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Sumário
1 Conceito sobre métricas e medição ................................................................................................................... 3
5 Método DMAIC.................................................................................................................................................11
1.1.1 Métricas
1.1.2 Medição
Medição é o processo de obtenção das medidas a serem utilizadas para avaliação do desempenho do pro-
cesso.
Essa é uma etapa fundamental para garantir a confiabilidade dos dados a serem utilizados para monitora-
mento do processo.
De acordo com Kaoru Ishikawa, “Quem não mede não gerencia. O gerenciamento começa pelos indicadores”.
O gerenciamento do processo por meio de métricas apropriadas minimiza incertezas e fundamenta a tomada
de decisão.
Um processo consiste em uma série de etapas projetadas para produzir um bem ou um serviço.
As entradas são transformadas ao longo das etapas/atividade do processo até que ao final seja produzido
um produto, podendo ser um bem ou serviço.
É importante garantir bons resultados associados às saídas (bem ou serviço). Logo faz-se necessário o
acompanhamento de indicadores ao final do processo (Y).
Conhecer e monitorar as variáveis de processo (X) é fundamental para garantir resultados satisfatórios para
as organizações.
Há dois tipos de métricas a serem monitoramento para avaliação do desempenho de um processo, as métri-
cas referentes ao produto (Y) e as métricas relacionadas ao processo (X).
As métricas relacionadas ao produto (Y) são usualmente chamadas de “itens de controle”, enquanto as mé-
tricas relacionadas ao processo (X) são usualmente chamadas de “itens de verificação”.
Os itens de controle (Y) são características (sempre) mensuráveis, por meio das quais um processo é geren-
ciado.
Eles são mais caros, porque já chegaram ao final do processo (resultado). No caso de não conformidades
nos produtos, os mesmos precisarão ser refugados ou retrabalhados.
Os itens de verificação (X) são as características que afetam um determinado item de controle (Y);
Geralmente são mais baratos, pois consegue-se atuar neles antes de chegar no final do processo (resultado).
Usualmente uma métrica está relacionada a Qualidade intrínseca, ao Custo, a Entrega, o Moral das pes-
soas envolvidas no processo, Segurança do produto/serviço que será fornecido ao cliente e o relaciona-
mento da organização com o Meio Ambiente a sua volta.
De acordo com Martins e Costa Neto1, o movimento pela qualidade pode ser sumarizado em quatro períodos
distintos:
1. Inspeção
2. Controle estatístico da qualidade
3. Garantia da qualidade
4. Gestão estratégica da qualidade
Figura extraída de Martins, R. A., Costa Neto, P. L. O., “Indicadores de Desempenho para a Gestão pela Qualidade Total”, Gestão &
Produção, v.5, n.3, p. 298-311, dez 1998
Em 1990 Robert Kaplan e David Norton iniciaram um projeto de pesquisa envolvendo diversas empresas com
o intuito de identificar novas maneiras de medir o desempenho organizacional.
Deste projeto de pesquisa que teve duração de um ano, surgiu o conceito de um sistema balanceado de
indicadores de mensuração: o Balanced Scorecard (BSC).
O BSC foi apresentado inicialmente como um modelo de avaliação e performance empresarial, porém, a
aplicação em empresas proporcionou seu desenvolvimento para uma metodologia de gestão estratégica.
O foco nos objetivos demonstrou que os mesmos deveriam interligar-se em relação de causa e efeito.
A partir da experiência de Robert Kaplan e David Norton em diversas empresas, foi proposto um diagrama
chamado mapa estratégico.
A partir da definição dos objetivos estratégicos são identificados os indicadores que serão utilizados para
avaliar a performance dos respectivos objetivos estratégicos.
Na sequência são propostas metas a serem alcançadas para cada um dos indicadores estratégicos e, final-
mente, proposta iniciativas para alcança-las.
A gestão baseada em métrica parte dos objetivos estratégicos do negócio que serão traduzidas em metas de
curto, médio e longo prazo.
Para alcance das metas anuais pode ser utilizado o PDCA como método de solução de problemas.
Após os resultados esperados serem alcançados é importante que seja feito todo um trabalho de padroniza-
ção de modo que os resultados sejam mantidos no longo prazo.
Eventualmente podem ocorrer anomalias no processo que devem ser tratadas imediatamente como forma de
retornar os resultados para os patamares desejáveis.
Periodicamente é importante realizar uma avaliação no processo de modo a identificar problemas crônicos
prioritários.
Para esses problemas crônicos prioritários devem ser desenvolvidos projetos de melhoria como forma de
alcançar os resultados desejáveis.
Seis Sigma é uma estratégia gerencial que tem o objetivo de promover melhoria drástica na qualidade de
produtos e processos, bem como aumentar a satisfação de clientes e consumidores.
O foco do Seis Sigma é na redução contínua de variabilidade, visando produtos virtualmente livres de defeitos.
O objetivo do Seis Sigma é chegar muito próximo a zero defeito – 3,4 defeitos para cada milhão de operações
realizadas, o que corresponde a 99,99966% de conformidade.
A tabela a seguir apresenta a conversão da quantidade de defeitos gerados pelo processo para a escala
Sigma.
Tabela de conversão para a Escala Sigma2
TABELA 7.1
0,00 933.193 1,20 617.912 2,40 184.060 3,60 17.865 4,80 483
0,05 926.471 1,25 598.706 2,45 171.056 3,65 15.778 4,85 404
0,10 919.243 1,30 579.260 2,50 158.655 3,70 13.904 4,90 337
0,15 911.492 1,35 559.618 2,55 146.859 3,75 12.225 4,95 280
0,20 903.199 1,40 539.828 2,60 135.666 3,80 10.724 5,00 233
0,25 894.350 1,45 519.939 2,65 125.072 3,85 9.387 5,05 193
0,30 884.930 1,50 500.000 2,70 115.070 3,90 8.198 5,10 159
0,35 874.928 1,55 480.061 2,75 105.650 3,95 7.143 5,15 131
0,40 864.334 1,60 460.172 2,80 96.800 4,00 6.210 5,20 108
0,45 853.141 1,65 440.382 2,85 88.508 4,05 5.386 5,25 89
0,50 841.345 1,70 420.740 2,90 80.757 4,10 4.661 5,30 72
0,55 828.944 1,75 401.294 2,95 73.529 4,15 4.024 5,35 59
0,60 815,940 1,80 382.088 3,00 66.807 4,20 3.467 5,40 48
0,65 802.338 1,85 363.169 3,05 60.571 4,25 2.980 5,45 39
0,70 788.145 1,90 344.578 3,10 54.799 4,30 2.555 5,50 32
0,75 773.373 1,95 326.355 3,15 49.471 4,35 2.186 5,55 26
0,80 758.036 2,00 308.537 3,20 44.565 4,40 1.866 5,60 21
0,85 742.154 2,05 291.160 3,25 40.059 4,45 1.589 5,65 17
0,90 725.747 2,10 274.253 3,30 35.930 4,50 1.350 5,70 13
0,95 708.840 2,15 257.846 3,35 32.157 4,55 1.144 5,75 11
1,00 691.463 2,20 241.964 3,40 28.717 4,60 968 5,80 9
1,05 673.645 2,25 226.627 3,45 25.588 4,65 816 5,85 7
1,10 655.422 2,30 211.856 3,50 22.750 4,70 687 5,90 5
1,15 636.831 2,35 197.663 3,55 20.182 4,75 577 5,95 4
6,00 3
Figura extraída de WERKEMA, Cristina. Criando a Cultura Seis Sigma. Nova Lima:
Werkema Editora, 2004. 253 p
Por exemplo, supondo que foram identificados 22.750 defeitos em um milhão de oportunidades, esse pro-
cesso pode ser classificado na escala 3,5 Sigma.
É possível observar que quanto maior o valor alcançado na escala Sigma, melhor a performance do processo,
isso porque a quantidade de defeitos gerada pelo mesmo reduz significativamente.
É importante salientar que, para processos mais críticos, principalmente aqueles na qual envolve questões
relacionadas à segurança, é requerido patamares mais elevados de qualidade.
O Seis Sigma nasceu na Motorola com a proposta de melhorar drasticamente a performance de seus proces-
sos e qualidade de seus produtos.
Foi um programa de muito sucesso na Motorola que passou a ser implantado por diversas empresas.
Sponsor do Seis Sigma: Responsável por promover e definir as diretrizes para a implementação do
Seis Sigma
Sponsor Facilitador: Responsável por assessorar o Sponsor do Seis Sigma na implementação do
programa
Coordenador: Responsável por coordenar o Seis Sigma na empresa
Champions: Gestores responsáveis por apoiar os projetos e remover possíveis barreiras para o seu
desenvolvimento
Especialista White Belt: São profissionais do nível operacional da empresa, treinados nos funda-
mentos do Seis Sigma para que possam dar suporte aos Black Belts e Green Belts na implementação
dos projetos
Para que um especialista Seis Sigma possa ser certificado é necessário que, além de participar de treina-
mento presencial, desenvolva um projeto com resultados significativos para a empresa e defenda seu projeto
em banca de certificação.
Para que um projeto possa ser desenvolvido seguindo a metodologia Seis Sigma, o mesmo deve possuir
algumas características básicas. Conheça essas características logo abaixo:
O tema do projeto deve estar alinhado com os objetivos estratégicos ou problema crônico do dia-a-
dia
Existe um indicador relacionado ao problema
Existem dados históricos confiáveis que caracterizem o problema
Existe uma lacuna entre a performance atual e a necessária
A causa do problema não é conhecida (pode haver apenas teorias, mas nada confirmado)
A solução ótima para o problema não é conhecida
Usualmente utilizamos a abordagens do tipo “tentativa e erro”, “intuição” e “experiência para alcançar os re-
sultados desejados.
A utilização de métodos gerenciais tem a proposta de minimizar a “tentativa e erro” e organizar o uso de “in-
tuição” e “experiência”, conseguindo, assim, alcançar os resultados mais rápido, com menos esforço e cus-
tos.
5 Método DMAIC
O PDCA e DMAIC são métodos recomendados para tratar problemas oriundos do planejamento estratégico
e problemas crônicos da rotina do dia-a-dia.
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Figura extraída de WERKEMA, Cristina. Criando a Cultura Seis Sigma. Nova Lima: Werkema Editora, 2004. 253 p
Na verdade, o método DMAIC foi originado no PDCA, porém com uma maior ênfase na etapa de planeja-
mento.
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Figura extraída de WERKEMA, Cristina. Criando a Cultura Seis Sigma. Nova Lima: Werkema Editora, 2004. 253 p