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EAN é uma ferramenta-chave para desenvolver bons hábitos alimentares, com o objetivo
de prevenir e tratar doenças, fomentando bons hábitos por meio de escolhas
alimentares saudáveis.
A história da então chamada educação nutricional (meados do século XX) inicia-se em 1940,
a partir do conceito de que fome era sinônimo de ignorância alimentar, determinada pela
baixa renda da população, e favorecia a desnutrição.
Aprender a conviver: relaciona-se a atitudes e valores. Na EAN, uma vez que o hábito
alimentar se torne constante, o indivíduo se apropria do conhecimento e o considera
como próprio.
Combinar aspectos sensoriais da alimentação regional – como cheiro, textura, cor e sabor –
e seus aspectos simbólicos – com suas necessidades nutricionais orgânicas – pode gerar
autonomia e ampliar as possibilidades dos indivíduos.
Caminhos para planejar ações em EAN
Comportamento alimentar pode ser definido como um conjunto de ações relacionadas aos
alimentos que se inicia na decisão, passa pela disponibilidade, considera o preparo, horário e
local, e se encerra na ingestão.
Para Alvarenga et al. (2015), o comportamento alimentar se inicia antes da ingestão; seria
um ato de pré-deglutição, pois se relaciona à cultura, sociedade e experiência do indivíduo
com o alimento.
Definição de atitude, prática e comportamento alimentar na escolha e no
consumo de alimentos
A definição da relação do homem e do alimento seria mais bem explicada pela expressão
atitudes alimentares.
Estímulos
alimentares Comportamento
internos Gostar alimentar
↓ Alimento
Paladar - Escolha
Consequências - Seleção
antecipadas - Preferência
Estímulos
alimentares
externos Ingestão
↓ alimentar
- Informação
- Ambiente social Fatores ideacionais
- Ambiente físico
A pressão feroz dos meios de comunicação, direcionada a algumas faixas etárias e gênero,
promove o consumo de alimentos com densidade energética elevada, distorcendo a
autoimagem e favorecendo a busca incessante por dietas milagrosas, que prometem perda
de peso rápido, determinando escolhas alimentares equivocadas e, consequentemente,
favorecendo transtornos alimentares ou doenças relacionadas à ingestão de
alimentos desbalanceados.
Estratégias e ferramentas para diagnosticar comportamentos
e práticas alimentares
É importante integrar todas as dimensões do comportamento humano (biológico,
sociocultural, econômico e ambiental) para determinar as motivações pessoais que
fundamentam escolhas alimentares.
O nutricionista deve ser habilitado para identificar os motivos que levam alguém a adotar
novos hábitos alimentares e trabalhar com estratégias que mantenham a motivação.
Estratégias e ferramentas para diagnosticar comportamentos
e práticas alimentares
Algumas estratégias:
Entrevista motivacional;
Comer intuitivo;
Comer com atenção plena (mindful eating);
Terapia cognitivo-comportamental.
Entrevista Motivacional
Um dos pontos cruciais dessa técnica é o profissional não perder o foco e não se colocar
numa posição de superioridade, pois é um momento de compartilhar informações,
assumindo-se assim um caráter horizontal.
Comer intuitivo é uma técnica criada pelas nutricionistas norte-americanas Evelyn Tribole e
Elyse Resch, cuja proposta é fazer as pessoas se tornarem confiantes em suas habilidades
de distinguir sensações físicas das emocionais e desenvolver sabedoria emocional para
atender suas necessidades biológicas.
A proposta visa uma sintonia entre comida, corpo e mente, baseando-se em três pilares:
Permissão incondicional para comer;
Comer para atender necessidades fisiológicas,
e não emocionais;
Apoiar-se nos sinais internos de fome e saciação para
determinar o que, quanto e quando comer.
Comer Intuitivo
Quadro 9 – Comer intuitivo versus comer disfuncional
Comer intuitivo Comer disfuncional
Intervalos irregulares, beliscadas, restrições
Padrão alimentar Intervalos regulares entre refeições (comer muito pouco) ou compulsões
(comer demais) e comer com pressa
Como a alimentação Sinais internos da fome, Controle interno e externo inapropriado:
é regulada apetite e saciedade dieta, contar calorias, eventos emocionais
Satisfazer a saúde, o crescimento Emagrecer, aliviar a
Propósito do comer
e o bem-estar ansiedade ou o estresse
Crianças, pessoas que não interferem
Prevalência em seus mecanismos de regulação Mais frequente em meninas e mulheres
natural, mais homens que mulheres
Promove energia, saúde, crescimento
Sensação de cansaço, tontura, frio,
e desenvolvimento de crianças.
Físico puberdade atrasada ou precoce. O peso
Fonte: adaptado de: livro-texto. O peso geralmente é estável e expressa
é instável, com altos e baixos
fatores genéticos e ambientais
Pensamentos claros e habilidade de Concentração diminuída e preocupação
concentração. Os pensamentos sobre comida com a comida. Pensamentos focados no
Mental
não tomam muito tempo do seu dia e se planejamento alimentar e imagem corporal
concentram na hora das refeições ocupam muito tempo do seu dia
Instabilidade no humor, chateação,
irritabilidade, ansiedade e baixa autoestima.
Emocional Humor estável, não se afeta pela comida
Preocupação com a imagem corporal
é descontada na comida
Menor integração social, isolamento,
Relacionamento saudável com amigos e
Social capacidade de afeto e generosidade diminuída.
familiares e com o contexto alimentar
Dificuldade de compartilhar refeições
Comer com atenção plena (mindful eating)
Pode ser definida como a capacidade intencional de trazer atenção para o momento
presente, sem julgamentos nem críticas, como uma atitude de abertura e curiosidade.
Quem come com atenção plena se atenta ao sabor, textura e processos do comer,
verificando, antes da refeição, seu instinto de fome e se conectando com seus pensamentos
para conhecer seus sentimentos com relação à satisfação, emoção e estado físico.
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
É uma ferramenta que muda o comportamento alimentar e tem como princípio determinar
emoções e comportamentos pela forma como interpretamos a realidade. Integra técnicas e
conceitos de duas abordagens principais: terapia comportamental (ou behaviorismo) e
terapia cognitiva.
Interatividade
Pensando na nutrição integrativa, o CFN publicou a Resolução n. 680 para descrever o uso
da fitoterapia na prática clínica.
No entanto, existem algumas regras. Essa habilitação só será outorgada para quem tiver
título de especialista em fitoterapia ou em nutrição e fitoterapia pela Asbran OU
Epigenética – estudo da variação herdável que ocorre sem mudar a sequência do DNA.
Nutrição
estratificada
Níveis de
Fonte: adaptado de: livro-texto. nutrição
de precisão Nutrição
individualizada
Nutrição personalizada
baseada em genes
Alimento natural;
Alimento ao qual um componente foi adicionado;
Alimento do qual um componente foi removido;
Alimento no qual a natureza de um ou mais componentes foi modificada;
Alimento no qual a biodisponibilidade de um ou mais componentes foi modificada.
Alimentos funcionais
Propriedades funcionais
Ômega-3 Anti-inflamatório
Ácidos graxos Ômega-6 Anticoagulante
Monoinsaturados Vasodilatador
Proteção contra a
Glicosinofatos carcinogênese e mutagênese
Sulfurados
Isotiocianatos
e nitrogenados
Indóis Ativadores de enzimas
Fonte: adaptado de: livro-texto.
na destoxificação do fígado
Trata-se de uma grande classe de pequenos carboidratos não digeríveis, contendo apenas
de 1 a 10 açúcares mal absorvidos no intestino delgado.
Podem ser encontrados em vários alimentos, como frutas, vegetais, legumes e cereais, mel,
leite e produtos lácteos e adoçantes.
Uma dieta baixa em fodmaps não é apenas uma restrição de glúten e lactose, mas uma
eliminação maior e mais consistente de diferentes grupos alimentares.
a) Eficácia de segurança.
b) Indicações de uso sem se preocupar com as contraindicações, afinal é fitoterápico.
c) Riscos da potencial toxicidade.
d) Monitorar a evolução clínica.
e) Ajustar a dose sempre que necessário e de acordo com a tolerância do paciente.
Resposta
a) Eficácia de segurança.
b) Indicações de uso sem se preocupar com as contraindicações, afinal é fitoterápico.
c) Riscos da potencial toxicidade.
d) Monitorar a evolução clínica.
e) Ajustar a dose sempre que necessário e de acordo com a tolerância do paciente.
Deficiências nutricionais: aspectos epidemiológicos,
fisiopatológicos e nutricionais
Vitamina A:
No Brasil, a deficiência de vitamina A é um problema de saúde pública.
A falta de vitamina A pode se manifestar como deficiência subclínica ou clínica. A clínica
(xeroftalmia) é definida por problemas no sistema visual, atingindo três estruturas oculares:
retina, conjuntiva e córnea, diminuindo a sensibilidade à luz, até uma cegueira parcial
ou total.
A primeira manifestação funcional é a cegueira noturna – diminuição da capacidade de
enxergar em locais com baixa luminosidade.
As necessidades de ácido fólico aumentam durante a gravidez devido à rápida divisão celular
no feto e ao aumento de perda urinária.
Síndrome multifatorial que leva à perda contínua de massa muscular esquelética, com ou
sem perda de massa gorda, associada à inflamação sistêmica e a alterações metabólicas
que não podem ser completamente revertidas exclusivamente pelo suporte nutricional
convencional, levando à incapacidade funcional progressiva e aumentando a morbidade.
Intervenções nutricionais em
pacientes com caquexia devem
Quadro 15 – Estágios da caquexia no câncer
atingir pelo menos de 25 a
30 kcal/ kg de peso corporal, Pré-caquexia Caquexia Caquexia refratária
1,2 a 2 g de proteína/kg
de peso corporal, Perda de peso > 5%
ou Catabolismo
Perda de peso < 5% IMC < 20 e perda de peso > 2% Não responsivo
Morte
Inflamação sistêmica ou ao tratamento anticâncer
Sarcopenia e perda de peso > 2% Expectativa de vida < 3 meses
Inflamação sistêmica
É exclusividade do nutricionista:
atuar na assistência nutricional;
prescrição dietética;
planejar, analisar, supervisionar e avaliar as dietas com o paciente crítico na UTI.
Imunonutrição
Os avanços na ciência da nutrição têm mostrado que os nutrientes exercem funções além do
papel fisiológico e podem também modular o funcionamento do sistema imune.
A relação entre nutrição e imunologia é complexa e vasta, o que tem sido objeto de estudo
de várias substâncias utilizadas em dietas, chamadas de imunonutrição.
Cuidados paliativos
São cuidados ativos e totais, voltados a pacientes cujas doenças não respondem mais a
tratamentos curativos, e têm o objetivo de melhorar sua qualidade de vida e a de seus
familiares, aliviando a dor e problemas biopsicossociais e espirituais.
É fundamental que uma equipe inter e multidisciplinar faça a abordagem paliativa, incluindo
nutricionistas, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos,
dentistas, fonoaudiólogos, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, musicoterapeuta,
a fim de que o paciente e seus familiares tenham conforto, apoio e qualidade de vida.
Interatividade