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CONSTRUÇÃO CIVIL
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NOSSA HISTÓRIA
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SUMÁRIO
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9.6 Avaliação do desempenho do projeto.......................................................15
9.7 Intervenção para mudar o projeto.............................................................15
10. A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL E A GESTÃO DE
PESSOAS..........................................................................................................16
11. AMBIENTE DE ATUAÇÃO- O MACROAMBIENTE..................................16
12. AMBIENTE SETORIAL - MICROAMBIENTE............................................16
Referências .................................................................. Erro! Indicador não definido.
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1. INTRODUÇÃO
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Nesse contexto, desenvolveu-se uma pesquisa de cunho qualitativo, adotando
o estudo de casos múltiplos como estratégia de investigação, com a finalidade de
verificar as afirmativas de Ballard & Howell (2003) e Ballard (1994) e identificar as
ferramentas e técnicas adotadas por construtoras fluminenses no desenvolvimento de
seus planos e os métodos empregados para elaboração do planejamento e controle
das obras.
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2. SISTEMAS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS
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• O controle da produção tende a concentrar-se nos subprocessos individuais
em detrimento do processo global, tendo um impacto relativamente limitado na
eficiência global;
• A não consideração dos requisitos dos clientes pode resultar em produtos
inadequados para o mercado, visto que, através do modelo de conversão, assume-se
que o valor de um produto pode ser melhorado somente através da utilização de
insumos de melhor qualidade.
Segundo Laufer & Tucker (1987), o planejamento deve definir quatro quesitos:
o que fazer (atividades), como realizar (método), quem irá executar (recursos) e
quando executar (cronograma).
Esse processo deve ser realizado em duas dimensões: vertical e horizontal
(Moura, 2008).
A dimensão horizontal refere-se às etapas pelas quais o processo de
planejamento e controle é realizado (planejamento do processo de planejamento;
coleta de informação; preparação dos planos; difusão da informação; avaliação do
processo de planejamento), enquanto a dimensão vertical refere-se à vinculação
dessas etapas citadas aos diferentes níveis gerenciais da organização (Gutheil, 2004).
Laufer & Tucker (1987) acrescentam que os planos não devem ser preparados
sem a definição dos métodos de produção e que o planejamento de métodos deveria
preceder a tomada de decisão relativa a recursos e prazos.
Segundo esses autores, o planejamento só será eficiente se integrado ao
sistema de controle.
Essa integração tem como objetivos básicos: assistir o gerente na direção da
empresa; coordenar as várias entidades envolvidas na construção do
empreendimento; possibilitar o controle da produção; permitir a comparação de
alternativas, facilitando assim a tomada de decisão (Moura, 2008).
Lean Construction
O Lean Construction é a filosofia de produção para a construção civil baseada
no Modelo Toyota de Produção, apresentada em 1992 por Koskela. Ballard & Howell
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(2004) ressaltam que o Lean Construction possui a seguinte diretriz: entregar o
produto maximizando o valor e minimizando o desperdício.
A filosofia de Koskela afirma que a construção deve ser considerada como um
fluxo, sendo composta por dois processos principais: projeto e construção. O processo
de construção é composto pelo fluxo de materiais e pelo fluxo de trabalho.
Os processos são caracterizados pelo custo, duração e valor para o cliente
(desempenho e conformidade com a especificação) (Koskela, 1992).
Para Formoso (2001), o Lean Construction é aplicável não só a processos de
produção, mas também a processos de natureza gerencial.
O autor salienta que, além do fluxo de materiais, o fluxo de trabalho deve ser
gerenciado.
Esse fluxo refere-se ao conjunto de operações realizadas por cada equipe no
canteiro de obras.
Segundo Formoso (2001), é necessário sincronizar as equipes de forma a
manter um fluxo de trabalho contínuo.
Em suma, o processo de planejamento e controle da produção deve considerar
a necessidade de gerenciar os fluxos de montagem, materiais e/ou informações e
trabalho, focando na eliminação das atividades que não agregam valor.
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O planejamento lookahead parte do detalhamento do planejamento mestre.
Nele são definidas as atividades que devem ser executadas em médio prazo. Dá-se
então maior ênfase à programação de recursos, com destaque para aqueles que
possuem médio prazo de aquisição (Moreira & Bernardes, 2001).
A prática, em muitos projetos de construção, mostra uma má aplicação do
planejamento lookahead, resultando em uma grande lacuna entre o planejamento de
longo prazo e o de curto prazo, reduzindo a confiabilidade do sistema de planejamento
e a capacidade de estabelecer previsões (Hamzeh et al., 2012).
Segundo Ballard (2000), o planejamento lookahead desempenha múltiplas
funções, tais como:
• A formatação da sequência e do ritmo do fluxo de trabalho;
• A harmonização entre fluxo de trabalho e capacidade de produção;
• A decomposição das atividades do programa mestre em pacotes de trabalho
e operações;
• O desenvolvimento de métodos detalhados para a execução do trabalho;
• A manutenção de estoques de serviços disponíveis para execução.
Moreira & Bernardes (2001) ressaltam outras funções do planejamento
lookahead: possibilitar que trabalhos interdependentes possam ser agrupados, de
forma que o método de trabalho seja planejado de maneira conjunta, e auxiliar na
identificação de operações que podem ser executadas de maneira conjunta entre as
diferentes equipes de produção.
Segundo Machado (2003), o planejamento da capacidade de produção de
médio prazo envolve a conciliação entre a quantidade de horas/homem disponíveis
em cada unidade de produção (UP) e a carga demandada nas operações
programadas para execução em cada UP, na janela de tempo da programação
lookahead.
Para Formoso (2001), uma das principais funções desse nível é a remoção das
restrições no sistema de produção.
O planejamento de trabalho semanal, também conhecido como planejamento
compromisso, representa o plano mais detalhado do sistema, mostra a
interdependência entre as atividades e aciona diretamente o processo de produção.
Ballard (2000) propõe quatro critérios para garantir a qualidade na elaboração
dos planos para o planejamento semanal: pacotes de trabalho bem definidos,
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sequência correta de trabalho, quantidade certa de trabalho e possibilidade de
executar as tarefas (remoção das restrições).
A atribuição de trabalho é um compromisso mensurável de conclusão
detalhada.
No final de cada período, as atribuições são revisadas para avaliar se estão
completas ou não, medindo-se assim a confiabilidade do planejamento. Para
atribuições incompletas, analisam-se as causas e age-se sobre essas razões, e se
trata da base de aprendizagem e melhoria contínuas (Ballard, 2000).
Estudos realizados por Hamzeh et al. (2012) apontam que, normalmente, são
rastreadas apenas categorias de falhas do plano (por exemplo, falta de material), mas
que não são realizadas análises para descobrir as causas e implementar ações
preventivas que inibam a recorrência de tais falhas.
A eficácia do processo de planejamento é avaliada pelo indicador percentual
de pacotes concluídos, calculado pelo quociente entre a quantidade de pacotes de
trabalho concluídos e a quantidade de pacotes de trabalho planejados (Moura, 2008).
O sistema de controle Last Planner é dividido em dois componentes principais:
o controle da unidade de produção e o controle do fluxo de trabalho.
A função do primeiro componente é gerar, progressivamente, melhores planos
através da aprendizagem contínua e de ações corretivas.
O papel do segundo é gerar, proativamente, o fluxo de trabalho, através das
unidades de produção, na melhor sequência e custo possíveis (Coelho, 2003).
De uma maneira geral, ao propor o LPS, Ballard quebra o paradigma do
processo convencional de planejamento, que não consegue enxergar uma distinção
entre o que deveria ser executado no canteiro de obras (em função dos objetivos do
projeto) e o que pode efetivamente ser realizado, com base na análise das restrições
impostas ao projeto, na carga de trabalho e na capacidade produtiva disponível.
O sistema proposto por Ballard envolve, então, uma melhoria no processo de
planejamento (e, consequentemente, nos resultados operacionais) através da
geração de planos mais confiáveis (Machado, 2003).
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3. TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE
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Com o tempo, as duas técnicas foram unificadas, passando-se a usar a
denominação PERT/CPM para esse tipo de redes onde as atividades são
representadas por setas (Limmer, 1997).
Segundo Mubarak (2010), existem quatro passos para a preparação do
método: determinação das atividades; determinação da duração das atividades;
determinação da lógica entre as atividades; desenho da rede e cálculos.
Os cálculos oferecem a data de fim do projeto, o caminho crítico e as folgas
das atividades não críticas.
Segundo Koskela (1992), essas ferramentas não são adequadas, pois
raramente explicam as atividades que não agregam valor, além de sua dificuldade
para explicitar atividades de fluxo.
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Os dados de produção são coletados de observações de campo, para
comparar as projeções reais com as planejadas.
Quantidades do projeto (por escopo), produtividade e locais definidos
(hierarquicamente dentro do edifício) formam as variáveis de cálculo das durações e
recursos.
As durações das atividades são calculadas com base na quantidade de
trabalho planejado, produtividade e tamanho da equipe (Seppänen & Kenley, 2005).
No LBMS, os dados de produtividade são monitorados semanalmente,
incluindo: data de início real da tarefa; data de término real de tarefa; atualização do
percentual concluído, ou quantidades de progresso, atualizados; número de recursos
por tarefa por localização; dias não trabalhados por tarefa por localização (Kala et al.,
2012).
Seppänen et al. (2010) concluem que o LPS e LBMS possuem harmonização.
O LPS enfoca o processo social de planejamento e compromisso, enquanto o LBMS
é um sistema técnico usado para estruturar informações para melhorar o processo de
planejamento e calcular as métricas de progresso e projeções.
Assim, os relatórios de planejamento semanal e de planejamento lookahead
podem utilizar progresso LBMS e dados de previsão como um sistema de antecipação
para avaliar os efeitos dos desvios de produção no projeto.
De acordo com os autores, o LBMS integra o CPM incluindo um algoritmo CPM
ampliado que permite o planejamento do fluxo de trabalho contínuo. O método permite
a manipulação dos buffers e defasagens.
O objetivo geral do LBMS é a otimização do fluxo de trabalho, evitando a
ociosidade dos trabalhadores (Seppänen et al., 2010).
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4. A MODELAGEM 4D – BIM
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relacionam-se de forma sequencial, terão, com o uso da tecnologia, um
relacionamento simultâneo.
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6. A TOMADA DE DECISÃO – PROCESSO DECISÓRIO
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relacionados ao fato de opinar entre opções que trazem características intrínsecas,
como por exemplo, informações das variáveis e riscos que a decisão pode ocasionar
(Ibidem, 2009).
A análise das alternativas implica a avaliação de suas consequências, ou seja,
dos acontecimentos que virão após a escolha da alternativa.
Cita-se, como exemplo, no âmbito empresarial, a determinada situação: uma
empresa conhecida se depara com a queda das vendas de um produto que fabrica há
bastante tempo e já lhe rendeu lucros elevados.
E esse produto se tornou obsoleto, pois foi inovado pelo seu concorrente.
Nesse contexto, a empresa se depara com o fato que terá de decidir se inova também
ou bane esse produto de seu portfólio (Ibidem, 2009).
O referido autor demonstra que o processo decisório deve sempre ser encarado
como um fenômeno global, mesmo que seja estudado separadamente, em seus
aspectos mágicos, fisiológicos, psicológicos, emocionais, racionais, lógicos e outros
eventuais.
Nesse sentido, a decisão permite que avaliemos as alternativas com suas
características, pesando suas consequências.
A informação é todo conjunto de dados organizados de forma a terem sentido
e valor para seu destinatário.
Este interpreta o significado, conclusões e faz deduções a partir deles
(TURBAN; MCLEAN; WETHERBE, 2004).
Assim, a informação decorre de dados concatenados, que passaram por um
processo de transformação, cuja forma e conteúdo são apropriados para um uso
específico (AUDY; ANDRADE; CIDRAL, 2005).
Para Pereira; Fonseca (2009, p. 25) a informação no mundo atual é um recurso
estratégico para as pessoas, organizações e governos, de acordo com eles “a
qualidade da decisão está intimamente condicionada à informação existente, por isso
a informação afeta profundamente a vida das pessoas e das empresas”.
Sendo assim, compreende-se que a informação é aplicada para agregar valor
às pessoas, e a sobrevivência das empresas.
Os mesmos autores apontam que nas empresas, a liderança do gestor
depende de orientação, participação, compartilhamento, responsabilidade e
consequência.
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Não é possível integrar todos esses processos sem o uso da tecnologia da
informação.
“A tecnologia da informação surgiu da necessidade de se estabelecerem
estratégias e instrumentos de captação, organização, interpretação e uso das
informações” (p. 29).
Nesse sentido, a informação permite que as pessoas rompam com os antigos
paradigmas e criem novas formas de viver.
As decisões nas empresas mudam no decorrer do tempo, refletem seus
valores, suas crises, seus padrões.
No momento, o estudo da decisão é marcado por três eventos de suma
importância, são eles: o desenvolvimento constante da informática e a comunicação;
o uso de novos recursos, que viabilizam a agilidade e a precisão do processo decisório
e a diminuição considerável do emprego como relação de trabalho e a conquista da
autonomia do trabalhador (Ibidem, 2009).
Para Silveira (2017, p. 32), decisões empresariais visam maximizar a
perspectiva de geração de valor de longo prazo para a companhia, assim, “a decisão
empresarial permite, na literatura acadêmica, ser interpretada, muitas vezes, como 7
um conjunto de mecanismos internos e externos às empresas que visam melhorar a
cadeia de valor e, consequentemente, maximizar lucros”.
O referido autor destaca dois tipos de decisões empresariais, as decisões
estratégicas e as decisões rotineiras.
As decisões estratégicas estão relacionadas com as grandes mudanças
ambientais, são decisões que impactam o futuro das organizações, que ameaçam a
sua identidade ou que exigem transformações profundas, seja na tecnologia, nos
comportamentos ou na estrutura da empresa.
Decisões desse tipo são decisões de alto risco.
As decisões rotineiras são tomadas de maneira repetida e programadas pelas
normas, regulamentos, procedimentos e padrões. Ao contrário das primeiras, são
decisões de baixo risco.
Desta maneira, nota-se que é importante compreender as decisões nas
empresas como a escolha de uma alternativa implica a renúncia de outras, o que faz
com que toda decisão gere sempre um sentimento de perda, e como as variáveis
influenciam essa tomada de decisão.
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7. TIPOS DE PLANEJAMENTO
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ações preventivas ou corretivas, de modo que não seja atraso como um todo o projeto
(BERNARDES, 2001).
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É imperativo identificar os motivos das falhas da não realização dos serviços e
dissipá-las o quanto antes visando melhorar continuamente a confiabilidade do
planejamento (BALLARD e HOWELL, 1997 apud PIRES, 2014, p. 42).
Neste tipo de planejamento torna-se viável elaborar planos para a execução de
todas as atividades da obra, para tanto, é necessário, uma programação da sequência
de equipes dos diferentes serviços envolvidos no empreendimento, bem como uma
avaliação quantificando os recursos disponíveis, tais como: materiais, mão de obra e
equipamento.
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8. ETAPAS DE UM PROCESSO
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*Estudo de viabilidade: Análise de custo-benefício, avaliação dos resultados a
serem obtidos em função do custo orçado, determinação de montante requerido ao
longo do tempo.
*Identificação da fonte orçamentária: Recursos próprios, empréstimos, linhas
de financiamento, solução mista.
*Anteprojeto → projeto básico: Desenvolvimento inicial do anteprojeto, com
evolução até o projeto básico, quando já passa a conter os elementos necessários
para orçamento, especificações e identificação dos serviços necessários.
8.1 Planejamento
8.2 Execução
8.3 Conclusão
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*Transferência de responsabilidades: Recebimento da obra e destinação final
do produto.
*Liberação de retenção contratual: Caso a empresa contratante tenha retido
dinheiro da empresa exultante.
*Resolução das últimas pendências: Encontro de contas, pagamento de
medições atrasadas, negociações de pleitos contratuais etc.
*Termo de recebimento: Provisório e definitivo.
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9. FASES DE UM PROJETO DE ENGENHARIA
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Ao engenheiro, planejamento possibilita informações sobre a produtividade dos
setores de orçamento e planejamento, a duração das tarefas e as sequencias de
atividades previstas.
Outra vantagem do planejamento, conforme já elucidado anteriormente, é a
previsão de pontos críticos, desta maneira, o gestor pode prever falas ou problemas
no processo de construção e tomar as medidas cabíveis para evitar tal situação ou
amenizar possíveis contratempos, tal possibilidade torna possível, por exemplo,
administrar o desenvolvimento de obras em localidades onde o clima será em algum
momento desfavorável para os procedimentos de construção, desta maneira, o
cronograma de atividades pode ser adiantado ou retardado, conforme as
necessidades (SILVA, 2014).
O planejamento é amalgamado ao processo decisório, sendo assim, com o
planejamento adequado das ações necessárias para o andamento de um projeto este
processo torna-se mais ágil, possibilitando ainda avaliar inadequações e
oportunidades de melhoria do processo (MATTOS, 2010).
A questão orçamentária da construção também é beneficiada pelo
planejamento, para PIRES (2014, p. 20): A relação com o orçamento, já que ao juntar
as informações de índices de produtividade e dimensionamento de equipes com o
planejamento, é possível avaliar inadequações e oportunidades de melhoria.
Uma otimização da alocação dos recursos, uma vez que ao conhecer as folgas
presentes no planejamento da obra é possível nivelar a quantidade de mão de obra e
de equipamentos entre os diversos serviços.
A palavra qualidade deriva do latim qualitate que quer dizer “atributo, condição
natural ou propriedade pela qual algo ou alguém se individualiza, distinguindo-se dos
demais” (BARBOSA, 2013, p. 34) e, de acordo com Roth (2011), seu significado pode
estar vinculado à percepção individual das pessoas e sofre influência de fatores
culturais, modelos mentais, necessidades e expectativas pessoais.
A mesma autora demonstra que a qualidade pode ser verificada a partir de duas
óticas: a primeira seria a percepção do produtor, quando será associada à forma de
produção de um produto, e a outra seria a visão do cliente que se vincula ao valor q a
utilidade que o cliente reconhece no produto que lhe é ofertado.
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Ao longo do século XX o conceito de qualidade sofreu diversas modificações.
De acordo com Roth (2011) qualidade era entendida como uma forma de conferir o
trabalho de artesãos, já nos dias atuais, este termo vincula-se a intensa saturação dos
produtos de diferentes marcas e modelos no mercado, nesse sentido, o autor afirma
que o conceito evoluiu, deixando de ser apenas uma oferta dos fabricantes para
tornarem-se uma exigência dos clientes.
Esta mudança acompanhou o período da Revolução Industrial que trouxe
novas perspectivas na abordagem da qualidade devido ao aumento da escala de
produção, surge o conceito de controle de qualidade.
O foco da qualidade deixou de ser apenas o produto final. A inspeção dos
produtos desde a produção até o resultado final introduziu o controle de qualidade no
mercado e atualmente este controle é feito por via estatística, com ênfase na detecção
de defeitos (ROTH, 2011).
Um dos grandes nomes do controle estatístico de qualidade é Shewart.
Conforme explicita Paladini (2000), este engenheiro foi responsável pela
criação dos gráficos de controle, uma das ferramentas mais utilizadas no controle de
qualidade, pois analisa resultados das inspeções por meio de gráficos de controle de
modo que possibilite a distinguir entre as causas de variação comuns ao processo e
causas especiais.
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No planejamento de obras civis, Mattos (2010) cita como deficiências do
planejamento de obras civis a segregação dos setores de planejamento e controle da
empresa, fazendo com que relatórios e cronogramas, por exemplo, sejam feitos
isoladamente para aplicação técnica, desta maneira, as informações ficam contidas
em poucos setores, não sendo compartilhadas com os demais, impossibilitando um
sistema de repasse de informação.
Ainda de acordo com o mesmo autor, há também o descrédito dos setores de
obra devido aos parâmetros adotados, tendo em vista que muitas vezes há falta de
domínio sobre os processos produtivos. Outro é a supervalorização dos responsáveis
pela obra.
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Verificação de necessidades imprevistas ou execução de atividades não
planejadas.
Um dos métodos de controle é a verificação da linha de base, também chamada
de planejamento referencial, este por sua vez é relevante, pois sempre serve de
comparação para aquilo que já foi produzido, permitindo ainda visualizar desvios,
atrasos ou adiantamentos no andamento da obra.
Silva (2014) lembra que quanto mais próximo a linha base for executada a obra,
melhor será, indicando que houveram poucas variações fora do planejado, desta
maneira, caso ocorram variações inesperadas ou indevidas, a equipe de obra poderá
proceder com as medidas corretivas.
Para Mattos (2010) o processo de controle de um projeto engloba três
conjuntos de decisões. O primeiro trata-se de como monitorar o projeto para verificar
a sua evolução.
O segundo refere-se a como avaliar o desempenho do projeto. Já o terceiro diz
respeito a como interferir no projeto para que este volte a seguir o planejamento.
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9.6 Avaliação do desempenho do projeto
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10. A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL E A GESTÃO DE PESSOAS
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11. AMBIENTE DE ATUAÇÃO- O MACROAMBIENTE
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12. AMBIENTE SETORIAL - MICROAMBIENTE
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tradicional conceito de Administração de Pessoal, baseado em atividades e tarefas,
estrutura por funções, autoridade hierárquica e vários outros aspectos ultrapassados,
deve ser remodelado rapidamente e de forma contínua e significativa.
Dentro desse novo contexto mercadológico, marcado pela globalização, pela
acirrada concorrência entre empresas, pela busca intensa de qualidade e
produtividade, pela incessante chegada de novas tecnologias, enfim, por sucessivas
mudanças, a Administração de Recursos Humanos vem ganhando um caráter cada
vez mais estratégico dentro das organizações.
A área de Recursos Humanos deve ser gerida de forma a ser considerada uma
unidade de negócio “independente” dentro da empresa, passando de centro de custos
a centro de lucros e, assim, possuindo uma identidade própria.
Para que isso ocorra, é necessário que novas políticas e práticas de Gestão de
Recursos Humanos sejam adotadas: Gestão do Capital Intelectual, Gerenciamento
de Mudança, Gestão da Infraestrutura de Recursos Humanos e Gestão do Ambiente
Organizacional são algumas delas.
É importante estar claro que todos os novos conceitos acima listados devem
visar sempre à otimização dos resultados da companhia, à integração das estratégias
da Administração de Recursos Humanos com as empresariais, ao aumento da
satisfação e do valor criado para clientes, colaboradores, acionistas, investidores e
comunidade.
Além disso, para que as novas ideias referentes à Gestão de Recursos
Humanos abordadas neste trabalho tornem-se realidade, os novos profissionais
responsáveis pelo capital intelectual das empresas devem ficar focados naquilo que
realmente importa, que faz a diferença e agrega valor para a companhia: a motivação
dos funcionários, o apoio para o desenvolvimento dos seres humanos, a formação de
equipes, a disseminação dos princípios de aprendizagem. Idealmente, esses
profissionais devem atuar como verdadeiros consultores internos, orientados pelos
objetivos e resultados do negócio, pelas crenças e valores da organização, pela visão
holística da empresa e do ser humano e pela habilidade para entender e promover
pessoas e grupos.
Finalmente, pode-se concluir que, diante da atual realidade enfrentada pelo
mundo dos negócios, a Administração de Recursos Humanos, quando gerida de
maneira adequada, passa a ser uma significativa vantagem competitiva para as
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empresas, e o “humanware” passa a ser cada vez mais importante para se alcançar
a excelência empresarial e o consequente sucesso e liderança de mercado.
REFERÊNCIAS
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PIRES, Daniel Lage. Aplicação de técnicas de controle e planejamento em
edificações. Universidade Federal de Minhas Gerais, 2014. Disponível em:
http://pos.demc.ufmg.br/novocecc/trabalhos/pg3/113.pdf Acesso em: 01 de set. de
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ROTH, A. L. et. al. Diferenças e inter-relações dos conceitos de governança e gesto
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TURBAN, E.; MCLEAN, E.; WETHERBE, J. Tecnologia da informação para gestão.
3ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
VARGAS, Ricardo, MANUAL PRÁTIOCO DO PLANO DE PROJETO, 3° edição.
Editora Brasport (2007).
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