Você está na página 1de 20

HEFSIBA – INSTITUTO SUPERIOR CRISTÃO

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ECONOMIA E GESTÃO

DISCIPLINA:

TEMA:

DISCENTE: DOCENTE:

Porfírio Mateus

ULÓNGUÈ, ABRIL DE 2023


Índice
1.0 INTRODUÇÃO.........................................................................................................................3
2.0 OBJECTIVOS...........................................................................................................................4
2.1 Geral.......................................................................................................................................4
2.2 Específicos:............................................................................................................................4
3.0 METODOLOGIA......................................................................................................................5
3.1 Materiais.................................................................................................................................5
3.2 Métodos..................................................................................................................................5
4.0 REVISÃO LITERÁRIA............................................................................................................6
4.1 CULTURA................................................................................................................................6
4.2 Tipos de Cultura........................................................................................................................7
4.2.1 Cultura popular...................................................................................................................7
4.2.2 Cultura erudita.....................................................................................................................7
4.3 Elementos da cultura..................................................................................................................7
4.4 “Mulheres” como sujeito do feminismo....................................................................................8
4.5 SIDA..........................................................................................................................................9
4.5.1 Sintomas..............................................................................................................................9
4.5.2 Causas...............................................................................................................................10
4.5.3 Diagnóstico.......................................................................................................................11
4.5.4 Tratamento........................................................................................................................11
4.5.5 Prevenção..........................................................................................................................12
4.6 JUVENTUDE E ADOLESCÊNCIA.......................................................................................12
4.7 A RELIGIÃO...........................................................................................................................12
4.8 Tipos de religiões.....................................................................................................................13
4.8.1 Budismo............................................................................................................................13
4.8.2 Candomblé........................................................................................................................13
4.8.3 Cristianismo......................................................................................................................13
4.8.4 Islamismo..........................................................................................................................14
4.8.5 Judaísmo............................................................................................................................14
4.9 Multiculturalismo....................................................................................................................14
4.10 Cultura de Moçambique........................................................................................................15
4.10.1 Pessoas............................................................................................................................16
4.10.2 Línguas faladas...............................................................................................................16
5.0 CONCLUSÃO.........................................................................................................................17
6.0 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................18
1.0 INTRODUÇÃO

Cultura (do latim cultura) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente,


especialmente na antropologia, a definição genérica formulada por Edward B. Tylor segundo a
qual cultura é "todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral,
a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro
de uma sociedade". A definição de Tylor tem sido problematizada e reformulada
constantemente, tornando a palavra "cultura" um conceito extremamente complexo e impossível
de ser fixado de modo único. Na Roma antiga, seu antepassado etimológico tinha o sentido de
"agricultura" (do latim culturae, que significa “ação de tratar”, “cultivar” e "cultivar
conhecimentos", o qual originou-se de outro termo latino, colere, que quer dizer “cultivar as
plantas”), significado que a palavra mantém ainda hoje em determinados contextos, como
empregado por Varrão, por exemplo.

A cultura é também comumente associada às formas de manifestação artística e/ou


técnica da humanidade, como a música erudita europeia (o termo alemão "Kultur" – "cultura" –
se aproxima mais desta definição). Definições de "cultura" foram realizadas por Ralph Linton,
Leslie White, Clifford Geertz, Franz Boas, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estudo
aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram, pelo menos, 167 definições
diferentes para o termo "cultura".

4
2.0 OBJECTIVOS
2.1 Geral
Fazer uma revisão literária acerca da cultura

2.2 Específicos:
Falar da cultura num ponto de vista amplo;
Descrever os elementos relacionados ao SIDA;
Esmiuçar detalhadamente no que concerne a cultura moçambicana.

5
3.0 METODOLOGIA
3.1 Materiais
Computador: para a compilação e organização do próprio trabalho;
Modem: suporte que facilitou o acesso a internet;
Manuais eletrônicos.

3.2 Métodos
Para a elaboração do trabalho, usamos literaturas de vários autores por meio de pesquisas via
internet e consultas de manuais para a aquisição de algumas referências bibliográficas.

6
4.0 REVISÃO LITERÁRIA

4.1 CULTURA
A cultura é compreendida como os comportamentos, tradições e conhecimentos de um
determinado grupo social, incluindo a língua, as comidas típicas, as religiões, música
local, artes, vestimenta, entre inúmeros outros aspectos (Chauí, 1995).

Para as ciências sociais (entre elas a sociologia e antropologia), cultura é uma rede de
compartilhamento de símbolos, significados e valores de um grupo ou sociedade. São formados
artificialmente pelo homem, ou seja, de uma maneira não natural.

A origem da palavra cultura vem do termo em latim colere, que significa cuidar, cultivar


e crescer. Por isso o termo também está associado a outras palavras, como a agricultura, que trata
do cultivo e crescimento das plantações (Chauí, 1995).

Os elementos que compõem uma cultura são compartilhados pelos membros da


sociedade, criando-se, assim, uma identidade cultural. A cultura brasileira, por exemplo, é
conhecida por sua grande mistura de povos, as grandes festas como o carnaval, a diversidade
musical e até mesmo pelo bom futebol (Chauí, 1995).

Mas é errado dizer que todos os brasileiros, assim como os cidadãos de outros países,
possuem o mesmo comportamento ou reproduzem a mesma cultura pelo qual o seu país é
conhecido. Isso porque cada estado ou pequena região possui sua cultura tipicamente local, com
diferentes comidas típicas, estilos musicais, comportamentos, dialetos, entre outros aspectos, que
criam a identidade de um determinado grupo social (Laraia, 2006).

A cultura é também um mecanismo cumulativo, porque as modificações trazidas por uma


geração passam à geração seguinte. Ela perde e incorpora outros aspectos, numa forma de
melhorar a vivência das novas gerações e acrescentar novos elementos (Laraia, 2006).

7
4.2 Tipos de Cultura
4.2.1 Cultura popular
A cultura popular é a base da cultura de qualquer povo e região. Uma característica
importante deste tipo de cultura é que ela começa de baixo para cima, ou seja, são as classes
populares quem determinam o que é essa cultura e como ela deve ser reproduzida (Laraia, 2006).

Na cultura popular, seus elementos, como as danças, estilo musical, costume, entre
outros, são transmitidos de geração para geração por um povo. Por exemplo, nas festas, podemos
identificar o Frevo, como pertencente ao estado de Pernambuco, e a Chula, do Rio Grande do
Sul, criados, consequentemente, pelo povo (Laraia, 2006).

4.2.2 Cultura erudita


A cultura erudita é aquela reproduzida pela classe média ou alta de um povo, como os
intelectuais e os artistas, sendo financiada pela elite econômica. É o tipo de cultura concentrada
no meio acadêmico. Um grande exemplo foi o movimento do Renascimento. Seus artistas,
principalmente os pintores, eram financiados para produzir artes que seriam apreciadas pela elite
social da época (INEE, 2010).

É importante saber que, mesmo sendo considerada uma cultura da elite, a cultura erudita
não será necessariamente produzida por estas pessoas, mas sim financiada por elas (INEE, 2010).

4.3 Elementos da cultura


A cultura é definida por elementos abstratos, ou seja, ideias, crenças, valores e símbolos,
e os elementos concretos, ou seja, objetos físicos que formam a sua estrutura (INEE, 2010).

Estes elementos estão associados às culturas material e imaterial da seguinte forma:

 Elementos da cultura imaterial: são todas as ideias e símbolos que compõem uma


cultura. Esses elementos estruturam uma cultura abstrata, ou seja, são os valores, as
crenças, os símbolos e a linguagem que compõe um grupo social.
 Elementos da cultura material: são todos os objetos físicos que compõe a cultura.
Diferente dos imateriais, os elementos materiais da cultura são constituídos por elementos
que pode ser tocados, como, por exemplo, as comidas típicas, roupas e monumentos.

8
4.4 “Mulheres” como sujeito do feminismo

Em sua essência, a teoria feminista tem presumido que existe uma identidade definida,
compreendida pela categoria de mulheres, que não só deflagra os interesses e objetivos
feministas no interior de seu próprio discurso, mas constitui o sujeito mesmo em nome de quem
a representação política é almejada. Mas política e representação são termos polêmicos. Por um
lado, a representação serve como termo operacional no seio de um processo político que busca
estender visibilidade e legitimidade às mulheres como sujeitos políticos; por outro lado, a
representação é a função normativa de uma linguagem que revelaria ou distorceria o que é tido
como verdadeiro sobre a categoria das mulheres (Butler-Fraser, 2005).

Para a teoria feminista, o desenvolvimento de uma linguagem capaz de representá-las


completa ou adequadamente pareceu necessário, a fim de promover a visibilidade política das
mulheres. Isso parecia obviamente importante, considerando a condição cultural difusa na qual a
vida das mulheres era mal representada ou simplesmente não representada (Butler-Fraser, 2005).

Recentemente, essa concepção dominante da relação entre teoria feminista e política


passou a ser questionada a partir do interior do discurso feminista. O próprio sujeito das
mulheres não é mais compreendido em termos estáveis ou permanentes. É significativa a
quantidade de material ensaístico que não só questiona a viabilidade do “sujeito” como candidato
último à representação, ou mesmo à libertação, como indica que é muito pequena, afinal, a
concordância quanto ao que constitui, ou deveria constituir, a categoria das mulheres (Butler-
Fraser, 2005).

Os domínios da “representação” política e linguística estabeleceram a priori o critério


segundo o qual os próprios sujeitos são formados, com o resultado de a representação só se
estender ao que pode ser reconhecido como sujeito. Em outras palavras, as qualificações do ser
sujeito têm que ser atendidas para que a representação possa ser expandida (Butler-Fraser, 2005).

9
4.5 SIDA
A SIDA é um quadro clínico resultante da infeção pelo VIH, do qual se conhecem dois tipos: o
VIH 1 e o VIH 2 (AIDS Portugal, 2013).

Trata-se de uma doença que se transmite pelo sangue e pelo contacto sexual - pelo que
qualquer pessoa pode ser infetada -, em que o VIH invade as células do sangue responsáveis pela
defesa do organismo contra outras infeções e alguns tumores, comprometendo-a. Num doente
com as defesas muito diminuídas, mesmo uma simples infeção pode tornar-se fatal (AIDS
Portugal, 2013).

Os primeiros casos de síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA) foram relatados


na década de 80 e, atualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que
existam cerca de 36,9 milhões de pessoas infetadas pelo Vírus da Imunodeficiência Humana
(VIH) (AIDS Portugal, 2013).

Relativamente ao panorama nacional “até final de 2017 foram diagnosticados,


cumulativamente, em Portugal, 57.913 casos de infeção por VIH, dos quais 22.102 atingiram
estádio de SIDA- Relatório Infeção VIH e SIDA da Unidade de Referência e Vigilância
Epidemiológica do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor
Ricardo Jorge, em colaboração com o Programa Nacional da Infeção VIH e SIDA da Direção-
Geral da Saúde (AIDS Portugal, 2013).

4.5.1 Sintomas
A infeção pelo VIH no início é pouco percetível porque os sintomas são ligeiros e
confundíveis com um quadro gripal ou de virose comum. Em cerca de 30% dos casos, ocorre,
nos 10 a 15 dias após a infeção, um período febril, curto, sem características especiais, como se
fosse uma gripe (Centers for Disease Control and Prevention, 2012). 

Após a infeção, a SIDA tem um longo período de evolução silenciosa sem provocar a
mais pequena perturbação ou queixa. É o período durante o qual o vírus se instala, começa a
invadir e destruir os linfócitos (células responsáveis pelas nossas defesas) e a multiplicar-se.

10
Durante essa fase, o organismo compensa essa perda de células aumentando a sua produção e
tentando eliminar o vírus. A sua duração é muito variável (em média de 8 a 10 anos) e depende
da intensidade e gravidade da infeção, da capacidade de defesa do organismo e da ocorrência de
outras doenças que reduzam a capacidade de defesa (Centers for Disease Control and Prevention,
2012).

Durante este período, o paciente é referido como sendo portador do vírus ou seropositivo,
uma vez que as análises realizadas nesta fase conseguem identificar sua a presença. Mesmo sem
sinais de doença, um portador do VIH pode infetar qualquer pessoa com quem tenha contacto
sexual.

No final desta longa fase silenciosa, as defesas do organismo entram em colapso e surgem
todas as complicações que definem a SIDA:

 Infeções por microrganismos comuns que aqui adquirem maior gravidade


 Infeções por agentes mais raros
 Alguns tipos de cancro que, em condições normais, não se conseguiriam desenvolver

4.5.2 Causas
Para que o VIH se possa desenvolver e proliferar e, assim, causar doença, tem de ter
acesso à corrente sanguínea, uma vez que no exterior, fora das células, ele é rapidamente
destruído (Centers for Disease Control and Prevention, 2012). 

As principais formas de transmissão deste vírus são as seguintes:

 Produtos e derivados do sangue. Esta via é, actualmente, muito rara porque todos os


dadores de sangue fazem testes laboratoriais para este vírus.
 Utilização de agulhas contaminadas. Este cenário é impossível em estabelecimentos de
saúde, onde todas as agulhas são descartáveis, mas pode ocorrer no contexto da
toxicodependência através da partilha de seringas e agulhas. Graças a diversas medidas
de informação, esta via de transmissão tem vindo a ser substancialmente reduzida.
 Contacto sexual. Qualquer relação sexual não protegida, heterossexual (a forma de
transmissão mais frequente em Portugal, que corresponde a cerca de 60% do caso) ou
homossexual, pode ser uma forma de transmissão deste vírus.

11
 Gravidez. É possível a transmissão do vírus numa mulher grávida infetada aos seus
filhos. Um tratamento apropriado durante a gravidez reduz de forma muito significativa
esse risco. A contaminação no momento do parto ou durante a amamentação é muito
menos provável.

4.5.3 Diagnóstico
O diagnóstico é simples e baseia-se na análise da saliva ou sangue onde se podem
encontrar anticorpos conta o VIH.

De um modo geral, nas primeiras semanas após a infeção esses testes são ainda
negativos. Contudo, têm sido desenvolvidos novos testes que permitem um diagnóstico mais
rápido, logo nos primeiros dias após a infeção, o que é importante, pois a eficácia do tratamento
será tanto maior quanto mais precocemente a infeção for detetada (Centers for Disease Control
and Prevention, 2012).

Além de permitirem confirmar a presença de infeção, os testes laboratoriais são


importantes na definição da evolução da SIDA e na seleção dos melhores medicamentos para a
tratar (Centers for Disease Control and Prevention, 2012). 

4.5.4 Tratamento
Não existe ainda uma cura para a SIDA. Trata-se de um vírus com uma enorme
capacidade de multiplicação e que sofre inúmeras mutações que dificultam o tratamento porque,
com frequência, tornam o vírus resistente aos medicamentos em curso.

O número de medicamentos disponíveis para controlar esta infeção é atualmente muito


significativo e, na maioria dos casos, é possível manter uma boa qualidade de vida durante muito
tempo (Centers for Disease Control and Prevention, 2012).

A eficácia do tratamento depende da precocidade do diagnóstico e de um controlo


médico regular que permita avaliar, a cada momento, a manutenção da resposta aos
medicamentos selecionados (Centers for Disease Control and Prevention, 2012).

4.5.5 Prevenção
Não existe ainda nenhuma vacina eficaz contra este vírus. Na prevenção não devem ser
considerados grupos de risco, mas sim comportamentos de risco e, por isso, uma correta

12
informação e o uso do bom senso permitem, em muitos casos, manter este vírus à distância
(Centers for Disease Control and Prevention, 2012). 

A prevenção inclui a adoção de medidas como:

 Uso de preservativo
 Evitar o contacto direto com sangue ou produtos seus derivados
 Fazer o teste do VIH

4.6 JUVENTUDE E ADOLESCÊNCIA

A juventude abrange pessoas entre os 15 e os 24 anos e os adolescentes são pessoas entre


os 10 e os 19 anos. Juntos, formam a maior categoria de jovens, com idade entre 10 e 24 anos. O
final da adolescência e o início da idade adulta variam. Dentro de um país ou de uma cultura
podem haver diferentes idades nas quais uma pessoa é considerada madura o suficiente para que
a sociedade lhe confie determinadas tarefas (INEE, 2010).

Em situações de emergência, as e os adolescentes têm necessidades diferentes das


crianças e das pessoas adultas mais jovens. Juventude refere-se a um período de progressão para
a responsabilidade independente. As definições variam de um contexto para outro, dependendo
de fatores socioculturais, institucionais, económicos e políticos (INEE, 2010).

4.7 A RELIGIÃO
A religião é um conjunto de símbolos e rituais que possuem significados amparados
pela crença de um grupo de fieis que se identificam com a organização religiosa (Giddens,
2005).

Precisamos antes entender que uma religião não está necessariamente ligada a uma
crença monoteísta, isto é, a crença na existência de uma única divindade suprema. Além disso,
uma religião não está necessariamente interligada a preceitos morais. A ideia de que os deuses
estão interessados em definir o modo de comportamento socialmente aceito não existe em várias
religiões (Giddens, 2005).

13
Não devemos também apontar que uma religião está sempre fundamentada sobre um
mito de criação do mundo. Embora várias preocuparam-se em construir essa justificativa, não
são todas as que estão interessadas nesse aspecto (Giddens, 2005).

Por fim, não podemos definir uma religião apontando a busca pelo sobrenatural (deuses,
espíritos, fantasmas, demônios etc.) como uma das características-chave. Existem religiões que
se pautam na busca pela harmonia com o mundo e com a convivência imediata e que não estão
interessadas em entender o que está além dos nossos sentidos (Giddens, 2005).

4.8 Tipos de religiões


4.8.1 Budismo
O budismo tem aproximadamente 500 milhões de seguidores pelo mundo e foi fundando
por Sidarta Gautama, no Nepal, há mais de 2500 anos. Os ensinamentos do budismo se baseiam
na vida e nas experiências dele (Berry, 1992).

4.8.2 Candomblé
O candomblé é uma religião afro-brasileira:  surgiu no Brasil, mas tem raiz nas religiões
africanas. São cultuados orixás, voduns ou nkisis. Na África, cada nação tinha, como base, o
culto a um único orixá. No nosso País, os escravizados de diferentes origens acabaram
promovendo a junção dos cultos para que pudessem seguir praticando suas crenças (Berry,
1992).

4.8.3 Cristianismo
Esta é a maior religião do mundo, com mais de 2 bilhões e 100 milhões de seguidores.
Ela é respeitada na Europa, América do Norte, América do Sul, Oceania e partes da
África. Baseia-se nos ensinamentos de Jesus de Nazaré. Quem segue o cristianismo é chamado
de cristão. As maiores divisões do cristianismo são o catolicismo e o protestantismo, que inclui
as igrejas evangélicas. A doutrina espírita também é cristã (Berry, 1992).

O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia, que é dividida em Antigo Testamento (com a
história de antes de Jesus) e Novo Testamento (contém a história e os ensinamentos de Jesus e

14
seus discípulos). Jesus, além do pilar do cristianismo, é um marco na história. Hoje em dia, nós
dividimos os anos em Antes de Cristo (a.C) e Depois de Cristo (d.C) (Berry, 1992).

4.8.4 Islamismo
É a segunda maior religião do planeta, com 1 bilhão e 200 milhões de seguidores. O
islamismo, também chamado de islã, foi fundado pelo profeta Maomé e se baseia nos seus
ensinamentos. Maomé viveu entre os séculos VI e VII (Berry, 1992).

O islamismo nasceu na região onde hoje é a Arábia Saudita e tem fiéis no Oriente Médio,
na Europa e também na América. O livro sagrado dessa religião é o Alcorão, que contém o
Antigo Testamento e também os escritos feitos por Maomé (Berry, 1992).

4.8.5 Judaísmo
O judaísmo tem cerca mais de 12 milhões de seguidores. Os judeus acreditam em um
Deus único e todo-poderoso, criador do céu, da terra e de todo o universo. O livro sagrado
seguido por eles é a Torá, que contém os ensinamentos e preceitos dessa religião (Berry, 1992).

4.9 Multiculturalismo
A diversidade de culturas no mundo é hoje uma realidade incontestável. Numa mesma
cidade podemos cruzar-nos com pessoas de várias nacionalidades, de diferentes religiões ou
diferentes ideologias, que falam outras línguas e que transportam consigo esquemas culturais
distintos, diferentes maneiras de vestir, hábitos, regras, etc. A mobilidade demográfica e os
fluxos migratórios sempre existiram, mas nunca com a intensidade em que ocorrem hoje.
Atualmente há cerca de 214 milhões de imigrantes internacionais, 15,4 milhões de pessoas que
procuram asilo, sendo que 1 em cada 33 pessoas vive fora do seu país de origem (Leong & Liu,
2013).

A um nível demográfico, uma sociedade multicultural é representada por diferentes


grupos étnico-culturais que vivem juntos num mesmo espaço geográfico. Ou seja, o
multiculturalismo refere-se a características demográficas, mais especificamente a uma
composição poli-étnica da sociedade (Van de Vijver, 2008).

15
Ao nível ideológico, o multiculturalismo é concetualizado entre a ética política e
religiosa, o que pode incluir obrigações no que respeita ao grau de tolerância e respeito mútuo,
assim como permitir aos grupos étnico-culturais manterem a sua herança cultural. É uma
ideologia referente à aceitação de diferentes culturas numa sociedade, assim como ao suporte
ativo dessas diferenças culturais pelos membros dos grupos maioritários e minoritários (Van de
Vijver, 2004).

Ao nível político, a legislação e a execução governamental são um exemplo de como a


diversidade é gerida politicamente, e dos tipos de intranquilidades que estas geram entre grupos.
A garantia de equidade no acesso aos recursos, a redução da discriminação e a remoção de
barreiras para um livre acesso à totalidade das atividades socioeconómicas constituem a "marca"
da política inclusiva. Ou seja, o multiculturalismo descreve uma política que valoriza e acolhe
uma sociedade culturalmente plural (Berry et al., 1977).

O multiculturalismo pode também ser assumido como um conceito psicológico, i.e., uma
atitude relacionada com a ideologia política que se refere à aceitação e suporte para uma
composição culturalmente heterogénea da população de uma sociedade (Van de Vijver et al.,
2008). Na sua forma mais básica, o termo refere-se à presença de diversas culturas dentro de uma
instituição, organização ou Estado-Nação (Moraes, 1999).

No entanto, estas definições de multiculturalismo devem ter em consideração como a


diversidade é assimilada, quer por indivíduos, quer por organizações. As políticas a nível
nacional oferecem uma perspetiva sobre o multiculturalismo, mas os fatores psicológicos
individuais e grupais, incluindo atitudes em relação à diversidade e a vontade em manter um
contacto intercultural são igualmente importantes. De um modo genérico, o multiculturalismo
pode ser visto como uma condição demográfica, como resultado do aumento da mobilidade
humana e do contacto intercultural (Moraes, 1999).

O multiculturalismo não é, nem um constructo monolítico, nem uma função linear das
ideologias individuais - a influência do contacto intercultural numa sociedade plural raramente é
independente do seu ambiente sociopolítico embora algumas conjunturas sejam similares em
vários continentes. A noção de multiculturalismo depende, muitas vezes, do contexto social, bem
como do tipo de grupos étnico-culturais em estudo (e.g., nativos versus imigrantes). As normas
sociais bem como os valores que regulam o compromisso intercultural, estão nalgumas

16
sociedades, em constante evolução, noutras vai-se procedendo à gestão da diversidade cultural
(Akay, 2014).

4.10 Cultura de Moçambique


A cultura de Moçambique é em grande parte derivada de sua história de domínio bantu,
suaíli e português, e se expandiu desde a independência em 1975. A maioria de seus habitantes
são negros africanos. Sua língua principal é o português. Sua religião mediana é o catolicismo
romano, mas apenas cerca de 40% dos habitantes são cristãos. Tem uma história rica nas áreas de
artes, culinária e entretenimento.
Moçambique sempre se afirmou como pólo cultural com intervenções marcantes, de nível
internacional, no campo da arquitectura, pintura, música, literatura e poesia. Nomes como
Malangatana, Mia Couto e José Craveirinha entre outros, já há muito ultrapassaram as fronteiras
Nacionais. Também na área do desporto se destacou em várias modalidades, designadamente no
atletismo com Lurdes Mutola. Importante também e representativo do espírito artístico e criativo
do povo moçambicano é o artesanato que se manifesta em várias áreas, destacando-se as
esculturas em pau-preto dos Macondes do Norte de Moçambique (Moraes, 1999).

4.10.1 Pessoas
Os principais grupos étnicos em Moçambique são Makhuwa, Tsonga, Makonde,
Shangaan, Shona, Sena, Ndau e outros grupos indígenas. Existem aproximadamente 45.000
europeus e 15.000 sul-asiáticos. Os principais grupos religiosos em Moçambique são cristãos
(57%), muçulmanos (20%), indígenas africanos e outras crenças.
A saúde é uma preocupação crescente em Moçambique. Com recursos e fundos
limitados, as perspectivas de vida dos moçambicanos são relativamente baixas quando
comparadas com outras nações, e comparáveis quando comparadas com os estados vizinhos. A
taxa de mortalidade infantil para 2016 foi calculada em 67,9/1.000. A expectativa geral de vida é
de aproximadamente 55 anos (Rourke, 2003).
Força de Trabalho: Agricultura — 81%; indústria — 6%; serviços—13%
4.10.2 Línguas faladas
A língua oficial é o português, às vezes o inglês é falado nas principais cidades como
Maputo e Beira. De acordo com o censo de 2007, 50,4% da população nacional com 5 anos ou

17
mais (80,8% das pessoas que vivem em áreas urbanas e 36,3% em áreas rurais) é fluente em
português, tornando-o a língua mais falada no país. As outras línguas faladas em Moçambique
incluem Emakhuwa (com 25,3%), Xichangana (com 10,3%), Cisena (com 7,5%), Elomwe (com
7%), Echuwabo (com 5,1%) e uma variedade de outras línguas (Rourke, 2003).

18
5.0 CONCLUSÃO
Sendo assim pode se concluir que a cultura está sempre em transformação, motivada,
geralmente, pela troca entre diferentes povos. Aliás, impossível falar de cultura sem falar de
troca, aspecto que caracteriza as culturas ao redor do mundo.

Apos país conquistar a independência, em 1975, após quase quinze anos de guerra contra
os portugueses, os líderes moçambicanos buscaram eliminar a língua do colonizador, mas isso se
tornou impraticável ante à variedade de línguas presentes no país, que possuem importância
regional, mas não alcance nacional.

19
6.0 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Akay, A., Constant, A., & Giulietti, C. (2014). The impact of immigration on the
wellbeing of natives. Journal of Economic Behavior & Organization, 103, 72–92.
2. AIDS Portugal, 2013

3. Berry. J., Poortinga. Y., Segall. M., & Dasen. P. (1992). Cross-cultural psychology:
Research and applications. New York: Cambridge University Press.
4. Butler-Fraser”. Revista Gênero, Nuteg, v. 4, n. 1. Disponível em: http://
www.portalfeminista.org.br/ artigo.phtml?obj_id=1390&ctx_cod=5.2. Acesso em: 21
abr. 2023.
5. Centers for Disease Control and Prevention, abril de 2012
6. CHAUÍ, Marilena. Cultura política e política cultural. São Paulo: Estudos Avançados 9
(23), 1995, p.71-84.
7. INEE. (2010). Minimum Standard for Education: Preparedness, Response, Recovery.
8. Giddens, Anthony – Sociologia – tradução, Sandra Regina – 4. ed, Porto Alegre: Artmed,
2005.
9. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 19 ed. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2006.

10. Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Revista Educação, 22(37), 7-32. Retrieved from
http://cliente.argo.com.br/~mgos/analise_de_conteudo_moraes.html
11. Rourke, K. & Sinnott, R. (2003). Migration Flows: Political Economy of Migration and
the Empirical Challenges. Trinity College Dublin Economic Papers, 20036, 1-37.
12. Van Oudenhoven, J., Ward, C., & Masgoret, A. (2006). Patterns of relations between
immigrants and host societies. International Journal of Intercultural Relations, 30(6), 637-
651.

20

Você também pode gostar