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COMER COM ATENÇÃO PLENA

Acadêmicos¹
Tutor Externo²

RESUMO
A nutrição comportamental propõe mudança no comportamento alimentar por meio de técnicas de
automonitoramento e autocontrole. Dentre as estratégias dessa abordagem o mindful eating ou
atenção plena ao comer valoriza e considera os aspectos psicossociais, emocionais e ambientais da
alimentação.Objetivo: elucidar a importância da nutrição comportamental nas relações de aspecto
emocional, trazer para os atendimentos uma visão mais sensível ao quadro do paciente.
Metodologia: Para este estudo de revisão da literatura, o levantamento bibliográfico utilizou como
base de dados: Liracs, Scielo, Pubmed e Google acadêmico. Resultados e Discussão: A Nutrição
Comportamental propõe mudança no comportamento alimentar por meio de técnicas de
automonitoramento e autocontrole. Nessa perspectiva, propõe-se a ensinar o indivíduo a
diferenciar a fome física da fome emocional e sugere que o comer deve acontecer de acordo com as
sensações de fome, apetite e saciedade. Conclusão: A nutrição comportamental não é apenas
utilizada como fonte de estratégias e intervenções nutricionais. o mindful eating possibilita o
desenvolvimento da autonomia e a escolha consciente do alimento. E assim, contribui para evitar
disfunções alimentares e o impulso de compensar sentimentos por meio da comida.

Palavras-chave
Nutrição comportamental, comer com atenção plena, comportamento alimentar, aspectos
psicológicos , obesidade

1. INTRODUÇÃO
A nutrição comportamental tem como foco encorajar a relação saudável do paciente com a
alimentação, considerando as emoções, a fisiologia e a vida sociocultural do paciente (LEITE et al,
2021). Nesse contexto, é importante destacar que o ato de comer vai além das nossas necessidades
biológicas e envolve diversas outras razões como o prazer, comunidade, família, relacionamento
com o mundo natural e até revelação de uma identidade . Assim, considera-se relevante destacar o
papel dos aspectos psicológicos que, em conjunto com os sinais homeostáticos de fome e saciedade,
participam dos processos envolvidos na alimentação humana (ARENA, 2022).
Os comportamentos são influenciados por diversas esferas como a midiática na qual, por
exemplo, a televisão, muito utilizada pela sociedade, tornou-se um meio de propagação da alienação
alimentar, impondo indiretamente aos telespectadores o consumo dos produtos industrializados. Já a
esfera psicológica relaciona a quantidade de alimentos consumidos com fatores externos, como, os
contextos sociais das refeições, publicidades e influências, além dos internos, como a não aceitação
do corpo e emoções, como culpa ou recompensa (SCHALCH et al, 2023).
Na interseção entre os campos da Psicologia e da Alimentação e Nutrição, um dos interesses
que se destaca é relacionado aos transtornos alimentares e à obesidade, prevalecendo a ideia de que
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa
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o comportamento alimentar dos indivíduos deve ser observado para a prevenção de doenças, uma
vez que é repetidamente associado aos fatores de risco à saúde (KLOTZ-SILVA et al,2016).
Os transtornos alimentares são doenças que afetam particularmente adolescentes e adultos
jovens do sexo feminino, levando a marcantes prejuízos psicológicos, sociais e aumento de
morbidade e mortalidade (CORDÁS, 2004). A obesidade é uma doença com causa multifatorial e
um fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes e alguns cânceres, entre outras doenças
(PEPE, 2020).
Neste cenário, o mindful eating (ME) emerge como uma estratégia inovadora e promissora a ser
empregada na abordagem de comportamentos alimentares disfuncionais. O ME ou “comer com
atenção plena” tem por premissas que os sujeitos façam suas escolhas alimentares de forma
consciente e atenta aos sinais físicos de fome e saciedade, que estejam atentos a toda experiência
envolvida no comer, aos efeitos da comida nos sentidos e nas sensações físicas e emocionais que
ocorrem antes, durante e após a alimentação, com abertura e sem julgamentos (SOUZA et al. 2021).
A Atenção Plena se associa à promoção da saúde por permitir o desenvolvimento de habilidades
individuais que podem propiciar a tomada de decisões favoráveis à qualidade de vida e à saúde.
Assim como o conceito de promoção da saúde e autocuidado, a Atenção Plena está relacionada ao
desenvolvimento de autonomia e empoderamento. É definido também como a consciência que se
desdobra da intenção de observar atentamente a experiência atual de uma forma não julgadora e não
avaliativa (GUEDES et al, 2021).

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Nutrição Comportamental


A Nutrição Comportamental é, técnica e inovadora da Nutrição, que inclui aspectos
fisiológicos, sociais e emocionais da alimentação e promove mudanças no relacionamento do
nutricionista com seu paciente, bem como da comunicação na mídia e da indústria com seus
consumidores (ALVARENGA et al., 2015), contribuindo para a melhoria da saúde e redução das
doenças crônicas associadas a má alimentação.
Tal nutrição propõe mudança no comportamento alimentar por meio de técnicas de
automonitoramento e autocontrole.
A abordagem comportamental no atendimento nutricional é de grande relevância para o
estímulo ao tratamento, pensando em uma melhor efetividade, através dos questionamentos
levantados na anamnese do indivíduo, no qual podem estar desencadeando disfunções no
comportamento alimentar e a não continuidade ao tratamento (ABESO; FONSECA, 2021).
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A nutrição comportamental surgiu recentemente e objetiva construir de forma gradual um


planejamento alimentar. Essa abordagem considera os aspectos fisiológicos, sociais e emocionais da
alimentação, atuando para que o paciente se sinta motivado no processo de mudança do
comportamento alimentar (ALVARENGA et. al.,2019).
Entende-se por comportamento alimentar o conjunto de cognições e afetos que regem as
ações e condutas alimentares e está diretamente relacionado a autopercepção dos sentidos e a
identidade social do ser humano (FRANZONI; MARTINS, 2017).
A visão da Nutrição Comportamental compreende que o indivíduo terá o poder de alterar
seu comportamento quando estiver sentindo-se pronto; considera que a mudança de comportamento
não depende de processo educativo, tampouco de persuasão, ou seja, quando a mudança em si não é
compatível com os valores da pessoa, e com seus desejos pessoais, o caminho provavelmente será
penoso.

2.2 Comportamento Alimentar


Diferente do hábito alimentar, considera-se uma serie de fatores interrelacionados,
internos e externos ao organismo, que vão influir na aquisição do comportamento alimentar
(MOREIRA & COSTA, 2013).
Escolher uma alimentação saudável não depende apenas do acesso a uma
informação nutricional adequada. A selecção de alimentos tem a ver com as
preferências desenvolvidas relacionadas com o prazer associado ao sabor dos
alimentos, as atitudes aprendidas desde muito cedo na família, e a outros factores
psicológicos e sociais. É necessário, portanto, compreender o processo de ingestão
do ponto de vista psicológico e sociocultural e conhecer as atitudes, crenças e
outros factores psicossociais que influenciam este processo de decisão com o
objectivo de se tornarem mais eficazes as medidas de educação para a saúde e de se
melhorarem os hábitos e os comportamentos (VIANA 2002).

O comportamento alimentar é um conjunto de cognições e afetos que regem as ações e


condutas alimentares. Dessa forma, na abordagem de mudança da relação com o alimento, compete
ao nutricionista identificar os comportamentos disfuncionais e habituais, bem como propor soluções
para modificar as cognições inadequadas e ensinar estratégicas de mudanças ( GUEDES et al, 2021)
De acordo com Aitzingen (2011), comportamento alimentar trata-se de algo muito
complexo, pois comer é um ato social que vai para além das necessidades básicas de alimentação,
indispensável ao desenvolvimento dos valores vitais, comum a todo ser humano, além de estar
associado com as relações sociais, às escolhas inseridas em cada indivíduo através de gerações e às
sensações proporcionadas pelos sentidos.
O comportamento alimentar expressa uma conduta ou a maneira de consumir o alimento,
de modo compulsivo ou não, com retraimento, gula, vergonha (MOREIRA & COSTA, 2013).
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Ainda conforme esses autores, algumas pessoas incorporam a ideia de comer como uma
necessidade para a sustentação do corpo para o trabalho; outras entendem o comer como prazer do
corpo.
Dessa forma, é possível perceber que o comportamento humano não e o mesmo entre os
diversos seres vivos, sofrendo influência de diferentes mecanismos como clima, peso, sexo e sede,
que agem sobre os sistemas autonômico e endócrino, promovendo o ajustes comportamentais, que
levam ao controle da ingestão de alimentos (AGUIAR et al, 2013)

2.3 Obesidade
“A obesidade é uma doença de difícil controle, com altos percentuais de insucessos
terapêuticos e de recidivas, podendo apresentar sérias repercussões orgânicas e psico-sociais,
especialmente nas formas mais graves” (BERNARDI et al, 2005)
As mulheres são as que mais sofrem com o aumento da obesidade em todo o mundo,
principalmente as de baixa renda, atingindo taxas 10% superiores às dos homens. As mulheres
obesas comem em exagero como recurso compensatório para situações de tristeza, depressão,
ansiedade e raiva. A pressão social pela busca da magreza incentiva o esforço de se submeter a um
tratamento a qualquer custo, o que desencadeia reações psicológicas e fisiológicas que aumentam a
obesidade(DE-MATOS et al, 2020).
Atualmente, a prevalência da obesidade continua a aumentar no Brasil e no mundo, sendo sua
prevenção e tratamentos complexos. Uma abordagem recete , o programa de treinamento em
consciência alimentar baseado em atenção plena (Mindfulnees based eating awareness training) tem
sidi sugerido para o tratamento do transtorno da compulsão alimentar, através do controle do
comportamento alimentar e do desenvolvimento da consciência dos sinais de fome e saciedade,
porém sem foco na perda de peso (PEPE, 2020).

2.4 Mindful Eating ou Atenção plena ao comer


O mindful eating, em comparação às dietas restritivas, foi desenvolvida com o objetivo de
criar hábitos que levem ao aumento da consciência na hora da alimentação e a sentir a reação das
emoções corporais. Esse método permite ainda que o indivíduo coma sem autojulgamento e reduza
a alimentação automática, de modo que identifique os sinais de fome e saciedade, sendo eficiente na
perda de peso a longo prazo ( DA SILVA et al, 2022)
O ME ou “comer com atenção plena”, emerge do mindful, como alternativa promissora às
tradicionais abordagens de dieta, valorizando a alimentação saudável com enfoque no resgate do
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reconhecimento da sinalização interna do apetite, e na conscientização dos padrões alimentares,


sensações corporais e emocionais despertadas pelo comer (BUSH et al., 2014).
Comer com atenção plena é uma tomada de consciência sobre a percepção da comida em
relação aos sentidos, consumo de alimentos na refeição e das sensações emocionais.
O ato de comer também é influenciado quando por situações nas quais é necessário estar
alerta com relação a algum determinado alimento, seja por motivo de saúde, estética, religião ou até
mesmo por distintos costumes de locais diferentes do nosso habitual, e especialmente quando somos
atingidos emocionalmente, pela tradição ou pela memória.
Para Nelson (2017) e Kristeller, Wolever e Sheets (2014) o ME possibilita o
desenvolvimento da autonomia e a escolha consciente de qualquer tipo de alimento, valoriza toda
experiência envolvida no ato de comer, os efeitos da comida nas sensações físicas e emocionais
antes, durante e após a alimentação, ao fazer de cada refeição um momento de autocuidado e
bondade consigo.
As práticas meditativas têm por objetivo atingir um estado de calma, generosidade,
compaixão, concentração, ética e autorregulação da atenção à consciência das experiências
imediatas (VISCARDI et al., 2019).
O Mindful Eating por sua vez, pode ser uma prática que auxilia no comportamento
alimentar por incentivar a aproximação com a comida, de forma a não julgar o indivíduo, já que
hoje é possível observar o apelo midiático sobre como comemos e o quanto isso interfere a
autonomia individual nas cerimônias alimentares.
A característica principal da atenção plena é o foco da atenção no momento em que está
sendo disposto e deve ser isento de pensamentos contraditórios a situação, também dito como
“julgamentos”, ou seja, esse conceito sugere que mesmo que a pessoa esteja passando por algum
momento de dificuldades, não exista o pensamento nas conturbações da rotina do dia a dia, devendo
se prezar por viver o momento com total envolvimento na experiência presente. (ALVARENGA,
2015).
Portanto, a prática da atenção plena voltada ao comer abrange o foco pleno no ato do
consumo da refeição, onde que deve-se prezar por vivenciar todos os detalhes e fatores constituintes
do momento experienciado, desde os elementos do ambiente e até mesmo os sentimentos
manifestados. (ALVARENGA, 2015; YAVORIVSKI, 2021) .
A atenção plena ao que se está fazendo a cada momento, possibilita a percepção da origem
dos próprios atos. Ao tomar consciência dos comportamentos, palavras ou pensamentos motivados
por sentimentos de ganância, ódio e ilusão, ou bondade e compaixão, o mindfulness também traz
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associação com consciência moral e pode se caracterizar como um tipo de intuição ética (GETHIN,
2011).
O ato de comer também é influenciado quando por situações nas quais é necessário estar
alerta com relação a algum determinado alimento, seja por motivo de saúde, estética, religião ou até
mesmo por distintos costumes de locais diferentes do nosso habitual, e especialmente quando somos
atingidos emocionalmente, pela tradição ou pela memória.
As práticas meditativas têm por objetivo atingir um estado de calma, generosidade,
compaixão, concentração, ética e autorregulação da atenção à consciência das experiências
imediatas (VISCARDI et al., 2019).
O Mindful Eating por sua vez, pode ser uma prática que auxilia no comportamento
alimentar por incentivar a aproximação com a comida, de forma a não julgar o indivíduo, já que
hoje é possível observar o apelo midiático sobre como comemos e o quanto isso interfere a
autonomia individual nas cerimônias alimentares.
3. METODOLOGIA

O trabalho foi realizado através de revisão de literatura sobre comer com atenção plena. A
revisão foi realizada com base em artigos científicos, bancos de dados e revistas eletrônicas, tais
como: Google acadêmico, Scielo e PubMed. Que visa sintetizar e aprofundar o conhecimento
acerca de um determinado assunto, buscando evidências consolidadas para a prática baseada em
evidências.
Os estudos que buscaram abordar essa temática, evidenciaram um efeito prolongado da
atenção às propriedades sensoriais do alimento, uma vez que, o nível elevado de atenção plena ao
realizar as refeições teve forte correlação com uma menor ingestão em refeição subsequente
(Tapper e Seguias 2020; Seguias e Tapper 2018).
O emprego de estratégias de Mindfulness também tem sido apontado como um dos
componentes de terapias baseadas em evidências que podem ser relevantes para o comportamento
relacionado à comida, especialmente tratando-se de escolhas alimentares impulsivas e consumo
exagerado. Comidas consideradas atrativas, em particular aquelas ricas em gorduras ou açúcar,
estão relacionadas ao desencadeamento de comportamentos guiados por reações automáticas ou
impulsivas levando a uma ingestão excessiva, aumento dos níveis de auto-julgamento e até ganho
de peso (Zheng et al., 2009).
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Dentre as técnicas usadas na área do comportamento alimentar para promover saúde
e prever doenças, a estratégia que se destaca é o mindful eating, que é a habilidade da
atenção ao se alimentar, sem julgamento e sem críticas, onde há consideração às sensações
emocionais e físicas sentidas. É ainda relatado que essa estratégia faz uso de técnicas como
a meditação do mindfulness (atenção plena) para exercitar a atenção plena, a quantidade de
comida que se ingere, a frequência que se come, os sabores que se sente, e como as pessoas
se sentem após uma refeição ( DA SILVA, et al 2022).

A esfera mundial, conforme dados da OMS (2008), a obesidade mais que dobrou
desde a década de 1980. Em 2008, 1,5 bilhão de adultos com 20 anos ou mais estavam
acima do peso. Desses, mais de 200 milhões eram homens e quase 300 milhões eram
mulheres. Dados desta pesquisam revelam que 65% da população mundial vive em países
onde o sobrepeso e a obesidade matam mais pessoas do que o baixo peso. Além disso,
obesidade e sobrepeso são consideradas não mais como um problema apenas dos países de
renda elevada, pois suas taxas têm aumentado de forma signiticativa nos países de baixa e
média renda, especialmente em áreas urbanas, atingindo índices avaliados como de doenças
epidêmicas.No Brasil, o excesso de peso tem tido grande prevalência nas últimas décadas.
Em 2002, foi estimada em 40% entre as mulheres e 41% entre os homens (IBGE, 2004).
Ainda segundo dados do IBGE, em pesquisa feita em 2008 e 2009, o excesso de peso afetou
cerca de metade dos homens e das mulheres, excedendo em 28 vezes a frequência do déficit
de peso no caso masculino e em 13 vezes no feminino e atingiram duas a três vezes mais os
homens de maior renda, além de se destacarem nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e
nos domicílios urbanos. Nas mulheres, as duas condições se destacaram no Sul do país e nas
classes intermediárias de renda (FRANÇA et al, 2012)

5. CONCLUSÃO

Ao longo deste trabalho, exploramos o conceito de comer com atenção plena e sua
influência na nossa relação com a comida. A prática da atenção plena durante as refeições nos
convida a estar presentes no momento, a reconhecer nossas sensações físicas e emocionais e a
cultivar uma maior consciência dos alimentos que ingerimos. Descobrimos que essa abordagem
não apenas nos ajuda a desfrutar mais da comida, mas também pode contribuir para uma
alimentação mais equilibrada, reduzindo comportamentos alimentares automáticos e impulsivos.
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Ao nos tornarmos mais conscientes de nossos padrões alimentares, podemos desenvolver


uma relação mais saudável com a comida, reconhecendo e respondendo às nossas verdadeiras
necessidades nutricionais e emocionais. Além disso, a prática da atenção plena durante as refeições
pode ajudar a reduzir a compulsão alimentar, promover a perda de peso sustentável e melhorar a
digestão.

No entanto, é importante reconhecer que a adoção da atenção plena na alimentação é um


processo gradual que requer prática e paciência. É preciso dedicar tempo para desenvolver essa
habilidade e estar aberto a aprender com cada experiência. Ao integrar a atenção plena em nossa
rotina alimentar, podemos não apenas transformar a maneira como comemos, mas também cultivar
um maior senso de bem-estar e conexão com nós mesmos e com o mundo ao nosso redor.

Portanto, concluímos que comer com atenção plena não se trata apenas de prestar atenção
ao que está no prato, mas sim de nutrir todo o nosso ser, corpo e mente, de uma forma mais
consciente e compassiva. Ao fazer isso, podemos colher os inúmeros benefícios que uma
alimentação consciente pode oferecer, tanto para nossa saúde física quanto mental.

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