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Organizações
Eficientes
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Definição de eficiência 6
Competência central 8
O que é estrutura? 15
Os cinco tipos de estrutura organizacional 17
Organizações eficientes 23
Referências 28
SU
MÁ
RIO
Este pocket learning começa com uma observação
que não é novidade:
a eficiência é um
fator-chave para a
sustentabilidade
dos negócios.
Contudo, mesmo com mais de dois séculos de
atividade industrial, as mudanças constantes na
sociedade em razão do novo paradigma digital
inteligente, intensificadas a partir do final dos anos
1990 e fortemente aceleradas no decorrer dos anos
2000, fazem com que a eficiência continue sendo um
dos 7 principais desafios das organizações – e, por isso,
ela ganha um Afferolab Pocket Learning só dela.
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Mas o que é eficiência? Como uma operação pode
ser considerada eficiente? Quão mais ela precisa
fazer para superar o “eficaz”? O que se considera
eficiente hoje é o mesmo que se considerava
décadas atrás?
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DEFINIÇÃO DE
EFICIÊNCIA
Um sentido adequado para eficiência no contexto
operacional é:
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Porém, algo mais pesa na
definição de eficiência:
empresas conseguem ser eficientes se direcionam
100% da dedicação e foco à sua competência central
(alguns chamam de “competência essencial”), sua
razão de existir, terceirizando operações que são
fundamentais, mas que têm a função de manter a sua
estrutura funcionando, não o negócio a que ela se
propõe realizar.
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COMPETÊNCIA
CENTRAL
O conceito de competência central (core competence)
foi introduzido em 1990, por C. K. Prahalad e Gary
Hamel, no artigo “The Core Competence of the
Corporation”. Segundo os autores, a core competence
pode ser definida como “uma combinação
harmonizada de múltiplos recursos e habilidades que
distinguem uma empresa no mercado”, constituindo a
base da sua competitividade.
Em outras palavras, a competência central é o que
a organização faz de melhor e que permite que ela
inove e transite em diferentes mercados. Muito
difícil de ser imitada, a competência central reflete
em vantagem competitiva e no valor percebido
pelo cliente como algo único ou exclusivo, que
tem potencial de ganho de mercado por meio de
aplicações diversas.
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Competências centrais
podem ser:
Uma estratégia específica
Uma competência única
O capital intelectual da companhia
Algo que a empresa faz bem e melhor que
a concorrência
Uma tecnologia exclusiva
Um conhecimento técnico que ninguém mais possui
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Partindo dessa premissa, Jay B. Barney, autor de diversas
publicações sobre Gestão Estratégica e professor na
Universidade de Utah, nos EUA, propôs, em 1991, o framework
VRIO – Valuable, Rare, Inimitable, Organized (em português,
de Valor, Raro, Inimitável e Organizado), que tem o objetivo de
ajudar as empresas a identificar suas capacidades centrais.
O framework VRIO propõe que as empresas analisem seus
recursos e capacidades internas para entender se eles geram
vantagem competitiva ou não. A análise também permite que
se descubra vantagens competitivas não utilizadas e que se
identifique áreas ou funções que, fora da competência central,
abrem a possibilidade de serem terceirizadas.
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Framework VRIO
V R I O
SIM SIM SIM SIM
VANTAGEM
COMPETITIVA
tem valor? é raro? é inimitável? é organizado? SUSTENTÁVEL
VANTAGEM VANTAGEM
DESVANTAGEM PARIDADE
COMPETITIVA COMPETITIVA
COMPETITIVA COMPETITIVA
TEMPORÁRIA NÃO UTILIZADA
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R (Rare) – É raro?
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I (Inimitable) – É inimitável?
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O (Organized) – É organizado?
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O QUE É
ESTRUTURA?
Segundo Henry Mintzberg, a estrutura de uma organização
pode ser definida simplesmente como a soma total das maneiras
pelas quais o trabalho é divido em tarefas distintas e, depois,
como a coordenação é realizada entre as tarefas. Idalberto
Chiavenato, que bebeu da fonte de Mintzberg para elaborar
uma nova teoria a respeito das estruturas organizacionais,
complementa essa visão. Segundo o autor, a estrutura
organizacional constitui uma cadeia de comando, ou seja, uma
linha de autoridade que interliga as posições da organização e
define quem se subordina a quem.
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A partir do estabelecimento do paradigma digital
inteligente, neste Afferolab Pocket Learning nós
defendemos um mix entre essas duas definições, claro,
com um temperinho nosso:
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OS CINCO TIPOS
DE ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL
Se você teve a oportunidade de consumir o Afferolab Pocket
Learning Novos Formatos de Trabalho, vai se lembrar
que, lá, nós trouxemos o que chamamos de desenhos
organizacionais – com as definições da Bossa.etc:
Functional (organização por funções especialistas – um
banco, por exemplo);
Multifunctional (combinação de múltiplas funções – como
um hospital, uma escola);
Matrix (cruzamento de responsabilidades por funções e por
segmentos/negócios/produtos – como nas mais diferentes
indústrias);
Network (organizações em células – como operam, por
exemplo, franquias e consultoras independentes de
cosméticos e/ou de vendas por catálogo).
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Estrutura linear
É a mais antiga e tradicional. Hierárquica e mais
centralizada, essa estrutura prevê que cada pessoa
responda a outra que esteja em um nível hierárquico logo
acima. Trata-se de uma estrutura simples de entender,
econômica e que funciona melhor em empresas de
pequeno porte, além de prover visualização clara, para
colaboradores e colaboradoras, das oportunidades de
crescimento profissional.
Por outro lado, a estrutura linear tende a ser mais
inflexível e, por isso, mais burocrática. Neste sentido, ela
não favorece a inovação, o inter-relacionamento entre
as áreas e o espírito de equipe, acabando por sabotar
a colaboração e a cocriação, tão essenciais para a
competitividade e a eficiência.
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Estrutura funcional
Ideal para empresas maiores, a estrutura funcional é
a mais comum: é aquela que possui áreas específicas
e separadas por especialidades: marketing, finanças,
jurídico, logística etc., cada uma com a sua liderança.
O bom desse modelo é que ele conta com mais
cooperação entre as pessoas de uma mesma área
(que se sentem pertencentes ao grupo por afinidade)
e fomenta a aprendizagem e a especialização – pois
só têm chance de crescimento, em qualquer área,
as pessoas que se aprofundam em seu campo de
conhecimento e atuação.
Contudo, a estrutura funcional pode ser um obstáculo
à visão sistêmica, uma vez que pode haver falhas de
comunicação entre as áreas, conflito entre lideranças
e, por isso, pouca sinergia.
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Estrutura matricial
Embora seu conceito seja clássico como os das duas
anteriores, a estrutura matricial é a mais alinhada às
novas necessidades do mercado no século XXI, pois
funciona de maneira descentralizada, organizando
o trabalho a partir do cruzamento entre funções e
projetos a serem executados.
Focada em desempenho e eficiência, a estrutura
matricial permite que a organização atue por meio de
equipes multidisciplinares guiadas por lideranças de
ocasião. Para cada projeto, uma liderança é designada
e as equipes trabalham conectadas à alta gestão. E, se
já sabemos que equipes multidisciplinares são mais
propensas a colaborar entre si, dá pra concluir que a
estrutura matricial conversa com o conceito Ágil.
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Estrutura divisional
Na estrutura organizacional divisional, a empresa
tem diferentes silos de produção independentes e
autônomos, cada um com seu produto/objetivo/
região de atuação.
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Estrutura em rede
Uma das mais contemporâneas, a estrutura organizacional
em rede ganhou força a partir de 2020, em razão do
distanciamento social e da imensa quantidade de
colaboradores atuando de forma remota em todo o mundo.
Sua grande vantagem é uma soma de baixo custo
administrativo, ampla capilaridade e possibilidade de acesso
a profissionais fora das grandes cidades, que podem atuar
de forma remota e, dependendo da natureza do negócio,
representar a empresa em lugares onde ela não esteja
fisicamente – o que, por outro lado, também configura um
desafio para a gestão de pessoas e para a promoção da
cultura organizacional, impactando na relação das pessoas
com a empresa e, consequentemente, em seus resultados.
Nesse formato, a organização se baseia na realidade
digital para atuar por meio de profissionais localizados
em qualquer lugar. Porém, não é somente a internet que
viabiliza este tipo de estrutura: organizações que operam
em células, como muitas da indústria de cosméticos e de
venda de produtos via catálogo, com suas consultoras e
seus consultores espalhados pelo país, possuem estrutura
em rede.
Pronto. Até aqui você entendeu as possíveis estruturas
organizacionais de uma empresa no mundo contemporâneo.
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ORGANIZAÇÕES
EFICIENTES
Partindo do princípio de que a eficiência é um dos
principais indicadores de desempenho das empresas,
temos a seguinte premissa:
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E como tornar
as organizações
mais eficientes?
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USE DADOS para ter visibilidade ponta a ponta do negócio.
Dados permitem identificar pontos de atenção em qualquer
esfera dentro de uma empresa organizada.
DEFINA METAS de ganhos de eficiência, por meio de um plano
estratégico, para cada um dos pontos a serem melhorados.
TREINE SEU TIME. Ações para incremento de eficiência
precisam contar com comprometimento, engajamento e
dedicação das pessoas, pois elas são o motor da mudança
dentro de qualquer empresa.
REPENSE os formatos vigentes. O paradigma digital inteligente
ampliou virtualmente as possibilidades das empresas de forma
nunca antes vista. Assim, uma das maneiras de melhorar a
eficiência e a produtividade da operação – e das equipes – é
repensar suas necessidades imobiliárias, por exemplo.
De acordo com o McKinsey Global Institute, no terceiro
trimestre de 2020, as taxas de vacância de escritórios em
Nova York eram 32% maiores do que no ano anterior. Também
eram 23% mais altas em Chicago e 12% mais altas em Los
Angeles. Em 2022, é chegado o momento de negociar aluguéis
mais baixos pensando no futuro.
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TERCEIRIZE funções que não fazem parte da competência
central da companhia. Alguns exemplos de terceirizações
que reduzem custo e incrementam a eficiência de uma
organização, aumentando também a produtividade e os níveis
de qualidade dos serviços realizados:
» facilities (limpeza, segurança, alimentação);
» suporte de TI (interno ou externo, contando com
profissionais altamente capacitados e atualizados com
as tecnologias mais recentes);
» cloud computing (o custo de um parque físico de
servidores é alto, exige manutenção e troca periódica de
máquinas e, nesta década, não ganha em segurança de
dados de uma plataforma na nuvem);
» manutenção de máquinas e equipamentos
(contando, inclusive, com o serviço oferecido
exclusivamente pelos fabricantes);
» logística de retiradas/entregas;
» logística de aprendizagem corporativa.
AUTOMATIZE os processos possíveis – eles reduzem as falhas
humanas e liberam a equipe para atuar de maneira mais
estratégica, promovendo ganhos de escala e eficiência em
muitas atividades.
CONSIDERE trocar máquinas e equipamentos que possam ter
versões mais modernas, energeticamente eficientes e que
causem menos impacto ao meio ambiente.
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Como você pode observar, não foi desta que vez que lhe
demos um mapa do tesouro. Mas temos certeza que
você ficou mais próximo dele.
Cada empresa tem a sua realidade, então os caminhos
para ganho de eficiência terão variáveis diferentes
também, o que inviabiliza um manual de instruções que
funcione para qualquer organização. O que não muda,
porém, é o fato de que todas estão enfrentando o
mesmo desafio: a busca por maior eficiência, que é
primordial para a competitividade do futuro.
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Administração Estratégica e Vantagem Competitiva:
conceitos e casos. Jay B. Barney e William S. Hesterly.
5. Ed. São Paulo: Editora Pearson Universidades, 2017.
RE
Criando organizações Eficazes – Estruturas em
cinco configurações. Henry Mintzberg. São Paulo:
Atlas, 2022.
FE
Acesso em: 02 set. 2022.
RÊN
28
Introdução à teoria geral da administração. Idalberto
Chiavenato. 7. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
RE
Seremos híbridos? Os desafios da formatação dos
modelos de trabalho pós-Covid-19. Bossa Trends,
Bossa Etc., 2022.
FE
hbr.org/1990/05/the-core-competence-of-the-
corporation. Acesso em: 02 set. 2022.
RÊN
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Este Afferolab Pocket Learning também conta com
conteúdo exclusivo produzido a partir da metodologia
autoral IMPACT, desenvolvida por especialistas da Bossa.
etc, a content tech que adquiriu a Afferolab em 2022.