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OLIVEIRA, Fernando Henrique Cavalcante de
GENGHINI, Edna Barberato
105il.
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Análise dos Movimentos Históricos no Ensino Superior
Professor Conteudista
FERNANDO HENRIQUE CAVALCANTE DE OLIVEIRA. Doutor em Educação pela
Universidade Estadual de Campinas -UNICAMP, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade
Mackenzie, Pós-graduado lato sensu em Administração de Negócios pela Universidade Mackenzie.
Especialista em Gestão Educacional e Administração e Licenciado em Pedagogia, Bacharel em
Teologia , Odontologia e Licenciado em História. Professor da Universidade Paulista nos Cursos de
Direito, Pedagogia e Serviço Social nas disciplinas de Hermenêutica, Filosofia do Direito, Ciências
Sociais, Direito e Cidadania, Direitos Sociais e Cidadania, Metodologia da Pesquisa Científica, O
Homem e a Sociedade, Metodologia Científica. Programa de Pós-graduação Lato Senso: Educação
Infantil e Alfabetização, História da Arte, Arte e Educação, Gestão Educacional, Ensino de Química,
Filosofia e Psicologia. Professor multidisciplinar de Graduação nas seguintes disciplinas: Educação e
Sociedade, Educação e Ideologia, História e Filosofia da Educação, Práticas Pedagógicas e reflexão
no cotidiano, Teologia Sistemática, Pentateuco, Novo Testamento I e II, Velho Testamento,
Português, Introdução à Filosofia, História da Educação brasileira em modalidade em EaD; Professor
das Disciplinas: TGA-I, TGA-II, Economia, Administração Financeira I e Administração Financeira II,
Planejamento e Orçamento Empresarial, Ética empresarial, Psicologia Organizacional, Organização,
Sistemas e Métodos(OSM), Filosofia e Sociologia nos cursos de Ciências Contábeis e Administração
pela Uniesp. Pesquisador na área de Educação e Tecnologias em EaD, Educação, Filosofia e
Teologia.
Professora Colaboradora/Coordenadora
EDNA BARBERATO GENGHINI, Professora Universitária desde 2002. Atualmente no
exercício da função de Coordenadora para todo o Brasil de três cursos ao nível de Pós Graduação
Lato Sensu: em PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL, DOCÊNCIA PARA O ENSINO SUPERIOR e
em FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, pela UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA –
UNIP/EaD, onde também atua como Professora Adjunta, nas modalidades SEI e SEPI. É Diretora e
Psicopedagoga da MENTOR ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA LTDA. ME desde 1991. Possui
graduação em Economia Doméstica - Faculdades Integradas Teresa D'Ávila de Santo André (1980),
graduação em Pedagogia pela Universidade Guarulhos (1985), Pós-graduação em Psicopedagogia
pela Universidade São Judas (1987), Mestrado em Ciências Humanas pela Universidade Guarulhos
(2002) e pós-graduação Lato Sensu em Formação em Educação a Distância pela UNIP -
Universidade Paulista (2011). É autora e coautora de livros Textos para os cursos de Pós Graduação
Lato Sensu em Psicopedagogia Institucional, Docência para o Ensino Superior e Formação em
Educação a Distância da UNIP - EaD. Áreas de Interesse: Neurociências - Educação Inclusiva -
Psicopedagogia Clínica e Institucional - Formação e Gestão em Educação a Distância - Formação de
Docentes para o Ensino Superior.
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 05
Unidade I: - A HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE NO BRASIL 07
1.1 - A História da Universidade no Brasil Colônia e Imperial 07
1.2 - A História da Universidade no Brasil República 12
1.2 - A Reconstrução Educacional e os Pioneiros da Educação 18
1.4 - Protagonismo Estudantil e Desenvolvimentismo Universitário Brasileiro. 22
REFERÊNCIAS 104
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APRESENTAÇÃO
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mudanças comportamentais da sociedade, contrastando-se com as instituições
confessionais, seja de ordem católica ou reformada protestante.
Seja esse material, uma ferramenta útil para tal fim, ao ponto de construir na
mente de cada leitor e estudante, uma visão panorâmica e histórica de nossa
sociedade e educação brasileira.
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UNIDADE I
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exclusiva de formação de sacerdotes. Muitos desses alunos eram filhos de senhores
de engenho, de criadores de gado, de artesãos e, no século XVIIII, também de
mineradores, além de funcionários públicos.
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Somente com a chegada de Dom João VI, em 1808, as instituições superiores
tiveram seu espaço no Brasil. A América espanhola teve outra sorte e as
universidades começaram a surgir a partir dos primeiros anos da conquista. A
Universidade de São Domingos foi a primeira ser criada em 1538; a do México e a
de Lima em 1551; a de Santa Fé de Bogotá em 1573. Até o final do século XVIII
foram criadas novas universidades, tais como a de Córdoba do Tucumã, em 1613; a
de La Plata, em 1623, a de Guatemala em 1675, a de Cuzco, em 1692, a de
Caracas, em 1721, a de São Tiago do Chile em 1738, a de Havana em 1782, e a de
Quito, em 1791.
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em 1822, planos e projetos foram apresentados sobre a necessidade de criação de
instituições universitárias do Brasil; porém, a situação indefinida continuaria
inalterada durante todo período imperial.
4) Entretanto, haverá desde já, um curso jurídico na cidade de São Paulo, para o
qual o governo convocará mestres idôneos, os quais se governarão
provisoriamente pelos estatutos da Universidade de Coimbra, com aquelas
alterações e mudanças que eles, em mesa presidida pelo Vice-Reitor, julgarem
adequadas às circunstâncias e luzes do século.
Mais uma vez o sonho de se criar uma universidade foi desfeito por que, às
vésperas da promulgação da lei, o imperador Dom Pedro I dissolveu a Assembleia
Constituinte. Para criar mais embaraço, surgiu, a partir de 1869, o movimento
positivista, que criticava a criação de universidades e faculdades por considerá-las
fruto da igreja católica romana e do estado metafísico da humanidade. Teixeira
Mendes, ardoroso defensor positivista, criticava a ideia de se criar a Imperial
Universidade Pedro II: "tudo parece encaminhasse para tornar efetivo o
extravagante projeto de criação de Universidade no Brasil" (Niskier, 1996, p. 41).
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Conselho Superior de Instrução Pública, voltando ao debate a ideia de criação de
uma Universidade no Império.
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Impressionado com o progresso dos Estados Unidos, tentou através da
reforma proposta lançar algumas luzes sobre o sistema educacional brasileiro.
Propunha a exposição livre de ideias, bem como mais liberdade e compromisso na
vida escolar segundo modelo do Colégio Dom Pedro II.
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proponente, como último desejo e sonho encerrava-se o período imperial e os ideais
universitários continuavam como projetos e não realizações.
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A Constituição Republicana de 1891 não definiu uma política educacional. O
momento de transição e mudanças exigia mais reflexão por isso o texto
constitucional em definido e amplo: "criar instituições de ensino superior e
secundário nos estados". Diante da regulamentação das leis e aplicação dos
princípios constitucionais, muitas reformas foram propostas para o ensino superior
brasileiro.
No período que vai da reforma de Benjamin Constant, de 1891 até 1910, ano
imediatamente anterior ao da reforma Rivadávia Correia foram criadas no Brasil 27
escolas superiores; nove escolas na área de medicina, obstetrícia, odontologia e
farmácia, oito escolas de Direito, quatro Escolas de engenharia, três escolas de
economia e três escolas de agronomia (Cunha, 1980, p. 157).
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Em 1920, as escolas superiores profissionais reuniram-se sob o regime de
universidade. A ideia prevalente sobre a universidade corresponde a um centro de
estudos e daí a elaboração do conhecimento, e não apenas de transmissão oral dos
produtos acabados de conhecimento oriundo dos livros. Na verdade, somente as
escolas de medicina estavam em condições de participar de um projeto de
universidade. A reunião das escolas de Medicina, Direito e Engenharia, sob a
administração comum de um reitor iria constituir a primeira experiência concreta de
uma universidade brasileira; porém, a tradição das escolas superiores isoladas e
independentes que se estabelecera desde a Monarquia, não permitiu a absorção de
um novo conceito de universidade, mesmo com a proposta de modelos alemães,
franceses e norte americanos.
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personalizou ensino médio, além de criar leis para o ensino superior, servindo como
primeiro estatuto da universidade brasileira.
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As muitas revoluções internas e os reflexos das guerras mundiais também
prejudicaram o processo de estabelecimento de uma política para o ensino
universitário brasileiro.
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A lentidão na concretização das medidas tomadas e regulamentação da
legislação impediram o crescimento das universidades. Os paulistas reagiram e
criaram a sua própria universidade em 1934, com características definidas, que se
destacaram no cenário nacional. Porém, encerrado período ditatorial de Vargas em
1945, o Brasil contava apenas com cinco universidades: Universidade do Brasil, no
Rio de Janeiro; Universidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; Universidade
de São Paulo, na capital; Universidade de Minas gerais, em Belo Horizonte e
Universidade Católica do Rio de Janeiro. Por outro lado, expandiu seu ensino
superior com surgimento de 293 estabelecimentos isolados (Cunha, 1982, p. 13).
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1) A necessidade urgente de repensar a educação para a nova sociedade
ressurgiria após a Primeira Guerra Mundial(1914-1918).
2) Desde 1920, observa-se com mais ou menos acuidade em dois ou três centros
do país esse estado de efervescência intelectual que irradiava pelos setores
das artes, letras, e de educação, e tinha em sua base o seus fatores principais,
o primeiro surto industrial e o processo de urbanização.
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com iniciativas particulares, confessionais ou não, e começava pensar sobre a
importância de ser criada uma Universidade Católica.
Compete à União:
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2) Determinar as condições de reconhecimento oficial dos estabelecimentos de
ensino secundário complementar deste e dos institutos de ensino superior,
exercendo sobre eles a necessária fiscalização.
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congregaria os diretores de faculdade, dois representantes de cada congregação,
um representante eleito por todos os livre-docentes da universidade, um
representante da Associação dos diplomados e o presidente do Diretório Central dos
estudantes.
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desencadeara e que se alimentava, foi criada a União Nacional dos Estudantes
(UNE).
Por outro lado a nova Constituição continha dispositivos que visavam garantir
pelo menos formalmente, os direitos individuais de expressão, de reunião e de
pensamento. O fator considerado de maior importância dentre os que propiciaram o
crescimento do ensino superior foi a expansão da escola secundária e a
equivalência a ela dos demais ramos do ensino médio.
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estaduais sempre Fadas, reunindo as em seguida, em universidades. Muitos
estabelecimentos de ensino superior até então mantidos pelos governos estaduais e
por particulares passaram a ser custeados e controlados pelo governo federal, por
meio do Ministério da Educação.
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O prestígio alcançado pelos pesquisadores universitários e para universitários
em São Paulo, com os estrangeiros e os brasileiros por eles formados permitiram
fazer com que a Constituição Estadual Paulista de 1947 mandasse o governo
destinar 0,5% da receita pública para o apoio ao trabalho de pesquisadores
individuais.
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A reforma será definida como necessária para neutralizar o poder das cúpulas
dirigentes da universidade, pois ela estaria comprometida com a estrutura colonial e
alienada em fase de superação.
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A partir do pensamento histórico e cultural de nossa nação, com a implantação
do sistema colonial português sob a tutela da Coroa Portuguesa e égide da Igreja
Cristã, nosso pais emerge de uma simbiose de cultura africana, indígena e
portuguesa.
Com o advento das ideias Iluministas, a Europa com o seu Estado moderno
emergindo da Revolução Francesa, tendo por base os ideais iluministas de uma
educação voltada para formação de profissionais que atenderiam as demandas
desse mercado econômico liberal frente às novas técnicas de industrialização.
Esse Ensino Superior encontrará espaço mais amplo com seus tentáculos a
partir de meados do século XX, legando um tempo promissor para um Brasil
industrial que almeja obter profissionais para o trabalho intelectual e manual,
enfatizando a dicotomia do sistema capitalista, em luta de classes disputando
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territórios nesse universo a partir do chão histórico e educacional dessas classes
sociais.
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UNIDADE II
O método utilizado pautava-se num padrão escolástico aos moldes das escolas
europeias do século 12 (Escolástica), oferecendo as primeiras letras e o ensino
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secundário. Além disso, o ensino superior de Artes era oferecido com a terminologia
de Ciências Naturais ou Filosofia (três anos) e Teologia (quatro anos), outorgando o
título de doutor. O célebre Trivium (gramática, retórica e dialética), e o Quadrivium
(aritmética, geometria, astronomia e música).
Esse modelo educacional, chamado elitista pelos historiadores, foi assim visto,
por estar voltado para as classes sociais mais abastadas do Brasil colonial e
Imperial, uma vez que os escravos e indígenas não participavam desse modelo
escolar.
d) A expressão rigorosa;
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Essa prática educacional por assim dizer era voltada para uma classe
privilegiada. Em decorrência, os alunos graduados nos colégios jesuítas iam para a
Universidade de Coimbra ou para outras Universidades europeias, a fim de
completar seus estudos. Desse modo, as instituições de ensino superior resultaram
da multiplicação e da diferenciação das instituições criadas no século 19, quando foi
atribuído ao Brasil o status de Reino Unido a Portugal e Algarve, e somente ao “fim
do período colonial, o ensino superior sofreu, no Brasil, uma tardia refundação”
(CUNHA, 1986, p. 153).
O aluno passa a ser visto como um sujeito passivo que tem a obrigação de
memorizar os conteúdos transmitidos e de aceitar, resignadamente, as atividades
propostas. A avaliação, por sua vez, é classificatória, ou seja, mantém e reforça o
modelo jesuítico, pelo qual o processo de condicionamento pretendido é preservado
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como uma metodologia tradicional, isto é, na perspectiva de uma pedagogia de
manutenção de um status quo para uma determinada classe social.
A pesquisa não é o foco dessa ação adotada, uma vez que a escola está a
serviço do Estado, e mantém forte vínculo com o poder político, demonstrando no
viés ideológico de favores e discursos adotados para os interesses de seus
representantes.
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institutos extra-universitários e para-universitários. Basicamente nas décadas de
1930,1940 e 1950, assistimos a uma completa dissociação entre ensino universitário
e pesquisa científica.
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No caso brasileiro, a centralização do ensino superior e o seu controle
acentuado pelo Estado tiveram início com a Reforma do Ensino Superior Francisco
Campos e com a instituição do Estatuto das Universidades Brasileiras, ambos de
1931. Esse controle se manifestou, sobretudo, no Rio de Janeiro, sede do governo
Vargas, sendo responsável pela transformação da Universidade do Rio de Janeiro,
mais tarde Universidade do Brasil, em um verdadeiro “aparelho ideológico de
Estado”, em conformidade com a Igreja Católica.
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outro ramo que estava sob a responsabilidade direta do Ministério da Educação ,
que era constituído pelo ensino industrial básico.
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na Lei Orgânica do Ensino Industrial. Buscava-se então dois objetivos: a
equivalência entre os ramos de ensino profissional e secundário e a eliminação da
dualidade.
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secundário as funções vinculadas ao trabalho manual, como era o caso da formação
voltada para os ramos do ensino industrial e agrícola.
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O processo de federalização das instituições de ensino superior e as
constantes críticas a política universitária, bem como o desenvolvimento do
movimento estudantil ocasionou a reforma de 1968 com base nas Leis de 5.540 e
55.398, que possibilitaram mudanças baseadas na repressão política e ideológica do
corpo discente e do corpo docente. Essa reforma aliada com os atos institucionais
baixados pelo governo militar e a constituição de 1967 abriram espaço para uma
grande transformação do ensino superior, modificando a sua estrutura administrativa
e política.
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A inserção de departamentos acadêmicos rompeu com as cátedras vitalícias,
promovendo assim, uma carreira acadêmica mediante uma legislação que coadunou
o ingresso e a progressão docente no desenvolvimento da titulação acadêmica
voltados para a pesquisa e produção de conhecimento. Criou-se assim uma política
de pós-graduação direcionada por agências de pesquisa que fomentam a produção
do conhecimento a partir do governo federal.
O ensino superior privado que surgiu após a Reforma de 1968 tende a ser
qualitativamente distinto, em termos de natureza e objetivos, do que existia no
período precedente. Trata-se de outro sistema, estruturado nos moldes de empresas
educacionais voltadas para a obtenção de lucro econômico e para o rápido
atendimento de demandas do mercado educacional.
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1) O Decreto-Lei nº 464, de 11 de fevereiro de 1969, que, entre outras coisas,
previa a criação de um primeiro ciclo comum a todos os cursos ou grupos de
cursos afins;
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com o Conselho de Curadores; Cursos, de graduação e pós-graduação,
aperfeiçoamento e especialização, que são promovidos pelas unidades
departamentais.
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O mestrado: tem duração mínima de um ano e exigência de dissertação em
determinada área de concentração na qual revele domínio do tema e capacidade de
concentração, conferindo o grau de Mestre. O mestrado Profissional: dirige-se à
formação profissional, com estrutura curricular clara e consistentemente vinculada à
sua especificidade, articulando o ensino com a aplicação profissional à sua
especificidade. Admite regime parcial de dedicação, exigindo apresentação de
trabalho final sob a forma de dissertação.
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cursos de mestrado e doutorado - e o sentido lato - cursos de formação avançada
em nível de especialização e aperfeiçoamento (InfoCapes 1998a, p. 12).
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2) O ensino superior é um setor de formação de recursos humanos para os
demais níveis de ensino e para a sociedade;
a) institucionalização da pós-graduação;
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3. integração da pós-graduação no sistema de Ciência e Tecnologia, inclusive
com o setor produtivo (InfoCapes, 1998c, p. 18).”
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flexibilização do sistema, redução do papel exercido pelo governo, ampliação do
sistema e melhoria nos processos de avaliação com vistas à elevação da qualidade.
1) A ampliação do acesso;
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oferecer contribuições, críticas e sugestões à política nacional de pós-graduação;
contemplar no desenho do cenário da pós-graduação brasileira, a emergência e a
expansão crescente das IES particulares neste setor e considerar as reflexões do
presente documento como subsídios ao processo de elaboração deste importante
instrumento de planejamento e de definição da política nacional de pós-graduação.
Esta proposição estende-se à elaboração dos planos regionais de pós-graduação,
que devem ser valorizados como um mecanismo de descentralização das políticas e
de desconcentração do sistema nacional de pós-graduação (InfoCapes, 2000c).
Muitos fatores contribuem para essa afirmação: demanda social por inovações,
o controle do estado sobre a universidade pública limitando recursos para a
graduação, fazendo com que haja uma verticalização do ensino com programas de
pós-graduação, recursos canalizados para a pós-graduação para implementação de
bolsas e manutenção de atividades de ensino e pesquisa. E também o prestígio
advindo da avaliação da CAPES junto à comunidade acadêmica e a sociedade em
geral (Neto, 1999).
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AVALIAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO
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saltado de 673 para 1.485. Na primeira metade dos anos 1990, o crescimento não
foi tão acentuado, passando de 1.485, em 1990, para 1.624, em 1996. Todavia, no
período de 1996 a 2004, registra-se novamente um crescimento expressivo,
passando de 1.624 para 2.993. Se considerarmos o número de cursos
recomendados pela Capes, no período de 1976 a 2004, houve um salto de 673 para
2.993 cursos, o que representa um aumento de 5,6% ao ano.
Por outro lado, este processo estratificou a formação universitária, criando uma
separação entre o mundo da graduação e o da pós-graduação e reunindo um
conjunto seleto de professores, que passaram a integrar este novo locus do ensino
superior. A década de 1970 indica que este objetivo encontrou terreno fértil nas
universidades, que se estruturaram de forma a constituir os cursos/ programas de
pós-graduação, estabelecendo sua normatização e as regras de seu funcionamento.
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constituindo como um dos aspectos mais bem sucedidos da Reforma Universitária,
uma vez que ensino de pós-graduação e pesquisa ganham um lugar por excelência
na estrutura da universidade. A avaliação dos cursos e da produção científica
também começa a ganhar maior relevo, assim como a atuação das entidades
científicas das diferentes áreas de conhecimento.
A primeira fase ali abordada, denota a educação elitista presente num modelo
jesuítico voltado para reprodução de um sistema feudal e colonial em nosso
território, não dando oportunidades a todos do saber tão necessário, a educação
básica.
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administrativos em suas estruturas departamentais, e por conseguinte da sua
indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão universitária, abrindo dessa
forma, condições para diálogo e interação com a sociedade.
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UNIDADE III
UNIVERSIDADE ATUAL E LEGISLAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR
52
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 208 O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia
de:
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VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde.
Art. 211
I – erradicação do analfabetismo;
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Educação, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a
Declaração Mundial sobre Educação para Todos.
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Universidades só de pesquisa ou só de ensino, interessando apenas a ‘competência’
com que desempenham suas atividades.
a) A Educação básica
b) O Ensino superior.
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Educação básica:
Ensino Superior:
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Em relação à gestão das universidades, foi garantida a autonomia aos
estabelecimentos públicos e particulares, tendo sido estabelecida como garantia
para o funcionamento das universidades a exigência do título de mestre para, pelo
menos, 1/3 do corpo docente; além disso, foi previsto 1/3 do corpo docente
trabalhando em regime de dedicação integral. A lei estabeleceu um prazo de oito
anos para que as universidades pudessem se adequar à exigência.
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Tendo em vista a perspectiva de ampliar o acesso ao ensino superior, o
governo federal, por meio do MEC, criou o Programa Universidade para Todos
(ProUni), regulamentado pela Lei nº 11.096/2005, prevendo a concessão de bolsas
de estudo integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e de cursos
sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior.
Como contrapartida, as instituições aderentes ao programa receberiam isenção de
tributos.
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À Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior (DEAES), do
INEP, foi atribuída a tarefa de elaborar o cadastro e a análise das propostas de
avaliação institucional interna (autoavaliação), elaboradas pelas Comissões Próprias
de Avaliação das Instituições de Educação Superior (IES), procedendo, também, à
avaliação institucional externa das IES. Assim, de acordo com o artigo 46 da Lei de
Diretrizes e Bases, a autorização, reconhecimento e credenciamento de cursos de
instituições de educação superior ficaram com prazos limitados, devendo ser
renovados periodicamente, após processo regular de avaliação.
O ENADE foi organizado para avaliar o rendimento dos alunos dos cursos de
graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos
dos cursos em que estavam matriculados. Obrigatório para os alunos selecionados,
o exame tornou-se condição indispensável para a emissão do histórico escolar. A
primeira aplicação ocorreu em 2004, e a periodicidade máxima com que cada área
do conhecimento é avaliada é trienal. Por fim, as avaliações in loco dos cursos e
instituições públicas e privadas, realizadas pro comissões delegadas pelo MEC,
tinham como objetivo verificar as condições de ensino, em especial aquelas relativas
ao perfil do corpo docente, as instalações físicas e a organização didático-
pedagógica.
60
a reafirmação de suas identidades étnicas, a valorização de suas línguas e ciências
e garantir-lhes o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da
sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-indígenas” (artigo 78).
UNIVERSIDADE
Histórico
• Educação à todos
• Administração do ensino
• Modernização do país
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• Modelo educacional tecnicista
• Fim da ditadura
• Constituição 1988
LDB 1996
• Pluridisciplinar
• Produção intelectual
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• Extensão pode ser entendido como processo educativo, cultural e
científico, de intervenção nos processos sociais e identificação de problemas da
sociedade
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Assim sendo, passou a existir uma relação dinâmica e processual entre o
pensar-fazer universitário e os interesses locais e regionais do entorno da
universidade, refletindo diretamente nas políticas de expansão e privatização da
Educação Superior.
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possibilidades e pela força articuladora que está na natureza das ações
nascidas das relações sociais e comunitárias. (OLIVEIRA e GARCIA, 2009,
p.112).
65
difundidos pelo ensino e pela extensão, de maneira que as três atividades tornam-se
complementares e dependentes, atuando então de forma sistêmica. Trata-se,
portanto, de um enlace perfeito e extremamente necessário.
66
Anísio Teixeira (INEP), responsável por confeccionar o censo e o tornar público,
ilustra o processo.
Um dos fatores que contribuíram para que ocorresse a expansão exposta, foi
o aumento no orçamento do Ministério da Educação (MEC), que mudou muito de
1995 até 2010. Várias discussões sobre políticas públicas voltadas para expansão
da educação superior pública ocorreram no governo Lula e no início de 2004 surgiu
uma proposta audaciosa, chamada de Plano de Expansão Fase I, com um
orçamento de R$ 1,6 bilhão, sendo distribuído no período de 2004 a 2008. O plano
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consistia em criar 14 novas universidades e 64 novos campi, visando não apenas a
expansão da rede federal, mas também sua interiorização.
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O crescimento das instituições públicas no período de 1995 a 2010 foi de
32,38%, o crescimento das matrículas foi de 126,90%, no entanto, podemos verificar
certa discrepância no crescimento de docentes e técnicos administrativos, enquanto
a função de docente teve um aumento de 76,70%, o aumento de técnicos
administrativos foi de 0,16%, ou seja, praticamente não mudou a quantidade de
técnicos administrativos, o que houve foi por um bom período o decréscimo
acentuado, e nos últimos dois anos a retomada de contratações.
(3) a supervisão realizada pelo CNE e pela SESu, cuja finalidade é zelar pela
conformidade entre a oferta de educação superior no sistema federal e a
legislação aplicável (INEP, 2009).
69
ênfase no desempenho institucional integrado, para oferecer um contexto propício
ao desenvolvimento institucional. Entretanto, o processo avaliativo parece estar mais
no âmbito da fiscalização de minúcias burocráticas do que do efetivo aprimoramento
da educação, envolvendo o ensino, a pesquisa e a extensão, pois ignora
especificidades que deveriam ser consideradas.
Tal situação fica explícita com a disseminação das IES privadas, em sua
grande maioria, mais próximas do enquadramento como “universidade de ensino”, o
que novamente as afasta, na prática, da maioria das universidades públicas, mais
próximas do entendimento de “universidade de pesquisa”.
A falta de distinção formal entre esses contextos públicos e privados fica clara
quando Cunha (2004) analisa a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB) e argumenta que a instituição universitária foi definida, de modo genérico,
como aquela que desenvolve produção intelectual, que deve cumprir requisitos
específicos, relativos à qualificação e dedicação do corpo docente, quais sejam, um
terço deve ter títulos de mestre ou doutor e um terço deve atuar na instituição em
tempo integral.
70
superiores, sendo que nos últimos 10 anos as matrículas dobraram. A Figura 01,
logo abaixo, trata dessa evolução das matrículas ao longo dos anos, evidenciando
um aumento significativo, além de mostrar o grau de participação das IES privadas e
públicas dentro desse crescimento, em que o ensino privado se sobressai. Isso
demonstra a deficiência do Estado em ofertar a quantidade de vagas suficientes
para absorver a população que requer esse serviço, tendo em vista que é notável
que há uma procura cada vez maior.
Fonte: https://www.slideshare.net/lsathler/censo-da-educao-superior-2016
privadas, tendo como foco a formação de profissionais de Nível Superior. Podem ser
71
Universidades (desenvolvem atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão);
Universidades Especializadas (com atuação na formação profissional ou em área de
conhecimento específica) ou Centros Universitários (com atuação no Ensino e
Extensão e autonomia limitada pelo Plano de Desenvolvimento da Instituição - PDI).
As Instituições Universitárias possuem autonomia na gestão do ensino, pesquisa e
extensão e são dirigidas por um Reitor.
72
I – Universidades
II – Centros Universitários
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O Corpo Docente deve conter, com pelo menos, um terço de professores com
titulação acadêmica de Mestrado ou Doutorado; e, pelo menos, um quinto de
professores em regime de tempo integral.
74
I - As instituições de ensino mantidas pela União;
Já, no Art. 17º, tem-se que “Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito
Federal compreendem:
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c) Filantrópicas – Aquelas cuja Mantenedora, sem fins lucrativos, obteve do
Conselho Nacional de Assistência Social, o Certificado de Assistência Social. São as
Instituições de Educação ou de Assistência Social que prestam serviços para os
quais foram instituídas e se colocam à disposição da população em geral, em
caráter complementar às atividades do Estado, sem qualquer remuneração.
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3.4. Competências a serem desenvolvidas no Ensino Superior
Estes aspectos exigidos pela LDB não garantem formação específica para o
processo educacional, pois, desta forma, a Lei nº 9394/96 não concebe a docência
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como um processo de formação, mas sim como preparação titulada para o exercício
do magistério superior, que será realizada prioritariamente (não exclusivamente) em
pós-graduação stricto-sensu.
5) Trabalhar em equipe.
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9) Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão.
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um processo e não meros receptores de conteúdos e habilidades, bem como
oferecer estratégias diferentes e /ou atividades opcionais.
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cursos de aperfeiçoamento e especialização); realização de pesquisas (Por meio de
seus estudos e reflexões críticas sobre temas teóricos e experiências, apresentação
em eventos científicos, publicações).
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formação pedagógica, edificada no fazer cotidiano da profissão docente,
metodologicamente desenhada, ou seja, para ensinar, em qualquer nível, o
professor necessita ter conhecimento didático.
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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de número 9.394/96, é até o
presente tempo, um legado educacional satisfatório para todo esse caminho
percorrido até aqui historicamente falando, por apresentar sem suas bases legais, a
missão da educação brasileira, seja a Educação Básica, seja a do Ensino Superior
em suas duas modalidades.
Por isso, vamos finalizar nossa Análise dos Movimentos Históricos no Ensino
Superior apresentando o movimento com o qual trabalhamos direta e amplamente
nos dias de hoje: a Educação a Distância.
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UNIDADE IV
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR
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estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou
tempos diversos.
O início da história do IUB está ligado a do Instituto Monitor, uma vez que um
dos seus fundadores havia sido sócio proprietário do Instituto Monitor fundado em
1939, o qual após desfazer a sociedade, fundou em 1941 o IUB com seu irmão. O
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IUB iniciou atuando na formação de mão-de-obra para o setor industrial e de
serviços, mas logo a seguir passou a ofertar cursos que exerciam o papel de
suplência, uma vez que preparavam os alunos jovens e adultos para prestar os
exames de Madureza Ginasial e Colegial.
Outra modalidade de EAD foi a de cursos via radiofone; este foi o segundo
meio de transmissão do saber a distância, precedido apenas pela correspondência.
No Brasil, sua ênfase aconteceu no ano de 1937, com a criação do Serviço de
Radiofusão Educativa do Ministério da Educação (ALVES, 2009).
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para exames supletivos de 2º grau. Já em 1979 temos a criação da Fundação
Centro Brasileiro de Televisão Educativa (FCTVE), utilizando programas de televisão
no projeto Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). Neste mesmo ano, a
Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior (CAPES) faz
experimentos de formação de professores do interior do país através da
implementação da Pôs- Graduação Experimental a Distância.
Nessa mesma década, surge o projeto “Um Salto para o Futuro” que
objetivava o aperfeiçoamento de professores das séries iniciais. Em 1995, também é
criada a Secretaria de Educação a Distância (SEED/MEC) que desenvolveu e
implantou, em 2000, um curso a distância vinculado ao Projeto TV Escola, também
objetivando a formação de professores.
Ainda nos anos 90, podemos citar a criação do Canal Futura, uma iniciativa de
empresas privadas para a criação de um canal com programas exclusivamente
educativos. NO ano 2000 – é formada a UniRede, Rede de Educação Superior a
Distância, consórcio que reúne atualmente 70 instituições públicas do Brasil
comprometidas na democratização do acesso à educação de qualidade, por meio da
Educação a Distância, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação e extensão.
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A Educação a Distância pode ser considerada a mais democrática das
modalidades de educação, pois se utilizando de tecnologias de informação e
comunicação transpõe obstáculos à conquista do conhecimento. Esta modalidade
de educação vem ampliando sua colaboração na ampliação da democratização do
ensino e na aquisição dos mais variados conhecimentos, principalmente por esta se
constituir em um instrumento capaz de atender um grande número de pessoas
simultaneamente, chegar a indivíduos que estão distantes dos locais onde são
ministrados os ensinamentos e/ou que não podem estudar em horários pré-
estabelecidos.
No Brasil, Alves (2009) afirma que a EaD apresenta uma trajetória bem-
sucedida, embora a falta de políticas públicas na área tenha provocado uma
estagnação em alguns momentos. Foram criados ótimos programas que
proporcionaram grandes contribuições para a democratização da educação com
qualidade, principalmente no atendimento de cidadãos habitantes de regiões menos
favorecidas.
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O sentimento da necessidade de mudança na educação e a melhora da prática
profissional, leva os docentes à busca do seu desenvolvimento intelectual e
atualização profissional, já que as mudanças também no campo educacional
acontecem muito rápido, apesar de impulsionadas pelos aspectos externos da
escola e não por forças que partem de dentro dela.
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lo refletir, compreender os equívocos e depurar suas produções, mas não
indica plantão integral do professor no curso.
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As instituições devem planejar e implementar sistemas de avaliação
institucional, incluindo ouvidoria, que produzam efetivas melhorias de
qualidade nas condições de oferta dos cursos e no processo pedagógico.
Esta avaliação deve configurar-se em um processo permanente e
consequente, de forma a subsidiar o aperfeiçoamento dos sistemas de
gestão e pedagógico, produzindo efetivamente correções na direção da
melhoria de qualidade do processo pedagógico coerentemente com o
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) (BRASIL,
2007, p.17).
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No Decreto 5.622, ficou estabelecida a política de garantia de qualidade no
tocante aos variados aspectos ligados à modalidade de Educação à Distância,
notadamente ao credenciamento institucional, supervisão, acompanhamento e
avaliação, harmonizados com padrões de qualidade enunciados pelo Ministério da
Educação (MEC, 2007). Neste sentido, de acordo com o Decreto 5.622 (MEC, 2007,
p.5) ficam estabelecidos:
Neste sentido, segundo o MEC (2007, p.8), para dar conta destas dimensões,
devem estar integralmente expressos no Projeto Político Pedagógico de um curso
na modalidade a distância os seguintes tópicos principais:
(iv) Avaliação;
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(v) Equipe multidisciplinar;
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1. Expansão pública da educação superior, considerando os processos de
democratização e acesso.
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habilidades e valores necessários ao homem de novo tipo, como consolidaram a
formação do novo intelectual necessário à coesão social.
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uma aprendizagem autônoma, adaptada às necessidades de cada indivíduo e
ajustada ao conceito de formação ao longo da vida.
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Desde a década de 1980, vêm sendo divulgadas a necessidade de formar
estudantes com domínio da informática e da comunicação oral e escrita para terem
acesso ao mercado de trabalho. Assim, o uso eficiente do computador e demais
recursos audiovisuais, além de garantir a melhor qualidade do ensino, iria abrir as
portas para o mercado de trabalho.
Sabemos que desde a infância, nossos estudantes convivem com algum tipo
de mídia eletrônica como o rádio, a televisão, o aparelho de som, e alguns possuem
um computador. A presente geração já circula com aparelhos celulares
(smartphones) em mãos, a partir de nossas crianças, antes mesmos delas
ingressarem no universo escolar. A praticidade, como elas utilizam esses meios e
recursos muitas vezes assustam pedagogos e profissionais da educação, mas
otimizam expectativas para o mercado de trabalho, uma vez que os futuros
profissionais utilizarão de ferramentas em TIC no cotidiano profissional e social como
um todo.
A formação docente para o uso das TIC é um tema que, devidamente, vem
ganhando destaque nos debates e pesquisas na área de educação. Um ponto muito
considerado nesses debates é a inexistência ou fragilidade do tema na formação
inicial do educador, trazendo pelo menos duas preocupações: a necessidade de
atualização dos currículos dos cursos destinados à formação inicial de professores e
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o modo com que os sistemas de ensino e os próprios docentes lidam com o hiato
entre a formação do professor e as necessidades dos estudantes.
O uso das TIC tem sido adotado pelos professores em sua prática docente?
E como têm avaliado o uso das TIC na sala de aula, com os alunos?
A falta de aptidão que a maioria dos professores manifesta no uso das TIC,
especialmente as computacionais, dificulta o uso desta tecnologia na aula. A maioria
considera que os dois principais obstáculos ao uso das tecnologias nas práticas
pedagógicas são a falta de recursos e formação (Paiva e outros 2002).
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1) a capacidade de facilitar uma participação remota com os mesmos níveis
de interação que uma participação física;
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O último Censo da Educação Superior (INEP, 2014) apontou que os cursos a
distância representam uma parcela superior a 15% do total de matrículas da
graduação. Vale ressaltar ainda que no que tange as matrículas nos cursos, a rede
privada compõe o universo de 86,6% e a pública de 13,4%.
Uma reportagem divulgada pela Revista Exame no ano de 2009 apresenta três
fatores que estão relacionados ao crescimento e a procura por cursos a distância no
Brasil: as dimensões do país (considerando que muitos têm dificuldade de acesso a
cursos presenciais), os preços das anuidades (que proporcionalmente aos cursos
presenciais possui anuidades bem inferiores) e facilidade de não precisar se
deslocar e ter um tempo de estudo mais flexível (MELO; MELO; NUNES, 2009).
De acordo com o Censo EAD Brasil 2013 (2013), os principais desafios que
uma instituição que passa a oferecer EAD enfrenta são a evasão, o fato de ser
pioneira considerando o modelo pragmático vigente ainda predominante, a
resistência dos educandos e a resistência dos educadores. Por mais que a EAD seja
uma alternativa muitas vezes mais acessível ao aluno, por superar barreiras como a
do preço de um curso e ter facilidade em montar uma estrutura de acordo com a
demanda dos alunos, ainda é presente a dificuldade de adaptação do aluno a
metodologia, decorrência da arraigada estrutura do sistema presencial.
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atuais, mas também diante das demandas sociais, quer para o trabalho, quer para o
exercício da cidadania e também para o lazer.
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necessária formação dos professores e, por que não dizer, dos alunos e dos
gestores também?
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recursos, como é o caso, da educação pelo Correios, TV e rádio, alcançará mais
propriedade e evidência com o advento da universidade a distância.
Lembramos que o assunto não se esgota com este Livro Texto e esperamos
que você aprofunde seus estudos, lembrando que algumas questões aqui
abordadas serão melhor detalhadas em disciplinas a seguir.
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REFERÊNCIAS
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MILL, D; BRITO, N. D. Gestão da educação a distância: Origens e Desafios. In:
CONGRESSO INTERNACIONAL ABED DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 15,
Fortaleza, 2009. Anais... Fortaleza: CIAED, 2009.
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