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Cultura T3
Cultura T3
DISCIPLINA:
TEMA:
DISCENTE: DOCENTE:
Porfírio Mateus
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2.0 OBJECTIVOS
2.1 Geral
Fazer uma revisão literária acerca da cultura
2.2 Específicos:
Falar da cultura num ponto de vista amplo;
Descrever os elementos relacionados ao SIDA;
Esmiuçar detalhadamente no que concerne a cultura moçambicana.
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3.0 METODOLOGIA
3.1 Materiais
Computador: para a compilação e organização do próprio trabalho;
Modem: suporte que facilitou o acesso a internet;
Manuais eletrônicos.
3.2 Métodos
Para a elaboração do trabalho, usamos literaturas de vários autores por meio de pesquisas via
internet e consultas de manuais para a aquisição de algumas referências bibliográficas.
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4.0 REVISÃO LITERÁRIA
4.1 CULTURA
A cultura é compreendida como os comportamentos, tradições e conhecimentos de um
determinado grupo social, incluindo a língua, as comidas típicas, as religiões, música
local, artes, vestimenta, entre inúmeros outros aspectos (Chauí, 1995).
Para as ciências sociais (entre elas a sociologia e antropologia), cultura é uma rede de
compartilhamento de símbolos, significados e valores de um grupo ou sociedade. São formados
artificialmente pelo homem, ou seja, de uma maneira não natural.
Mas é errado dizer que todos os brasileiros, assim como os cidadãos de outros países,
possuem o mesmo comportamento ou reproduzem a mesma cultura pelo qual o seu país é
conhecido. Isso porque cada estado ou pequena região possui sua cultura tipicamente local, com
diferentes comidas típicas, estilos musicais, comportamentos, dialetos, entre outros aspectos, que
criam a identidade de um determinado grupo social (Laraia, 2006).
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4.2 Tipos de Cultura
4.2.1 Cultura popular
A cultura popular é a base da cultura de qualquer povo e região. Uma característica
importante deste tipo de cultura é que ela começa de baixo para cima, ou seja, são as classes
populares quem determinam o que é essa cultura e como ela deve ser reproduzida (Laraia, 2006).
Na cultura popular, seus elementos, como as danças, estilo musical, costume, entre
outros, são transmitidos de geração para geração por um povo. Por exemplo, nas festas, podemos
identificar o Frevo, como pertencente ao estado de Pernambuco, e a Chula, do Rio Grande do
Sul, criados, consequentemente, pelo povo (Laraia, 2006).
É importante saber que, mesmo sendo considerada uma cultura da elite, a cultura erudita
não será necessariamente produzida por estas pessoas, mas sim financiada por elas (INEE, 2010).
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4.4 “Mulheres” como sujeito do feminismo
Em sua essência, a teoria feminista tem presumido que existe uma identidade definida,
compreendida pela categoria de mulheres, que não só deflagra os interesses e objetivos
feministas no interior de seu próprio discurso, mas constitui o sujeito mesmo em nome de quem
a representação política é almejada. Mas política e representação são termos polêmicos. Por um
lado, a representação serve como termo operacional no seio de um processo político que busca
estender visibilidade e legitimidade às mulheres como sujeitos políticos; por outro lado, a
representação é a função normativa de uma linguagem que revelaria ou distorceria o que é tido
como verdadeiro sobre a categoria das mulheres (Butler-Fraser, 2005).
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4.5 SIDA
A SIDA é um quadro clínico resultante da infeção pelo VIH, do qual se conhecem dois tipos: o
VIH 1 e o VIH 2 (AIDS Portugal, 2013).
Trata-se de uma doença que se transmite pelo sangue e pelo contacto sexual - pelo que
qualquer pessoa pode ser infetada -, em que o VIH invade as células do sangue responsáveis pela
defesa do organismo contra outras infeções e alguns tumores, comprometendo-a. Num doente
com as defesas muito diminuídas, mesmo uma simples infeção pode tornar-se fatal (AIDS
Portugal, 2013).
4.5.1 Sintomas
A infeção pelo VIH no início é pouco percetível porque os sintomas são ligeiros e
confundíveis com um quadro gripal ou de virose comum. Em cerca de 30% dos casos, ocorre,
nos 10 a 15 dias após a infeção, um período febril, curto, sem características especiais, como se
fosse uma gripe (Centers for Disease Control and Prevention, 2012).
Após a infeção, a SIDA tem um longo período de evolução silenciosa sem provocar a
mais pequena perturbação ou queixa. É o período durante o qual o vírus se instala, começa a
invadir e destruir os linfócitos (células responsáveis pelas nossas defesas) e a multiplicar-se.
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Durante essa fase, o organismo compensa essa perda de células aumentando a sua produção e
tentando eliminar o vírus. A sua duração é muito variável (em média de 8 a 10 anos) e depende
da intensidade e gravidade da infeção, da capacidade de defesa do organismo e da ocorrência de
outras doenças que reduzam a capacidade de defesa (Centers for Disease Control and Prevention,
2012).
Durante este período, o paciente é referido como sendo portador do vírus ou seropositivo,
uma vez que as análises realizadas nesta fase conseguem identificar sua a presença. Mesmo sem
sinais de doença, um portador do VIH pode infetar qualquer pessoa com quem tenha contacto
sexual.
No final desta longa fase silenciosa, as defesas do organismo entram em colapso e surgem
todas as complicações que definem a SIDA:
4.5.2 Causas
Para que o VIH se possa desenvolver e proliferar e, assim, causar doença, tem de ter
acesso à corrente sanguínea, uma vez que no exterior, fora das células, ele é rapidamente
destruído (Centers for Disease Control and Prevention, 2012).
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Gravidez. É possível a transmissão do vírus numa mulher grávida infetada aos seus
filhos. Um tratamento apropriado durante a gravidez reduz de forma muito significativa
esse risco. A contaminação no momento do parto ou durante a amamentação é muito
menos provável.
4.5.3 Diagnóstico
O diagnóstico é simples e baseia-se na análise da saliva ou sangue onde se podem
encontrar anticorpos conta o VIH.
De um modo geral, nas primeiras semanas após a infeção esses testes são ainda
negativos. Contudo, têm sido desenvolvidos novos testes que permitem um diagnóstico mais
rápido, logo nos primeiros dias após a infeção, o que é importante, pois a eficácia do tratamento
será tanto maior quanto mais precocemente a infeção for detetada (Centers for Disease Control
and Prevention, 2012).
4.5.4 Tratamento
Não existe ainda uma cura para a SIDA. Trata-se de um vírus com uma enorme
capacidade de multiplicação e que sofre inúmeras mutações que dificultam o tratamento porque,
com frequência, tornam o vírus resistente aos medicamentos em curso.
4.5.5 Prevenção
Não existe ainda nenhuma vacina eficaz contra este vírus. Na prevenção não devem ser
considerados grupos de risco, mas sim comportamentos de risco e, por isso, uma correta
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informação e o uso do bom senso permitem, em muitos casos, manter este vírus à distância
(Centers for Disease Control and Prevention, 2012).
Uso de preservativo
Evitar o contacto direto com sangue ou produtos seus derivados
Fazer o teste do VIH
4.7 A RELIGIÃO
A religião é um conjunto de símbolos e rituais que possuem significados amparados
pela crença de um grupo de fieis que se identificam com a organização religiosa (Giddens,
2005).
Precisamos antes entender que uma religião não está necessariamente ligada a uma
crença monoteísta, isto é, a crença na existência de uma única divindade suprema. Além disso,
uma religião não está necessariamente interligada a preceitos morais. A ideia de que os deuses
estão interessados em definir o modo de comportamento socialmente aceito não existe em várias
religiões (Giddens, 2005).
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Não devemos também apontar que uma religião está sempre fundamentada sobre um
mito de criação do mundo. Embora várias preocuparam-se em construir essa justificativa, não
são todas as que estão interessadas nesse aspecto (Giddens, 2005).
Por fim, não podemos definir uma religião apontando a busca pelo sobrenatural (deuses,
espíritos, fantasmas, demônios etc.) como uma das características-chave. Existem religiões que
se pautam na busca pela harmonia com o mundo e com a convivência imediata e que não estão
interessadas em entender o que está além dos nossos sentidos (Giddens, 2005).
4.8.2 Candomblé
O candomblé é uma religião afro-brasileira: surgiu no Brasil, mas tem raiz nas religiões
africanas. São cultuados orixás, voduns ou nkisis. Na África, cada nação tinha, como base, o
culto a um único orixá. No nosso País, os escravizados de diferentes origens acabaram
promovendo a junção dos cultos para que pudessem seguir praticando suas crenças (Berry,
1992).
4.8.3 Cristianismo
Esta é a maior religião do mundo, com mais de 2 bilhões e 100 milhões de seguidores.
Ela é respeitada na Europa, América do Norte, América do Sul, Oceania e partes da
África. Baseia-se nos ensinamentos de Jesus de Nazaré. Quem segue o cristianismo é chamado
de cristão. As maiores divisões do cristianismo são o catolicismo e o protestantismo, que inclui
as igrejas evangélicas. A doutrina espírita também é cristã (Berry, 1992).
O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia, que é dividida em Antigo Testamento (com a
história de antes de Jesus) e Novo Testamento (contém a história e os ensinamentos de Jesus e
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seus discípulos). Jesus, além do pilar do cristianismo, é um marco na história. Hoje em dia, nós
dividimos os anos em Antes de Cristo (a.C) e Depois de Cristo (d.C) (Berry, 1992).
4.8.4 Islamismo
É a segunda maior religião do planeta, com 1 bilhão e 200 milhões de seguidores. O
islamismo, também chamado de islã, foi fundado pelo profeta Maomé e se baseia nos seus
ensinamentos. Maomé viveu entre os séculos VI e VII (Berry, 1992).
O islamismo nasceu na região onde hoje é a Arábia Saudita e tem fiéis no Oriente Médio,
na Europa e também na América. O livro sagrado dessa religião é o Alcorão, que contém o
Antigo Testamento e também os escritos feitos por Maomé (Berry, 1992).
4.8.5 Judaísmo
O judaísmo tem cerca mais de 12 milhões de seguidores. Os judeus acreditam em um
Deus único e todo-poderoso, criador do céu, da terra e de todo o universo. O livro sagrado
seguido por eles é a Torá, que contém os ensinamentos e preceitos dessa religião (Berry, 1992).
4.9 Multiculturalismo
A diversidade de culturas no mundo é hoje uma realidade incontestável. Numa mesma
cidade podemos cruzar-nos com pessoas de várias nacionalidades, de diferentes religiões ou
diferentes ideologias, que falam outras línguas e que transportam consigo esquemas culturais
distintos, diferentes maneiras de vestir, hábitos, regras, etc. A mobilidade demográfica e os
fluxos migratórios sempre existiram, mas nunca com a intensidade em que ocorrem hoje.
Atualmente há cerca de 214 milhões de imigrantes internacionais, 15,4 milhões de pessoas que
procuram asilo, sendo que 1 em cada 33 pessoas vive fora do seu país de origem (Leong & Liu,
2013).
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Ao nível ideológico, o multiculturalismo é concetualizado entre a ética política e
religiosa, o que pode incluir obrigações no que respeita ao grau de tolerância e respeito mútuo,
assim como permitir aos grupos étnico-culturais manterem a sua herança cultural. É uma
ideologia referente à aceitação de diferentes culturas numa sociedade, assim como ao suporte
ativo dessas diferenças culturais pelos membros dos grupos maioritários e minoritários (Van de
Vijver, 2004).
O multiculturalismo pode também ser assumido como um conceito psicológico, i.e., uma
atitude relacionada com a ideologia política que se refere à aceitação e suporte para uma
composição culturalmente heterogénea da população de uma sociedade (Van de Vijver et al.,
2008). Na sua forma mais básica, o termo refere-se à presença de diversas culturas dentro de uma
instituição, organização ou Estado-Nação (Moraes, 1999).
O multiculturalismo não é, nem um constructo monolítico, nem uma função linear das
ideologias individuais - a influência do contacto intercultural numa sociedade plural raramente é
independente do seu ambiente sociopolítico embora algumas conjunturas sejam similares em
vários continentes. A noção de multiculturalismo depende, muitas vezes, do contexto social, bem
como do tipo de grupos étnico-culturais em estudo (e.g., nativos versus imigrantes). As normas
sociais bem como os valores que regulam o compromisso intercultural, estão nalgumas
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sociedades, em constante evolução, noutras vai-se procedendo à gestão da diversidade cultural
(Akay, 2014).
4.10.1 Pessoas
Os principais grupos étnicos em Moçambique são Makhuwa, Tsonga, Makonde,
Shangaan, Shona, Sena, Ndau e outros grupos indígenas. Existem aproximadamente 45.000
europeus e 15.000 sul-asiáticos. Os principais grupos religiosos em Moçambique são cristãos
(57%), muçulmanos (20%), indígenas africanos e outras crenças.
A saúde é uma preocupação crescente em Moçambique. Com recursos e fundos
limitados, as perspectivas de vida dos moçambicanos são relativamente baixas quando
comparadas com outras nações, e comparáveis quando comparadas com os estados vizinhos. A
taxa de mortalidade infantil para 2016 foi calculada em 67,9/1.000. A expectativa geral de vida é
de aproximadamente 55 anos (Rourke, 2003).
Força de Trabalho: Agricultura — 81%; indústria — 6%; serviços—13%
4.10.2 Línguas faladas
A língua oficial é o português, às vezes o inglês é falado nas principais cidades como
Maputo e Beira. De acordo com o censo de 2007, 50,4% da população nacional com 5 anos ou
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mais (80,8% das pessoas que vivem em áreas urbanas e 36,3% em áreas rurais) é fluente em
português, tornando-o a língua mais falada no país. As outras línguas faladas em Moçambique
incluem Emakhuwa (com 25,3%), Xichangana (com 10,3%), Cisena (com 7,5%), Elomwe (com
7%), Echuwabo (com 5,1%) e uma variedade de outras línguas (Rourke, 2003).
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5.0 CONCLUSÃO
Sendo assim pode se concluir que a cultura está sempre em transformação, motivada,
geralmente, pela troca entre diferentes povos. Aliás, impossível falar de cultura sem falar de
troca, aspecto que caracteriza as culturas ao redor do mundo.
Apos país conquistar a independência, em 1975, após quase quinze anos de guerra contra
os portugueses, os líderes moçambicanos buscaram eliminar a língua do colonizador, mas isso se
tornou impraticável ante à variedade de línguas presentes no país, que possuem importância
regional, mas não alcance nacional.
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6.0 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Akay, A., Constant, A., & Giulietti, C. (2014). The impact of immigration on the
wellbeing of natives. Journal of Economic Behavior & Organization, 103, 72–92.
2. AIDS Portugal, 2013
3. Berry. J., Poortinga. Y., Segall. M., & Dasen. P. (1992). Cross-cultural psychology:
Research and applications. New York: Cambridge University Press.
4. Butler-Fraser”. Revista Gênero, Nuteg, v. 4, n. 1. Disponível em: http://
www.portalfeminista.org.br/ artigo.phtml?obj_id=1390&ctx_cod=5.2. Acesso em: 21
abr. 2023.
5. Centers for Disease Control and Prevention, abril de 2012
6. CHAUÍ, Marilena. Cultura política e política cultural. São Paulo: Estudos Avançados 9
(23), 1995, p.71-84.
7. INEE. (2010). Minimum Standard for Education: Preparedness, Response, Recovery.
8. Giddens, Anthony – Sociologia – tradução, Sandra Regina – 4. ed, Porto Alegre: Artmed,
2005.
9. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 19 ed. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2006.
10. Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Revista Educação, 22(37), 7-32. Retrieved from
http://cliente.argo.com.br/~mgos/analise_de_conteudo_moraes.html
11. Rourke, K. & Sinnott, R. (2003). Migration Flows: Political Economy of Migration and
the Empirical Challenges. Trinity College Dublin Economic Papers, 20036, 1-37.
12. Van Oudenhoven, J., Ward, C., & Masgoret, A. (2006). Patterns of relations between
immigrants and host societies. International Journal of Intercultural Relations, 30(6), 637-
651.
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