TEORIA

DO MITO
PROF. BRIAN KIBUUKA

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 A PRÉ-HISTÓRIA DO
MYTHOS E LÓGOS

EASTWAY UNIVERSITY
OF SOCIAL SCIENCES WWW.EUSS.EDU
DEFININDO

MITO
mito é
Narrativa acerca dos
deuses
história que acompanha
um ritual
Uma forma de pensar: a
modalidade mito-poética
do pensamento humano
REALIDADE
FILOSOFIA
CIÊNCIA
TEOLOGIA
MITOLOGIA
Apolo
Apolo do Ônfalo ou Apolo
Alexícaco (o que afasta o mal),
cópia romana de original do
século V a.C., Museus
Capitolinos
Representações
de
Apolo

APOLO
 Apolo e Hermes

Apolo e Heracles lutam

pelo tripode délfico. O deus
está coroado com uma
grinalda de louros. Um
veado está aos seus pés.

Museum Collection British Museum, London

Catalogue No. London 1842,0822.1
Beazley Archive No. -
Ware Attic Red Figure
Shape Krater, Calyx
Painter Attributed to Myson
Date 490 - 460 B.C.
Period Early Classical
 Apolo e Leto
Apolo resgata sua mãe do
gigante Tityus. O deus é
retratado como um jovem com
cabelos longos e não cortados,
coroado com uma coroa de
flores de laurel. Ele brande uma
espada em uma mão e segura
um arco e flechas na outra. O
gigante ergue-se diante dele
com um joelho levantado e com
uma mão levantada. A deusa
Leto levanta em um gesto de
modéstia feminina."Tityos uma
vez assaltou uma amante do
próprio Zeus, a famoso Leto,
enquanto caminhava para Pytho
através dos adoráveis espaços
de Panopeus". - Homero,
Odisseia 11.580
Museum Collection Staatliche Antikensammlungen,
Munich / Catalogue No. Munich 2689
Beazley Archive No. 211566
Ware Attic Red Figure
Shape Kylix / Painter Attributed to the Penthesilea
Painter / Date ca. 455 B.C.
Period Early Classical
 Apolo asseteador
Lado A: Apollo e
Artemis matam os
filhos e filhas da
preciosa rainha Niobe
com suas flechas. O
deus usa uma coroa de
flores de laurel e a
deusa um lenço
(sakkos). Ambos os
arcos de desenho têm
tremores em seus
ombros.

Museum Collection Musée du Louvre, Paris

Catalogue No. Paris G341
Beazley Archive No. 206954
Ware Attic Red Figure
Shape Krater, Calyx
Painter Name vase of the Niobid Painter
Date ca. 475 - 425 B.C.
Period Early Classical
 Apolo e a lira

Apolo monta um
tripé alado pelo
mar. Ele toca uma
lira, e tem um arco.
Golfinhos saltam
no mar abaixo dele.
O tripé pode
representar o orbe
do sol.
Museum Collection Gregorian Etruscan
Museum, Vatican City
Catalogue No. Vatican 16568
Beazley Archive No. 201984
Ware Attic Red Figure
Shape Hydria
Painter Attributed to the Berlin Painter
Date -
Period Classical
 Apolo e a música

Cena do antigo vaso

grego com ninfas
tocando lira e flauta
diante de Apolo

France, Paris, Collection de vases grecs de

Ms le Comte de Lamberg, Paris
 DE HOMERO
A
PLATÃO

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OF SOCIAL SCIENCES WWW.EUSS.EDU
 Mito
ANTIGUIDADE
DE HOMERO A AGOSTINHO
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Origens
Religiosas
da Interpretação do Mito
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Ζηνὶ δ᾽ ἄρ᾽ Ἀτλαντὶς Μαίη τέκε κύδιμον Ἑρμῆν,

κήρυκ᾽ ἀθανάτων, ἱερὸν λέχος εἰσαναβᾶσα.
Com Zeus, Maia, [filha] de Atlas, gerou o
renomado Hermes
arauto dos imortais, depois de subir ao leito
sagrado
(HESÍODO, Teogonia 938-939)

da Hermenêutica
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Ἑρμογένης
ἀλλὰ ποιήσω ταῦτα, ἔτι γε ἓν ἐρόμενός σε περὶ Ἑρμοῦ, ἐπειδή με καὶ οὔ
φησιν Κρατύλος Ἑρμογένη εἶναι. Πειρώμεθα οὖν τὸν ‘Ἑρμῆν’ σκέψασθαι τί
καὶ νοεῖ τὸ ὄνομα, ἵνα καὶ εἰδῶμεν εἰ τὶ ὅδε λέγει.
Σωκράτης
ἀλλὰ μὴν τοῦτό γε ἔοικε περὶ λόγον τι εἶναι ὁ ‘Ἑρμῆς,’ καὶ τὸ ἑρμηνέα εἶναι καὶ
τὸ ἄγγελον...

Hermógenes
Mas eu faço isso, ainda, perguntando-te acerca de Hermes, já que
Crátilo diz que não sou Hermógenes. Tentemos em efeito examinar o
que é Hermes e pense o nome, para que vejamos se diz algo.
Sócrates
Mas quanto a isso, é provável que Hermes seja algo acerca do
da Hermenêutica
discurso, seja intérprete [hermeneuta] e mensageiro...
(PLATÃO, Crátilo 407e)
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Hermes também, mas de uma outra maneira,

está ligado ao habitat dos homens e de
modo mais geral à extensão terrestre. Ao
contrário dos deuses longínquos, que
residem em um além, Hermes é um deus
próximo que frequenta esse mundo.
Vivendo em meio aos mortais, em
familiaridade com eles...
VERNANT, Jean-Pierre, Mito e Pensamento
entre os Gregos, São Paulo: Paz e Terra,
1990, p. 191.
CRÍTICA 
À TEOLOGIA
HOMÉRICA E
HESIÓDICA 
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Há, portanto, algo de divino no mundo e algo de

mundano nas divindades. Assim, o culto não pode
visar a um ser radicalmente extramundano, cuja
forma de existência não tenha relação com nada
que seja de ordem natural, no universo físico, na
vida humana, na existência social. Ao contrário, o
culto pode dirigir-se a certos astros como a Lua, à
aurora, à luz do Sol, à noite, a uma fonte, um rio,
uma árvore, ao cume de uma montanha e
igualmente a um sentimento, uma paixão (Aidós,
Éros), uma noção moral ou social (Díke, Eunomía).
VERNANT, Jean-Pierre, Mito e Religião na Grécia
Antiga, São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 5.
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πάντα θεοῖσ' ἀνέθηκαν Ὅμηρος θ' “Ἡσίοδος τε,

ὅσσα παρ' ἀνθρώποισιν ὀνείδεα καὶ ψόγος ἐστιν,
κλέπτειν μοιχεύειν τε καὶ ἀλλήλους ἀπατεύειν
tudo aos deuses atribuíram Homero e Hesíodo
o quanto junto aos homens é repulsivo
e censurável
roubar, adulterar e fraudar uns aos outros
(XENÓFANES, fragmento DK 21 B 11
[em SEXTUS EMPIRICUS, Adversus
Mathematicos 9.193])
SURGIMENTO
D A A L E G O R I A

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Teagnes de Regium (DK 8 A 2)

 
Teagnes atribuiu aos textos
homéricos “significados mais
profundos” (ὑπόνοιαι [hypónoiai])
além dos sentidos literais
 ὁ ἄναξ οὗ τὸ µαντεῖόν
Alegoria ἐστι τὸ ἐν ∆ελφοῖς, οὔτε
λέγει οὔτε κρύπτει ἀλλὰ
σηµαίνει.
o senhor cujo oráculo

CONTORNAR está em Delfos nem

fala, nem esconde,
mas
A indica.
CRÍTICA (HERÁCLITO, DK 22 B
93 [em: PLUTARCO,
Sobre os oráculos da
Pítia]).
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Ξένος
τί οὖν; εἰς ταὐτὸν μείξομεν βασιλικὴν
ἑρμηνευτικῇ...;

Estrangeiro
Então? Por isso nós confundimos
rei com intérprete...?
(PLATÃO, Político 260d11)
 οὐ μὴν οὐδὲ μαντική γε οὐδ᾽
Alegoria ἑρμηνευτικὴ τὸ παράπαν: τὸ
λεγόμενον γὰρ οἶδεν μόνον,
εἰ δ᾽ἀληθές, οὐκ ἔμαθεν.
ὅτε δὴ τὴν τῶν ἀναγκαίων
ὁρῶμεν κτῆσιν διὰ τέχνης
μὲν...

CONTORNAR nem vaticínio nem

interpretação diante de
todas as coisas: pois o
A intérprete sabe apenas,
porém na verdade, não
CRÍTICA aprendeu.
Por que nós vimos que as
coisas úteis se adquirem
através da técnica...
(PLATÃO, Epinomis 975c6)
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Indícios Antigos
De Rejeição à Alegoria
 ὁ γὰρ νέος οὐχ οἷός τε
κρίνειν ὅτι τε ὑπόνοια καὶ Significado
ὃ μή, ἀλλ᾽ ἃ ἂν secreto
τηλικοῦτος ὢν λάβῃ ἐν
ταῖς δόξαις δυσέκνιπτά

Pois não há jovem

REJEIÇÃO
para julgar assim que PLATÔNICA
haja um significado
secreto ou não, mas o
que puder receber em
tal idade das opiniões
é difícil de apagar

(PLATÃO, Republica
2.378d3–8)
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PARA ALÉM

da alegoria
ARISTÓTELES
 Retórica: livro três, capítulo dois
“ser sábia” [σοφὴ εἶναι (saphḕ eînai)]
principal virtude da λέξις [léxis – fala, discurso]
início do capítulo 22 da Poética
componente moral
(αἰσχρολογία [aischrologia])  versus “insinuação”
Ética a Nicômaco 1128a20-25

MORAL
E LINGUÍSTICA
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