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Conhecimentos Bancários

Diferencial de juros interno e externo,


prêmios de risco, fluxo de capitais e
seus impactos sobre as taxas de câmbio
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Conhecimentos Bancários
Diferencial de juros interno e externo,
prêmios de risco, fluxo de capitais e
seus impactos sobre as taxas de câmbio

Apresentação
Olá estudante!

Sou o professor Alex Mendes, bacharel em Economia e Geografia, pós-graduado em Geo-


política e Economia da Regulação e mestrando em Economia. Atuo como Professor há 25 anos ministrando
aulas em vários estados (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Alagoas, São Paulo, Bahia). Sou colaborador da Folha
Dirigida e do Jornal dos Concursos. Docente em Economia/Finanças Públicas e Atualidades. E também autor
(no prelo) do livro de Finanças Públicas e de provas comentadas de atualidades pela Editora Littera.

Para que você possa alcançar seu objetivo de aprovação, desenvolvemos um guia de estudos diferenciado,
sintetizando apenas o conteúdo que cai na prova, de modo direto e simplificado, com dicas, comentários,
questões, posicionamentos específicos da banca e principais tendências. Prepare-se. Tem muito conteúdo
para estudar! Vamos fazer da sua experiência de preparação algo agradável, não se preocupe! Tenha muita
paciência, dedicação e, principalmente, confiança!

Sumário
Diferencial de juros....................................................................................................................................... 3

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Conhecimentos Bancários
Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e

Diferencial de juros

A diferença entre a taxa interna e externa (ajustada ao risco) determinam a razão entre a taxa
de câmbio vigente atualmente nos mercados à vista (spot) e a termo (para entrega no futuro,
o chamado mercado futuro).
Operações de arbitragem equalizam a diferença da cotação do câmbio spot e futuro ao
diferencial de juros acrescido do prêmio de risco.
Nessas operações estruturadas, os agentes tomam crédito no exterior aplicam em um papel
atrelado ao CDI (certificados de depósitos interbancários), fazendo a conversão pela taxa spot,
e simultaneamente fazem um hedge cambial no mercado futuro. Essas operações acabam por
promover o que se chama paridade coberta da taxa de juros.
Porém, esta paridade, apesar de obtida por arbitragem, só é válida quando se acrescenta
uma medida de prêmio de risco à taxa externa (como a Libor).
Hoje, os países desenvolvidos são considerados financeiramente integrados. A integração
financeira, entretanto, só foi obtida nas últimas décadas.
Para os mercados emergentes, as restrições aos fluxos internacionais de capitais só come-
çaram a ser retiradas no início da década de 1990. Entretanto, apesar da crescente integração
financeira, não se pode dizer que haja entre esses países uma perfeita mobilidade de capitais.
Dentre as diversas medidas possíveis da perfeita mobilidade de capitais, a mais adequada
é a paridade coberta das taxas de juros, na qual os fluxos de capitais equalizam as taxas de
juros entre os países quando denominadas em uma mesma moeda.
O diferencial da paridade coberta (DPC) das taxas de juros é comumente conhecido como
risco país, pois afeta os rendimentos de todos os ativos financeiros emitidos em um determi-
nado país.
Os países desenvolvidos não têm risco país, ou seja, o DPC entre eles é nulo. Isso significa
que se uma grande multinacional quisesse captar um empréstimo em dólares, a taxa de juros
seria a mesma quer a empresa fizesse a emissão na Inglaterra ou nos Estados Unidos.
Caso, entretanto, a emissão fosse feita em um mercado emergente (sem aval externo), a
taxa de juros (em dólares) seria maior. Tal diferença é uma medida do risco país.
A aversão ao risco, característica dos investidores em mercados financeiros, faz com que o
preço de determinados ativos financeiros frequentemente se afaste das expectativas relevantes.
Assim como o investidor avesso ao risco requer alguma vantagem para apostar, investidores
em mercados futuros de câmbio requerem também algo mais além da expectativa de desva-
lorização cambial para vender a moeda forte no futuro.
Os contratos futuros de dólar são contratos celebrados entre dois agentes, nos quais o
comprador se obriga a comprar do vendedor uma determinada quantidade de dólares, em uma
determinada data, a um preço acertado na data presente.

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Por sua vez, o vendedor obriga-se a vender na data futura os dólares ao preço previamente
combinado.
Assim, se na data de vencimento do contrato futuro o dólar “pronto” (à vista) valer mais do
que o preço acertado, ganha o comprador (pois comprou por um preço menor do que o preço
que efetivamente vigorou), e perde o vendedor.
Sob perfeita mobilidade de capitais, o mercado futuro de dólar permite a realização de ope-
rações de arbitragem entre os juros doméstico e internacional.
Na prática, o conceito de arbitragem é usado para descrever operações que envolvem pouco
risco, como comprar (barato) em um mercado e revender (mais caro) em outro mercado de
ativos muito semelhantes.
Esse prêmio, medido seja pelo EMBI+ ou pelo Credit Defaut Swap (CDS), está incorporado
no custo de fazer operações em dólar, gerando assim uma medida equivalente ao chamado
cupom cambial. Vale observar que em a taxa Libor caminha próxima da taxa estabelecida pelo
Federal Reserve enquanto a taxa dos depósitos interbancários (CDI) tem dinâmica bem próxima
à da taxa SELIC.
Para a direção ao longo do tempo, tanto da taxa de câmbio à vista como para entrega futura,
deve se adicionar à taxa externa não somente o risco país como também as expectativas de
desvalorização do câmbio spot, que define a rentabilidade esperada dos ativos em dólar.
É verdade que a autoridade monetária tem autonomia para reduzir a taxa de juros interna
abaixo da rentabilidade esperada dos ativos em moeda estrangeira, porém isso torna menos ren-
tável a manutenção de ativos financeiros denominados em Reais do que em moeda estrangeira.
Assim, ocorre um processo de saída de capitais de curto prazo do país, não só por parte de
estrangeiros, mas também de agentes domésticos, num movimento de alocação de portfólio
na moeda estrangeira.
Esse movimento tende, se não for compensado por um fluxo cambial positivo na conta
corrente e entradas de capital de longo prazo, a levar a desvalorizações do Real enquanto esse
diferencial de rentabilidade for negativo.
E a situação em geral tende a se agravar porque desvalorizações iniciais, causadas pelo
diferencial de rentabilidade negativo, usualmente acabam em parte afetando as expectativas
de desvalorizações ulteriores do mercado na mesma direção.
Isso aumenta ainda mais o retorno esperado em aplicações em moeda estrangeira, no que
pode facilmente se tornar um processo cumulativo desvalorizações cambiais e de saída de
capitais.
Nesse sentido, uma política do Banco Central brasileiro de reduzir os juros internos abaixo
da taxa de juros externa (acrescida do prêmio de risco), aumentando o retorno relativo de apli-
cações em dólar, iria adicionar mais um motivo, para um movimento de fuga de capitais dos
países periféricos para o dólar, a uma tendência de desvalorização contínua de nossa moeda.

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