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Capítulo 5: Superando os obstáculos

de avaliar a oralidade.

Tópicos da parte introdutória do capítulo 5:

 Os PCN consideram o ensino da língua portuguesa oral como uma prioridade


no currículo escolar.
 No entanto, os PCN não oferecem propostas pedagógicas específicas para o
ensino da oralidade, deixando essa responsabilidade para as escolas.
 Há lacunas na formação dos professores em relação ao ensino da oralidade, e
faltam instrumentos para ajudá-los a compreender, ensinar e avaliar o oral em
sua plenitude.
 O texto discute as diferentes representações da oralidade, como a associação
com atividades de leitura e recitação ou com a fala cotidiana.
 Existe uma dependência do oral em relação à norma escrita, em que o oral é
subjugado pela escrita, o que é denominado "oralização da escrita".
 Alguns autores argumentam que o ensino da oralidade pode ser considerado
inútil, já que o oral "puro" é aprendido naturalmente em situações
comunicativas.
 É importante compreender a oralidade como um objeto autônomo do trabalho
escolar, embora ainda ocupe um espaço limitado na escola.
 O desempenho oral em contextos de interlocução é fundamental para a
inserção linguística do indivíduo em uma cultura, e a escola tem um papel
relevante nesse processo.
 O ensino da oralidade apresenta desafios, como tornar o oral ensinável,
escolher uma referência para o ensino, torná-lo acessível aos alunos e
selecionar as dimensões a serem trabalhadas para facilitar a aprendizagem.
 O primeiro passo para o ensino da oralidade é ter clareza sobre as
características do oral a ser ensinado e até que ponto esses aspectos podem
ser objeto de ensino explícito e consciente.

Tópicos: 1 desfazendo equívocos:


 O ensino do oral deve adotar uma concepção ampla e complexa, superando
ideias equivocadas sobre sua relação com a fala espontânea e reconhecendo
a possibilidade de desenvolver habilidades orais formais na escola.
 É fundamental identificar a diversidade de usos da linguagem oral no cotidiano,
abandonando a visão de que o oral é uma realidade única associada apenas à
conversa informal.
 O enfoque deve ser nos gêneros orais específicos, reconhecendo que não
existe um "saber falar" geral e observando as características de cada gênero
para uma intervenção didática adequada.
 Há desafios no trabalho com os gêneros orais na sala de aula, pois é preciso
equilibrar o caráter comunicativo do gênero com sua objetivação como objeto
de estudo linguístico, buscando manter seu funcionamento real.
 Simular situações de uso dos gêneros orais e contextualizá-los são importantes
para explorar seu funcionamento e evitar atividades meramente identificatórias
e classificatórias.
 Decisões didáticas devem ser tomadas para alcançar objetivos de
aprendizagem ao trabalhar com os gêneros orais, mesmo na leitura e análise,
que podem ser vistas como simulações para a aprendizagem do aluno.
 É relevante privilegiar o ensino dos gêneros orais formais públicos, como
apresentações, debates, júris simulados e entrevistas, tanto no texto quanto
nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
 Questões importantes devem ser consideradas na abordagem do ensino dos
gêneros orais, como a seleção dos gêneros a serem trabalhados, a forma de
trabalhá-los, a relação entre fala e escuta, e a relação entre o oral e o escrito.

2.Por que trabalhar com gêneros orais públicos:

1. Importância dos gêneros orais públicos: Os gêneros orais públicos são


significativos na vida dos alunos e devem ser compreendidos e dominados
como objetos autônomos no ensino do oral.
2. Gêneros orais na aprendizagem escolar: Alguns gêneros orais, como
exposições, relatos de experiência, entrevistas e apresentações de seminários,
são relevantes para a aprendizagem escolar. É crucial que os alunos dominem
esses gêneros, pois serão solicitados a realizá-los durante o ano letivo.
3. Limitações das atividades com gêneros orais: As atividades com gêneros orais
geralmente se limitam a fornecer apenas o nome do gênero, sem uma reflexão
consistente sobre suas características. Poucas situações exploram os
contextos sociais de uso e familiarizam os alunos com as composições textuais
e estilos dos gêneros.
4. Orientação para o domínio dos gêneros orais: Para ter sucesso em tarefas com
gêneros orais, os alunos precisam ser orientados sobre os contextos sociais de
uso, características textuais e práticas associadas a cada gênero. Apresentar
um seminário, por exemplo, envolve mais do que ler um texto escrito ou
conversar informalmente com os colegas.
5. Gêneros orais públicos tradicionais: Além dos gêneros mencionados, debates,
entrevistas, negociações e testemunhos diante de instâncias oficiais são
importantes para o exercício da cidadania dos alunos.
6. Relação entre gêneros orais e cidadania: Os gêneros orais públicos estão
diretamente ligados ao exercício da cidadania, pois envolvem práticas de
participação em debates, entrevistas e negociações em contextos públicos. O
domínio desses gêneros contribui para o desenvolvimento das habilidades
comunicativas necessárias para a vida em sociedade.
3. Como trabalhar com gêneros orais:

1. Avaliação como ato discursivo: A avaliação é entendida como um ato


discursivo que requer interpretação, discussão e crítica dos resultados, pois
eles não são definitivos.
2. Avaliação formativa e papel do professor: A abordagem da avaliação formativa
destaca o caráter processual da prática avaliativa, onde o professor estrutura a
comunicação pedagógica, confronta dados e informações, toma decisões e
dinamiza novas situações de aprendizagem.
3. Categorias analíticas para avaliação da oralidade: São apresentadas algumas
categorias analíticas que devem ser consideradas na avaliação da oralidade,
por exemplo, clareza, coesão, adequação ao gênero, domínio da situação
comunicativa, entre outros.

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