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Redação

Resumo’

Assuntos:
Interpretação e Compreensão de texto
Livro 6
Haicai / Coesão / Texto narrativo: Miniconto
Livro 7
Texto argumentativo: artigo de opinião -
Discurso de ódio-Posts de redes sociais-Debate
Pontuação reticencias, aspas e parentes
Ortografia: contudo / com tudo conquanto / com quanto através de / por
meio de Relatório

Haicai

Esse tipo de poema não é extenso, mas, pode transmitir ideias


com sentidos muito bem elaborados.
As figuras de linguagem são um recurso amplamente empregado.
O haicai é um texto de origem japonesa.
No Brasil, essa forma de poema começou a ser divulgada no
século XX, sendo representada por Monteiro Lobato e Afrânio
Peixoto. Entre os poetas brasileiros que mais se destacaram pela
produção de haicais, podem ser citados Guilherme de Almeida,
Paulo Leminski e Millôr Fernandes.
As principais características do haicai clássico são:
• composição constituída de 17 sílabas poéticas, divididas em três
versos de cinco, sete e cinco sílabas;
• divisão em duas metades, geralmente representadas pela
justaposição de duas ideias, que, via de regra, distribuem-se em
duas frases ao longo dos três versos;
• referência à natureza ou às estações do ano;
• apresentação de um evento particular que ocorre no presente.
As produções modernas de haicai, especialmente as que são feitas
no Brasil, não seguem todas essas regras, sendo mais flexíveis do
que as criações realizadas no Japão. Tanto a estrutura silábica
quanto a distribuição vocálica são diferentes nas línguas japonesa
e portuguesa.

No Brasil, as estações do ano não são muito bem definidas, no


entanto há algumas características universalmente atribuídas a
cada estação.
• Primavera: reflorescimento da flora; infância; ar.
• Verão: calor; adolescência; fogo.
• Outono: queda das folhas de árvores; maturidade; terra.
• Inverno: frio; velhice; água.

Os haicais não fornecem explicações ao que expõem, sendo textos


mais sugestivos, com o estímulo de impressões sensoriais (visão,
audição, olfato, paladar e tato). Assim, eles mostram a percepção
instantânea do indivíduo em relação à natureza, sem a
preocupação de despertar algum tipo de sentimentalismo.
O humor também é característica marcante dos haicais.

Estrutura e características do Haicai


O tradicional haicai japonês possui uma estrutura específica, uma
forma fixa composta de três versos (terceto) formados por 17
sílabas poéticas, ou seja:

Primeiro verso: apresenta 5 sílabas poéticas (pentassílabo)


Segundo verso: apresenta 7 sílabas poéticas (heptassílabo)
Terceiro verso: apresenta 5 sílabas poéticas (pentassílabo)

A contagem de sílabas poéticas difere da separação gramatical.

Coesão II

É um conectivo que liga palavras.

Coesão referencial
Estabelecem-se vínculos entre os elementos do texto, fazendo
referência a eles, seja retomando o que foi dito (anáfora), seja
anunciando algo que será dito (catáfora). A produção desse tipo
de coesão se dá pela substituição pronominal.

• Repetição da mesma palavra: nem sempre a repetição de uma


palavra é prejudicial à fluidez do texto. Algumas vezes ela pode
ser necessária para garantir a clareza textual, evitando, por
exemplo, a ambiguidade.
Ex: Júlia escolheu o sorvete em vez do bolo de chocolate. O bolo
tinha uma aparência estranha e era mais caro.

• Elipse: omissão de um termo, cujo referente é possível


determinar-se pelo contexto.
Ex: Os pais gostam de filmes de comédia; o filho –gosta- , de
filmes de ação.

• Substituição lexical: uso de palavras do mesmo campo


semântico, como sinônimos ou quase sinônimos, para evitar a
repetição dos mesmos termos.
Ex: O Brasil é o único país da América do Sul que fala a língua
portuguesa. Apesar disso, o idioma tem grande peso na região em
virtude do protagonismo geopolítico do país.

• Nominalização: substituição de uma forma verbal por uma


nominal.
Ex: Os brasileiros ajudaram os refugiados a estabelecer-se na
cidade. A ajuda consistiu em oferecer-lhes aulas de português e
capacitação profissional.

• Epíteto: palavra ou expressão que qualifica pessoa ou coisa.


Ex: O haicai tem como poeta mais expressivo o escritor Matsuo
Bashô, que nasceu no Japão, a terra do sol nascente.

• Numeral: também podem retomar um termo.


Ex: Ainda não sabemos se todos os alunos irão ao passeio. Um
terço ainda não respondeu.

• Termo síntese: palavra ou expressão que resume o que foi


expresso anteriormente.
Ex: Havia buracos na telha, tintura da parede descascada, fiação
elétrica velha.
• Advérbios pronominais: advérbios que indicam lugar, como
“aqui”,
“aí”, “lá”.
Ex: Viajamos para o Sul do país nas férias. Fez muito frio lá.

• Repetição de parte de nome próprio:


Ex: João Guimarães Rosa é o autor de Grande sertão: veredas.
Parte da terceira geração do movimento modernista, Guimarães
destaca-se pelo seu trabalho peculiar com a linguagem.

Miniconto

O miniconto é um tipo de texto muito curto, como o haicai,


diferenciando-se deste por ser um gênero eminentemente
prosaico.
Como um texto do tipo narrativo, o miniconto expõe algum fato
ou acontecimento, mas de modo minimalista. O conto tradicional
já é considerado um gênero breve, mas o miniconto é ainda
menor. Não há um tamanho exato a ser seguido ao se produzir um
miniconto, que pode ter de uma frase a uma página inteira.

Produção de miniconto

Como todo conto, o miniconto narra uma história. Ele deve


apresentar elementos da narrativa, ainda que alguns deles estejam
implícitos. Relembre os cinco principais elementos da narrativa:
• enredo: assunto da história, que deve ser desenvolvida por meio
de ações;
• narrador: voz do texto, que pode ser em primeira ou em terceira
pessoa;
• personagem: quem faz parte da história contada;
• tempo: quando ocorre a história;
• espaço: onde a história acontece.

Discurso de Ódio

Em vez de tentar compreender o outro, muitas vezes alguns


indivíduos comportam-se com intolerância, característica em que
não se aceita a existência do que é diferente. Isso pode ser
manifestado de modo extremo por meio de discursos de ódio.

Esse tipo de discurso constitui-se em manifestações que incitam a


discriminação e/ou a violência contra pessoas ou grupos sociais,
fundamentadas em diferenças de raça, gênero, etnia,
nacionalidade, orientação sexual, crença religiosa etc. Esses
grupos, em geral, são historicamente vulneráveis, ou seja,
encontram-se em uma posição não dominante no Estado. Pois
possuem características religiosas, étnicas e/ou linguísticas
próprias. Que os diferenciam da maioria da população.

É comum que o discurso de ódio seja justificado em favor da


liberdade de expressão, que, como um direito fundamental, é
garantido pela Constituição brasileira. Porém, não se permite que
ele seja usado para violar outros direitos garantidos por lei, como
a dignidade humana. Portanto, todos são livres para expressar
suas ideias, convicções e seus pensamentos, desde que não
ofendam os outros ou impeçam a existência deles.

Posts de Redes Sociais


Atualmente, muito do que fazemos pode ser encontrado na
internet por meio de publicações em redes sociais. Além de
algumas vezes expor a vida particular das pessoas, podendo
revelar onde estamos, o que fazemos ou do que gostamos, alguns
posts de redes sociais também se constituem em textos opinativos,
pois podem mostrar o que pensamos a respeito de diversos
assuntos, tais como esporte, cultura, política, economia etc.

Dessa maneira, podemos perceber que a intenção de um post é


tornar o texto público, gerando uma reação nas pessoas, objetivo
de seu autor. A abrangência da receptividade do texto pode variar
dependendo de quem é o autor da publicação.

Embora compartilhar não signifique necessariamente aprovar o


conteúdo do post, essa atitude demonstra que algum sentimento
foi despertado por ele - seja positivo ou negativo-, o qual motivou
o interesse de fazer seu conteúdo repercutir.

Além de ampliar o alcance do público, o compartilhamento de um


post pode gerar um novo post de autoria diferente do original -
considerado um tipo misto, uma vez que seu autor reproduz o
outro post, quase como uma citação, para comentá-lo: pode ser
uma crítica, um elogio etc.

Debate

O debate permite a construção coletiva do conhecimento, no


debate pode-se tanto aprofundar discussões sobre temas
polêmicos como também chegar a tomadas de decisão e a
resoluções de problemas. Geralmente, questões polêmicas que
envolvem o interesse público costumam gerar amplo debate na
sociedade, sendo discutidas em situações formais, como nas
assembleias legislativas, mas também nas informais, como em
programas televisivos ou em redes sociais.
Para a análise de um debate, é importante, primeiramente,
identificar seu tema. Quando se aborda um tema polêmico, é
comum que haja um lado favorável a ele e outro contra. Os
debatedores são aqueles que assumem um dos lados e devem
mobilizar argumentos para defender seu posicionamento. Eles
precisam tentar convencer tanto o lado oposto da questão, quanto
outros interlocutores que possam ter interesse nela. Assim, para
compreender o debate, deve-se analisar o que cada lado defende e
em quais argumentos se baseia.

Pontuação

Eles tornam mais clara a mensagem que se deseja transmitir,


contribuindo para a coesão e a coerência do texto. Além disso,
eles aproximam a linguagem escrita da oral, ao indicar a pausa e a
entoação que ocorre na situação de fala.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois
pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?),
as reticências (...), as aspas (“ ”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão
(—).

Reticências (…)
 Para indicar interrupção ou suspensão de ideia ou de
pensamento.
Ex: Tinha pensado em ir… Será que o tempo melhorará… Vou
levar capa de chuva.
 Para indicar sensações ou sentimentos que são externados na
oralidade, como hesitação, surpresa, ironia, dúvida, suspense,
tristeza etc.
Ex: Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada
demais.
 Para indicar uma ação não acabada.
Ex: Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada
demais.

 Para indicar que uma ideia não foi completada, cabendo ao


leitor imaginar uma situação para completá-la.
Ex: Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada
demais.

 Para indicar, em diálogos, a interferência da fala de outra


personagem.
Ex: — Eu disse para ele que se…
— Você o perdoou?
 Para realçar palavra ou expressão. As reticências são colocadas
antes do termo que se deseja dar ênfase.
Ex: Adivinha o que ganhei… uma viagem!

* Quando as reticências aparecem antecedidas de ponto de


interrogação (ou um ponto de interrogação com um de
exclamação), há indicação de dúvida.
Ex: — Então?…O que faremos agora?…

Aspas (“)
 Para indicar uma citação, com as aspas colocadas no início e no
final dela.
Ex: O autor José de Alencar descreveu Iracema como “a
virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que
a asa da graúna […]”.

 Para destacar palavras que não fazem parte da norma-padrão da


língua portuguesa, como estrangeirismos, gírias, neologismos
etc.
Ex: Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.
 Para dar ênfase a alguma palavra ou expressão.
Ex: O “não” do pai deixou o filho quieto.

 Para indicar ironia.


Ex: O restaurante era “tão bom” que eu não volto lá nem por
emergência.

 Para indicar título de obras literárias ou artísticas.


Ex: Lemos o conto “A cartomante”, de Machado de Assis, na
aula de ontem.

Parênteses ( )
Para intercalar informações acessórias no texto, como:

 Explicações;
 Comentários ou reflexões;
 Datas;
 Referências bibliográficas.

Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou
discurso e indicar o final de um período, e é usado em
abreviações.
Ex: Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos.
Depois, saí para trabalhar e resolvi ligar e pedir perdão.

Vírgula (,)
Ela é utilizada para marcar uma pausa do enunciado e tem a
finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar
de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma
unidade sintática. Por outro lado, quando há uma relação sintática
entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de
vírgula. Serve para separar termos com a mesma função sintática,
bem como para separar o aposto e o vocativo.
Ex: Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.
O tempo, meus amigos, é o que nos confortará.
Ponto e Vírgula (;)
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma
mesma frase e para separar uma relação de elementos.
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora
representa uma pausa mais longa que a vírgula e ora mais breve
que o ponto.
Ex: Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões,
que não lucram, reclamam igualmente.
Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.

Dois Pontos (:)


Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para
introduzir uma fala ou para iniciar uma enumeração.
Ex: Na matemática, as quatro operações essenciais são: adição,
subtração, multiplicação e divisão.
Ponto de Exclamação (!)
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é
colocado em frases que denotam sentimentos como surpresa,
desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.
Ex: Que horror! Ganhei! Quieto!

Ponto de Interrogação (?)


O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar.
Utiliza-se no final das frases diretas ou indiretas-livre.
* Às vezes, aparece com o ponto de exclamação para enfatizar o
enunciado:
Ex: Entendeu?
Não brinca, é sério?!

Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os
diálogos do texto bem como para substituir os parênteses ou dupla
vírgula.
Ex: Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?
Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse
assim.

Ortografia: contudo/com tudo; conquanto/com


quanto; através de/por meio de

Contudo × com tudo


Contudo
É uma conjunção coordenada que liga duas orações,
estabelecendo uma relação de oposição.
Esse termo funciona como uma conjunção coordenativa
adversativa e, portanto, poderia ser substituído por, “porém”,
“mas”, “todavia” etc., sem que houvesse mudança de sentido.
Ex: Gostaria de ir ao show, contudo não há mais ingressos para
comprar.

Com tudo
É uma expressão formada por dois termos: a preposição “com” e
o pronome indefinido “tudo”. Ela indica quantidade, apresentando
a ideia de “com todas as coisas”.
Ex: Planejei uma viagem com tudo o que desejava.

Conquanto × com quanto

Conquanto
Expressa ideia de concessão, isto é, uma ideia contrária à oração
principal se concretiza, sem que isso seja um impedimento à
realização de algo.
Ela pode ser substituída por “embora”, “ainda que”, “apesar de
que” etc.
Ex: Conquanto triste, não chorou uma única lágrima.

Com quanto
Ela indica quantidade, sendo empregada, principalmente, em frase
interrogativa.
Ex: Com quanto dinheiro ficou no final do mês?
* pode variar em relação ao pronome “quanto” em gênero e
número.
Ex: Você irá viajar com quantas malas?
Através de × por meio de

Através de
Tem relação com o movimento físico de “atravessar”,
“transpassar”. Pode ter como sinônimos as expressões “de um
lado para outro lado de”, “por dentro de”, “pelo interior de”, “por
entre”, “no decorrer de”.
Ex: Viu uma nuvem escura através da janela de seu quarto.

Por meio de
Exprime ideia de meio ou de instrumento. Ela equivale a “por
intermédio de”, “mediante”, “por”.
Ex: Comprei o livro por meio do site da loja.

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