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Contextualizando...

Olericultura • Cultivo de olerícolas das famílias Aliácea, Apiácea, Liliácea,


Quenopodiácea e Rosácea.
• Cebola; alho; cenoura; beterraba morango.
Aula 3 – Cultivo e especificidades • Particularidades de manejo.
de algumas famílias de olerícolas
• Tratos culturais.
• Do plantio à comercialização.

Prof. Dra. Cristina Célia Krawulski

• Cenoura, salsa e coentro.


• Aipo, erva-doce, cominho.

Apiáceas

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Apiaceae. Acesso em: 16 jun. 2023.

Cenoura (Daucus carota)

Fonte:
https://www.embrapa.br/en/ho
rtalicas/cenoura/plantio2 .
Acesso em: 18 jun. 2023.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Apiaceae. Acesso em: 16 jun. 2022.


• Planta bianual.
• Grupo Nantes: cultivares de outono-inverno, muito resistentes ao
florescimento. Temperatura e pluviosidade elevadas: alta Fonte:
suscetibilidade à queima-das-folhas https://www.embrapa.br/en/ho
rtalicas/cenoura/plantio2 .
Acesso em: 18 jun. 2023.
• Grupo Brasília: cultivares para primavera-verão, adaptadas à
temperatura e pluviosidade elevadas; alta resistência à queima-
das-folhas. Se expostas a baixas temperaturas,
florescem facilmente.

• Anomalia mais comum: rachadura


• Intolerante a qualquer forma de transplante.
longitudinal.
• Formação de raízes tuberosas deformadas.
• Flutuação hídrica no solo; carência
• Semeadura direta nos canteiros.
de boro ou ambos.
• 10 a 15 mm profundidade, 20-25 cm entre fileiras.
• Controle: irrigação; suprimento de
• Raleio. boro; cultivares resistentes.
• Irrigação é fundamental (aspersão).
• Cobertura dos canteiros com palha é positiva.

Fonte: https://www.embrapa.br/en/hortalicas/cenoura/plantio2 . Acesso em: 18 jun. 2023.

Salsa (Petroselinum crispum)

• Herbácea, condimentar.
• Doença mais comum: queima
• Poucas cultivares: Lisa Preferida; Graúda
das folhas.
Portuguesa.
• Temperatura e pluviosidade
• Semeadura direta em sulcos Fonte: Arquivo do autor.
elevadas.
longitudinais (25 cm).
• Filete contínuo de sementes; 5 a 10 mm
profundidade.

Fonte: https://www.embrapa.br/en/hortalicas/cenoura/plantio2 . Acesso em: 18 jun. 2023.


• Desbaste: 2 folhas definitivas (10-15 cm).
Coentro (Coriandrum sativum)

• Herbácea, condimentar; similar à salsa.


• Poucas cultivares: Dom Luiz, Verdão, Americano Gigante; Português.
• Semeadura em canteiros definitivos, em filete contínuo; sulcos Quenopodiáceas e
Aliáceas
longitudinais (25 cm).
• Desbaste (8 a 10 cm).

Beterraba (Beta vulgaris)


• Semeadura direta (desbaste) ou transplante
• Tuberosa; bianual; poucas cultivares.
das mudas.
• Clima ameno.
• Canteiros bem preparados; espaçamento
• Temperatura e pluviosidade elevadas: final: 25 - 30 x 8 - 10 cm.
doenças fúngicas; má coloração interna Fonte:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8b/Uncommon_beetr
• Tamanho médio. Fonte: RODRIGUES, Renato Augusto Soares. Olericultura. Londrina:

(anéis claros). oot_colours.jpg/1024px-Uncommon_beetroot_colours.jpg. Acesso em: 18 jun.


Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019. p. 140.

• Manchas escuras e rachaduras: deficiência B.


2023.

• Adapta-se bem ao transplante.


• Mancha-da-folha (Cercospora beticola).

Acelga portuguesa ou Beterraba branca (Beta vulgaris var. cicla)


https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commo
ns/b/be/Swiss_Chard.jpg. Acesso em: 18 jun.

• Folhas, largas e numerosas, com nervuras


Fonte:
https://www.agrolink.com.br/probl bem destacadas.
emas/cercosporiose_1623.html.
Acesso em: 18 jun. 2023. • Parte comestível: pecíolos carnosos e folhas.
• Sistema radicular ramificado, não tuberoso.
• Origem europeia.
Fonte:

2023.

• Poucas cultivares (Large Ribbed Dark Green).


Cebola (Allium cepa)
• Implantação: sementes.
• Bienal – etapas vegetativa e reprodutiva.
• Semeadura/transplante.
• Cultivares adaptadas ao fotoperíodo (comprimento do dia/horas):
dia curto (10 a 12 h luz/dia); dia longo (mais de 12 h luz/dia). • Pequenos bulbos.
• Espaçamento (canteiros definitivos):

Fonte: Embrapa.
• Precoces, médias e tardias.
• Temperatura amena/fria durante o crescimento vegetativo; 25-35 x 5-10 cm.
ligeiramente mais elevada na bulbificação.
• Clima quente/seco favorece maturação do bulbo.
• Queima de alternaria (Alternaria alternata Fr.).

Alho (Allium sativum)


• Planta bienal, exige frio para florescer (< 15°C).
• Cultivares adaptadas ao fotoperíodo da região (nº horas de luz, do
nascer ao pôr do sol).
• Cultivares no Brasil: duração do ciclo e exigências climáticas
(fotoperíodo e temperatura): precoces (ciclo 4 meses); ciclo
mediano (≥ 5 meses); tardias (≥ 6 meses).
• Plantio por sementes (bulbilhos); 3 - 4 cm
profundidade, no local definitivo.
• Bandejas ou sementeiras/transplante. Fonte: Embrapa.

Doenças de solo:
• Podridão branca; fusariose (podridão seca); raiz rosada.
Doenças foliares:
Mancha púrpura (Alternaria porri); ferrugem; queima bacteriana;
mofo azul.
Controle/manejo: cultivares tardias resistentes (alho); cultivares ciclo
mediano resistentes (cebola); rotação e consórcio
com culturas não-aliáceas; fungicidas.

Fonte: Embrapa.
Cebolinha-francesa (Allium schoenoprasum L.)
Cebolinha (Allium fistulosum L.)
• Herbácea (até 25 cm altura), bulbosa; Liliáceas e
folhas finas e ocas.
Rosáceas
Fonte: Embrapa.

Aspargueira (Asparagus officinalis L.)

• Parte comestível: turiões (hastes).


• Se desenvolvem a partir do rizoma (colhidos ainda tenros).
• A planta deve permanecer em dormência durante algum tempo.
• Semeadura direta e transplante de plântulas (10-12 semanas).
• Sulcos (60 cm largura).
• Início de cada inverno (repouso): eliminar a parte
aérea.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Asparagus Acesso em: 18 jun. 2023.

Morango (Fragaria spp.) • Após sucessivas propagações: maior incidência viroses.


• Renovação do material propagativo (*).
• Climas frios e dias curtos: maior produção.
• Mulching (palha ou plástico): umidade do solo; redução e manutenção
• Temperaturas diurnas amenas e noturnas mais baixas: frutos com
da temperatura constante junto às raízes; proteção das raízes
sabor e aroma pronunciados; ácidos e doces.
superficiais; menor incidência de plantas daninhas; proteção dos frutos.
• Plantio: estolhos emitidos pela planta-mãe (em dias longos, após a
• Morango semi-hidropônico: estufa; bancadas; slabs com substrato;
colheita); mudas (divisão da planta matriz - seleção).
fertirrigação.
• Estolhos plantados em viveiro (25 x 5 cm).
• Transplante: mudas com torrão (20-30 dias).
• Enraizamento prévio: colheita precoce.
• Mancha-da-folha (Mycosphaerella fragariae).
• Pequenas manchas arredondadas, coloração purpúrea; tornam-se
maiores, com o centro deprimido e coloração branca.
• Temperaturas amenas ou baixas, com umidade elevada.
• Moderada/baixa resistência varietal.
• Pulverização com fungicidas.

Fonte: Embrapa (2011).

Fonte: RODRIGUES, Renato Augusto Soares. Olericultura. Londrina: Editora e


Distribuidora Educacional S.A., 2019. p. 157.

Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ed/Strawberries.JPG/800px-
Strawberries.JPG. Acesso em: 18 jun. 2023.
Fonte: Arquivo do autor.

Fonte: https://ceagesp.gov.br/hortiescolha/hortipedia/morango/. Acesso em: 17 jun. 2023.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Morango. Acesso em: 17 jun. 2023. Fonte: https://ceagesp.gov.br/hortiescolha/hortipedia/morango/. Acesso em: 18 jun. 2023.
SP 1: Consórcio cenoura e beterraba
• Clima tropical chuvoso: precipitação 1.800 mm/ano; UR 90%.
• Espaçamento: 20 cm entre linhas x 10 cm entre plantas (ambas).
Olericultura aplicada • Adubação adequada.
• Cenoura: desempenho inferior no consórcio; sombreamento pela
beterraba; dificuldade de absorção de água e nutrientes.
• Colheita: beterraba com melhor desenvolvimento
da parte aérea e das raízes.
• Motivos dessas diferenças?

Resolvendo a SP 1 • Cenoura: exigente em água.


Adubação adequada para cada cultura, qual o motivo da dificuldade de
• Número elevado de plantas:
absorção apresentada pela cenoura?
• Menor disponibilidade de radiação solar para as folhas inferiores.
• Em consórcio: plantas diferem em altura e distribuição das folhas.
• Sombreamento e consequente redução da taxa fotossintética.
• Beterraba: melhor desenvolvimento da parte aérea (folhas maiores) =
• Formação de raízes com menor diâmetro.
competição (energia luminosa, água, nutrientes).
• Prejuízos no crescimento e no desenvolvimento.
• O espaçamento favoreceu a cultura da beterraba.
• Consequentemente: menor produção.
• Cenoura consorciada: mais espaçada.
• Consórcio não apresentou vantagem (cenoura).

O que fazer para maximizar a produção? SP 2: Cenoura - grupo Nantes


• Consórcio cenoura/beterraba não é adequado para a cenoura. • Plantio na transição primavera-verão.
• Sistema de monocultivo. • Até 30º dia: desenvolvimento normal; período com chuvas intensas
• Onde existe consórcio instalado: desbaste. (5 dias consecutivos).
• Evitar a competição inter e intraespecífica. • Folhas necrosadas, seguida de perda total das folhas; raízes com
• Menor competição por água, luz e nutrientes. rachadura longitudinal.
• Perda total da lavoura.
• Relatório técnico: possíveis causas e cuidados nos
próximos cultivos.
Resolvendo a SP 2
Necrose observada nas folhas:
• Grupo Nantes: cultivares de outono-inverno.
• Queima-das-folhas (ocorre sob temperatura e pluviosidade elevadas).
• Intolerantes à temperatura e pluviosidade elevadas (alta suscetibilidade
• Necrose inicial nas folhas evolui para a desfolha da planta.
à queima-das-folhas).
• Redução no tamanho das cenouras.
• Período de chuvas (excesso de água no solo): provocou a rachadura
longitudinal, causada pela flutuação hídrica no solo e pela deficiência de • Cultivares resistentes.
B (ou ambas). • Pulverização com fungicidas.
• Para os próximos plantios: semeadura na época
adequada; manejo irrigação; fornecimento adequado
de B; cultivares resistentes.

SP 3: Lavouras de cebola e alho, região com temperatura elevada Resolvendo a SP 3


• Subdesenvolvimento das plantas, amarelecimento e morte das folhas
• Doença.
mais velhas; morte da planta e apodrecimento dos bulbos; presença
de microescleródios pequenos e negros sobre os bulbos atacados. • Podridão branca da cebola e do alho (Sclerotium cepivorum Berkeley).

• Com alta umidade: nas plantas atacadas, crescimento cotonoso • Favorecida por baixa temperatura e umidade elevadas.
branco, na região próxima ao solo. • Presença de microescleródios negros e pequenos é importante para o
• Sintomas devidos às deficiências nutricionais? correto diagnóstico da doença.

• Doenças ou pragas?
• É possível culturas diferentes apresentarem um
mesmo problema?

• Sim, duas culturas diferentes podem desenvolver a mesma doença


(plantas da mesma família).
• Prevenção: não existem cultivares resistentes à podridão branca.
• Áreas livres do patógeno; sementes e mudas sadias (cultura de
meristema); evitar baixadas e excesso de irrigação; incinerar bulbos
afetados e restos culturais; limpeza das máquinas e equipamentos.
• Rotação de culturas (gramíneas) (*)

Fonte: Embrapa (2011).


• Conhecer aspectos básicos do cultivo de olerícolas.

Recapitulando • Famílias Aliácea, Apiácea, Liliácea, Quenopodiácea e Rosácea.


• Complexidade e particularidades.
• Pragas e doenças.
• Cultivares adaptadas.
• Prevenção.
• Manejo integrado.

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