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INDICE
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................1
2. METODOLOGIA..........................................................................................................................2
3. REVISÃO DA LITERATURA.....................................................................................................2
5. CONCLUSÃO...............................................................................................................................8
Referências Bibliográficas.....................................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO
Segundo Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ), define desempenho como
o resultado obtido de processos e de produtos que permitem avaliá-los e compará-los em
relação às metas, aos padrões, aos referenciais pertinentes e a outros processos e produtos.
Mais comumente, os resultados expressam satisfação, insatisfação, eficiência e eficácia e
podem ser apresentados em termos financeiros ou não (FPNQ, 1995).
Santos e Fidalgo (2004), definem o Tableau de Bord como um instrumento de medição dos
fatores chave de êxito de uma organização com o objetivo de canalizar grande parte da
informação contabilística que exigem os gestores, através de indicadores que, nas suas
origens, eram apenas indicadores financeiros e, posteriormente, segundo foram evoluindo,
incorpora também indicadores não financeiros.
Balanced Scorecard é um instrumento de gestão estratégica que trata de articular a correta
implementação da estratégia através de indicadores financeiros e não financeiros
selecionados a partir de um método estruturado com um mapa de trabalho (Santos & Fidalgo,
2004).
Moreira (1996) e Ñauri (1998) ressaltam que os indicadores de desempenho devem ser
escolhidos com muito cuidado, sendo sempre útil que sejam testadas quanto à presença ou
ausência de certas características fundamentais que são: a confiabilidade; a validade; a
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relevância; e a consistência. Para ambos os autores, sem essas qualidades, o indicador será
totalmente inútil como indicador do que quer que seja.
1.1. Objectivo Geral
2. METODOLOGIA
Para o presente trabalho foi utilizada a pesquisa Bibliográfica, com base em material já
elaborado. Tendo sido desenvolvida basicamente a partir de fontes bibliográficas desde
artigos, teses, livros, web sites e jornais (Gil, 2022).
3. REVISÃO DA LITERATURA
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A origem do Tableau de Bord como instrumento de informação e controlo de gestão data de
meados do século XX, embora seja por volta de 1948 quando aparece o conceito nos Estados
Unidos (Pezet, 2009).
Para Russo (2009), o Tableau de Bord sofreu uma evolução significativa a partir dos anos 50
para incluir os dados orçamentais e para desagregar-se por centros de custo e de
responsabilidade.
O Balanced Scorecard foi criado pelos professores Kaplan e Norton, da Harvard Business
School. Seu início foi em 1992, quando eles lançaram o primeiro artigo sobre o conceito.
Este artigo tratava da ferramenta como uma forma de medição de resultados e definição de
objetivos. Sua grande diferença, no entanto, se deu pela utilização de diversos tipos de
indicadores (Kaplan & Norton, 1992).
Essa visão ampla e inovadora dos pesquisadores, que surgiu como resposta às limitações dos
sistemas tradicionais de avaliação de desempenho, fez com que o método tivesse grande
repercussão, tanto no meio acadêmico quanto no meio empresarial (Kaplan & Norton, 1992).
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Este modelo tinha a finalidade de ajudar os empregados a “comandar” a organização
(gerando informações periódicas para a tomada de decisões oportunas) através da
identificação dos fatores chave de êxito (especialmente aqueles que podem medir-se como as
variáveis físicas) e do conhecimento do grau de cumprimento dos objetivos definidos com
recurso aos indicadores de gestão (Carvalho & Azevedo, 2001).
Desde a sua origem, o Tableau de Bord sofreu mudanças na sua arquitetura e nos métodos de
aplicação. Apesar de inicialmente estar associado a um documento onde se apresentavam um
conjunto de rácios para apoiar o controlo financeiro da empresa, com o passar dos tempos, e
no sentido de melhorar o controlo dos diferentes processos de negócio, passou a incluir-se no
Tableau de Bord indicadores não financeiros (Dávila, 1999).
O BSC vem colmatar as limitações originadas pela utilização dos sistemas tradicionais de
gestão e controlo, que incidindo exclusivamente em dados financeiros e contabilísticos, se
tornaram rapidamente obsoletos, não respondendo às novas necessidades de monitorização da
actividade das organizações. Ao integrar indicadores financeiros e não financeiros, o BSC
abre assim uma perspectiva abrangente do desempenho das áreas críticas da actividade
(Santos M. O., 2011).
Segundo Fonseca (2003) o BSC contribui para ajudar a reduzir a um conjunto mínimo de
indicadores vitais e críticos, a quantidade de informação que é utilizada para monitorização
da organização.
Este instrumento, com os seus indicadores-chave (financeiros e não financeiros, tais como a
satisfação dos utentes ou clientes e dos trabalhadores e a excelência nos processos internos),
que ligam a actividade operacional à estratégia, permitem um controlo prospectivo que faz a
projecção dos impactes das acções empreendidas (Fonseca, 2003).
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Mais do que um sistema de controlo, trata-se da implementação de um sistema de
aprendizagem ao serviço da optimização do desempenho da organização (Fonseca, 2003).
Suporte ao desenho Carece de um mapa de trabalho para Existe um mapa de trabalho para guiar a
guiar o desenho. seleção de indicadores: modelo de negócio
que reflete inter-relações entre as suas
diferentes componentes.
Projeção temporal Seguimento de resultados históricos. Marca o caminho a seguir para alcançar a
Ênfase visão do negócio.
Parcial: não oferece uma visão do Integrador: oferece uma visão do conjunto da
conjunto da organização. organização.
Inclui indicadores financeiros e não financeiros para Traduz a estratégia em objetivos, iniciativas e indicadores.
avaliar o impacto das decisões operacionais (elaboração
de diagnósticos e tomada de decisões no curto prazo).
Ferramenta sintética (inclui a informação relevante para Além da dimensão financeira, considera a dimensão de
a tomada de decisões com possibilidade de desagregação clientes, processos, aprendizagem e crescimento.
da mesma).
Inclui informação diversificada e possibilita a Gestão de fatores intangíveis.
comparação da realidade com as previsões,
determinando os desvios.
Promove a comunicação, a participação e o alinhamento das
Convergência de objetivos. pessoas, assim como a atribuição de recursos em função da
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estratégia definida.
Instrumento de informação rápida, em tempo útil, Considera as relações de causa-efeito entre as distintas
frequente e regular perspetivas, garantindo o feedback, a revisão da estratégia e
a aprendizagem.
Fonte: Russo (2005).
Empresas que buscam inovação, eficiência e querem se manter competitivas, devem olhar
para dentro e garantir que as decisões referentes às operações do negócio estão sendo
tomadas de forma eficiente. Estudos na área são enfáticos ao apontar que companhias que
utilizam métodos e técnicas de gestão têm maior potencial de competitividade, independente
do setor ou indústria de atuação (meuSucesso, 2016).
Um bom desempenho, de acordo com Scherer (1980), é alcançado quando os recursos são
eficientemente utilizados, quando os bens produzidos respondem à qualidade e à quantidade
procuradas pelo mercado, quando se aproveitam as oportunidades criadas através dos avanços
científicos e tecnológicos que permitem melhores níveis de produtividade e a criação de
produtos entendidos como superiores por parte do mercado e, quando as políticas de gestão
da empresa são integradas com objetivos macroeconómicos e existe uma distribuição justa do
rendimento.
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tipo de tencologia, os fluxos do processo, o design e a implantação das instalações físicas,
bem como seus componentes. É a parte que exige mais investimentos e determinará o sucesso
a longo prazo, portanto é extremamente crítica em termos de decisão.
Adequação do Sistema - lida com a capacidade de produzir o necessário conforme a demanda
– seguindo a máxima do sistema just in time. O planejamento da capacidade terá implicações
na utilização dos recursos e nas instalações.
Flexibilidada - refere-se aos materiais necessários para a produção conforme a necessidade,
ou seja, a gestão do fluxo de materiais ao longo do processo produtivo. As decisões neste
nível terão implicações junto aos fornecedores de matéria-prima e intermediários.
Força de trabalho - Envolve a gestão dos recursos humanos, o elemento mais crítico dentro
do sistema. As decisões neste nível referem-se aos processos de seleção, contratação,
demissões, gestão da folha de pagamento, formação, supervisão e motivação.
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4.2. Exemplo de Balanced Scorecard para uma padaria.
5. CONCLUSÃO
Tableau de Bord e Balanced Scorecard são instrumentos que possibilitam uma gestão
estratégica concisa e equilibrada e uma avaliação de medidas de desempenho; ambos
apresentam um conjunto sucinto de indicadores financeiros e não financeiros, contêm
componentes de curto, médio e longo prazo para apoiar a tomada de decisão em diferentes
horizontes temporais.
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