uma das bulhas cardíacas é pouco maior que 0,10 segundo – a
primeira bulha, de cerca de 0,14 segundo, e a segunda, der cerca de 0,11 segundo. A
razão da segunda bulha ser mais breve é que as valvas semilunares estão mais retesadas
que as valvas A-V, de modo que vibram por período de tempo mais curto que as valvas
A-V. (GUYON, 2011).
Ocasionalmente uma terceira bulha cardíaca ressonante e fraca é ouvida no início do
terço médio da diástole. Explicação lógica, porém não comprovada, desse som é a
oscilação do sangue para frente e para trás entre as paredes dos ventrículos, iniciada
pelo influxo de sangue dos átrios. (GUYTON, 2011).
Uma bulha cardíaca atrial pode algumas vezes ser registrada no fonocardiograma,
porém ela quase nunca pode ser auscultada devido às suas amplitudes e frequências
muito baixas em geral, 20 ciclos/s ou menos. Esse som ocorre quando os átrios se
contraem, e presumivelmente é causado pelo influxo de sangue nos ventrículos que
desencadeiam vibrações similares às da terceira bulha cardíaca. (GUYTON, 2011).
Está prática teve como objetivo familiarizar os alunos com a técnica de ausculta das
bulhas cardíacas.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS

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