1) O documento discute a literatura colonial versus a literatura nacional;
2) A literatura colonial é resultado da colonização e do colonialismo, enquanto a literatura nacional busca a identidade cultural de uma nação independente;
3) Cinco momentos definidos da literatura africana de expressão portuguesa são descritos, desde o século XI até o período Barroco.
Descrição original:
Título original
1º FÓRUM DE DEBATE DE LALP 2º SEMESTRE 3º ANO 2023 UCM
1) O documento discute a literatura colonial versus a literatura nacional;
2) A literatura colonial é resultado da colonização e do colonialismo, enquanto a literatura nacional busca a identidade cultural de uma nação independente;
3) Cinco momentos definidos da literatura africana de expressão portuguesa são descritos, desde o século XI até o período Barroco.
1) O documento discute a literatura colonial versus a literatura nacional;
2) A literatura colonial é resultado da colonização e do colonialismo, enquanto a literatura nacional busca a identidade cultural de uma nação independente;
3) Cinco momentos definidos da literatura africana de expressão portuguesa são descritos, desde o século XI até o período Barroco.
Sou Maria Filipe Alberto, Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa, 3º Ano.
Pormenorizadamente comento a par do tema em destaque: literatura colonial vs
literatura nacional A literatura Africana de expressão portuguêsa , nasce de uma situação histórica originada no século XV , época em que os portugueses ( cronistas , poetas , historiadores , escritores de viagem , homens de ciências e das grandes literaturas europeias ) iniciaram a rota de África , continuando depois da Ásia , Oceânia e América . A literatura colonial se baseia em um processo histórico (a colonização) e um sistema (o colonialismo). É inevitável que a literatura colonial seja o resultado direto ou colateral de um fenômeno que tem motivos fundamentais de natureza psicológica, social, cultural, ideológica, estética, ética, economia, religião e política. Falar hoje em literatura colonial constitui, sem sombra de dúvida, um em- preendimento verdadeiramente delicado com o seu quid de temerário. Isto, pelas razões que seguidamente se apresentam: Primeiro, porque há um enorme e generalizado desconhecimento do que seja a literatura colonial, daí verificarem-se reacções de natural estranhamento com indisfarçados sinais de incompreensão. Segundo, mesmo para os que aparentemente manifestam algum conheci- mento sobre a literatura colonial, rapidamente se verifica que assentam em bases precárias e que os levam erroneamente a identificar essa literatura com toda a literatura que se fazia nas antigas colónias. Terceiro, porque o termo “colonial” desperta alguns fantasmas que têm a ver com sentimentos de culpa, ressentimentos e mágoas ainda latentes. Quarto, porque para muitos, com esta pesquisa corre-se o perigo de desen- terrar questões que não são muito benvindas pela incomodidade que provocam na actual conjuntura em que os discursos, oficiais ou não, são dominados pelo império terminológico da globalização, cooperação, solidariedade, parceria, inter- câmbio, encontro de culturas, etc. Pensar a literatura colonial, implica ter como pano de fundo um processo histórico (a colonização) e um sistema (o colonialismo). Inevitavelmente, a literatura colonial acaba por ser ou co-actuante ou consequência de um fenómeno que tem subjacentes motivos de ordem psicológica, social, cultural, ideológica, estética, ética, económica, religiosa e política. Como é sabido há todo um conjunto de factores de ordem política, económica e social que acaba por ser determinante para o relançamento da ocupação colonial em África no século XIX, em que as potências europeias adoptam uma nova fórmula “oposta às operações de conquista e de prestígio da colonização tradicional” (Brunschwig 1971: 24).
A razão de ser da literatura colonial
Pensar a literatura colonial, implica ter como pano de fundo um processo histórico (a colonização) e um sistema (o colonialismo). Inevitavelmente, a literatura colonial acaba por ser ou co-actuante ou consequência de um fenómeno que tem subjacentes motivos de ordem psicológica, social, cultural, ideológica, estética, ética, económica, religiosa e política. Assim, partindo de Santos Abranches, verificamos que este procura definir a literatura colonial: Antes de mais nada, entenda-se que, por “literatura colonial’’, nos referimos à que pretende contar as reacções do branco perante o meio-ambiente do negro, isto é: a toda essa espécie de descrição mais ou menos ficcionista que nos introduz perante as pessoas imaginariamente vindas de ambientes culturais desenvolvidos, civilizados, para meios-am- bientes primitivos». (Abranches 1947: 3)
Este autor conclui que a literatura colonial “é a expressão de uma prática e de um
pensamento que assentam no pressuposto da superioridade cultural e civilizacional do colonizador” (Ferreira 1989: 250). Para Salvato Trigo, a literatura colonial caracteriza-se justamente pelo facto de os seus cultores não abdi- carem da sua identidade, das referências culturais e civilizacionais dos seus países, embora tentem mostrar-se integrados no meio e na sociedade nova de que fazem parte. (Trigo 1987: 144-145)
Isto é, a literatura colonial pretende ser, fundamentalmente, um hino de louvor à
civilização colonizadora, à metrópole e à nação do colono, cujos actos de heroicidade e de aventureirismo, de humanidade e de estoicismo são, quase sempre, enquadrados por uma visão maniqueísta da vida e do mundo envolvente. (p. 145)
Os percursos da literatura colonial
Como é sabido há todo um conjunto de factores de ordem política, económica e social que acaba por ser determinante para o relançamento da ocupação colonial em África no século XIX, em que as potências europeias adoptam uma nova fórmula “oposta às operações de conquista e de prestígio da colonização tradicio- nal” (Brunschwig 1971: 24). Portanto, decorrência da situação colonial e do relançamento do movimento ocupacionista catalisado, por um lado, pela Conferência de Berlim (1885), e pelo movimento do Estado Novo (1926) , em Portugal, a literatura colonial pode ser vista, em certos momentos, e devido a formas inequivocamente rudimentares, como expressão quase transparente de motivações políticas e ideológicas. A linha divisória que separa a literatura portuguesa e africana em nossa língua é bastante clara por sua busca de uma identidade nacional no contexto da luta contra o colonialismo: pensar na identidade cultural do país não como uma colônia, mas como uma nação independente com autonomia econômica, cultural e religiosa. A literatura moçambicana se concentrou na própria história e nos fatos da luta armada e da revolução entre 1964 e 1975, ano em que Moçambique obteve sua independência política. Um exemplo disso é o Chigubo, publicado por Craveirinha em 1964, cujo significado no dialeto local é "grito de guerra" (Trigo, 1987).
Os cincos momentos da literatura africana de expressão portuguêsa são:
1. Trovadorismo - é o movimento que se baseiou na literatura e poesia , durante o século XI , isto na na idade média .(1189-1418 ) 2. Humanismo - baseou - se na valorização da antiguidade clássica e o antopocentrismo , tinha como representante de origem Italiana , Dante Alighieri e Francesco Petrarca . ( 1418-1527) 3. Quinhentismo - foi um período da literatura brasileira , estava inserido no contexto das grande navegações e da contrarreforma católica. (1500-1601) 4. Classicismo - é o momento que compreende movimento cultural do renascimento europeu nos séculos XV e XVI , (1527-1580) 5. Barroco - é o movimento artístico que compreende múltiplas manifestações artísticas, literatura, pintura, arquitetura e música . (1601-1768). Os conceitos de literatura colonial da literatura nacional, apresentando os aspectos característicos distintivos.