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Pré-vestibular Comunitário Educafro

Núcleo: São Mateus


Disciplina: Filosofia Profa.: Lívia Reis
Aluna/o:

Contratualismo – O contrato social

1) A ideia do contrato social

Os teóricos contratualistas buscavam a origem do Estado. Não se trata de uma origem histórica,
pois não se refere a um “começo”. O termo deve ser entendido em sentido lógico, e não cronológico,
como princípio do Estado, ou seja, como a sua “razão de ser”.

2) Hipótese do estado de natureza

Situação onde os indivíduos viveriam como donos de si e de seus poderes. O que teria, então,
justificado abandonar um estado de natureza para
Soberania: Autoridade. 1. Caráter ou
constituir o Estado político, mediante contrato? Que tipo qualidade de soberano; 2. Autoridade
de soberania deveria resultar desse pacto? moral considerada suprema; poder
supremo.

 HOBBES (1588-1679) partiu da premissa de que o ser humano é


movido por natureza pelas suas paixões naturais e, portanto, o objetivo do
indivíduo não é fazer o bem para os outros nem salvar a sua própria alma,
mas satisfazer seus próprios desejos e interesses, mesmo que para isso seja
necessário prejudicar os outros. O desafio é controlar esse poder [força]
artificialmente.

Hipótese: na ausência de Estado [forte e centralizado], os indivíduos


tenderiam a tratar apenas de si e a vida se tornaria precária, violenta, terrível
e curta. Assim, os interesses egoístas predominam e cada um torna-se um lobo para o outro
(homo homini lúpus – o homem é o lobo do homem). As disputas provocariam a guerra de todos
contra todos, com graves prejuízos para a agricultura, indústria, navegação, desenvolvimento da
ciência e confortos dos indivíduos.

O contrato: abdicar da liberdade [ilimitada] ao dar plenos poderes ao Estado a fim de proteger sua
própria vida e a propriedade individual. Situação melhor, comparada à guerra
civil.

Hobbes preconiza: Vida e Segurança

 ROUSSEAU (1712-1778) parte da premissa de que o homem é bom por


natureza e, com o surgimento da propriedade privada, surgiu uma
sociedade desigual e, por isso injusta. Trata-se de um pacto ilegítimo, pois coloca as pessoas
sob grilhões. Por isso, é necessário instituir outro pacto, pelo qual o povo esteja reunido sob
uma vontade só – a vontade geral.

Hipótese: no estado de natureza, os indivíduos viviam sadios, convivendo em paz, até o momento
em que surgiu a propriedade (escravidão, miséria), introduzindo a desigualdade (rico-pobre, forte-
fraco, senhor-escravo). O indivíduo que surge da desigualdade é corrompido pela sociedade (pois vê
a desigualdade, injustiça como algo natural, por exemplo)
e esmagado pela violência. Lembre-se: todas as leis e demais decisões
relativas ao Estado devem ser discutidas,
O contrato: cada associado abdica totalmente de seus decididas e ratificadas pelo cidadão em
direitos em favor da comunidade política. Abdica da pessoa. É nesse sentido que, ao obedecer a
liberdade natural (que já não tem) em favor de liberdade uma lei, ele obedece a si mesmo, pois ele
quem concebeu e ratificou tal lei.
civil. A vontade particular passa a ser vontade e igualdade
de todos.

Pelo pacto (contrato), o indivíduo abdica de sua liberdade (natural), mas como ele próprio é parte
integrante e ativa do todo social (Estado civil), ao obedecer à lei, obedece a si mesmo e, portanto, é
livre. Ou seja, o contrato não faz o povo perder a soberania, pois não é criado um Estado que seja
separado do povo.

Rousseau preconiza: Igualdade

- Soberania: a autoridade é o corpo coletivo, que expressa a vontade geral. A soberania do


povo é inalienável (não pode ser representada). Assim, toda lei não ratificada pelo povo em
pessoa é nula. Rousseau preconiza a democracia direta ou participativa, mantida por meio de
assembleias frequentes.

- Vontade de todos: soma de vontades particulares.

- Vontade geral: soma de vontades da pessoa pública (cidadão), baseadas no interesse/bem


comum.

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