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tando-se principalmente nas opiniões e nas teorias pessoais de Andreas Moritz. Deve consultar
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cional, homeopático ou à base de plantas, ou antes de iniciar ou de suspender qualquer terapia.
O autor não pretende fornecer quaisquer conselhos médicos ou substituir-se aos mesmos, e
não oferece qualquer garantia explícita ou implícita relativamente a qualquer tipo de produto,
dispositivo ou terapêutica. Exceto se assim for referido, nenhuma afirmação contida neste livro
foi revista ou aprovada pelos organismos governamentais dos Estados Unidos – Food and Drug
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permissão por escrito do proprietário legal.

Título original: Cancer is Not a Disease: It’s a Healing Mechanism


Autor: Andreas Moritz
Tradução: Conceição Almeida
Revisão: Joaquim E. Oliveira/Editorial Presença
Composição: Maria João Gomes
Capa: Vera Espinha/Editorial Presença
Imagens da capa: © Shutterstock
Impressão e acabamento: Multitipo – Artes Gráficas, Lda.

Depósito legal n.º 443 194/18

1.ª edição, Lisboa, abril, 2014


2.ª edição, Lisboa, setembro, 2018
Índice

Agradecimento .................................................................................. 11
Dedicatória ....................................................................................... 13
Introdução ........................................................................................ 15

Capítulo 1 – O Cancro não É Uma Doença ..................................... 33


A força da palavra ....................................................................................... 33
Juízo errado .................................................................................................. 38
Curar o cancro versus combatê-lo .............................................................. 39
À procura de respostas ............................................................................... 42
O mito do gene/cancro ............................................................................. 52
Os raios X que matam ................................................................................ 63
Diagnóstico médico – A causa mais comum de morte? ....................... 67
Onde fica a liberdade individual? .............................................................. 79
Radiação diária ............................................................................................. 83
O fraco sucesso dos tratamentos contra o cancro ................................. 93
Muitos dos estudos sobre fármacos são fraudulentos ........................ 100
Principais defeitos em ensaios clínicos .................................................. 101
Práticas desonestas .................................................................................... 103
O «milagre» da remissão espontânea ...................................................... 104
As expetativas moldam a realidade ......................................................... 106
Fraude estatística ....................................................................................... 109
O poder da fé ............................................................................................. 111
Os medicamentos anticancro tornam os tumores mais letais ............ 113
A sabedoria do cancro em ação .............................................................. 114
Controlar o crescimento do tumor faz com que
o cancro se espalhe mais ................................................................... 115
Cuidado com os tratamentos oncológicos convencionais .................. 117

7
ANDREAS MORITZ

As lições que o cancro nos dá ................................................................. 119


Criar um monstro onde ele não existe ................................................... 121
Argumentos médicos ................................................................................ 124
Pode confiar-se na quimioterapia? .......................................................... 128
Então, o que é o cancro? .......................................................................... 137
A sabedoria das células cancerosas ......................................................... 138
Como as infeções podem evitar e curar o cancro ................................ 139
Porque é que as infeções podem salvar vidas? ...................................... 141
A magia da natureza .................................................................................. 142
Os germes não provocam cancro ........................................................... 146
Oh, esses horríveis radicais livres! .......................................................... 148
Genes mutantes não provocam cancro ................................................. 150
Cancro – Uma engenhosa operação de resgate .................................... 151

Capítulo 2 – As Causas Físicas do Cancro ..................................... 154


Identificação da origem do cancro ......................................................... 154
Estádios progressivos do cancro ............................................................ 158
1. Congestionamento ......................................................................... 161
2. Bloqueio ........................................................................................... 162
3. Obstrução linfática ......................................................................... 181
4. Problemas digestivos crónicos ..................................................... 190
5. Obstrução dos canais biliares hepáticos ..................................... 191
Alimentos e bebidas artificiais ................................................................. 195
Telemóveis e outros dispositivos fatais sem fios .................................. 203
A relação metais pesados/radiação eletromagnética ........................... 208
Doença peridontal e cancro ..................................................................... 210
Solução dentária Soladey ..................................................................... 211
Óculos de sol e filtros solares – Causas relevantes de cancro ............ 213
O fator vitamina D ................................................................................... 223
Feliz e saudável com serotonina ............................................................. 225
Precauções .................................................................................................. 227
Produtos farmacêuticos ........................................................................... 228
Cuidado com os populares medicamentos anticancro ................. 233
Cuidado com os medicamentos para a artrite ................................ 235
Cuidado com a aspirina e com Tylenol.............................................. 236
Evite cair na teia dos medicamentos ............................................... 237

8
CANCRO NÃO É UMA DOENÇA, É UM MECANISMO DE CURA

Capítulo 3 – Desmistificar o Cancro ............................................... 239


Ligar as peças ............................................................................................. 239
Causas emocionais do cancro .................................................................. 242
É tudo psicossomático, não é? ................................................................ 243
Os bem-sucedidos remédios de Mary .................................................... 246
Cancro – Uma resposta à rejeição ........................................................... 247
Combater o fantasma da memória ......................................................... 248
Abandonar a necessidade de lutar .......................................................... 250
Cancro – Um poderoso agente de cura ................................................. 252
A capacidade de resolver situações de conflito .................................... 255
O cancro é «falta de autoestima» ............................................................ 258

Capítulo 4 – A Inteligência do Corpo em Ação .............................. 261


O cancro não o pode matar ..................................................................... 261
A tentativa desesperada do corpo para sobreviver .............................. 266
Cancro da próstata .................................................................................... 272
Tratamentos Perigosos ...................................................................... 272
Sobre a hipertrofia da próstata ......................................................... 276
O que leva muitos cancros a desaparecer naturalmente? .................... 278

Capítulo 5 – Outros dos Principais Riscos de Cancro ................... 282


Vidas tóxicas .............................................................................................. 282
Flúor ..................................................................................................... 282
Produtos químicos nas nossas cozinhas e casas de banho ��������� 283
Benzoato de sódio .............................................................................. 285
Mercúrio ............................................................................................... 286
Álcool, alumínio e cancro da mama ................................................ 286
Uma vida sedentária pode matar ...................................................... 287
Vacinas – Bombas-Relógio? .................................................................... 288
A associação do autismo às vacinas é agora evidente ................... 291
Usar sutiã prejudica a drenagem linfática .............................................. 293
Relação entre cancro da mama e puberdade precoce .......................... 294
As novas lâmpadas fluorescentes provocam cancro ............................ 296
Envenenados com açúcar ........................................................................ 296
Soja – Um carcinogéneo para os humanos? ......................................... 298
Porque é que as batatas fritas podem causar cancro? .......................... 302

9
ANDREAS MORITZ

Luz elétrica e cancro ................................................................................. 303


Poluição atmosférica e stresse nas cidades ............................................ 305
Fornos de micro-ondas ............................................................................ 306
Desidratação .. ............................................................................................. 309
Como posso proteger-me? ...................................................................... 312
Factos sobre as mamografias ............................................................ 323
Há um bom método alternativo de rastreio? ................................. 326

Capítulo 6 – O Que Deve Saber para se Curar a Si Mesmo ........... 329


Cancro – Quem o cura? ........................................................................... 329
Acabar com a necessidade do cancro .................................................... 331
Curcuma – A «droga maravilha» da natureza ....................................... 336
Os sintomas da menopausa previnem o cancro da mama ................. 337
Luz solar – Tratamento natural para o cancro ...................................... 339
Dormir o número de horas suficiente ................................................... 341
Manter um horário regular para as refeições ........................................ 346
Seguir uma dieta vegetariana – Vegan ..................................................... 348
Exercício físico e cancro .......................................................................... 350
Restabelecer o Chi, ou a força da vida ................................................... 352
Sacred Santémony – Para uma cura emocional, entre outras .................. 354
Terapias com base em fruta e vegetais ................................................... 356
Graviola – Mais eficaz do que a quimioterapia .................................... 358
Solução Mineral Master (MMS) ................................................................. 360
Chá Ojibwa, ou chá Essiac de oito plantas .............................................. 362
Remédio para muitas doenças .......................................................... 362
Tratamento com xarope de seiva de ácer e bicarbonato ..................... 365
Cristais de enxofre orgânico .................................................................... 368
Termoterapia .............................................................................................. 368
Ashwagandha – Uma cura aiurvédica ....................................................... 369
Fitoplâncton marinho – Um superalimento da natureza .................... 369
Outras terapias úteis contra o cancro ..................................................... 370

Resumo e observações finais .......................................................... 375

Biografia do autor ...................................................................... 379

10
Capítulo 1
O CANCRO NÃO É UMA DOENÇA

A Força da Palavra

O cancro é tido como a segunda principal causa de morte entre os


norte-americanos. A American Cancer Society [Sociedade Americana
de Oncologia] refere que, em 2010, nos Estados Unidos, ter-se-
-ão registado 1 529 560 novos casos de cancro e que terão morrido
569 490 pessoas. Nos homens, os três principais cancros diagnosticados
são o cancro da próstata, o cancro do pulmão e o cancro colorretal.
Nas mulheres, os principais tipos de cancro são o cancro da mama, o
cancro do pulmão e o cancro colorretal.
O National Cancer Institute (NCI) [Instituto Nacional de Oncolo-
gia dos EUA] enumerou da seguinte forma os dez tipos de cancro
mais mortais (mortes ocorridas entre 2003 e 2007):

1. Cancro do pulmão e cancro brônquico: 792 495 vidas


2. Cancro colorretal: 268 783 vidas
3. Cancro da mama: 206 983 vidas
4. Cancro do pâncreas: 162 878 vidas
5. Cancro da próstata: 144 926 vidas
6. Leucemia: 108 740 vidas
7. Linfoma Não-Hodgkin: 104 407 vidas
8. Cancro do fígado e dos ductos biliares intra-hepáticos:
79 773 vidas
9. Cancro do ovário: 73 638 vidas
10. Cancro do esófago: 66 659 vidas

33
ANDREAS MORITZ

Seja qual for o nível de conhecimento médico do leitor, parece não


haver dúvida de que o cancro nos está a matar cada vez mais. E, apesar
destes milhões de vidas perdidas e dos milhares de milhões de dólares
gastos em investigação, as taxas de incidência de cancro não parecem
estar a diminuir.
Mas o problema é mais profundo do que o simples facto de não
se compreenderem as causas que dão origem ao cancro ou qual a
melhor forma de o tratar. Samuel S. Epstein, no seu livro National
Cancer Institute and American Cancer Society: Criminal Indifference to Cancer
Prevention and Conflicts of Interest [Instituto Nacional de Oncologia e Sociedade
Americana de Oncologia: Indiferença Criminosa à Prevenção do Cancro e aos
Conflitos de Interesses], demonstra claramente que grande parte da culpa
do espetro do crescimento do cancro na nossa sociedade se deve ao
National Cancer Institute (NCI) e à American Cancer Society (ACS)
– duas das muitas organizações financiadas pelo governo americano
(e consequentemente pelos dólares dos contribuintes americanos)
encarregadas de «lutar contra o cancro» na América – instituições
também permeadas por conflitos de interesses, retendo informação
demasiado importante para ajudar verdadeiramente os Americanos a
prevenir e tratar o cancro. Na verdade, cerca de metade do Conselho
de Administração da ACS é composta por médicos e cientistas estrei-
tamente ligados ao NCI, e muitos deles recebem apoio financeiro de
ambas as instituições.
O resultado? O dinheiro público e os fundos filantrópicos gastos
em pesquisas na área do cancro aumentaram vinte e cinco vezes, de
duzentos e vinte milhões de dólares em 1971 para 4,6 mil milhões em
2000. Acresce que, apesar da promessa grandiosa do presidente do
NCI, Andrew von Eschenbach, de eliminar o sofrimento e a morte
por cancro até 2015, as taxas de incidência de cancro aumentaram
aproximadamente 18% e não há indícios de que estejam a abrandar.
Consequentemente, o cancro afeta um em cada dois homens e
mais de uma em cada três mulheres. Contudo, os milhões de dólares
provenientes dos impostos e da angariação de fundos beneficentes
dedicados à pesquisa na área do cancro centram-se predominante-
mente apenas no tratamento, não sendo praticamente feitos quaisquer
estudos vocacionados para a sua prevenção. Se o velho ditado diz que

34
CANCRO NÃO É UMA DOENÇA, É UM MECANISMO DE CURA

«a melhor defesa é o ataque», o senso comum relativamente ao cancro


diz-nos exatamente o inverso.
Isto deve-se, em parte, aos enormes lucros que podem ser obti-
dos pelas companhias farmacêuticas e médicas, se mantiverem uma
atitude baseada no tratamento do cancro ao invés de baseada na pre-
venção, bem como à falta de vontade de abordar as causas do cancro
para lá das escolhas individuais de estilo de vida. Por outras palavras,
se, por um lado, fatores como o tabagismo ou uma alimentação defi-
ciente são reconhecidos como problemáticos, já a poluição ambiental,
os contaminantes nos bens de consumo e os tratamentos médicos
tóxicos são ignorados.
Quando se olha para os tratamentos medicamentosos como as úni-
cas opções a considerar no tratamento da doença, manter as pessoas
doentes e sobremedicadas é um negócio altamente rentável. Tendo
isto em consideração, não é de estranhar que tratamentos alternativos
ou «por aprovar» sejam sistematicamente desacreditados pela indús-
tria médica e pelo poder instituído do cancro.
É cada vez mais frequente que os médicos que continuam a de-
fender tratamentos naturais e a salientar os importantes benefícios da
prevenção do cancro sob uma perspetiva holística sejam importuna-
dos e chamados de charlatães por recusarem seguir as orientações alta-
mente tendenciosas do NCI e da ACS. É certamente esclarecedor que
a FDA (Food and Drug Administration) [Agência norte-americana de
produtos alimentares e de medicamentos] tenha aprovado cerca de
quarenta produtos farmacêuticos para o tratamento do cancro, mas
ainda não tenha promovido um único tratamento alternativo não
patenteado.
Analisando os factos, torna-se evidente que os únicos a beneficiar
verdadeiramente da atual cultura do cancro são os profissionais de
saúde e os lobistas em lugares de poder, não os doentes. O antigo di-
retor do NCI, Samuel Broder, numa entrevista dada ao Washington Post
em 1998, admitiu o seguinte: «O NCI transformou-se no equivalente
a uma companhia farmacêutica governamental.» Na verdade, são os
contribuintes americanos quem continua a financiar caríssimos testes
clínicos a drogas que acabam por lhes ser vendidas a preços exorbitan-
tes. Seja por prioridades de financiamento inadequadas, por omissão

35
ANDREAS MORITZ

de novas pesquisas ou tratamentos alternativos, ou por uma total


supressão dos factos, os doentes de cancro não estão a ser protegidos
pelos organismos que o deviam fazer.
Em suma, as duas últimas décadas, mais do que qualquer outro
período da História, incutiram na nossa sociedade um tal medo do
cancro que não é de admirar que a maioria dos seus doentes acate mui-
to simplesmente tudo o que os médicos se limitam a fazer: atirar-lhes
com medicamentos e tratamentos tóxicos para a sua aterradora doen-
ça. Mas, ao não se concentrarem numa prevenção mais económica e
minimamente tóxica, preferindo «tratamentos» caros e extremamente
tóxicos, instituições aparentemente objetivas como o NCI exacerba-
ram o problema que se tinham proposto resolver. Consequentemente,
as taxas de diagnóstico de cancro estão em níveis chocantes e conti-
nuam a crescer. Além dos casos diagnosticados, há ainda dezenas de
milhares de pessoas desfavorecidas que têm cancro, mas que não são
diagnosticadas porque não podem pagar nem seguros de saúde nem
sequer uma consulta médica.
Escusado será dizer que as palavras têm, em si, uma força tremen-
da e que a palavra «cancro» não é exceção. Em muitos casos, o cancro
não é apenas uma palavra, é também uma afirmação que indica um
comportamento anormal e invulgar das células do corpo. A simples
menção da palavra cancro é o suficiente para que a pessoa se lembre
imediatamente de imagens de sofrimento e dor. Associar a palavra a
uma pessoa pode provocar imediatamente um medo debilitante e um
enorme stresse psíquico.
Num outro contexto, dá-se o nome de cancer a um signo do Zodíaco.
Quando alguém lhe pergunta a data de nascimento e lhe diz que você
é cancer [caranguejo], começa a tremer com medo iminente de morrer?
É improvável que tenha tal reação, porque a sua interpretação
de ser do signo cancer [caranguejo] não implica que tenha can-
cro. Mas se o seu médico o chamar ao gabinete e lhe disser que tem
cancro, é muito provável que fique petrificado, arrasado, aterrorizado,
desesperado, ou tudo isso em simultâneo. A palavra «cancro» tem o
condão de desempenhar um papel muito perturbador e precário na
sua vida, um papel capaz de lhe determinar uma sentença de morte e,
como se aperceberá neste livro, capaz até de a executar – muitas vezes,

36
CANCRO NÃO É UMA DOENÇA, É UM MECANISMO DE CURA

muito simplesmente devido ao papel que estas seis letras passaram a


representar na nossa aterrorizada sociedade.
Embora ser um doente com cancro pareça começar no momento
do primeiro diagnóstico da doença, as suas causas podem ter estado
presentes muitos anos antes de o paciente se sentir doente. E ali, nesse
breve momento, a palavra «cancro» pode virar do avesso todo o mun-
do de uma pessoa.
O que é que, ou quem, neste mundo concedeu a esta simples pala-
vra ou afirmação um poder de tal dimensão que consegue prevalecer
sobre a vida e a morte? Mas possuirá mesmo este poder? Será mesmo
possível que a nossa convicção social, coletiva, sobre o facto de o
cancro ser uma doença assassina, em conjunto com os tratamentos
agressivos que se seguem ao diagnóstico, sejam os grandes responsá-
veis pela extraordinária escalada do cancro no hemisfério ocidental?
Mas que ideia tão rebuscada! – pode ser o seu comentário. Neste livro,
contudo, quero deixar muito claro que o cancro não terá qualquer
poder ou controlo sobre si, a não ser que permita que se desenvolva
como resposta a crenças, perceções, atitudes, pensamentos e senti-
mentos que o assolam.
Teria tanto medo do cancro se soubesse o que é que o causava,
ou pelo menos se compreendesse o que lhe está subjacente? Pouco
provável! Se lhe contassem a verdade, provavelmente faria tudo o que
estivesse ao seu alcance para eliminar as causas do cancro, criando,
assim, as condições prévias para que o corpo se curasse a si mesmo.
Um fraco conhecimento – que é aquilo a que se pode chamar
ignorância – é, de facto, uma coisa perigosa. Quase toda a gente, pelo
menos nos países desenvolvidos, sabe que beber água de um reserva-
tório lamacento ou de um lago poluído pode provocar uma diarreia
potencialmente fatal. Não obstante, poucos são os que reconhecem
que manter ressentimentos, raivas, medos, evitar a exposição ao Sol,
e, consequentemente, carência de vitamina D, dormir pouco, manter
um telemóvel encostado à cabeça durante uma hora por dia, ser regu-
larmente exposto a raios X, a mamografias ou a TAC, comer comi-
da de plástico, com aditivos químicos e adoçantes artificiais, não são
coisas menos perigosas do que beber água poluída; a única diferença
é que estes hábitos de vida podem levar apenas um pouco mais de

37
ANDREAS MORITZ

tempo a matar uma pessoa do que as microscópicas amebas ou um


qualquer veneno, mas não há dúvida de que também o podem fazer.

Juízo Errado
Todos sabemos que se os alicerces de uma casa forem fortes, esta
poderá facilmente suportar desafios exteriores, como uma violenta
tempestade ou até um tremor de terra. Como veremos, o cancro ape-
nas indica que qualquer coisa está em falta no seu corpo ou na sua
vida. O cancro mostra que um aspeto da nossa vida física, espiritual e
mental está assente em terreno movediço e que é, no mínimo, muito
frágil.
Estaríamos perante um disparate se um jardineiro regasse as fo-
lhas secas de uma árvore sabendo perfeitamente que o problema real
não está onde parece estar, ou seja, nas folhas secas. Ele sabe que a
desidratação das folhas é apenas um sintoma de falta de água na parte
menos visível da planta – o seu sistema radicular. Regando as raízes da
planta, o jardineiro alcançará naturalmente o nível causador e, conse-
quentemente, toda a planta se restabelecerá, retomando o seu normal
crescimento. Para o olhar treinado do jardineiro, o sintoma das folhas
secas não significa uma doença apavorante. Ele reconhece que o esta-
do de desidratação destas folhas mais não é do que a consequência da
falta do alimento do qual necessitam para se autossustentarem, bem
como para sustentar toda a planta.
Embora este exemplo da natureza possa parecer uma analogia
simplista, dá-nos um entendimento básico para alguns dos mais com-
plexos processos que levam à doença no corpo humano. Descreve
exatamente um dos mais poderosos e fundamentais princípios de
controlo de todas as formas de vida no planeta. Por muito que nos
aperfeiçoemos na manipulação das funções do nosso corpo através
de ferramentas da Medicina Alopática, estas leis básicas da natureza
não deverão ser suprimidas ou violadas, sob pena de se vir a pagar o
elevado preço do sofrimento e da dor repletos de efeitos secundários
nos níveis físico, emocional e espiritual.
Questiono firmemente a afirmação segundo a qual o cancro é uma
doença assassina. Mais do que isso, demonstrarei que o cancro nem

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CANCRO NÃO É UMA DOENÇA, É UM MECANISMO DE CURA

sequer é uma doença. Muitas pessoas que foram sentenciadas à pena


de um cancro «terminal» ousaram desafiar o prognóstico acabando
por vivenciar remissões completas. George, o meu primeiro doente
com cancro do rim, foi um destes casos. Os seus médicos, pertencen-
tes a um dos mais prestigiados hospitais universitários da Alemanha,
tinham-lhe «dado» apenas mais três semanas de vida quando ele veio
consultar-me, pedindo-me que o ajudasse. Na opinião deles, o cancro
estava num estado tão avançado e disseminado que nem consideraram
sujeitá-lo a tratamentos de quimioterapia ou radioterapia. Como se
veio a constatar, o facto de não o terem sujeitado a qualquer tratamento
médico acabou por ser uma bênção.

Curar o Cancro versus Combatê-lo


Um ano antes, George tinha ficado sem um rim por causa do can-
cro. Depois de sair do bloco operatório, os médicos confirmaram-lhe
um «atestado de boa saúde». Disseram-lhe a famosa frase «ficou lim-
po», para lhe incutir esperança e alento, o que até fez sentido, apesar
de tudo, já que tinham extirpado tumor, rim e tudo. Não obstante,
alguns meses mais tarde, o segundo rim começou também a ficar afe-
tado com cancro e o único conselho «razoável» que lhe deram foi que
tratasse dos seus assuntos pessoais.
Felizmente, George não morreu. Num desafio absoluto à sentença
de morte que os médicos lhe ditaram, George sentiu que havia algo
mais a fazer que lhe prolongasse a vida por, pelo menos, mais alguns
meses. No espaço de apenas três semanas, durante as quais lidou com
as causas da doença, o cancro regrediu até se tornar uma pequena
mancha e, no decorrer do principal exame médico que fez cerca de
seis meses depois na clínica oncológica alemã, do cancro «terminal»
não foi encontrado nada. Passados quinze anos, George goza ainda de
um perfeito estado de saúde, sem qualquer indício de disfunção renal.
Não dei a George diagnóstico ou prognóstico. Não o costumo
fazer. De que serviria falar-lhe do quão má e desesperada era a sua
situação? Além disso, a afirmação «objetiva» de um médico, segundo a
qual o cancro do seu paciente era terminal (conducente à sua morte), é
realmente um ponto de vista puramente subjetivo relativamente a uma

39
ANDREAS MORITZ

situação altamente imprevisível. O julgamento convincente e final do


médico está amplamente associado a exames anteriores feitos a outros
doentes que padeciam de sintomas similares. Porém, tudo o que este
julgamento faz é excluir a hipótese de recuperação em função de
tratamentos alternativos possíveis, mas desconhecidos do médico.
Só porque o sistema médico ocidental, relativamente jovem, desco-
nhece como tratar o cancro com êxito, tal não implica que os métodos
antigos da Medicina também se tornem inúteis. Há boas razões para
que certas formas de medicina holística oriental, embora ancestrais,
não tenham desaparecido: provaram a sua eficácia ao longo de milé-
nios. Então, porque é que não estamos abertos ao seu potencial?
No campo da Medicina ortodoxa, os doentes não são encorajados
a esperar por uma remissão espontânea do cancro. Sendo realistas, os
médicos preferem evitar dar-lhes «falsas» esperanças. Questiono-me,
no entanto, se a falsa esperança é coisa que possa realmente existir.
Qualquer esperança genuinamente sentida não pode ser errada ou falsa.
Na realidade, a esperança pode funcionar como um potente place-
bo6, que é, frequentemente, muito mais poderoso do que a medicação
utilizada para o cancro. Além disso, a esperança pode até transformar
uma perigosa quimioterapia num placebo, o que pode subsequente-
mente reduzir os efeitos secundários do medicamento. Por outro lado,
a investigação demonstra claramente que os médicos que dão espe-
rança e alento aos seus pacientes têm taxas de sucesso com o cancro e
outras doenças superiores às daqueles que não o fazem. Assim sendo,
imagine o que se pode conseguir quando se combina esperança, alento
e alegria intensa com um tratamento completamente natural!
Além disso, o futuro não está gravado na pedra e os médicos não
são necessariamente pessoas que saibam o que o futuro pode reservar
aos seus pacientes. Ninguém no mundo pode prever com certeza ab-
soluta o que se vai passar num futuro próximo ou distante. Um médico
pode aparecer com uma boa conjetura sobre as probabilidades mais
plausíveis de uma doença, mas a nenhuma delas se pode facilmente
chamar científica, nem terá o carimbo da certeza absoluta. Em suma,

6
Para uma análise aprofundada sobre o efeito placebo enquanto importante fator de cura, con-
sulte o Capítulo 1 do meu livro Timeless Secrets of Health & Rejuvenation.

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CANCRO NÃO É UMA DOENÇA, É UM MECANISMO DE CURA

a esperança deve ser sempre encorajada pelos médicos, independente-


mente de quão desesperada possa ser a situação.
Um exemplo: um jovem com um grande tumor cerebral, extrema-
mente raro e inoperável, cuja história foi documentada em horário no-
bre televisivo nos Estados Unidos em 2007, desafiou o prognóstico de
uma vida curta, continuando a viver ativa e saudavelmente vários anos
após o diagnóstico. Chegou mesmo a casar-se. E este é apenas um
dos muitos casos em que os pacientes a quem foi tirada a esperança
acabaram por desafiar as expetativas «realistas» dos seus médicos,
recuperando a saúde e continuando a viver bem, ultrapassando até
os diagnósticos mais otimistas. A história da Medicina está cheia des-
tes milagres inexplicáveis. Devíamos esforçar-nos para tentar explicá-
-los e, talvez mesmo, recriá-los.
Mas voltemos a George, o meu doente com cancro de rim em
fase terminal. Para evitar as complicações decorrentes do diagnóstico
de doenças, como o que leva alguém a crer que é uma vítima sem
qualquer esperança, limitei-me inicialmente a encorajar e a motivar
George, no sentido de que tentasse aperceber-se dos vários fatores
responsáveis pelo desencadeamento e desenvolvimento do cancro.
Na verdade, esforcei-me ao máximo para não mencionar a palavra
cancro na sua presença. Sendo um inteligente e bem-sucedido ho-
mem de negócios, George rapidamente concluiu que continuar obce-
cado com a ideia de que o cancro se apoderara dele, arrastando-o para
a morte, não era para ele. Estava perfeitamente consciente de que a
mentalidade de vítima apenas o conduziria a uma morte mais rápida.
George também sabia do valor da autocapacitação e do pensamento
positivo. A minha prioridade concentrava-se na partilha, com ele, dos
métodos mais práticos e básicos de tornar o corpo mais saudável, vital
e resiliente. Na minha opinião, o George nem era um homem doente.
Só se tinha esquecido da forma de viver a sua vida de um modo saudá-
vel. Este homem rapidamente chegou à conclusão de que deixara de
ser uma vítima de circunstâncias infelizes, mas que era o responsável
pelo seu corpo e pela sua mente. Esta noção de autocapacitação
deixou-o felicíssimo, e ele rapidamente partilhou com os seus familia-
res e amigos, que antes se tinham abatido com a situação, este gosto
pela vida recentemente descoberto.

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