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A educação sofística e a formação para

a democracia na Grécia Antiga


Prof. Dr. Fernando de Sá Moreira
https://www.researchgate.net/profle/Fernando_De_Sa_Moreira
https://98.academia.edu/FernandoDeS%C3%A1Moreira
Contexto


Público: Estudantes de primeiro ou segundo período de cursos
de licenciatura em disciplinas como “Filosofa da Educação” ou
“História e Filosofa da Educação”;

Em uma situação real, este tema seria debatido em 4 a 6
horas-aula;

Em uma situação real, esta aula seria precedida de discussões
sobre a flosofa pré-socrática e sobre a história da Grécia e da
educação grega;

Esta aula seria então sucedida por discussões sobre outras
perspectivas pedagógicas da Antiguidade (Platão, Aristóteles,
Epicuro, Cícero ou Plutarco) ou sobre questões educacionais
contemporâneas como “ensino x formação”, “valorização dos
profssionais da educação”, “liberdade de ensino” etc.

2
Elementos prévios

3
Elementos prévios

4
Perguntas Orientadoras

Quem deve ser


o(a) EDUCADOR(A)?

Quanto vale
um(a) EDUCADOR(A)?

5
Crise da aristocracia nobiliárquica e
Ascensão da democracia aristocrática
EDUCAÇÃO, DISCURSO E DEMOCRACIA

Mythos x Lógos;

Homero e a formação do
Guerreiro (“Ilíada”);

Hesíodo e a formação do
Senhor de Terras (“O
trabalho e os dias”);

Surgimento de cidades e
o homem-legislador;

A ágora e a democracia;

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A Disputa pelo Lógos

FILÓSOFOS versus SOFISTAS

flosofa “amor sabedoria” Sofsta “sábio”


flósofo “amante da sabedoria”

7
Protágoras de Abdera:
Relativismo Antropocêntrico

Antilogias: para tudo há sempre dois discursos

Phýsis x Nômos: “O homem é a medida de todas


as coisas, das que são que são,
das que não são que não são”

O discurso forte: a virtude do sofsta é a


conversão do discurso fraco em discurso forte
Com os Sofstas, assim como com Sócrates,
encontramos uma virada humanista na
flosofa em contraste com o
pensamento pré-socrático

8
A educação grega no contexto da
sofística


Pautada na relação mestre e discípulo;

Paideia: formação em sentido amplo (contempla
música, ginástica, oratória etc);

Voltada à aristocracia: formação do guerreiro e
do governante;

Distingue profssões dignas e indignas;

Acontece em palestras, ginásios e “escolas
privadas”;

Tendia a ser paga e privada;

Tendia a excluir as mulheres.
9
O educador grego no contexto da
sofística


Aprender era honroso, ensinar nem tanto;

O pai, o estrangeiro, o escravo, o pedagogo e o
flósofo-eeducador;

Normalmente mal remunerado;

Bater e apanhar eram coisas consideradas
relativamente normais no processo formativo.

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Contribuições sofísticas


Formação efetiva de parte do povo grego;

Apresentação de novas estratégias didáticas;

Organização de conteúdos;

Desenvolvimento da retórica;

Resposta humana e discursiva (lógica) às novas
demandas da vida grega;

Participação na antropologização da flosofa;

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Caminhos de Problematização


A verdade do(a) professor(a);

A valorização docente;

A democracia como conflito ativo de discursos.

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Referências Básicas


COELHO, Lígia. História(s) da educação integral. Em aberto, v. 22, n. 80, 2009.

DANNER, Leno F. Pensando sobre educação e política: Sócrates, Platão e Aristóteles, ou
sobre as bases da educação ocidental – uma contribuição para o caso brasileiro.
Saberes, v. 2, n. 5, 2010.

JAEGER, Werner. Paidéia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

MANACORDA, M. A. História da Educação: da antiguidade aos nossos dias. 13. ed. São
Paulo: Cortez, 2010.

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da flosofa: flosofa pagã antiga. Tradução
de Ivo Storniolo. São Paulo: Paulus, 2003.

SÁNCHEZ, José Guillermo. A contribuição histórica da sofística à educação: a
relação entre poder, saber e discurso. Dissertação de mestrado apresentada ao
Departamento de Administração de Sistemas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas.
Rio de Janeiro: 1991.

SILVA, José Lourenço. Sócrates contra a educação sofística no Protágoras. Revista
Archai, n. 3, 2009.

VALLE, Lilian do. Tecnologia: a educação frente questão de seu sentido e seus limites.
Cadernos de Educação, n. 11, 1998.

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Referências Complementares


BARROS, Gilda Naécia M. A matriz clássica da educação – Pedagogia antiga. In: LAUAND, Jean
(org.). Filosofa e educação: o ocidente e os orientes. São Paulo: CEMOrOc, 2006.

EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). São Paulo: Editora UNESP, 2002.

GIORDANI, Mário Curtis. História da Grécia. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1972.

GHIRALDELLI JR., Paulo. Filosofa da educação. 2ª edição. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

HOMERO. Ilíada. Tradução de C. A. Nunes. São Paulo: Ediouro, 2009.

HOURDAKIS, Antoine. Aristóteles e a Educação. Tradução de Luiz Paulo Rouanet. São
Paulo: Edições Loyola, 2001.

KAGAN, Donald. A Guerra do Peloponeso: novas perspectivas sobre o mais trágico
confronto da Grécia Antiga. Tradução de Gabriela Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2006.

PAVIANI, Jayme. Platão & a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

PILETTI, Claudino; PILETTI, Nelson. História da educação: de Confúcio a Paulo Freire. 1ª ed.,
3ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2016.

PLATÃO. A república. Tradução de E. Corvisieri. São Paulo: Nova Cultural, 2000.

______. Diálogos (Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton, Fédon). São Paulo: Nova
Cultural, 1999.

PORTO, Leonardo S. Filosofa da educação. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

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